1. Escola secundária Fernando Lopes
Graça
Curso Efa
Turma: 2
Tema:
A valorização do respeito e
compreensão das diferentes
vertentes culturais,
linguística e comunicacionais
entre casais
1
2. Professor: Trabalho
realizado por:
Fernando Santos Marta
Correia Nº: 16
Índice
¥ Introdução…………………………... 3
e 4
¥ A valorização do respeito e compreensão das
diferentes vertentes culturais, linguística e
comunicacionais entre
casais…………………………………. 5
e 6
¥ Casal de diferente cultura e costumes
……… 7, 8 e 9
2
3. ¥ Qual a língua que se deve ensinar aos
filhos, sendo pais de culturas
diferentes……………………….. . 10 e 11
¥ Tradições na cultura
cigana…………….. . 12 e 13
¥ Conclusão………………………….. .
14 e 15
¥ Bibliografia………………………... ..
16
Introdução
O tema que escolhi foi “ A valorização do
respeito e compreensão das diferentes vertentes
culturais, linguística e comunicacionais entre
casais.”. A razão da minha escolha foi a
curiosidade que este tema me despertou,
3
4. principalmente queria descobrir como estes casais
se relacionavam e resolviam as suas diferenças
em relação à cultura, língua e costumes.
Comecei por pesquisar isso mesmo, a relação
de um casal que o senhor é muçulmano e a
senhora é de nacionalidade portuguesa. O
principal ponto de discórdia entre eles é a
religião diferente de cada um.
Outro ponto que tentei focar com este tema
é como um casal com filhos decide como educar
os seus filhos com as diferentes culturas do
casal. Como é que acabam por decidir qual das
culturas a criança deve seguir? Os seus maiores
desentendimentos serão por causa desta questão.
Mais à frente podemos ver como uma situação
semelhante afecta um casal, um caso real.
Hoje em dia vê-se cada vez mais casais com
culturas distintas uma da outra, já não há o
preconceito que algum tempo atrás acontecia
muito. Existe casos em que um membro de uma
cultura é expulso por não casar com alguém da
sua cultura. Os casos mais falados são os da
cultura cigana.
4
5. Neste trabalho tentei pesquisar só casos
verdadeiros, pois queria um trabalho que fosse
real, que apresentasse histórias que aconteceram,
assim penso que se torna interessante e muito
mais informativo para qualquer pessoa que o
veja.
5
6. A valorização do respeito e compreensão
das diferetes vertentes culturais,
linguísticas e comunicacionais entre
casais.
Hoje em dia é muito comum ver na rua um
casal de diferentes culturas. Mas não pensamos
nas seguintes questões: será que falam a mesma
língua?; será que tem a mesma cultura?; será
que quando tiverem filhos a diferença de culturas
vai afectar o relacionamento?. Estas são apenas
algumas perguntas que nunca pensamos que este
tipo casal vai enfrentar se decidirem partilhar
uma vida em comum. Podem ter um grande
obstáculo entre eles que será a língua, se não
falarem o mesmo dilecto como é que comunicam?
E como sabemos a vida tem como base a
comunicação entre as
pessoas, se um casal não
consegue comunicar vai ter
com certeza muitos
problemas.
6
7. Podemos começar por esclarecer vários
conceitos, como o que é a cultura, comunicação e
a língua.
A cultura é práticas e acções sociais que
seguem um padrão determinado no espaço.
Refere-se a crenças, comportamentos, valores,
instituições regras que identificam uma
sociedade. Explica e dá sentido à cosmologia
social; é à identidade própria de um grupo
humano em um território e num determinado
período.
Comunicação é um acto fundamental na vida
humana. Os seres humanos para comunicarem
entre si, isto é, para trocarem informações,
utilizam diferentes meios – sinais visuais, sinais
auditivos, gestos –, mas o instrumento por
excelência da comunicação é a linguagem verbal,
falada ou escrita.
A língua consiste num sistema de signos
articulados, utilizados pelos membros de uma
7
8. comunidade humana para comunicarem entre si.
Esse sistema permite-lhes realizarem a
linguagem verbal, isto é, usarem a palavra quer
falada quer escrita.
