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O medronheiro:
da diversidade à ecologia
Maria Margarida Ribeiro1,2*, Luis Quinta-Nova1,3*
1 Unidade Departamental de Silvicultura e Recursos Naturais, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico
de Castelo Branco, Castelo Branco; Centro de Estudos Florestais, ISA-UTL, Lisboa
2 Centro de Estudos Florestais, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa. Portugal.
3 Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade, Castelo Branco. Portugal.
III Ciclo de Conferências
Conselho Técnico-Científico
Enquadramento do trabalho
…o medronheiro é uma espécie autóctone, tolerante ao
stresse hídrico, a solos de baixa fertilidade e com uma
resistência activa a incêndios florestais.
Rebentação de toiça  Sertã-Figueiredo
Enquadramento do trabalho
…a vontade dos produtores de, apoiados em financiamento, apostar
em modernas plantações, com recurso a plantas melhoradas…
(conclusões das 1as Jornadas do Medronho, 2012, Coimbra) e a
resultados no âmbito do projeto ARBUTUS
Medronhal natural do proprietário José Simão no
Couzido (Sertã-Figueiredo).
Plantação de medronheiros do proprietário Jorge
Simões no Estreito (Oleiros) com cerca de 9 anos.
Nº Tarefas Parceiros Responsável
1 Colheita e preparação de amostras
IPC;IPCB;
INIAV;UC
Filomena
Gomes
2
Propagação e conservação de material
seleccionado
IPC;IPCB;
INIAV;UC
Jorge Canhoto
3 Análise química, física e fenológica dos frutos IPC; UC Justina Franco
4 Análise da qualidade da aguardente
IPC;
INIAV
Goreti Botelho
5 Diversidade genética e sistema de cruzamento IPCB; INIAV
Margarida
Ribeiro
6 O impacto económico para o sector agro-florestal
IPC;
ADPM
Fátima Oliveira
PTDC/AGR-FOR/3746/2012
ARBUTUS: Melhoramento das plantas e da qualidade dos produtos
de Arbutus unedo para o sector agro-forestal
Objetivos
tarefa 5
Recolha de
amostras de
plantas
selecionadas
Produção de plântulas por via
seminal para o estudo da
paternidade(30 árvores-mãe)~12
plântulas cada + 103 ‘pais’
Recolha de
amostras de 30
indivíduos em 15
populações
Extração do DNA de todo o
material
Caracterização biofísica e
ecológica dos povoamentos de
medronheiro amostrados em
Portugal usando ferramentas SIG
Relacionar os factores
ecológicos com os padrões de
diversidade genética
Qual a estrutura
genética das
populações?
Qual o sistema de
cruzamento e o fluxo
genético’
Impacto no
melhoramento
e na conservação
dos recursos
genéticos
Quais os
fatores
demográfico
que
determinaram
a estrutura?
Qual a
estrutura
genética das
populações?
Objetivos
específicos
Diversidade
Localização das 15 populações e presença de
medronheiro no Inventário Florestal Nacional (2006)
Sigla População Região
HP Herdade Parra Silves
SM São Mamede S. São Mamede
G Gardunha
Serra da
Gardunha
CH Chaves Vila Real
AV
Alvoco da Serra e
Vide
Guarda
ON Oleiros Norte Castelo Branco
PS Pampilhosa da Serra Coimbra
B Bragança Bragança
PG Peneda-Gerês S. Peneda-Gerês
BV Barranco do Velho
Sotavento
Algarvio
M Monchique
Serra de
Monchique
SF Sertã Castelo Branco
A Mata do Solitário S. Arrábida
EC Espinhaço Cão Barrocal Algarvio
V Viseu Viseu
Colheita de amostras
Recolha de folhas para extracção de
DNA e posterior genotipagem com
microssatélites e georreferenciação
dos indivíduos amostrados
Recolha de folhas
Arrábida
Recolha de folhas
Oleiros
Recolha de folhas
Oleiros15 povoamentos e 30
indivíduos por
povoamento.
Recolha de folhas
Gardunha
Recolha de folhas na
Sertã-Figueiredo
Georreferenciação,
Serra de S. Mamede
Recolha de
amostras de 30
indivíduos na
população da
Gardunha
Preparação de amostras e
genotipagem
Extração do DNA de todos os
indivíduos amostrados e
genotipagem com 4 do cloroplasto
Planta amostrada na
Serra da Gardunha
Preparação do produto
PCR para o sequenciador
automático
Preparação das
amostras para extração
do ADN
Análise dos fragmentos do
microssatélite do cloroplasto
AU2
Martínez-Alberola et al. 2013
cpSSR
 A diferenciação devido à deriva genética é
mais nítida  fragmentação
 Mais fácil de detetar afunilamentos
genéticos
 O DNA de cloroplasto das angiospérmicas é
de herança maternal  fluxo genético 
através da dispersão da semente
 Estes marcadores tem especial interesse para
estudar padrões de colonização
 O tamanho efetivo da população para o
cpDNA é mais pequeno do que para o nuDNA
Material e métodos
 15 populações naturais  ~ 30 ind./pop.
