SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 36
AQUILINO RIBEIRO
1PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
1885 - 13 de Setembro: Carregal de Tabosa,
concelho de Sernacelhe - nasce Aquilino
Gomes Ribeiro, filho de Joaquim Francisco
Ribeiro e de Mariana do Rosário Gomes.
2PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
No ano em que Aquilino chega ao mundo…
• Émile Zola escreve Germinal;
• Mark Twain publica Huckleberry Finn;
• Guy de Maupassant publica Belami;
• Guerra Junqueiro dá à estampa A Velhice do Padre Eterno;
• Oliveira Martins publica a sua História da República Romana;
• Ramalho Ortigão publica A Holanda;
• Louis Pasteur inocula pela primeira vez o soro contra a raiva;
• Circula o primeiro automóvel …
3PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• 1906: Passa a viver na capital iniciando a
sua vida de escritor e jornalista.
• 1907: Adere à Carbonária. É preso.
• 1908: 12 de Janeiro: evade-se da prisão.
Em Maio, refugia-se em Paris.
• 1910: Proclamada a República, no final do
ano vem a Portugal, regressando depois a
França para continuar os estudos.
4PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• 1913: Publica o livro de contos Jardim
das Tormentas.
• 1914: Eclode a I Grande Guerra; em
Agosto, regressa a Portugal com a mulher
e o filho que nascera em Fevereiro.
• 1915: Irá, durante três anos, dar aulas no
Liceu Camões, em Lisboa.
• 1918: É publicado o romance A Via
Sinuosa.
5PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• 1919: Entra como bibliotecário na
Biblioteca Nacional; publica o romance
Terras do Demo.
• 1924: Edição do livro infantil Romance da
Raposa.
• 1927: Envolve-se numa conspiração
política e, perseguido, refugia-se de novo
em Paris.
6PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• 1928: Adere ao movimento militar do
Regimento de Pinhel. Abortado este, é
preso e internado no presídio do Fontelo,
em Viseu de onde se evade. Novo refúgio
em Paris.
• 1929: Em Junho casa de novo em Paris.
Em Portugal, é julgado e condenado à
revelia.
7PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• 1932: É amnistiado e instala-se na Cruz Quebrada.
Publica o livro de novelas As Três Mulheres de
Sansão, pelo qual lhe é atribuído em 1933 o Prémio
Ricardo Malheiros.
• 1935: É eleito sócio correspondente da Academia das
Ciências de Lisboa.
• 1949: São publicados os textos de crítica literária
Camões, Camilo, Eça e Alguns Mais; publica em
separata o comentário à Editio Princeps de Os
Lusíadas; é ainda publicada uma edição de luxo de O
Malhadinhas; colabora na propaganda da candidatura
do general Norton de Matos à Presidência da
República.
8PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• 1952: Entre Março e Junho, vai de visita ao
Brasil, onde é homenageado.
• 1956: É fundada em Lisboa a Sociedade
Portuguesa de Escritores, sendo Aquilino
eleito como seu presidente.
• 1957: A Bertrand inicia a colecção Obras
Completas de Aquilino Ribeiro; sai a
crónica romanceada A Casa Grande de
Romarigães e edita-se a sua tradução do
D. Quixote de la Mancha, de Cervantes.
9PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• 1958: É eleito sócio efectivo da
Academia das Ciências de Lisboa.
Publica o romance Quando Os Lobos
Uivam, obra que viria a ser proibida pela
censura. É membro da Comissão de
Candidatura do general Humberto
Delgado.
• 1959: Prefacia a tradução do romance
de Pasternak, Dr. Jivago.
10PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• 1963: 27 de Maio - no Hospital da CUF,
em Lisboa, morre Aquilino.
• 1986: É criado em Viseu o Centro de
Estudos Aquilino Ribeiro.
• 2007: É oficialmente decidida a
trasladação dos restos mortais de Aquilino
para o Panteão Nacional de Santa
Engrácia (o que ocorrerá em 19 de
Setembro).
11PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
[...] Aquilino Ribeiro, nado, criado e afincado no
pesponto de três concelhos e em três aldeias (Carregal
da Tabosa, onde nasceu; paga as décimas em
Sernancelhe; Alhais onde foi baptizado; vai para Vila
Nova de Paiva; e Soutosa onde estabeleceu casa e
vivia, pertence ao concelho e comarca de Moimenta da
Beira) depois de ter corrido meio mundo e de ter
estudado em seminários, liceus, colégios e
universidades, desde o dito colégio da Lapa à Sorbonne,
onde esteve para defender tese, pode bem dizer-se o
escritor mais representativo do Portugal do nosso
tempo. Escritor popular no sentido de andar em todas as
mãos, não o foi. [...]
in Aquilino Ribeiro – Cadernos F.A.O.J – p. 5
12PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
13PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
[...] Mas foi sem dúvida o mais lídimo representante dos
escritores da primeira metade deste século,
acompanhando a onda de insatisfação contra a
monarquia, na sua juventude, participando activamente
na vida intelectual e política, na República, e
conspirando contra a ditadura, sofrendo-a e
recalcitrando contra ela, em quase metade da sua vida.
[...]
in Aquilino Ribeiro – Cadernos F.A.O.J – p. 5
14PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
[...] Na obra de Aquilino Ribeiro vivem os camponeses e os
citadinos, os frades maganões e os arrieiros, os mestres de obras e
os homens do foro ou da arte de curar, os políticos trocatintas e os
jornalistas de nariz no ar a farejar a notícia só pelo prazer de meter
a colherada em seara alheia; mas essa obra sólida, viva, duradoira
só é possível ter a vida que tem e as formas que lhe deram graças
ao lastro da cultura que o seu autor absorveu e foi sempre
aumentando, à medida que os anos passavam e que as ciências e
as letras iam avançando. [...]
15PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• Danado aquele Malhadinhas de Barrelas, homem sobre
o meanho, reles de figura, voz tão untuosa e tal ar de
sisudez que nem o próprio Demo o julgaria capaz de,
por um nonada, crivar à naifa o abdómen dum cristão.
