2.
a) Os árcades e o movimento neoclássico
b) A sátira de Bocage
1. Arcadismo
3.
a) Fundamentos históricos e a ruptura com o
paradigma clássico
b) A produção de Almeida Garret
c) A representação do popular em Alexandre
Herculano
d) O romance campesiano de Júlio Dinis
e) O romance de Camilo Castelo Branco
2. Romantismo
4.
a) A questão Coimbrã
b) A epifania da sociedade burguesa na obra de Eça
de Queiró
c) A produção poética de Guerra Junqueira
d) A modernidade na poética de Antero de Quental
e) Cosmopolitismo e modernidade em Cesário Verde
3. Realismo-Naturalismo
5.
No fim do século XVIII e no início do século XIX,
predominou na arte europeia o Neoclassicismo, ou
Arcadismo.
Neoclassicismo, do grego neo, “novo”. Significa
“novo classicismo”, retomada da cultura clássica,
greco-romana.
Arcadismo vem do fato de as concepções clássicas
serem a base para o ensino nas academias, as escolas
de belas artes mantidas pelo governo.
Século XIX na Europa:
as inovações na arte
6.
Os historiadores de arte focam duas dominantes na
produção dos artistas que reagiram ao
Neoclassicismo:
A paleta cromática – pela valoriação da cor em suas
nuanças matizadas em contrastes de claro-escuro;
A temática – fatos do contexto histórico como
cenários de representação pictural de sua época em
que se evidencia o interesse por este tema muito
mais do que por temas da mitologia greco-romana.
A natureza também passa a ser tema da pintura.
As inovações na pintura
8.
A pintura de temas históricos já era um gênero
importante mas, a exemplo de outros artistas, Goya o
enriqueceu com a produção desse quadro que
representa o fuilamento de Moncloa, configurada em
cena bélica por força da ação dos soldados franceses
em execução a um grupo de cidadãos espanhóis
resistentes à ocupação de seu país pelo Imperador
Napoleão I.
O fuzilamento torna-se um pretexto plástico para
Goya expressar a luta pela liberdade contra a tirania.
9.
OS ÁRCADES E O MOVIMENTO NEOCLÁSSICO
A Europa Ocidental do século XVIII possui uma
estrutura socioeconômica, e, por extensão, cultural, que
a distingue nitidamente de Portugal, apesar desse país
procurar seguir alguns de seus passos.
Na Inglaterra do século XVIII, a burguesia assumiu o
poder.
Arcadismo e
Neoclassicismo
10.
Na França, isso ocorrerá só em 1789.
No século XVIII, os ingleses viverão a Revolução
Industrial e a ascenção ao capitalismo.
Essas transformações das técnicas de produção
acarretaram o grande desenvolvimento das ciências
naturais, pois, para expandir a produção, era preciso
conhecer as propriedades da matéria.
O conhecimento da relaidade, mediante o método
experimental e analítico, acabou por apresentar
modelo para as ciências humanas.
11.
O século XVIII é também chamado século das luzes.
A origem de todo esse movimento de nome
Iluminismo começou na França.
Esse termo iluminismo está relacionado com o
esclarecimento, porque, para os iluministas, os
homens da sociedade do antigo regime viviam nas
“trevas da ignorância”.
Para eles o homem é produto do meio em que vive.
O século das luzes
12.
O reinado da fé foi substituído pela crença na
racionalidade.
Cientistas como Isaac Neewton e os filósofos
Descartes, Voltaire, Diderot, Rosseau, e
Montesquieu, adotam a razão como parâmetro para
analisar as crenças tradicionais, as opiniões políticas
e a organização social.
Para eles, a razão e a ciência seriam os “faróis” que
guiariam o ser humano para longe do obscurantismo
e da ignorância que haviam predominado em
séculos anteriores.
13.
O despotismo “das luzes”começou em Portugal a
partir de 1755, com o reinado de D. José.
Seu grande promotor foi o Marquês de Pombal que,
em parte, adotou teorias de alguns pedagogos e
portugueses que tinham vivido no estrangeiro.
O Iluminismo desempenhou igualmente um papel
decisivo na cultura em geral e, em particular, na
educação regular.
O iluminismo em
Portugal
14.