 4 microssatélites do cloroplasto (cpSSRs) polimórficos de
herança maternal  15 haplótipos
 Diferenciação genética entre populações estimada através das
estatísticas de diversidade haplotípica
 Elaboração de uma rede de haplótipos
 Agrupamento das populações usando estatística Baiseiana:
BAPS
 Análise de variância molecular (AMOVA), usando o modelo
hierárquico e não hierárquico.
Agrupamento espacial: BAPS*
A análise BAPS indica uma partição dos 15
povoamentos estudados em 4 grupos.
Um grupo a Norte, incluindo populações a
Norte do Rio Douro, um grupo Central, com
as populações do interior e litoral, um grupo a
Sul, na região do Algarve, e um quarto grupo
com uma só população (Serra de S. Mamede:
SM).
Grupo 1: [M, PG, CH, B; estrela vermelha],
Grupo 2: [HP, BV, EC; estrela verde];
Grupo 3: [A, SF, ON, G, AV, PS, V; estrela azul]
Grupo 4: [SM, estrela amarela].
*BAPS: Bayesian Analysis of Population Structure
AMOVA
Fonte de variação g.l. SQ
Componentes
da variância
% da
variância
total
Φ P
(a) Todas as populações
Entre pops. 14 3619.38 8.37 54.72 Φst = 0.55 <0.0001
Dentro pops. 436 3018.89 6.92 45.28
Total 450 6638.27 15.29
(b) AMOVA hierárquica
Entre grupos BAPS 3 310.689 0.99534 49.69 Φct = 0.50 <0.005
Entre pops. dentro dos grupos 11 42.920 0.09953 4.97 Φsc = 0.10 <0.0001
Dentro pops. 436 396.005 0.90827 45.34 Φst = 0.55 <0.0001
Total 450 749.614
Análise de variância molecular (AMOVA) das populações de medronheiro considerando todas
as populações (a) e com o agrupamento obtido através de BAPS (b). SQ=soma dos desvios ao
quadrado, g.l.=graus de liberdade, P=probabilidade de se obter um valor mais extremo só
devido ao acaso.
Distribuição e frequência dos haplótipos
Código Haplótipo Número Frequência
H1 306/282/385/370 1 0.002
H2 306/283/385/372 7 0.016
H3 306/285/385/372 6 0.013
H4 306/294/385/372 1 0.002
H5 307/278/385/372 3 0.007
H6 307/279/385/372 70 0.155
H7 307/282/385/372 6 0.013
H8 307/283/383/372 1 0.002
H9 307/283/385/370 2 0.004
H10 307/283/385/372 291 0.645
H11 307/284/385/372 13 0.029
H12 307/285/385/372 3 0.007
H13 307/294/385/372 44 0.098
H14 308/279/385/372 1 0.002
H15 308/283/385/372 2 0.004
Frequência dos Haplótipos/População
0,000
0,100
0,200
0,300
0,400
0,500
0,600
0,700
0,800
0,900
1,000
AV V PS G SF ON A SM CH PG B M BV HP EC
Centro SM Norte Algarve
H1 H2 H3 H4 H5 H6 H7 H8 H9 H10 H11 H12 H13 H14 H15
O H10 é o haplótipo mais frequente em todas as pops, exceto na população SM, G e ON.
Na pop SM não existe H10 e têm 1 haplotipo privado H4.
As populações PG e M só têm um haplótipo H10
A população EC têm o maior nº de haplótipos (6) e um haplótipo privado, H12
A população AV tem tb 2 haplótipo privado: H1 e H8
Estimativas de diversidade genética
Pop N Nh Ne He SE N fogos D2
sh D2
sh
ng
HP 30 5 1.42 0.31 0.11 2 2.55 0.37
SM 30 3 1.15 0.13 0.08 0 3.78 0.44
G 30 4 2.24 0.57 0.05 9 5.00 0.83
CH 30 3 1.50 0.34 0.10 8 0.32 0.13
AV 31 5 2.28 0.58 0.08 5 8.52 1.11
ON 30 4 2.60 0.64 0.06 4 14.95 1.78
PS 30 4 2.11 0.54 0.07 6 1.87 0.49
B 30 3 1.59 0.38 0.09 2 10.11 0.78
PG 30 1 1.00 0.00 0.00 10 0.00 0.00
BV 30 3 1.85 0.48 0.09 4 0.44 0.44
M 30 1 1.00 0.00 0.00 3 0.00 0.00
SF 30 3 1.95 0.50 0.06 1 2.03 0.54
A 30 4 1.64 0.40 0.10 2 1.06 0.32
EC 30 6 2.96 0.69 0.08 5 1.11 0.79
V 30 3 1.61 0.39 0.10 4 1.37 0.34
Mean 30.07 3.47 1.79 0.40
SE 0.07 0.35 0.15 0.06
Resultados: diversidade genética
 As pops. EC e ON têm valores de diversidade genética (He) > a 64%, embora mais 3 pops.
tenham valores > a 50%: G, AV e PS.