Desciam-lhe umas farripas ralas, em guisa de suíças, á
borda das orelhas pequeninas e carnudas como cascas
de noz; trajava jaleca de montanhaque; sapato de
tromba erguida; faixa preta de seis voltas a aparar as
volutas dobradas da corrente de muita prata – e Aveiro
vai, Aveiro vem, no ofício de almocreve, os olhos
sempre frios mas sem malícia, apenas as mandíbulas
de dogue a atraiçoar o bom-serás, as suas façanhas
deixaram eco por toda aquela corda de povos que anos
e anos recorreu. […]
16PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
[...] Interveniente na vida pública não mais deixaria de o ser. Professor do
liceu, funcionário da Biblioteca Nacional, fez parte do grupo de fundadores
da «Seara Nova», revista de política e crítica que marcava pela
independência. Ao cair o tampão do 28 de Maio sobre a vida portuguesa,
Aquilino sentiu de novo o sangue subir-lhe às fontes. Entraria no 7 de
Fevereiro de 1927, em Lisboa, comandando os grupos civis que atacaram
o Arsenal. Depois, novo exílio, entrada clandestina em Portugal, a Serra da
Nave por dormitório e a Revolta de Pinhel, em 1928. Novo exílio [...]. Em
terras de França, novamente, casaria segunda vez e lá lhe nasceu também
o segundo filho. [...]
17PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
[…] Sendo antes de tudo um escritor, mais do
que um ficcionista, pois que lhe faltam os dotes de
imaginação de que Camilo era altamente provido,
Aquilino acreditou a vida toda no ofício de escrever
como vocação e como realização da sentença
buffoniana de que "o estilo é o homem". Para atingir
seu objectivo, teve de levantar um impressionante
vocabulário e uma rica sintaxe, e não duvidou em
fazer uso de arcaísmos e tipismos regionais de sua
província natal, a Beira Alta.[…]
in A Literatura Portuguesa (Massaud Moisés)
18PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
Foi o escritor de todos os superlativos. Chamaram-lhe mestre, "o poderoso
Aquilino", "um dos maiores prosadores da língua portuguesa", "dos mais bem
situados nas nossas estantes, de Gil Vicente e Fernão Lopes a Vieira e
Camilo", "figura de encruzilhada cultural, entre o primitivismo rural e o amor
gratuito da erudição livresca", "de estilo assente na miúda reticulação das
fibras que conjuga um mundo recôndito de coisas vindas das retinas, dos
tímpanos, das papilas sensitivas à flor da pele e das mucosas"... e toda a
adjetivação se torna penosamente frouxa e pleonástica perante o autor de
setenta títulos, que viu na sua vida ( sinuosa como no título do seu romance)
um inesgotável alforge para as suas aventuras literárias - e que o trazia
sempre preso à ilharga, cheio de campo e seiva e o bichedo das serranias
beirãs lá dentro, mesmo quando se viu citadino, "emigrado" em Lisboa,
enjaulado em calabouços (por duas vezes), cosmopolita, exilado em Paris
(também por duas vezes), e na Alemanha... Era um cidadão do mundo, mas as
raízes da terra nunca lhe largaram os tornozelos. Na sua obra cabe quase um
século inteiro, com as suas vezes e revezes. […]
19PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
20PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
É uma casa de traça antiga, toda em pedra e
rodeada de terra de cultura, onde viveram os avós
de Aquilino.
Situa-se em Soutosa, município de Tondela. Era
aqui que o escritor passava o verão e onde
escreveu algumas da suas obras. (…)
Desde 1988 esta casa abriga a Fundação Aquilino
Ribeiro.
(Adaptação)
21PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• «O Malhadinhas» é, porventura, a obra mais
conhecida de Aquilino Ribeiro. Num longo
monólogo, menos registo de som que registo
psicológico e através duma linguagem filtrada na
sua vera substância popular, um almocreve dos
grandes caminhos, pícaro da meseta, desfia a sua
crónica aventurosa e recria o viver perdido duma
grossa e laboriosa aldeia isolada entre serras do
interior, gótica e intacta nos seus costumes,
imagem derradeira de um Portugal bárbaro e
forte que morreu.
- Livraria Bertrand -
22PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
Podemos dizer que a riqueza de linguagem em O Malhadinhas dispersa-se pela
narração e pela descrição, pelos diálogos e pelo monólogo interior, pela reflexão e
pela efusão lírica. Predomina a linguagem popular nos diálogos em que as
personagens falam os seus "dialectos", as suas falas, dando-nos assim a cor local.
Surgem algumas expressões de carácter retintamente popular, como:vossorias,
passando-lhe a manápula, a rês que eu era, sem tugir nem mugir, a tocar
berimbau, tem-te nas gâmbias, etc. Abundam as onomatopeias: chiu, trupe, trupe,
dobra que dobra, trota que trota, béu, béu, etc.; as aliterações: prato a tinir contra
prato, eram como pedra que caía num poço, etc.; as conotações; as comparações,
as metáforas e as imagens para exprimir os seus sentimentos e juízos de valor. Não
faltam os provérbios: ...mente Marta como sobrescrito de carta...; guarda-te de
homem que não fala e de cão que não ladra...; a homem ruivo e a mulher barbuda
de longe os saúda. Nem falta o calão:... você havia de engolir a bosteiral; o filho
duma grandessíssima reco; mas o machacaz pôs-se a abanar a cornadura...
23PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
Era um cidadão do mundo, mas as raízes da
terra nunca lhe largaram os tornozelos. Na sua
obra cabe quase um século inteiro, com as
suas vezes e revezes. Na vida coube um
romantismo aventuroso à Victor Hugo, que
sempre mostrava peito feito às tiranias e aos
despotismos vários. Não se vergava nem às
sotainas da sua adolescência, nem aos
ferrolhos das prisões, nem a juízes, monarcas
ou ditadores. [...]
24PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
25PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
26PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• Havia três dias e três noites que a Salta-Pocinhas – raposeta matreira, fagueira,
