1. A Morte da Razão
Francis Schaeffer
Apresentação: Leonardo Verona
2. Motivos-Bases
Conceito cunhado por Herman Dooyeweerd
O princípio motivador e controlador de uma
cultura não é, primariamente, a política, a
economia, ou as ideias, mas a religião.
Motivo-base religioso: Cada comunidade
espiritual é unida por um espírito comum que
controla ativamente a vida dessa comunidade.
3. A diferença fundamental entre o motivo-base
bíblico e os motivos-bases apóstatas é que o
primeiro tem um caráter integral, do ponto de
vista ontológico, e os últimos são
irrecuperavelmente dualistas. A razão disso é
que eles são frutos da composição de dois
motivos-bases contraditórios, num processo
permanente e insolúvel de tensão.
Há basicamente dois tipos de dialética: aquela
que é produto da absolutização de uma
dimensão relativa da experiência e aquela que é
produto da tentativa de síntese entre o motivo
bíblico com um motivo apóstata.
5. A ciência moderna
nos primórdios
A ciência moderna em seus primórdios foi o
produto daqueles que viveram no consenso e
cenário do Cristianismo.
O cristianismo era necessário para o começo
da ciência moderna pela simples razão de que o
cristianismo criou um clima de pensamento que
colocou o homem em posição de investigar a
forma do universo.
6. Francis Bacon, que afirmou, na obra
Novum Organum Scientiarum (O
novo órgão das ciências): “O homem
pela queda decaiu ao mesmo tempo
do estado de inocência e do domínio
sobre a natureza. Ambas essas
perdas, entretanto, podem ser mesmo
nesta vida reparadas em parte; a
primeira religião e pela fé, a segunda
pelas artes e ciências”.
Portanto, a ciência como ciência (e a
arte como arte) foi admitida, no
melhor sentido, como atividade
religiosa.
Bacon não via a ciência como
autônoma, pois se situava no âmbito
da revelação das Escrituras ao ponto
da Queda.
Todavia, dentro dessa “forma”, a
ciência (e a arte) era livre e de valor
intrínseco não só diante dos homens Francis Bacon (1561-1626)
como também de Deus.
7. Cência Moderna e a Moderna
Ciência Moderna
Ciência moderna: uniformidade das causas
naturais.
Moderna ciência moderna: uniformidade das
causas naturais em um sistema fechado.
Qual, porém o resultado de seu anseio por um
campo unificado? Vemos que incluem em seu
naturalismo não mais apenas a física; também a
psicologia e a ciência social estão agora
incorporadas à maquina. Afirmam que deve haver
unidade, não divisão. Entretanto, o único modo de
atingir-se unidade nesta base é excluindo
8. Em outras palavras, o que realmente aconteceu é que a linha foi removida e
posta acima de tudo – e no andar superior nada mais se encontra.
Isto, é claro, tem repercussão na esfera da moral, como:
Se a vida em seu todo é apenas um mecanismo – se isso é tudo o que já – então
a moral na realidade não importa. Não é nada mais que uma palavra para
designar a expressão sociológica.
9. Hegel
Hegel argumentou que por milhares
de anos tentativas se fizeram para
achar uma resposta com base na
antítese e a nenhum resultado
positivo se havia chegado. O
pensamento filosófico humanista
tentara apegar-se ao
racionalismo, à racionalidade e a
um campo unificado, mas
falhara, não lograra êxito.
Logo, concluiu ele, temos de
procurar outra maneira de enfrentar
o problema.
A nova proposta de Hegel foi a
seguinte:O pensamento cientifico
não seria somente baseado na Hegel(1770-1831)
antítese mas em uma função entre
antítese e tese que resultaria em
uma síntese.
10. Kierkegaard e a Linha do
Desespero
Kierkegaard abandonou a esperança de
um campo unificado de conhecimento.
Acima da Linha do Desespero, temos o
homem convivendo com seus absolutos
românticos, ainda que o sustentados
por uma base gica. Abaixo da linha, o
homem passou a pensar de maneira
diferente sobre a verdade.
Kierkegaard (1813-1855)
12. O Salto
O existencialismo diz que a experiência do
homem o pode ser descrita em termos
ficos e racionais.
Kierkegaard demonstrou seu pensamento
fico quando escreveu sobre oeo
cio de Isaque. Segundo ele, esse foi um
ato de fé que nada tinha nenhuma base racional.
Disso resultou o conceito moderno de “salto de
fé” e a o entre o e fé.
Sendo que o o entre a fé e a o, o
autor representa isto da seguinte maneira:
13. O salto pode ser observado na arte, como, por
exemplo, nas obras de picasso:
14. A Nova
Teologia
O ltimo degrau a ser alcançado justamente a
teologia. o obstante apareça no ltimo
degrau, a teologia faz parte do mesmo contexto
cultural que envolve as demais disciplinas.
Enquanto Kierkegaard foi a porta de acesso
para o pensamento existencialista, Karl Barth
foi a porta para o salto existencialista na
teologia.
Liberalismo teológico – rejeição do
sobrenatural, tentando encontrar um Jesus
histórico por meio do método racionalista
15. No vel inferior: o racional e gico – As Escrituras
o repletas de erros – pessimismo. O racional e
gico levava ao pessimismo, assim, a neo-ortodoxia
saltou para o “ vel superior”, na tentativa de
encontrar sentido para a vida. Isso mostra como a
teologia, assim como as outras disciplinas, acabou
por cair para baixo da Linha do Desespero.
No nível superior: a Nova Teologia faz uso de
mbolos e palavras conotativas sem
es, m de forma a dar uma o de
significado capaz de levar a es profundas e
sentimentos de espiritualidade.
"Misticismo semântico": expressão
Schaefferiana, para designar a ilusão de que o mero
uso da linguagem cristã tornará o nosso discurso
cristão, mesmo que sua carga semântica seja fruto
de nossa própria imaginação filosófica. Como se as
palavras dessem a luz ao sentido, e não o sentido às
palavras; como se as meras palavras pudessem criar
16. Racionalidade e Fé
O o lico precisa ser cuidadoso
porque certos licos vêm recentemente
asseverando que o que importa o procurar
provar ou negar es o
encontro com Jesus. Tendo o o feito tal
o, colocou-se ele, em forma analisada
ou o-analisada, no andar superior.
17. Se lemos a o de que estamos escapando
de certas es do debate moderno pelo fato
de o insistirmos na Escritura proposicional e
simplesmente inserirmos o termo "Jesus" ou
"experiência" no andar superior, cumpre-nos
enfrentar a seguinte o: Que diferença
entre assim procedermos em o ao que o
mundo secular tem feito em seu misticismo
semântico, ou ao que fez a Nova Teologia?
Se os os licos começarem
dicotomia, separando o encontro com Jesus do
do das Escrituras (inclusive do vel e
do vel), sem o desejarmos
entretanto, estaremos lançando tanto a s
mesmos como a o vindoura no
redemoinho do sistema moderno. Este sistema
nos cerca como um consenso quase tico.
18. Uma das conseqüências de se colocar
moral.
Em conseqüência o que realmente define o
chamado "ato o simplesmente o
que o generalizado consenso da igreja ou o
dominante conceito da sociedade admite como
vel em deter- minado momento. o se
pode ter verdadeira moral no mundo real uma
vez feita essa o. O que nos resta, em
tais circunstâncias um rio de normas
ticas inteiramente relativas.