 Existe um núcleo central de populações com diversidade genética > no centro  grupo azul.
Têm o haplótipo comum H6, que não aparece no Algarve
 EC que têm o valores mais elevado dos parâmetros de diversidade genética, inclusa no grupo
verde  as outras pops deste grupo não.
 As pops do Norte (grupo vermelho)  He mais baixo
 M e PG só têm um haplótipo H10, o mais frequente
 SM não tem o haplótipo mais frequente e tem um haplótipo privado . Tem um valor muito
baixo de He (31%), pois o haplótipo H13 > 0.9.
Rede de haplótipos e rotas de migração
Algarve
SM, G, ON, B, AV
Centro-Norte
Centro-Norte
Haplótipo
ancestral
SM
Hipóteses de colonização
• O Algarve pode ter sido um centro de diversidade da espécie, pois possui a população mais
rica em diversidade: EC. Tem haplótipo privado H11 (exceto M). Foi colonizar pelo menos a
região do Alentejo.
• O Centro pode ter constituído a região de receção de diversidade proveniente do Algarve/ou
um centro de diversidade e de radiação da espécie, pois possui um haplótipo H6 que é comum
a todas as outras pops mas não às do Algarve (e a B e PG no Norte). A herança cp é maternal
e o fluxo de genes mais importante é por semente, através dos pássaros.
•SM é diferenciada de todas as outras  população não sujeita a fogos desde 1975, sofreu
isolamento ou efeito fundador. Possui o H4 (indel)  H13 presente em algumas populações
do C e N.
• As populações do N derivaram das populações do Centro e perderam diversidade devido à
demografia (deriva genética) e/ou fogos. Este último fator pode ter sido determinante na PG.
Subdivisão da diversidade (CT) e riqueza alélica (CTR) nas
componentes diferenciação e diversidade de cada pop.
1. A população SM é aquela que
tem um peso maior na
diferenciação relativa a CT
2. Só as pop. G e ON têm
contribuições positivas para
ambos os parâmetros
3. As populações que mais
contribuem para a
diversidade total são AV, ON
e EC
4. PG e M contribuem
negativamente para a
diversidade total (têm um só
háplótipo
5. EC é a pop que mais
contribui para a riqueza
alélica total, seguida de BV,
SM e CH.
6. HP e AV contribuem só
positivamente para a
diversidade da riqueza em
alelos
1. Metade da variação genética está entre os grupos e só 10% dentro dos
grupos  elevada diferenciação da espécie  fragmentação da espécie
devido à forma de dispersão por pássaros e abelhas/bombos.
2. A diversidade genética média das pops de 40% não é muito elevada é
provável alguma consanguinidade biparental dentro dos povoamentos 
os afunilamentos genéticos são difíceis de recuperar
3. Há que ter cuidado em programas de melhoramento no uso de poucos
clones para estabelecimento de plantações clonais  apostar no
aumento do número de clones e na propagação por semente
4. Monitorizar a diversidade genética das populações de melhoramento
5. Estabelecer um programa de conservação da espécie  ter em
consideração as pops com haplótipos privados (AV, SM , V, SF, CH e EC),
mais diversas e mais diferenciadas (exº EC, ON, SM).
Conclusões
Ecologia do medronheiro
Margarida Ribeiro
Sílvia Ribeiro Alexandra Ricardo
Luís Quinta-Nova
Natália Roque
Objetivos
1. Caracterização biofísica e ecológica dos
povoamentos de medronheiro amostrados em
Portugal usando ferramentas SIG.
2. Relacionar os factores ecológicos com os
padrões de diversidade genética.
3. Modelar a distribuição potencial do medro-
nheiro com base na análise espacial multi-
critério.
4. Disponibilizar informação aos stakeholders útil
para a gestão das explorações.
Variáveis biofísica estudadas com recurso a um SIG
Amostra de
Medronheiros
Espaçamento de 30 m
entre arvores
Núcleo
1km
Índice
Ombrotérmico
Índice
Termicidade
Exposição das
Encostas
Inclinação das
Encostas
Índice de
Topográfico
Uso do solo
Métricas da
Paisagem
TopografiaBioclima Histórico de
Fogos
Área Ardida
Número de
fogos
Solo
Carta de solos
Cálcio activo,
pH, textura, …
Índice de
Shannon
Recolha de
amostras de 30
indivíduos em
15 populações
Núcleo = área
envolvente
(1 km)
Índice Ombrotérmico (Io)
Monteiro-Henriques,T2010.