lambisqueira – andava por aquelas brenhas, sempre a correr, sempre a bater, sem
conseguir por a unha em outra presa além duns míseros gafanhotos, nem atinar
com abrigo em que pudesse dormir um soninho descansado. Desesperada de tão
pouca sorte, vinham-lhe tentações de tornar para a cova dos pais, onde a cama era
mais quente e segura que no castelo dum rei, e onde nunca faltava galinha,
quando não fosse fresca, de conserva, ou então coelho bravo, acabado de degolar.
Mas temia-se da mãe, que, ao cabo duma semana de fome, depois do assalto à
capoeira dum lavrador, em que vira a morte a dois passos, tivera com ela esta fala:
• - Salta-Pocinhas, minha filha, de hoje em diante é preciso mudar de rumo. Sabes,
quando entrar a lua nova – e já não faltam grandes dias para chegar às portinhas
do céu – estás raposa feita: dezoito meses rijos e feros, dentes todos, boa saia de
peluche. Teus irmãos aí andam por esses matos, ganhado o pão como Deus é
servido. O Pé-Leve saiu um azougue de finura...
in ‘Romance da Raposa’ – Aquilino Ribeiro
27PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
28PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
29PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• Pelo braço de estrada fora rompiam ranchos em algazarra, bestas
rinchonas caracolando e maltas de varapaus leva que leva. Lá
adiante, ao morrer da baixa, o melhor duma aldeia, harmónio
fungando, cores a bezerrar, avançava em animado passo de dança.
Sozinhos, chegados um ao outro, lá passavam dois casadinhos de
fresco; bem se lhes via nos olhos muito mexidos o regalo de se
mostrar. Tropicavam azeméis com velhos de capote e chapéu
braguês para a nuca, e éguas de alabarda com matronas de lenço
de seda, peito coberto de oiro e tamanquinha de Viseu no bico do
pé. Para aguentar o passo, outras mulheres tinham tirado as
chinelas e com elas na mão, a par do sombreiro, ou à cabeça sobre
o xaile, desinhavam-se todas, tep, tep. E lá seguia tudo a catrapós,
no frenesi de meter com sol à festa que o mês de Agosto c'os seus
santos ao pescoço não tinha melhor que a Senhora da Lapa, a rica
Senhora da Lapinha.
• in ‘Terras do Demo’ – Aquilino Ribeiro
30PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• Depois de se evadir, ficou algum tempo em Lisboa a cometer imprudências, nas
barbas da polícia. O pai veio em seu auxílio, a reunir migalhas. Partiu para o exílio,
na manhã de 1 de Junho de 1908, apanhou o Sud-Express, no Entrocamento, de
valise na mão: "Ao Diabo a sisudez e o medo da vida!". Em Paris residiu seis anos,
em convivência com artistas e escritores. Regressou com a proclamação da
República mas retornou à Sorbonne, cursando letras e filosofia. Aí conhece a
primeira mulher, a alemã Grete Tiedermann. Passa por Berlim e Parchin, instala-se
em Paris, onde em 1913 escreve o seu primeiro livro de contos, Jardim das
Tormentas.
"O certo é que Paris, o Paris dos rapins, das porteiras, do beijo à boca farta, da
lâmpada de álcool para aquecer a refeição pronta da charcuterie, do modelo
pindérico e desnalgado, do cocuage dos amigos e pelos amigos, do Bal Bullier e do
Bal des Quat'z Arts, dum dia de fartura e de seis de lazeira, da tasca na fraterna
comensalidade de galdérias, rufiões, sábios, niilistas e poetas, tornara-se-lhe
imprescindível como a casca do caracol".
in ‘Por obra e graça’ - Aquilino Ribeiro
31PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• La Closerie des Lilas era ponto de paragem obrigatória
para artistas e poetas. Era neste café de Montparnasse
que estabelecera a sua reputação com Émile Zola, Paul
Cézanne e Théophile Gautier no final do século XIX que
Aquilino Ribeiro parava muitas vezes no seu primeiro
exílio parisiense. [...]Ao lado do café havia um espaço
de bailes populares, os artistas andavam por ali, Lenine
jogava lá xadrez e é até possível que Aquilino o tenha
conhecido. Mas não sabemos ao certo.“
http://www.publico.pt/cultura/jornal/aquilino-o-escritor-dos-cafes-de-paris-e-dos-bolinhos-de-
bacalhau-26062861#/0
32PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
Homem de convicções fortes que deixou para trás o seminário
para se tornar jornalista, Aquilino teve um vida cheia de
aventuras, que incluiu guardar dinamite que viria a explodir
no seu quarto, duas fugas da prisão, anos de exílio e
temporadas na clandestinidade, escondido na Beira e no
Minho, territórios que conhecia bem e cujas paisagens
descreve demoradamente em muitos dos seus livros.
http://www.publico.pt/cultura/jornal/aquilino-o-escritor-dos-cafes-de-paris-e-dos-bolinhos-de-bacalhau-26062861#/0
33PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
• Já com um prestígio muito ancorado, o
escritor publica o famoso romance Quando os
lobos uivam, duplamente célebre pelo
conteúdo e pelo inacreditável processo
salazarento que se lhe moveu. É pronunciado
como arguido pelo crime de abuso de
liberdade de expressão, sujeito ao vexame dos
interrogatórios, à afronta das mesquinhas
diligências processuais.
34PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
AQUILINO RIBEIRO
35PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
Bibliografia e Endereços Eletrónicos
• http://www.vidaslusofonas.pt/aquilino.htm
• http://www.publico.pt/cultura/jornal/aquilino-o-escritor-dos-cafes-de-paris-e-dos-bolinhos-de-bacalhau-
26062861#/0
• http://visao.sapo.pt/aquilino-ribeiro--a-arvore-da-vida=f717056
• http://www.discoverdourovalley.com/content/casamuseuaquilinoribeiro/dou6CAB1D7DA68A2E20A
• Moisés, Massaud – A Literatura Portuguesa
• Rego, Raul – Cadernos F.A.O.J: Aquilino Ribeiro
• Ribeiro, Aquilino – O Malhadinhas. Lisboa: Livraria Bertrand, 1979
• Ribeiro, Aquilino – Romance da Raposa. Lisboa: Aillaud e Bertrand, 1924
• Revista Visão, 7 de março de 2013, p.80-84
36PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Biografia de José de Sousa Saramago
Biografia de José de Sousa SaramagoBiografia de José de Sousa Saramago
Biografia de José de Sousa Saramago
 