A lei de 1790, unifica a jurisdição em todo país, no
sentido de abolir os privilégios feudais e de impor a
todos a autoridade única da Coroa;
Adota a política de intervenção direta no ensino e no
sistema cultural mediante a censura estatal;
O ensino jesuítico é proibido e substituído por uma
educação renovada e mais progressiva;
A Universidade de Évora, cujos proprietários eram
jesuítas, foi extinta;
Medidas iluministas
15.
Surgiu em Lisboa, uma Escola de Comércio para os
jovens burgueses;
Em 1768 estava cria da a imprensa régia;
Surge uma nova Lisboa: metade da cidade foi
destruída por um terremoto.
O futuro Marquês de Pombal, ao invés de reedificar
a cidade, mandou destruir as ruínas e decidiu que
fosse levantada uma cidade “esclarecida”:
racionalmente planejada e edificada, com ruas,
praças e casas traçadas à régua e compasso.
16.
Em Portugal, por influência italiana, os escritores
fundaram academias literárias e cultivaram a poesia
de ambientação campestre, que celebrava a vida
pastoral. A primeira academia literária portuguesa,
que deu início ao movimento neste país foi a Arcádia
Lusitana, fundada em 1756.
Outra importante academia árcade de Portugal foi a
Nova Arcádia, fundada em 1790 e que contou com
um dos maiores poetas portugueses do século XVIII:
Bocage.
O arcadismo em
Portugal
17.
O gênero literário predominante no Arcadismo português
foi a poesia, embora tenha havido criação em outros
gêneros também.
O gênero literário predominante no Arcadismo português
foi a poesia, embora tenha havido criação em outros
gêneros também.
Dentre os principais nomes do Arcadismo português
temos: Cruz e Silva, Correia Garção, Reis Quita, Nicolau
Tolentino, Filinto Elísio, Marquesa de Alorna e Bocage.
18.
1. ARCADISMO: palavra que deriva de Arcádia,
região da Grécia onde pastores e poetas, chefiados
pelo deus Pan, dedicavam-se à poesia e ao pastoreio,
vivendo em harmonia perfeita com a naturea.
A Arcádia simbolizava o ideal de vida.
No século XVIII o termo Arcádia designava também
as academias literárias que foram criadas na Europa.
Características
19.
2. NEOCLASSICISMO: (neo = novo) : nome que
deriva do fato de os escritores da época imitarem os
clássicos, quer voltando-se para a Antiguidade
greco-romana, quer imitando os escritores do
Renascimento.
3. Retoma-se também da Antiguidade clássica o
fugere urbem, expressão latina que significa fugir da
cidade, considerada fonte de tormentos impostos
pela civilização.
20.
1. Considera-se como ideal uma vida simples,
comum, desprezando-se o luxo e os adornos da
cidade.
2. Bucolismo: o campo é considerado uma espécie de
paraíso perdido, sobretudo pelo homem europeu
que estranhava a movimentação das cidades,
atribuídas pela expansão da Revolução Industrial
que se iniciava.
Temática
21.
a) O homem que vive em contato com a natureza é
bom e puro;
b) A paisagem do campo é tranquila, sonora e
harmoniosa;
c) O vocabulário apresenta muitos termos ligados à
vida campestre.
Concenções na poesia
árcade
22.
a) Rejeitam-se as formas barrocas, por considerar-se
que elas pouco apelam para a razão, sendo confusas
e rebuscadas. Por isso preferem:
Construir períodos curtos; - empregar vocabulário
mais fácil que o dos barrocos; - utiliar mais a
comparação que as metáfora; - utilizar verso sem
rima ( verso branco).
A poesia aproxima-se mais da prosa.
Os sujeitos e seus lugares: Parede-Memóri Virtual
Forma
24.
Apreciar a produção de Manuel Maria Barbosa du
Bocage é focar sua produção poética, em especial, a
sátira dentre outras produções.
Foi na lírica, em especial nos sonetos, que Bocage
atingiu o ponto alto se sua obra, embora também
tenha se destacado como poeta satírico e erótico.
Bocage é considerado o melhor escritor português do
século XVIII e, ao lado de Camões e de Antero de
Quental, um dos três maiores sonetistas de toda a
literatura portuguesa.
25.
O termo Romantismo fa referência à estética definida
pela expressão da imaginação, das emoções e da
criatividade individual do artista.
Representa uma ruptura com os padrões clássicos.