FitossociologiaepaisagemdabaciahidrográficadorioPaiva/LandscapeandphytosociologyofthePaivaRiver’shydrographicalbasin.
Ph.D.thesis..InstitutoSuperiordeAgronomia–TULisbon.Lisboa.Portugal
29
Índice de Termicidade (It)
Monteiro-Henriques,T2010.
FitossociologiaepaisagemdabaciahidrográficadorioPaiva/LandscapeandphytosociologyofthePaivaRiver’shydrographicalbasin.
Ph.D.thesis..InstitutoSuperiordeAgronomia–TULisbon.Lisboa.Portugal
30
Topografia - Exposição das Encostas
Topografia – Declive das Encostas
Índice de Topográfico (TPI)
Histórico de Áreas Ardidas (HA)
34
Métricas da Paisagem
35
Carta de Solos
Solos de Portugal, sua Classificação, Caracterização e Génese, a Sul
do Rio Tejo" - José Carvalho Cardoso et al.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS
Version 3.6, completed January 2003
Abordagem estatística multivariada exploratória  caracterização das
variáveis biofísicas associadas aos núcleos  correlação entre variáveis
biofísicas (habitat) e entre núcleos, com base nas matrizes de correlação
A matriz usada (ACP) contém as variáveis biofísicas associadas aos 15
núcleos 
Ocupação do solo: índice de Shannon (SDI)
Fogos: n.º de incêndio e área ardida,
Topografia: altitude, declive, exposição e TPI (topographic position index
= índice de rugosidade)
Solos: % areia, % limo, % argila, pH, % matéria orgânica (MO), % Ca
activo (CaCO3), densidade aparente (DA), relação C/N.
Clima: índice de termicidade (It) e índice ombrotérmico (Io).
ACP (Análise de Componentes Principais )
Altitude
SDI
n_incendio
Area_Ardidadeclive
Exposição
TPI
% areia
% limo
% argila
pH
MO
% CaCO3
DA
C/N
It
Io
-1
-0,75
-0,5
-0,25
0
0,25
0,5
0,75
1
-1 -0,75 -0,5 -0,25 0 0,25 0,5 0,75 1
F2(19,58%)
F1 (36,47 %)
Variáveis biofísicas (56,05 %)
Análise preliminar dos resultados
• A variáveis biofísicas mais explicativas correspondem aos parâmetros
do solo: % areia, % limo, % argila, pH, % matéria orgânica (MO), % Ca
activo (CaCO3), densidade aparente (DA).
• O TPI também é uma variável explicativa
• O índice de termicidade também é uma variável explicativa
• A índice de Shannon (variedade de ocupação do solo) é pouco
explicativa
Alvoco
Arrabida
Barrocal Algarvio
Braganca
Chaves
Gardunha
Mata da
Albergaria
Monchique
Oleiros Norte
Pampilhosa
Sao Mamede
Serra Caldeirao
Serta
Silves
Viseu
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
F2(19,58%)
F1 (36,47 %)
Povoamentos
2
3
1
Análise dos grupos
Grupo 1 (Arrábida)  é explicado por uma mais elevada razão C/N do solo.
Conjuntamente com elevados valores de TPI e de índice de termicidade.
Grupo 2 (serras do Algarve)  elevado índice de termicidade, baixo índice
ombrotérmico e presença de CaCO3 no solo.
Grupo 3 (Pinhal interior)  têm uma elevada quantidade de MO no solo e
elevados valores de materiais finos no solo. Estes povoamentos são
caracterizados por valores intermédios de SDI, predominância de
povoamentos monoespecíficos (se de coberto fechado, antagonizam o
medronheiro).
Ardeu desde 1975  Mata de Albergaria > 10 vezes
São Mamede = 0 vezes.
Mata da Albergaria é o povoamento com o índice ombrotérmico mais elevado
(com mais de 12 pontos de diferença).
A Gardunha apresenta um solo com elevadas percentagens de limo e argila.