Machado de assis
Machado de assisMachado de assis
Machado de assis
 
Realismo
RealismoRealismo
Realismo
 
A literatura portuguesa. moises, massaud
A literatura portuguesa. moises, massaudA literatura portuguesa. moises, massaud
A literatura portuguesa. moises, massaud
 
José saramago
José saramagoJosé saramago
José saramago
 
Primeira Geração do Romantismo
Primeira Geração do RomantismoPrimeira Geração do Romantismo
Primeira Geração do Romantismo
 
Clara dos Anjos - 3ª B - 2011
Clara dos Anjos - 3ª B - 2011Clara dos Anjos - 3ª B - 2011
Clara dos Anjos - 3ª B - 2011
 
Marquês de Pombal
Marquês de PombalMarquês de Pombal
Marquês de Pombal
 
Novas tecnologias no ensino de ingles
Novas tecnologias no ensino de inglesNovas tecnologias no ensino de ingles
Novas tecnologias no ensino de ingles
 
Vida e Obra de Saramago
Vida e Obra de SaramagoVida e Obra de Saramago
Vida e Obra de Saramago
 
O funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguisticoO funcionalismo linguistico
O funcionalismo linguistico
 
Machado de Assis
Machado de AssisMachado de Assis
Machado de Assis
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
José saramago
José saramagoJosé saramago
José saramago
 
Romanceiro da Inconfidência
Romanceiro da InconfidênciaRomanceiro da Inconfidência
Romanceiro da Inconfidência
 
José saramago
José saramagoJosé saramago
José saramago
 
Dom Casmurro
Dom CasmurroDom Casmurro
Dom Casmurro
 
Slides barroco
Slides barrocoSlides barroco
Slides barroco
 
Quinhentismo
QuinhentismoQuinhentismo
Quinhentismo
 
Romantismo em Portugal
Romantismo em PortugalRomantismo em Portugal
Romantismo em Portugal
 

Destaque

Aquilino ribeiro liliana e nélia 9ºc
Aquilino ribeiro liliana e nélia 9ºcAquilino ribeiro liliana e nélia 9ºc
Aquilino ribeiro liliana e nélia 9ºcsandra soares
 
Marcadores-de-leitura_proverbios_Aquilino-Ribeiro
Marcadores-de-leitura_proverbios_Aquilino-RibeiroMarcadores-de-leitura_proverbios_Aquilino-Ribeiro
Marcadores-de-leitura_proverbios_Aquilino-RibeiroMaria Pereira
 
Eco Escolas 11 12 - Auditoria Ambiental
Eco Escolas 11 12 - Auditoria AmbientalEco Escolas 11 12 - Auditoria Ambiental
Eco Escolas 11 12 - Auditoria AmbientalEma_Salero
 
HistóRia E Geografia De Portugal
HistóRia E Geografia De PortugalHistóRia E Geografia De Portugal
HistóRia E Geografia De Portugaljdlimaaear
 
Irea chemical enterprise products
Irea chemical enterprise productsIrea chemical enterprise products
Irea chemical enterprise productslunchNtouch
 
Diário Oficial de Guarujá 05-07-2012
Diário Oficial de Guarujá 05-07-2012Diário Oficial de Guarujá 05-07-2012
Diário Oficial de Guarujá 05-07-2012Prefeitura de Guarujá
 
Esquema de escritorio
Esquema de escritorio Esquema de escritorio
Esquema de escritorio papiaxelflores
 
Escola Africana [Modo De Compatibilidad]
Escola Africana [Modo De Compatibilidad]Escola Africana [Modo De Compatibilidad]
Escola Africana [Modo De Compatibilidad]cmsantjaume
 
Pedro Alexandrino
Pedro AlexandrinoPedro Alexandrino
Pedro Alexandrinojsilva76
 
CALENDÁRIO PUBLICITÁRIO
CALENDÁRIO PUBLICITÁRIOCALENDÁRIO PUBLICITÁRIO
CALENDÁRIO PUBLICITÁRIOopenpromo
 

Destaque (20)

Aquilino ribeiro liliana e nélia 9ºc
Aquilino ribeiro liliana e nélia 9ºcAquilino ribeiro liliana e nélia 9ºc
Aquilino ribeiro liliana e nélia 9ºc
 
Aquilino Ribeiro
Aquilino RibeiroAquilino Ribeiro
Aquilino Ribeiro
 
Aquilino ribeiro
Aquilino ribeiroAquilino ribeiro
Aquilino ribeiro
 
Análise de poemas
Análise de poemasAnálise de poemas
Análise de poemas
 
Marcadores-de-leitura_proverbios_Aquilino-Ribeiro
Marcadores-de-leitura_proverbios_Aquilino-RibeiroMarcadores-de-leitura_proverbios_Aquilino-Ribeiro
Marcadores-de-leitura_proverbios_Aquilino-Ribeiro
 
Notícias da biblioteca 2.º periodo
Notícias da biblioteca 2.º periodoNotícias da biblioteca 2.º periodo
Notícias da biblioteca 2.º periodo
 
Aquilino ribeiro
Aquilino ribeiroAquilino ribeiro
Aquilino ribeiro
 
Aquilino ribeiro
Aquilino ribeiroAquilino ribeiro
Aquilino ribeiro
 
Os Maias de A a Z
Os Maias de A a ZOs Maias de A a Z
Os Maias de A a Z
 
Eco Escolas 11 12 - Auditoria Ambiental
Eco Escolas 11 12 - Auditoria AmbientalEco Escolas 11 12 - Auditoria Ambiental
Eco Escolas 11 12 - Auditoria Ambiental
 
HistóRia E Geografia De Portugal
HistóRia E Geografia De PortugalHistóRia E Geografia De Portugal
HistóRia E Geografia De Portugal
 
Papa tengo hambre
Papa tengo hambrePapa tengo hambre
Papa tengo hambre
 
Irea chemical enterprise products
Irea chemical enterprise productsIrea chemical enterprise products
Irea chemical enterprise products
 
Apprendre le chinois
Apprendre le chinoisApprendre le chinois
Apprendre le chinois
 
Diário Oficial de Guarujá 05-07-2012
Diário Oficial de Guarujá 05-07-2012Diário Oficial de Guarujá 05-07-2012
Diário Oficial de Guarujá 05-07-2012
 
Esquema de escritorio
Esquema de escritorio Esquema de escritorio
Esquema de escritorio
 
дружба
дружбадружба
дружба
 
Escola Africana [Modo De Compatibilidad]
Escola Africana [Modo De Compatibilidad]Escola Africana [Modo De Compatibilidad]
Escola Africana [Modo De Compatibilidad]
 
Pedro Alexandrino
Pedro AlexandrinoPedro Alexandrino
Pedro Alexandrino
 
CALENDÁRIO PUBLICITÁRIO
CALENDÁRIO PUBLICITÁRIOCALENDÁRIO PUBLICITÁRIO
CALENDÁRIO PUBLICITÁRIO
 

Semelhante a Aquilino Ribeiro

Eça de queirós
Eça de queirósEça de queirós
Eça de queirósmecca1337
 
Poetas e Escritores Republicanos
Poetas e Escritores RepublicanosPoetas e Escritores Republicanos
Poetas e Escritores RepublicanosMichele Pó
 