O movimento provoca uma verdadeira revolução na
produção artística e assim, suscita muitas
expectativas no horionte de um novo público leitor.
Romantismo
26.
Goya pintor espanhol, se afirma, dentre outros, como
uma grande referência na História da Arte no
período do Romantismo, pois, no processo de
ruptura começa a produir a série Os desastres da
guerra que foi realiada entre 1810 e os últimos anos
de sua vida.
Goya guardo-a para sua segurança e jamais a editou,
salvo algumas provas.
A academia concluiu a primeira edição, em 1863.
As inovações na pintura
28.
A primeira edição apareceu em 1863, publicada por
iniciativa da Real Academia de Belas-Artes de São
Fernando.
Seguiram outras publicações em 1892, 1903 e 1906.
Desde outubro de 188 Goya desenhou rascunhos
preparatórios.
Começou a gravar pranchas em 1810, ano que
aparece em várias delas.
30.
Outro artista contemporâneo é o pintor francês
Eugène Delacroix que expõe em sua paleta temas da
guerra e modula a importância do povo para os
artistas românticos na produção da tela A liberdade
guiando o povo, 1830.
32.
Os corpos empilhados sob os pés de uma mulher
sensual que simboliza a liberdade, envocam o custo
de muitas vidas de cidadãos parisienses que o
movimento transformador do cenário social europeu
trucidou.
33.
O Romantismo como escola literária apresenta suas
primeiras manifestações no final do século XVIII nos
países europeus mais desenvolvidos, como
Alemanha e Inglaterra.
O romance Werther, do escritor Goethe, publicado
em 1774, pode ser considerado como o marco inicial
da escola romântica na Europa.
A euforia advinda do contexto da Revolução, em
consonância com as perspectivas de ascenção
econômica e individual, é o suporte e a inspiração de
uma literatura que retrata emoções individuais.
Cenário histórico
34.
O atribulado início do século XIX em Portugal expõe
o horizonte do que são os anos oitocentos.
O regente D.João VI – seguidor da política externa da
mãe louca, D. Maria I – desenvolveu uma política
diplomática muito dúbia para com a Espanha,
Inglaterra e França.
Nesse ínterim, a família real e o governo fugiram
para o Brasil e durante 14 anos a metrópole
transformou-se em colônia da colônia.
O Romantismo em
Portugal
35.
Liberdade de criação e mistura dos gêneros
Criação como impulso/ruptura de regras
Subjetivismo e valoriação do eu
Pessimismo e mal-do-século
Culto ao fanatismo, ao sonho
Valores burgueses: trabalho, sacrifício e esforço
Romantismo: o projeto literário,
caracteristicas, representantes
36.
Produção de Almeida Garret (1799 – 1854)
A representação do popular em Alexandre
Herculano: lendas e narrativas, 1851
O romance campesino de Júlio Dinis
O romance passional de Camilo Castelo Branco
Principais representantes e
sua produção
37.
A Revolução Industrial constitui a força propulsora
das mudanças no modo de produção que se tornou
paradigma para a reordenação da economia mundial
no século XIX, que exerceu radical influência sobre a
reorientação da mentalidade realista.
As transformações sociais provocaram novos modos
de significar a existência e novas forms de explicar o
modo de ser do mundo capitalista.
Realismo-Naturalismo
38.
A partir da segunda metade do século 20, as
concepções estéticas que nortearam o ideário
romântico começaram a perder espaço. Uma nova
tendência, baseada na trama psicológica e em
personagens inspirados na realidade, toma conta da
literatura ocidental. Estava inaugurado o Realismo-
Naturalismo.
Cenário histórico
39.
O Realismo português iniciou-se em 1865 com a
Questão Coimbrã e entrou em decadência em 1890.
Terminou em 1900, com a morte de Eça de Queirós.
O movimento português estáligado ao surgimento
de um grupo de intelectuais – a geração de 70 –
liderado por Antero de Quental, do qual faiam parte
Teófilo Braga e Guerra Junqueiro, entre outros.
Foi bastante influenciado pelo Realismo francês,
profundamente anticlerical, antiburguês e anti-
romântico.
O realismo-naturalismo
em Portugal
40.
Registro da relidade de forma objetiva e exata
Presença do cotidiano
Personagens representativas
Valoriação do presente
Anticlericais antimonárquicos, antiburgueses
O projeto literário, caracteristicas,
representantes