Para ver como este tema
está realmente tão presente nos
dias que correm, vou apresentar
vários casos reais de casais que
tem muitas diferenças, tanto de
cultura, como costumes ou mesmo
as suas crenças
Casal de diferentes culturas e costumes.
Vou começar por apresentar um casal que o
homem é muçulmano e a sua companheira é
portuguesa. Este casal é um excelente exemplo
que uma união que não tem por base a mesma
religião e cultura, pode
correr bastante bem.
8
9. Eles têm um relacionamento há dois anos
saudável, cada um com os seus hábitos. Como
podemos confirmar com a seguinte afirmação
«Rute não é muçulmana, mas no Ramadão faz
jejum para acompanhar o marido, enquanto
Abdelilah celebra o Natal e a Páscoa, apesar
destas festividades não pertencerem à sua
religião.»
Abdelilah é um dos muitos praticantes de
islamismo em Portugal, mas apesar da sua fé
ser o islamismo, ele não tenta converter a sua
mulher que se considera católica, «Nunca tive
problemas nenhuns com a família dele. Nunca
nada me foi imposto nem fui pressionada a fazer
nada. Aceito perfeitamente os usos e costumes
dele e ele aceita os meus».
Recentemente D. José Policarpo, cardeal
patriarca, fez declarações que deixaram muitos
muçulmanos revoltados. E Abdelilah também não
ficou indiferente, comentando da seguinte forma
«A minha primeira reacção foi dar uma
gargalhada irónica, mas lamento que um
9
10. representante da Igreja Católica faça
declarações cheias de adjectivos contra os
muçulmanos. Está a mostrar uma grande
intolerância quando devia transmitir uma
mensagem de humanidade e paz».
Passo a escrever
as declarações do
Cardeal Patriarca de
Lisboa, «Cautela com
os amores. Pensem
duas vezes em casar
com um muçulmano,
pensem muito
seriamente, é meter-se
num monte de sarilhos
que nem Alá sabe onde é que acabam.». Mas
D. José Policarpo não se fica por aqui e
continua, «Se eu sei que uma jovem europeia de
formação cristã, a primeira vez que vai para o
país deles é sujeita ao regime das mulheres
muçulmanas, imagine-se lá.», salientado também
o diálogo com os muçulmanos «Só é possível
dialogar com quem quer dialogar, por exemplo
com os nossos irmãos muçulmanos o diálogo é
muito difícil.». Mas no fim acaba com esta
10
11. frase um pouco confusa «Nós somos muito
ignorantes, queremos dialogar com muçulmanos e
não gastámos uma hora da nossa vida a perceber
o que é que eles são. Quem é que em Portugal
já leu o Alcorão?».
Com este casal vemos um caso positivo da
valorização do respeito e compreensão das
diferentes vertentes culturais, linguística e
comunicacionais entre casais.
Qual a língua que se deve ensinar aos
filhos, sendo pais de culturas diferentes.
11
12. O segundo ponto
que vou focar é um
casal que tem uma
grande dúvida, qual
é a língua que vão
educar o seu filho.
A mãe é brasileira e
o pai é alemão, agora que tiveram um filho não
sabem qual será a língua que este deverá
aprender quando começar a falar. O conselho de
um psicólogo é que a criança comece por
aprender a língua da mãe pois vai passar muito
mais tempo com ela, então deverá falar o mesmo
idioma que a mãe para facilitar o
relacionamento. Depois quando tiver capacidade
para aprender outra língua, aí podem inserir a
língua do pai, para a criança ter quer uma
ligação com a mãe quer com o pai.
No caso de o processo não se realizar deste
modo, a criança vai criar uma confusão interna,
pois não vai perceber nenhuma das línguas,
criando uma angústia existencial. A confusão da
criança pode-se explicar, pois o inconsciente é
12
13. regido pela língua materna, logo terá dificuldade
na construção dos seus conceitos internos
inconscientes. Como podemos ver com a seguinte
afirmação do Dr. Cássio dos Reis «Uma
criança bem resolvida com os seus conceitos
internos e na compreensão da língua consegue
ser um animal, depois um objecto e depois até a
própria mãe, entrando e saindo da fantasia sem
a menor dificuldade, o que já não acontece com a
criança criada pela multicultura, submetida à
convivência com mais de uma língua desde o
inicio.».