Destaques Enciclopédia 05-01-2015 a 11-01-2015
Destaques Enciclopédia 05-01-2015 a 11-01-2015Destaques Enciclopédia 05-01-2015 a 11-01-2015
Destaques Enciclopédia 05-01-2015 a 11-01-2015Umberto Neves
 
Autores de língua portuguesa
Autores de língua portuguesaAutores de língua portuguesa
Autores de língua portuguesaArmanda Ribeiro
 
George Orwell - Lutando na Espanha e Recordando a Guerra Civil
George Orwell - Lutando na Espanha e Recordando a Guerra CivilGeorge Orwell - Lutando na Espanha e Recordando a Guerra Civil
George Orwell - Lutando na Espanha e Recordando a Guerra CivilWesley Guedes
 
ApresentaçãO O Patrono
ApresentaçãO O PatronoApresentaçãO O Patrono
ApresentaçãO O PatronoBruno Cerdeiral
 
Miguel torga
Miguel torgaMiguel torga
Miguel torgaatilahab
 
Miguel torga gf
Miguel torga gfMiguel torga gf
Miguel torga gfLurdes
 
Miguel Torga Gf
Miguel Torga GfMiguel Torga Gf
Miguel Torga GfHelena
 

Semelhante a Aquilino Ribeiro (20)

Eça de queirós
Eça de queirósEça de queirós
Eça de queirós
 
Poetas e Escritores Republicanos
Poetas e Escritores RepublicanosPoetas e Escritores Republicanos
Poetas e Escritores Republicanos
 
Destaques Enciclopédia 05-01-2015 a 11-01-2015
Destaques Enciclopédia 05-01-2015 a 11-01-2015Destaques Enciclopédia 05-01-2015 a 11-01-2015
Destaques Enciclopédia 05-01-2015 a 11-01-2015
 
sombra julio frank
sombra julio franksombra julio frank
sombra julio frank
 
Sombrafrank
SombrafrankSombrafrank
Sombrafrank
 
Eça de queirós
Eça de queirósEça de queirós
Eça de queirós
 
projeto de leirura.pptx
projeto de leirura.pptxprojeto de leirura.pptx
projeto de leirura.pptx
 
Autores de língua portuguesa
Autores de língua portuguesaAutores de língua portuguesa
Autores de língua portuguesa
 
Projeto poesia - 2015
Projeto poesia - 2015Projeto poesia - 2015
Projeto poesia - 2015
 
George Orwell - Lutando na Espanha e Recordando a Guerra Civil
George Orwell - Lutando na Espanha e Recordando a Guerra CivilGeorge Orwell - Lutando na Espanha e Recordando a Guerra Civil
George Orwell - Lutando na Espanha e Recordando a Guerra Civil
 
Estudo da Língua Portuguesa - Autores Fundamentais
Estudo da Língua Portuguesa - Autores FundamentaisEstudo da Língua Portuguesa - Autores Fundamentais
Estudo da Língua Portuguesa - Autores Fundamentais
 
Contabilidade1
Contabilidade1Contabilidade1
Contabilidade1
 
ApresentaçãO O Patrono
ApresentaçãO O PatronoApresentaçãO O Patrono
ApresentaçãO O Patrono
 
Miguel torga
Miguel torgaMiguel torga
Miguel torga
 
Miguel torga gf
Miguel torga gfMiguel torga gf
Miguel torga gf
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel Torga Gf
Miguel Torga GfMiguel Torga Gf
Miguel Torga Gf
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 

Mais de Maria Pereira

Sopa de letras - poesia
Sopa de letras - poesiaSopa de letras - poesia
Sopa de letras - poesiaMaria Pereira
 
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'Maria Pereira
 
Folhas - Gedeão - Avelar Brotero
Folhas - Gedeão - Avelar BroteroFolhas - Gedeão - Avelar Brotero
Folhas - Gedeão - Avelar BroteroMaria Pereira
 
Biblioteca Escolar 2016-2017
Biblioteca Escolar 2016-2017Biblioteca Escolar 2016-2017
Biblioteca Escolar 2016-2017Maria Pereira
 
Utilizacao-colecao_2016-2017
Utilizacao-colecao_2016-2017Utilizacao-colecao_2016-2017
Utilizacao-colecao_2016-2017Maria Pereira
 
Reciclar transformando
Reciclar transformandoReciclar transformando
Reciclar transformandoMaria Pereira
 
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
'Uma estrela' - conto - Manuel AlegreMaria Pereira
 
Biblioteca escolar 2015 2016
Biblioteca escolar 2015 2016Biblioteca escolar 2015 2016
Biblioteca escolar 2015 2016Maria Pereira
 
Luís de Sttau Monteiro
Luís de Sttau MonteiroLuís de Sttau Monteiro
Luís de Sttau MonteiroMaria Pereira
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesMaria Pereira
 

Mais de Maria Pereira (20)

Sopa de letras - poesia
Sopa de letras - poesiaSopa de letras - poesia
Sopa de letras - poesia
 
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
Sopa de letras-2018-'Dia da Mulher'
 
Reported speech
Reported speechReported speech
Reported speech
 
Folhas - Gedeão - Avelar Brotero
Folhas - Gedeão - Avelar BroteroFolhas - Gedeão - Avelar Brotero
Folhas - Gedeão - Avelar Brotero
 
José Luís Peixoto
José Luís PeixotoJosé Luís Peixoto
José Luís Peixoto
 
Biblioteca Escolar 2016-2017
Biblioteca Escolar 2016-2017Biblioteca Escolar 2016-2017
Biblioteca Escolar 2016-2017
 
Dia da árvore-2017
Dia da árvore-2017Dia da árvore-2017
Dia da árvore-2017
 
Utilizacao-colecao_2016-2017
Utilizacao-colecao_2016-2017Utilizacao-colecao_2016-2017
Utilizacao-colecao_2016-2017
 
Passiva
PassivaPassiva
Passiva
 
Árvore 2017
Árvore 2017Árvore 2017
Árvore 2017
 
Auschwitz
AuschwitzAuschwitz
Auschwitz
 
Reciclar transformando
Reciclar transformandoReciclar transformando
Reciclar transformando
 
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
'Uma estrela' - conto - Manuel Alegre
 
Nacionalidades
NacionalidadesNacionalidades
Nacionalidades
 
Mário de Carvalho
Mário de CarvalhoMário de Carvalho
Mário de Carvalho
 
Biblioteca escolar 2015 2016
Biblioteca escolar 2015 2016Biblioteca escolar 2015 2016
Biblioteca escolar 2015 2016
 