41
Análise multicritério
Classificação das variáveis em três níveis de aptidão
Adaptado de Correia e Oliveira (1999 e 2003), Dias et al. (2008) e Silva e Neto (2013)
Superior à referencia (3) Referencia (2) Inferior à referencia (1)
Carateristicas-
dignóstico
Armazenamento de água
Profundidade expansível
Sem Limitações
Calcário ativo
Características vérticas
Descontinuidade textural
Drenagem externa
Drenagem interna
Espessura efetiva
Afloramento rochoso
Áreas improdutivas
Salinidade
Bioclima
Halo-mediterrânica
Ibero-mediterrânea
Oro-atlântica
Atlante-mediterrânea
Aluvio-mediterrânea
Subatlântica
Submediterrânea
Mediterrâneo-atlântica
Declives 0 a 15 % 15% a 35% > 35 %
Análise multicritério
Aptidão elevada
Aptidão média
Aptidão reduzida ou nula
Ocorrências de Arbutus unedo
Agradecimentos
Doutor Andrea Piotti
Doutora Illaria Spanu
Doutor Beppe Vendramin
Engenheira Natália Roque
Engenheira Ângela Antunes
Engenheiro Tiago Caldeira
Engenheiro Carlos Grácio
Engenheiro Luís Manso
Engenheira Graça Diogo
Engenheira Teresa Coelho
Aluno Mayller Correia Viegas
Aluna Cláudia Isabel Facundo
Engº. João Gama
Proprietário José Simão
Engenheiro José Mata
Senhora Ana dos
Viveiros Aliança Florestal
Obrigada pela vossa
atenção

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O medronheiro: da diversidade à ecologia

  • 1. O medronheiro: da diversidade à ecologia Maria Margarida Ribeiro1,2*, Luis Quinta-Nova1,3* 1 Unidade Departamental de Silvicultura e Recursos Naturais, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Castelo Branco; Centro de Estudos Florestais, ISA-UTL, Lisboa 2 Centro de Estudos Florestais, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa. Portugal. 3 Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade, Castelo Branco. Portugal. III Ciclo de Conferências Conselho Técnico-Científico
  • 2. Enquadramento do trabalho …o medronheiro é uma espécie autóctone, tolerante ao stresse hídrico, a solos de baixa fertilidade e com uma resistência activa a incêndios florestais. Rebentação de toiça  Sertã-Figueiredo
  • 3. Enquadramento do trabalho …a vontade dos produtores de, apoiados em financiamento, apostar em modernas plantações, com recurso a plantas melhoradas… (conclusões das 1as Jornadas do Medronho, 2012, Coimbra) e a resultados no âmbito do projeto ARBUTUS Medronhal natural do proprietário José Simão no Couzido (Sertã-Figueiredo). Plantação de medronheiros do proprietário Jorge Simões no Estreito (Oleiros) com cerca de 9 anos.
  • 4. Nº Tarefas Parceiros Responsável 1 Colheita e preparação de amostras IPC;IPCB; INIAV;UC Filomena Gomes 2 Propagação e conservação de material seleccionado IPC;IPCB; INIAV;UC Jorge Canhoto 3 Análise química, física e fenológica dos frutos IPC; UC Justina Franco 4 Análise da qualidade da aguardente IPC; INIAV Goreti Botelho 5 Diversidade genética e sistema de cruzamento IPCB; INIAV Margarida Ribeiro 6 O impacto económico para o sector agro-florestal IPC; ADPM Fátima Oliveira PTDC/AGR-FOR/3746/2012 ARBUTUS: Melhoramento das plantas e da qualidade dos produtos de Arbutus unedo para o sector agro-forestal
  • 5. Objetivos tarefa 5 Recolha de amostras de plantas selecionadas Produção de plântulas por via seminal para o estudo da paternidade(30 árvores-mãe)~12 plântulas cada + 103 ‘pais’ Recolha de amostras de 30 indivíduos em 15 populações Extração do DNA de todo o material Caracterização biofísica e ecológica dos povoamentos de medronheiro amostrados em Portugal usando ferramentas SIG Relacionar os factores ecológicos com os padrões de diversidade genética Qual a estrutura genética das populações? Qual o sistema de cruzamento e o fluxo genético’
  • 6. Impacto no melhoramento e na conservação dos recursos genéticos Quais os fatores demográfico que determinaram a estrutura? Qual a estrutura genética das populações? Objetivos específicos Diversidade
  • 7. Localização das 15 populações e presença de medronheiro no Inventário Florestal Nacional (2006) Sigla População Região HP Herdade Parra Silves SM São Mamede S. São Mamede G Gardunha Serra da Gardunha CH Chaves Vila Real AV Alvoco da Serra e Vide Guarda ON Oleiros Norte Castelo Branco PS Pampilhosa da Serra Coimbra B Bragança Bragança PG Peneda-Gerês S. Peneda-Gerês BV Barranco do Velho Sotavento Algarvio M Monchique Serra de Monchique SF Sertã Castelo Branco A Mata do Solitário S. Arrábida EC Espinhaço Cão Barrocal Algarvio V Viseu Viseu
  • 8. Colheita de amostras Recolha de folhas para extracção de DNA e posterior genotipagem com microssatélites e georreferenciação dos indivíduos amostrados Recolha de folhas Arrábida Recolha de folhas Oleiros Recolha de folhas Oleiros15 povoamentos e 30 indivíduos por povoamento. Recolha de folhas Gardunha Recolha de folhas na Sertã-Figueiredo Georreferenciação, Serra de S. Mamede
  • 9. Recolha de amostras de 30 indivíduos na população da Gardunha
  • 10. Preparação de amostras e genotipagem Extração do DNA de todos os indivíduos amostrados e genotipagem com 4 do cloroplasto Planta amostrada na Serra da Gardunha Preparação do produto PCR para o sequenciador automático Preparação das amostras para extração do ADN Análise dos fragmentos do microssatélite do cloroplasto AU2 Martínez-Alberola et al. 2013
  • 11. cpSSR  A diferenciação devido à deriva genética é mais nítida  fragmentação  Mais fácil de detetar afunilamentos genéticos  O DNA de cloroplasto das angiospérmicas é de herança maternal  fluxo genético  através da dispersão da semente  Estes marcadores tem especial interesse para estudar padrões de colonização  O tamanho efetivo da população para o cpDNA é mais pequeno do que para o nuDNA
  • 12. Material e métodos  15 populações naturais  ~ 30 ind./pop.  4 microssatélites do cloroplasto (cpSSRs) polimórficos de herança maternal  15 haplótipos  Diferenciação genética entre populações estimada através das estatísticas de diversidade haplotípica  Elaboração de uma rede de haplótipos  Agrupamento das populações usando estatística Baiseiana: BAPS  Análise de variância molecular (AMOVA), usando o modelo hierárquico e não hierárquico.