Então o melhor mesmo a fazer nestes casos é
iniciar a criança com a língua da mãe só. O pai
se sentir um pouco posto de lado, tem apenas
que pensar no bem-estar psicológico do seu filho.
Pois sem este processo a criança vai ficar
profundamente confusa.
13
14. Tradições na cultura cigana
Na cultura cigana existe uma grande
tradição, que é a seguinte: não pode haver
casamento entre um cigano e um não cigano, só
abrindo uma excepção aos homens. Pois estes
podem casar com uma mulher de raça diferente,
mas esta tem que viver pelos costumes e
tradições ciganos obrigatoriamente.
No casamento cigano tende-se a escolher o
cônjuge dentro do próprio grupo. Desde
pequenas, as meninas ciganas costumam ser
prometidas em casamento, um casamento por
conveniência na maior parte das vezes.
14
15. O casamento é uma das tradições mais
importantes na comunidade cigana, para eles
representa a continuidade da sua raça, por isso
mesmo o casamento com não ciganos ser uma
coisa muito mal vista nesta comunidade. Por
isso quando isto acontece a pessoa é excluída do
grupo, abrindo uma excepção claro para os
homens ciganos. Que nos dias de hoje continuam
a ter o poder nos seus casamentos.
O homem na cultura cigana é muito
importante, e a mulher é desvalorizada, como
acontecia há alguns anos atrás com toda a
comunidade mundial. É o homem que toma todas
as decisões em casa, quer tenha haver com
dinheiro, ou com os filhos.
15
16. Conclusão
Com este trabalho
podemos concluir que
apesar de poder haver
casais com culturas diferentes, há sempre
maneira de ultrapassar as barreiras da língua,
comunicação ou costumes.
Vemos aqui explicados vários tipos de
relações com diferenças muito importantes, como
por exemplo a religião, mas como vemos o casal
pode ultrapassar este obstáculo com respeito
pela a cultura um do outro. Não é por serem de
religião diferentes que gostam menos um do
outro, por isso conseguem ultrapassar estas
barreiras culturais. Claro que tem uma
importância específica na relação, mas o casal
não deixa que isso ponha algum tipo de pressão
na relação dos dois.
16
17. Em relação aos filhos de pais com cultura
diferente, também concluímos que existe uma
forma eficaz de resolver esta questão, sem
danificar quer o casamento, quer a personalidade
da criança.
Com este trabalho cheguei a conclusão que é
realmente muito mais comum do que imaginava
existir casais com nacionalidades e costumes
diferentes. E conclui que também é bastante
interessante como eles reagem a diferença do
outro, existe respeito e compreensão nestes
casais. Penso que muito mais que um casal da
mesma nacionalidade.
Também acho que por terem tantas coisas
diferentes, há muito mais descoberta, mais
interesse pelo o parceiro. Eles tem um
conhecimento e vivência de duas culturas e
línguas diferentes, uma coisa que não podemos
ver num casal tradicional.
Para terminar penso que posso responder a
pergunta que todos fazem quando vem algum
casal de diferente cultura. A pergunta é: será
possível aguentarem com uma diferença tão
importante? Eu pelo que pesquisei penso que a
17
18. resposta é sim, podem viver muito felizes com as
suas culturas diferentes.
Bibliografia
• http://diario.iol.pt/sociedade/catolicos-muculmanos-d-jose-policarpo-
policarpo-cardeal-patriarca-de-lisboa-casal/1032364-4071.html
• http://diario.iol.pt/sociedade/religiao-d-jose-policarpo-cardeal-
patriarca-igreja-muculmanos-catolicos/1032293-4071.html
• http://www.e-familynet.com/pages.php/PT/000/2culturas.htm
• http://www.delphospsic.com.br/artigos/casal_intercultural.pdf
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o
• http://diario.iol.pt/esta-e-boca/lisboa-muculmanos-cardeal-patriarca-
religiao-djose-policarpo-fatima-campos-ferreira/1032061-4087.html
18