Luís de Sttau Monteiro
Luís de Sttau MonteiroLuís de Sttau Monteiro
Luís de Sttau Monteiro
 
3 poemas ilustrados
3 poemas ilustrados3 poemas ilustrados
3 poemas ilustrados
 
Holocausto
Holocausto Holocausto
Holocausto
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixes
 

Último

Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptPedro Luis Moraes
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxandrenespoli3
 

Último (20)

Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 

Aquilino Ribeiro

  • 1. AQUILINO RIBEIRO 1PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 2. AQUILINO RIBEIRO 1885 - 13 de Setembro: Carregal de Tabosa, concelho de Sernacelhe - nasce Aquilino Gomes Ribeiro, filho de Joaquim Francisco Ribeiro e de Mariana do Rosário Gomes. 2PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 3. AQUILINO RIBEIRO No ano em que Aquilino chega ao mundo… • Émile Zola escreve Germinal; • Mark Twain publica Huckleberry Finn; • Guy de Maupassant publica Belami; • Guerra Junqueiro dá à estampa A Velhice do Padre Eterno; • Oliveira Martins publica a sua História da República Romana; • Ramalho Ortigão publica A Holanda; • Louis Pasteur inocula pela primeira vez o soro contra a raiva; • Circula o primeiro automóvel … 3PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 4. AQUILINO RIBEIRO • 1906: Passa a viver na capital iniciando a sua vida de escritor e jornalista. • 1907: Adere à Carbonária. É preso. • 1908: 12 de Janeiro: evade-se da prisão. Em Maio, refugia-se em Paris. • 1910: Proclamada a República, no final do ano vem a Portugal, regressando depois a França para continuar os estudos. 4PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 5. AQUILINO RIBEIRO • 1913: Publica o livro de contos Jardim das Tormentas. • 1914: Eclode a I Grande Guerra; em Agosto, regressa a Portugal com a mulher e o filho que nascera em Fevereiro. • 1915: Irá, durante três anos, dar aulas no Liceu Camões, em Lisboa. • 1918: É publicado o romance A Via Sinuosa. 5PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 6. AQUILINO RIBEIRO • 1919: Entra como bibliotecário na Biblioteca Nacional; publica o romance Terras do Demo. • 1924: Edição do livro infantil Romance da Raposa. • 1927: Envolve-se numa conspiração política e, perseguido, refugia-se de novo em Paris. 6PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 7. AQUILINO RIBEIRO • 1928: Adere ao movimento militar do Regimento de Pinhel. Abortado este, é preso e internado no presídio do Fontelo, em Viseu de onde se evade. Novo refúgio em Paris. • 1929: Em Junho casa de novo em Paris. Em Portugal, é julgado e condenado à revelia. 7PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 8. AQUILINO RIBEIRO • 1932: É amnistiado e instala-se na Cruz Quebrada. Publica o livro de novelas As Três Mulheres de Sansão, pelo qual lhe é atribuído em 1933 o Prémio Ricardo Malheiros. • 1935: É eleito sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa. • 1949: São publicados os textos de crítica literária Camões, Camilo, Eça e Alguns Mais; publica em separata o comentário à Editio Princeps de Os Lusíadas; é ainda publicada uma edição de luxo de O Malhadinhas; colabora na propaganda da candidatura do general Norton de Matos à Presidência da República. 8PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 9. AQUILINO RIBEIRO • 1952: Entre Março e Junho, vai de visita ao Brasil, onde é homenageado. • 1956: É fundada em Lisboa a Sociedade Portuguesa de Escritores, sendo Aquilino eleito como seu presidente. • 1957: A Bertrand inicia a colecção Obras Completas de Aquilino Ribeiro; sai a crónica romanceada A Casa Grande de Romarigães e edita-se a sua tradução do D. Quixote de la Mancha, de Cervantes. 9PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 10. AQUILINO RIBEIRO • 1958: É eleito sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa. Publica o romance Quando Os Lobos Uivam, obra que viria a ser proibida pela censura. É membro da Comissão de Candidatura do general Humberto Delgado. • 1959: Prefacia a tradução do romance de Pasternak, Dr. Jivago. 10PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 11. AQUILINO RIBEIRO • 1963: 27 de Maio - no Hospital da CUF, em Lisboa, morre Aquilino. • 1986: É criado em Viseu o Centro de Estudos Aquilino Ribeiro. • 2007: É oficialmente decidida a trasladação dos restos mortais de Aquilino para o Panteão Nacional de Santa Engrácia (o que ocorrerá em 19 de Setembro). 11PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 12. AQUILINO RIBEIRO [...] Aquilino Ribeiro, nado, criado e afincado no pesponto de três concelhos e em três aldeias (Carregal da Tabosa, onde nasceu; paga as décimas em Sernancelhe; Alhais onde foi baptizado; vai para Vila Nova de Paiva; e Soutosa onde estabeleceu casa e vivia, pertence ao concelho e comarca de Moimenta da Beira) depois de ter corrido meio mundo e de ter estudado em seminários, liceus, colégios e universidades, desde o dito colégio da Lapa à Sorbonne, onde esteve para defender tese, pode bem dizer-se o escritor mais representativo do Portugal do nosso tempo. Escritor popular no sentido de andar em todas as mãos, não o foi. [...] in Aquilino Ribeiro – Cadernos F.A.O.J – p. 5 12PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 13. AQUILINO RIBEIRO 13PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 14. AQUILINO RIBEIRO [...] Mas foi sem dúvida o mais lídimo representante dos escritores da primeira metade deste século, acompanhando a onda de insatisfação contra a monarquia, na sua juventude, participando activamente na vida intelectual e política, na República, e conspirando contra a ditadura, sofrendo-a e recalcitrando contra ela, em quase metade da sua vida. [...] in Aquilino Ribeiro – Cadernos F.A.O.J – p. 5 14PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 15. AQUILINO RIBEIRO [...] Na obra de Aquilino Ribeiro vivem os camponeses e os citadinos, os frades maganões e os arrieiros, os mestres de obras e os homens do foro ou da arte de curar, os políticos trocatintas e os jornalistas de nariz no ar a farejar a notícia só pelo prazer de meter a colherada em seara alheia; mas essa obra sólida, viva, duradoira só é possível ter a vida que tem e as formas que lhe deram graças ao lastro da cultura que o seu autor absorveu e foi sempre aumentando, à medida que os anos passavam e que as ciências e as letras iam avançando. [...] 15PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 16. AQUILINO RIBEIRO • Danado aquele Malhadinhas de Barrelas, homem sobre o meanho, reles de figura, voz tão untuosa e tal ar de sisudez que nem o próprio Demo o julgaria capaz de, por um nonada, crivar à naifa o abdómen dum cristão. Desciam-lhe umas farripas ralas, em guisa de suíças, á borda das orelhas pequeninas e carnudas como cascas de noz; trajava jaleca de montanhaque; sapato de tromba erguida; faixa preta de seis voltas a aparar as volutas dobradas da corrente de muita prata – e Aveiro vai, Aveiro vem, no ofício de almocreve, os olhos sempre frios mas sem malícia, apenas as mandíbulas de dogue a atraiçoar o bom-serás, as suas façanhas deixaram eco por toda aquela corda de povos que anos e anos recorreu. […] 16PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 17. AQUILINO RIBEIRO [...] Interveniente na vida pública não mais deixaria de o ser. Professor do liceu, funcionário da Biblioteca Nacional, fez parte do grupo de fundadores da «Seara Nova», revista de política e crítica que marcava pela independência. Ao cair o tampão do 28 de Maio sobre a vida portuguesa, Aquilino sentiu de novo o sangue subir-lhe às fontes. Entraria no 7 de Fevereiro de 1927, em Lisboa, comandando os grupos civis que atacaram o Arsenal. Depois, novo exílio, entrada clandestina em Portugal, a Serra da Nave por dormitório e a Revolta de Pinhel, em 1928. Novo exílio [...]. Em terras de França, novamente, casaria segunda vez e lá lhe nasceu também o segundo filho. [...] 17PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 18. AQUILINO RIBEIRO […] Sendo antes de tudo um escritor, mais do que um ficcionista, pois que lhe faltam os dotes de imaginação de que Camilo era altamente provido, Aquilino acreditou a vida toda no ofício de escrever como vocação e como realização da sentença buffoniana de que "o estilo é o homem". Para atingir seu objectivo, teve de levantar um impressionante vocabulário e uma rica sintaxe, e não duvidou em fazer uso de arcaísmos e tipismos regionais de sua província natal, a Beira Alta.[…] in A Literatura Portuguesa (Massaud Moisés) 18PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 19. AQUILINO RIBEIRO Foi o escritor de todos os superlativos. Chamaram-lhe mestre, "o poderoso Aquilino", "um dos maiores prosadores da língua portuguesa", "dos mais bem situados nas nossas estantes, de Gil Vicente e Fernão Lopes a Vieira e Camilo", "figura de encruzilhada cultural, entre o primitivismo rural e o amor gratuito da erudição livresca", "de estilo assente na miúda reticulação das fibras que conjuga um mundo recôndito de coisas vindas das retinas, dos tímpanos, das papilas sensitivas à flor da pele e das mucosas"... e toda a adjetivação se torna penosamente frouxa e pleonástica perante o autor de setenta títulos, que viu na sua vida ( sinuosa como no título do seu romance) um inesgotável alforge para as suas aventuras literárias - e que o trazia sempre preso à ilharga, cheio de campo e seiva e o bichedo das serranias beirãs lá dentro, mesmo quando se viu citadino, "emigrado" em Lisboa, enjaulado em calabouços (por duas vezes), cosmopolita, exilado em Paris (também por duas vezes), e na Alemanha... Era um cidadão do mundo, mas as raízes da terra nunca lhe largaram os tornozelos. Na sua obra cabe quase um século inteiro, com as suas vezes e revezes. […] 19PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 20. AQUILINO RIBEIRO 20PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 21. AQUILINO RIBEIRO É uma casa de traça antiga, toda em pedra e rodeada de terra de cultura, onde viveram os avós de Aquilino. Situa-se em Soutosa, município de Tondela. Era aqui que o escritor passava o verão e onde escreveu algumas da suas obras. (…) Desde 1988 esta casa abriga a Fundação Aquilino Ribeiro. (Adaptação) 21PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 22. AQUILINO RIBEIRO • «O Malhadinhas» é, porventura, a obra mais conhecida de Aquilino Ribeiro. Num longo monólogo, menos registo de som que registo psicológico e através duma linguagem filtrada na sua vera substância popular, um almocreve dos grandes caminhos, pícaro da meseta, desfia a sua crónica aventurosa e recria o viver perdido duma grossa e laboriosa aldeia isolada entre serras do interior, gótica e intacta nos seus costumes, imagem derradeira de um Portugal bárbaro e forte que morreu. - Livraria Bertrand - 22PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 23. AQUILINO RIBEIRO Podemos dizer que a riqueza de linguagem em O Malhadinhas dispersa-se pela narração e pela descrição, pelos diálogos e pelo monólogo interior, pela reflexão e pela efusão lírica. Predomina a linguagem popular nos diálogos em que as personagens falam os seus "dialectos", as suas falas, dando-nos assim a cor local. Surgem algumas expressões de carácter retintamente popular, como:vossorias, passando-lhe a manápula, a rês que eu era, sem tugir nem mugir, a tocar berimbau, tem-te nas gâmbias, etc. Abundam as onomatopeias: chiu, trupe, trupe, dobra que dobra, trota que trota, béu, béu, etc.; as aliterações: prato a tinir contra prato, eram como pedra que caía num poço, etc.; as conotações; as comparações, as metáforas e as imagens para exprimir os seus sentimentos e juízos de valor. Não faltam os provérbios: ...mente Marta como sobrescrito de carta...; guarda-te de homem que não fala e de cão que não ladra...; a homem ruivo e a mulher barbuda de longe os saúda. Nem falta o calão:... você havia de engolir a bosteiral; o filho duma grandessíssima reco; mas o machacaz pôs-se a abanar a cornadura... 23PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 24. AQUILINO RIBEIRO Era um cidadão do mundo, mas as raízes da terra nunca lhe largaram os tornozelos. Na sua obra cabe quase um século inteiro, com as suas vezes e revezes. Na vida coube um romantismo aventuroso à Victor Hugo, que sempre mostrava peito feito às tiranias e aos despotismos vários. Não se vergava nem às sotainas da sua adolescência, nem aos ferrolhos das prisões, nem a juízes, monarcas ou ditadores. [...] 24PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 25. AQUILINO RIBEIRO 25PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 26. AQUILINO RIBEIRO 26PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 27. AQUILINO RIBEIRO • Havia três dias e três noites que a Salta-Pocinhas – raposeta matreira, fagueira, lambisqueira – andava por aquelas brenhas, sempre a correr, sempre a bater, sem conseguir por a unha em outra presa além duns míseros gafanhotos, nem atinar com abrigo em que pudesse dormir um soninho descansado. Desesperada de tão pouca sorte, vinham-lhe tentações de tornar para a cova dos pais, onde a cama era mais quente e segura que no castelo dum rei, e onde nunca faltava galinha, quando não fosse fresca, de conserva, ou então coelho bravo, acabado de degolar. Mas temia-se da mãe, que, ao cabo duma semana de fome, depois do assalto à capoeira dum lavrador, em que vira a morte a dois passos, tivera com ela esta fala: • - Salta-Pocinhas, minha filha, de hoje em diante é preciso mudar de rumo. Sabes, quando entrar a lua nova – e já não faltam grandes dias para chegar às portinhas do céu – estás raposa feita: dezoito meses rijos e feros, dentes todos, boa saia de peluche. Teus irmãos aí andam por esses matos, ganhado o pão como Deus é servido. O Pé-Leve saiu um azougue de finura... in ‘Romance da Raposa’ – Aquilino Ribeiro 27PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 28. AQUILINO RIBEIRO 28PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 29. AQUILINO RIBEIRO 29PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 30. AQUILINO RIBEIRO • Pelo braço de estrada fora rompiam ranchos em algazarra, bestas rinchonas caracolando e maltas de varapaus leva que leva. Lá adiante, ao morrer da baixa, o melhor duma aldeia, harmónio fungando, cores a bezerrar, avançava em animado passo de dança. Sozinhos, chegados um ao outro, lá passavam dois casadinhos de fresco; bem se lhes via nos olhos muito mexidos o regalo de se mostrar. Tropicavam azeméis com velhos de capote e chapéu braguês para a nuca, e éguas de alabarda com matronas de lenço de seda, peito coberto de oiro e tamanquinha de Viseu no bico do pé. Para aguentar o passo, outras mulheres tinham tirado as chinelas e com elas na mão, a par do sombreiro, ou à cabeça sobre o xaile, desinhavam-se todas, tep, tep. E lá seguia tudo a catrapós, no frenesi de meter com sol à festa que o mês de Agosto c'os seus santos ao pescoço não tinha melhor que a Senhora da Lapa, a rica Senhora da Lapinha. • in ‘Terras do Demo’ – Aquilino Ribeiro 30PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 31. AQUILINO RIBEIRO • Depois de se evadir, ficou algum tempo em Lisboa a cometer imprudências, nas barbas da polícia. O pai veio em seu auxílio, a reunir migalhas. Partiu para o exílio, na manhã de 1 de Junho de 1908, apanhou o Sud-Express, no Entrocamento, de valise na mão: "Ao Diabo a sisudez e o medo da vida!". Em Paris residiu seis anos, em convivência com artistas e escritores. Regressou com a proclamação da República mas retornou à Sorbonne, cursando letras e filosofia. Aí conhece a primeira mulher, a alemã Grete Tiedermann. Passa por Berlim e Parchin, instala-se em Paris, onde em 1913 escreve o seu primeiro livro de contos, Jardim das Tormentas. "O certo é que Paris, o Paris dos rapins, das porteiras, do beijo à boca farta, da lâmpada de álcool para aquecer a refeição pronta da charcuterie, do modelo pindérico e desnalgado, do cocuage dos amigos e pelos amigos, do Bal Bullier e do Bal des Quat'z Arts, dum dia de fartura e de seis de lazeira, da tasca na fraterna comensalidade de galdérias, rufiões, sábios, niilistas e poetas, tornara-se-lhe imprescindível como a casca do caracol". in ‘Por obra e graça’ - Aquilino Ribeiro 31PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 32. AQUILINO RIBEIRO • La Closerie des Lilas era ponto de paragem obrigatória para artistas e poetas. Era neste café de Montparnasse que estabelecera a sua reputação com Émile Zola, Paul Cézanne e Théophile Gautier no final do século XIX que Aquilino Ribeiro parava muitas vezes no seu primeiro exílio parisiense. [...]Ao lado do café havia um espaço de bailes populares, os artistas andavam por ali, Lenine jogava lá xadrez e é até possível que Aquilino o tenha conhecido. Mas não sabemos ao certo.“ http://www.publico.pt/cultura/jornal/aquilino-o-escritor-dos-cafes-de-paris-e-dos-bolinhos-de- bacalhau-26062861#/0 32PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 33. AQUILINO RIBEIRO Homem de convicções fortes que deixou para trás o seminário para se tornar jornalista, Aquilino teve um vida cheia de aventuras, que incluiu guardar dinamite que viria a explodir no seu quarto, duas fugas da prisão, anos de exílio e temporadas na clandestinidade, escondido na Beira e no Minho, territórios que conhecia bem e cujas paisagens descreve demoradamente em muitos dos seus livros. http://www.publico.pt/cultura/jornal/aquilino-o-escritor-dos-cafes-de-paris-e-dos-bolinhos-de-bacalhau-26062861#/0 33PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 34. AQUILINO RIBEIRO • Já com um prestígio muito ancorado, o escritor publica o famoso romance Quando os lobos uivam, duplamente célebre pelo conteúdo e pelo inacreditável processo salazarento que se lhe moveu. É pronunciado como arguido pelo crime de abuso de liberdade de expressão, sujeito ao vexame dos interrogatórios, à afronta das mesquinhas diligências processuais. 34PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 35. AQUILINO RIBEIRO 35PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013
  • 36. Bibliografia e Endereços Eletrónicos • http://www.vidaslusofonas.pt/aquilino.htm • http://www.publico.pt/cultura/jornal/aquilino-o-escritor-dos-cafes-de-paris-e-dos-bolinhos-de-bacalhau- 26062861#/0 • http://visao.sapo.pt/aquilino-ribeiro--a-arvore-da-vida=f717056 • http://www.discoverdourovalley.com/content/casamuseuaquilinoribeiro/dou6CAB1D7DA68A2E20A • Moisés, Massaud – A Literatura Portuguesa • Rego, Raul – Cadernos F.A.O.J: Aquilino Ribeiro • Ribeiro, Aquilino – O Malhadinhas. Lisboa: Livraria Bertrand, 1979 • Ribeiro, Aquilino – Romance da Raposa. Lisboa: Aillaud e Bertrand, 1924 • Revista Visão, 7 de março de 2013, p.80-84 36PB - Biblioteca Escolar EPADD - 2013