  • 13. Agrupamento espacial: BAPS* A análise BAPS indica uma partição dos 15 povoamentos estudados em 4 grupos. Um grupo a Norte, incluindo populações a Norte do Rio Douro, um grupo Central, com as populações do interior e litoral, um grupo a Sul, na região do Algarve, e um quarto grupo com uma só população (Serra de S. Mamede: SM). Grupo 1: [M, PG, CH, B; estrela vermelha], Grupo 2: [HP, BV, EC; estrela verde]; Grupo 3: [A, SF, ON, G, AV, PS, V; estrela azul] Grupo 4: [SM, estrela amarela]. *BAPS: Bayesian Analysis of Population Structure
  • 14. AMOVA Fonte de variação g.l. SQ Componentes da variância % da variância total Φ P (a) Todas as populações Entre pops. 14 3619.38 8.37 54.72 Φst = 0.55 <0.0001 Dentro pops. 436 3018.89 6.92 45.28 Total 450 6638.27 15.29 (b) AMOVA hierárquica Entre grupos BAPS 3 310.689 0.99534 49.69 Φct = 0.50 <0.005 Entre pops. dentro dos grupos 11 42.920 0.09953 4.97 Φsc = 0.10 <0.0001 Dentro pops. 436 396.005 0.90827 45.34 Φst = 0.55 <0.0001 Total 450 749.614 Análise de variância molecular (AMOVA) das populações de medronheiro considerando todas as populações (a) e com o agrupamento obtido através de BAPS (b). SQ=soma dos desvios ao quadrado, g.l.=graus de liberdade, P=probabilidade de se obter um valor mais extremo só devido ao acaso.
  • 15. Distribuição e frequência dos haplótipos Código Haplótipo Número Frequência H1 306/282/385/370 1 0.002 H2 306/283/385/372 7 0.016 H3 306/285/385/372 6 0.013 H4 306/294/385/372 1 0.002 H5 307/278/385/372 3 0.007 H6 307/279/385/372 70 0.155 H7 307/282/385/372 6 0.013 H8 307/283/383/372 1 0.002 H9 307/283/385/370 2 0.004 H10 307/283/385/372 291 0.645 H11 307/284/385/372 13 0.029 H12 307/285/385/372 3 0.007 H13 307/294/385/372 44 0.098 H14 308/279/385/372 1 0.002 H15 308/283/385/372 2 0.004
  • 16. Frequência dos Haplótipos/População 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900 1,000 AV V PS G SF ON A SM CH PG B M BV HP EC Centro SM Norte Algarve H1 H2 H3 H4 H5 H6 H7 H8 H9 H10 H11 H12 H13 H14 H15 O H10 é o haplótipo mais frequente em todas as pops, exceto na população SM, G e ON. Na pop SM não existe H10 e têm 1 haplotipo privado H4. As populações PG e M só têm um haplótipo H10 A população EC têm o maior nº de haplótipos (6) e um haplótipo privado, H12 A população AV tem tb 2 haplótipo privado: H1 e H8
  • 17. Estimativas de diversidade genética Pop N Nh Ne He SE N fogos D2 sh D2 sh ng HP 30 5 1.42 0.31 0.11 2 2.55 0.37 SM 30 3 1.15 0.13 0.08 0 3.78 0.44 G 30 4 2.24 0.57 0.05 9 5.00 0.83 CH 30 3 1.50 0.34 0.10 8 0.32 0.13 AV 31 5 2.28 0.58 0.08 5 8.52 1.11 ON 30 4 2.60 0.64 0.06 4 14.95 1.78 PS 30 4 2.11 0.54 0.07 6 1.87 0.49 B 30 3 1.59 0.38 0.09 2 10.11 0.78 PG 30 1 1.00 0.00 0.00 10 0.00 0.00 BV 30 3 1.85 0.48 0.09 4 0.44 0.44 M 30 1 1.00 0.00 0.00 3 0.00 0.00 SF 30 3 1.95 0.50 0.06 1 2.03 0.54 A 30 4 1.64 0.40 0.10 2 1.06 0.32 EC 30 6 2.96 0.69 0.08 5 1.11 0.79 V 30 3 1.61 0.39 0.10 4 1.37 0.34 Mean 30.07 3.47 1.79 0.40 SE 0.07 0.35 0.15 0.06
  • 18. Resultados: diversidade genética  As pops. EC e ON têm valores de diversidade genética (He) > a 64%, embora mais 3 pops. tenham valores > a 50%: G, AV e PS.  Existe um núcleo central de populações com diversidade genética > no centro  grupo azul. Têm o haplótipo comum H6, que não aparece no Algarve  EC que têm o valores mais elevado dos parâmetros de diversidade genética, inclusa no grupo verde  as outras pops deste grupo não.  As pops do Norte (grupo vermelho)  He mais baixo  M e PG só têm um haplótipo H10, o mais frequente  SM não tem o haplótipo mais frequente e tem um haplótipo privado . Tem um valor muito baixo de He (31%), pois o haplótipo H13 > 0.9.
  • 19. Rede de haplótipos e rotas de migração Algarve SM, G, ON, B, AV Centro-Norte Centro-Norte Haplótipo ancestral SM
  • 20. Hipóteses de colonização • O Algarve pode ter sido um centro de diversidade da espécie, pois possui a população mais rica em diversidade: EC. Tem haplótipo privado H11 (exceto M). Foi colonizar pelo menos a região do Alentejo. • O Centro pode ter constituído a região de receção de diversidade proveniente do Algarve/ou um centro de diversidade e de radiação da espécie, pois possui um haplótipo H6 que é comum a todas as outras pops mas não às do Algarve (e a B e PG no Norte). A herança cp é maternal e o fluxo de genes mais importante é por semente, através dos pássaros. •SM é diferenciada de todas as outras  população não sujeita a fogos desde 1975, sofreu isolamento ou efeito fundador. Possui o H4 (indel)  H13 presente em algumas populações do C e N. • As populações do N derivaram das populações do Centro e perderam diversidade devido à demografia (deriva genética) e/ou fogos. Este último fator pode ter sido determinante na PG.
  • 21. Subdivisão da diversidade (CT) e riqueza alélica (CTR) nas componentes diferenciação e diversidade de cada pop. 1. A população SM é aquela que tem um peso maior na diferenciação relativa a CT 2. Só as pop. G e ON têm contribuições positivas para ambos os parâmetros 3. As populações que mais contribuem para a diversidade total são AV, ON e EC 4. PG e M contribuem negativamente para a diversidade total (têm um só háplótipo 5. EC é a pop que mais contribui para a riqueza alélica total, seguida de BV, SM e CH. 6. HP e AV contribuem só positivamente para a diversidade da riqueza em alelos
  • 22. 1. Metade da variação genética está entre os grupos e só 10% dentro dos grupos  elevada diferenciação da espécie  fragmentação da espécie devido à forma de dispersão por pássaros e abelhas/bombos. 2. A diversidade genética média das pops de 40% não é muito elevada é provável alguma consanguinidade biparental dentro dos povoamentos  os afunilamentos genéticos são difíceis de recuperar 3. Há que ter cuidado em programas de melhoramento no uso de poucos clones para estabelecimento de plantações clonais  apostar no aumento do número de clones e na propagação por semente 4. Monitorizar a diversidade genética das populações de melhoramento 5. Estabelecer um programa de conservação da espécie  ter em consideração as pops com haplótipos privados (AV, SM , V, SF, CH e EC), mais diversas e mais diferenciadas (exº EC, ON, SM). Conclusões
  • 23. Ecologia do medronheiro Margarida Ribeiro Sílvia Ribeiro Alexandra Ricardo Luís Quinta-Nova Natália Roque
  • 24. Objetivos 1. Caracterização biofísica e ecológica dos povoamentos de medronheiro amostrados em Portugal usando ferramentas SIG. 2. Relacionar os factores ecológicos com os padrões de diversidade genética. 3. Modelar a distribuição potencial do medro- nheiro com base na análise espacial multi- critério. 4. Disponibilizar informação aos stakeholders útil para a gestão das explorações.
  • 25. Variáveis biofísica estudadas com recurso a um SIG Amostra de Medronheiros Espaçamento de 30 m entre arvores Núcleo 1km Índice Ombrotérmico Índice Termicidade Exposição das Encostas Inclinação das Encostas Índice de Topográfico Uso do solo Métricas da Paisagem TopografiaBioclima Histórico de Fogos Área Ardida Número de fogos Solo Carta de solos Cálcio activo, pH, textura, … Índice de Shannon
  • 26. Recolha de amostras de 30 indivíduos em 15 populações
  • 29. 29 Índice de Termicidade (It) Monteiro-Henriques,T2010. FitossociologiaepaisagemdabaciahidrográficadorioPaiva/LandscapeandphytosociologyofthePaivaRiver’shydrographicalbasin. Ph.D.thesis..InstitutoSuperiordeAgronomia–TULisbon.Lisboa.Portugal
  • 31. Topografia – Declive das Encostas
  • 33. Histórico de Áreas Ardidas (HA)
  • 35. 35 Carta de Solos Solos de Portugal, sua Classificação, Caracterização e Génese, a Sul do Rio Tejo" - José Carvalho Cardoso et al. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS Version 3.6, completed January 2003
  • 36. Abordagem estatística multivariada exploratória  caracterização das variáveis biofísicas associadas aos núcleos  correlação entre variáveis biofísicas (habitat) e entre núcleos, com base nas matrizes de correlação A matriz usada (ACP) contém as variáveis biofísicas associadas aos 15 núcleos  Ocupação do solo: índice de Shannon (SDI) Fogos: n.º de incêndio e área ardida, Topografia: altitude, declive, exposição e TPI (topographic position index = índice de rugosidade) Solos: % areia, % limo, % argila, pH, % matéria orgânica (MO), % Ca activo (CaCO3), densidade aparente (DA), relação C/N. Clima: índice de termicidade (It) e índice ombrotérmico (Io). ACP (Análise de Componentes Principais )
  • 37. Altitude SDI n_incendio Area_Ardidadeclive Exposição TPI % areia % limo % argila pH MO % CaCO3 DA C/N It Io -1 -0,75 -0,5 -0,25 0 0,25 0,5 0,75 1 -1 -0,75 -0,5 -0,25 0 0,25 0,5 0,75 1 F2(19,58%) F1 (36,47 %) Variáveis biofísicas (56,05 %)
  • 38. Análise preliminar dos resultados • A variáveis biofísicas mais explicativas correspondem aos parâmetros do solo: % areia, % limo, % argila, pH, % matéria orgânica (MO), % Ca activo (CaCO3), densidade aparente (DA). • O TPI também é uma variável explicativa • O índice de termicidade também é uma variável explicativa • A índice de Shannon (variedade de ocupação do solo) é pouco explicativa
  • 39. Alvoco Arrabida Barrocal Algarvio Braganca Chaves Gardunha Mata da Albergaria Monchique Oleiros Norte Pampilhosa Sao Mamede Serra Caldeirao Serta Silves Viseu -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 F2(19,58%) F1 (36,47 %) Povoamentos 2 3 1
  • 40. Análise dos grupos Grupo 1 (Arrábida)  é explicado por uma mais elevada razão C/N do solo. Conjuntamente com elevados valores de TPI e de índice de termicidade. Grupo 2 (serras do Algarve)  elevado índice de termicidade, baixo índice ombrotérmico e presença de CaCO3 no solo. Grupo 3 (Pinhal interior)  têm uma elevada quantidade de MO no solo e elevados valores de materiais finos no solo. Estes povoamentos são caracterizados por valores intermédios de SDI, predominância de povoamentos monoespecíficos (se de coberto fechado, antagonizam o medronheiro). Ardeu desde 1975  Mata de Albergaria > 10 vezes São Mamede = 0 vezes. Mata da Albergaria é o povoamento com o índice ombrotérmico mais elevado (com mais de 12 pontos de diferença). A Gardunha apresenta um solo com elevadas percentagens de limo e argila.
  • 41. 41 Análise multicritério Classificação das variáveis em três níveis de aptidão Adaptado de Correia e Oliveira (1999 e 2003), Dias et al. (2008) e Silva e Neto (2013) Superior à referencia (3) Referencia (2) Inferior à referencia (1) Carateristicas- dignóstico Armazenamento de água Profundidade expansível Sem Limitações Calcário ativo Características vérticas Descontinuidade textural Drenagem externa Drenagem interna Espessura efetiva Afloramento rochoso Áreas improdutivas Salinidade Bioclima Halo-mediterrânica Ibero-mediterrânea Oro-atlântica Atlante-mediterrânea Aluvio-mediterrânea Subatlântica Submediterrânea Mediterrâneo-atlântica Declives 0 a 15 % 15% a 35% > 35 %
  • 42. Análise multicritério Aptidão elevada Aptidão média Aptidão reduzida ou nula Ocorrências de Arbutus unedo
  • 43. Agradecimentos Doutor Andrea Piotti Doutora Illaria Spanu Doutor Beppe Vendramin Engenheira Natália Roque Engenheira Ângela Antunes Engenheiro Tiago Caldeira Engenheiro Carlos Grácio Engenheiro Luís Manso Engenheira Graça Diogo Engenheira Teresa Coelho Aluno Mayller Correia Viegas Aluna Cláudia Isabel Facundo Engº. João Gama Proprietário José Simão Engenheiro José Mata Senhora Ana dos Viveiros Aliança Florestal