2. Análise Técnica
Nesta etapa iremos examinar os objetivos técnicos. São
eles:
Escalabilidade
Disponibilidade
Desempenho
Segurança
Gerenciabilidade
Usabilidade
Adaptabilidade
Custo-benefício
3. Escalabilidade
É a capacidade de expansão que é suportada pela rede,
como adição de novos pontos de rede, usuários,
equipamentos, zonas, sites e localidades.
4. Escalabilidade
É devido à escalabilidade que é importante que, ainda
na análise de negócio, conheçamos o plano de
expansão da empresa, nos dando assim conhecimento
necessário para tratar da escalabilidade da rede e poder
projetá-la para se adequar sem transtornos quando as
mudanças ocorrerem.
5. Disponibilidade
É a quantidade de tempo em que a rede está
disponível.
A disponibilidade é mensurada em porcentagem.
Alguns tipos de negócios não aceitam uma
disponibilidade muito baixa.
6. Disponibilidade
Por exemplo:
uma rede que deve ficar no ar 24h por dia e a cada dia ela
passa 1 hora e meia fora do ar, pela regra de três temos:
7. Disponibilidade
A disponibilidade da rede do exemplo acima é muito
ruim. Até mesmo porque passar uma hora e meia fora
do ar todo dia torna esta rede quase inviável.
Uma disponibilidade aceitável em uma rede está na
faixa de 99,95%, que corresponde a 5 minutos fora do
ar (downtime) por semana.
9. Disponibilidade
Outro aspecto que deve ser verificado é o MTBF e o
MTTR dos equipamentos.
O MTBF – Mean Time Between Failures é o tempo
previsto pelo fabricante para o equipamento
apresentar sua primeira falha a partir da primeira vez
em que é ligado.
O MTTR – Mean Time To Repair é o tempo de
recuperação ou até mesmo de substituição do
equipamento para que tudo volte a funcionar
normalmente.
10. Disponibilidade
A relação entre essas duas medidas em relação à
disponibilidade da rede é:
MTBF / (MTBF + MTTR)
É importante efetuar este cálculo, pois não adianta
comprar um determinado equipamento só porque ele é
mais barato, se a disponibilidade dele é muito baixa.
11. Desempenho
O desempenho é uma junção de vários requisitos:
Capacidade: é a largura de banda, ou quantos bits
podem trafegar na rede por segundo.
Utilização: é uma média do percentual utilizado da
capacidade.
Utilização máxima: é o valor da utilização da rede em
sua carga máxima.
Vazão: é a quantidade de bits que trafegam por segundo
na rede sem erros. Em algumas aplicações a vazão é mais
importante que o atraso. A vazão pode diminuir, caso a
rede esteja saturada, ou seja, em sua utilização máxima.
12. Desempenho
Carga oferecida: A soma de todo o tráfego oferecido à
rede num determinado momento.
Acurácia: calculando-se a carga oferecida, a acurácia é o
que foi transmitido corretamente em relação ao todo.
Interferências eletromagnéticas e variações de tensão
podem ser prejudiciais à acurácia.
Eficiência: quantidade de dados úteis transmitidos
(acurácia) descontando-se os custos (overheads).
13. Desempenho
Atraso: média de tempo que um quadro pronto leva
para transmitir da origem até o destino. Aplicações em
tempo real são extremamente sensíveis a atrasos.
Variação de atraso: quantidade de variação no atraso
médio.
Tempo de resposta: tempo entre um pedido e sua
respectiva resposta. Podem variar de milissegundos a
minutos e dependendo da aplicação um tempo de
resposta elevado pode ser aceitável.
14. Segurança
Antes de tudo é necessário fazer um levantamento dos
riscos para delimitar o nível de risco em que a empresa
está.
Só depois é traçado um nível de risco aceitável, que é
aquele em que a empresa pode funcionar.
15. Segurança
Nesta avaliação do risco aceitável, é necessário cuidado
ao se aceitar um determinado risco, mas se não for
possível minimizá-lo, é importante que se tenha um
plano de resposta a incidentes.
16. Segurança
É fato que não é possível eliminar totalmente um risco
que está inserido no cenário da empresa, mas é
possível minimizá-lo.
Para isso, temos que conhecer bem quais são as
ameaças a que a empresa está susceptível e quais são
as vulnerabilidades que existem na empresa.
17. Gerenciabilidade
É a capacidade de gerenciamento da rede. Existe um
modelo de gerenciamento chamado FCAPS criado pela
ISO que baseia a gerência em cinco áreas distintas:
Falha (Fault);
Configuração (Configuration);
Contabilidade (Accounting);
Performance (Performance) ;
Segurança (Security).
18. Gerenciabilidade
Falhas: deve-se monitorar as falhas em processadores,
memórias, sistemas e interfaces para evitar problemas
com a disponibilidade e a performance da rede.
Configuração: deve-se manter armazenadas as
configurações dos equipamentos para agilizar a
solução e o retorno em caso de falhas.
Contabilidade: deve-se gerenciar os recursos
disponibilizando cotas para os usuários ou grupos,
como espaço em disco, por exemplo, evitando assim, o
mau uso.
19. Gerenciabilidade
Performance: deve-se monitorar a utilização de
recursos como memória, processadores, espaço em
disco, banda, licenças, recursos de hardware e etc.
Segurança: deve-se controlar o acesso de usuários aos
recursos da rede usando o AAA – Autenticação,
Autorização e Auditoria.
20. Usabilidade
A usabilidade é quem traz a facilidade para o usuário
utilizar a rede. Algumas políticas de segurança se
forem muito rígidas, podem diminuir a usabilidade da
rede.
A usabilidade é um objetivo que deve ser visto com
cuidado para ser garantido sem prejudicar a segurança
da rede.
21. Adaptabilidade
A adaptabilidade é a capacidade da rede em se adaptar
a mudanças.
Estas mudanças podem ser de tecnologias, protocolos,
formas de negócio e legislação.
Não se deve confundir adaptabilidade com
escalabilidade.
22. Custo-benefício
Como citamos anteriormente, na criação de um
projeto de rede, deve-se pensar sempre na relação
Custo x Benefício buscando analisar as necessidades
do cliente, os recursos que ele possui, o custo para a
implantação e os benefícios que o projeto irá trazer
Um bom projeto de rede garante todos os objetivos
técnicos com um custo aceitável para o cliente.
23. Análise da rede existente
Antes de passar para a próxima etapa, ou seja, para o
projeto lógico, você deve analisar a rede já existente e
como ela funciona e descobrir o que é importante para
o cliente, o que não pode deixar de funcionar, o que
está causando problemas e deve ser melhorado ou
extinguido na nova rede.
24. Análise da rede existente
Avaliação da topologia
física;
Avaliação da topologia
lógica;
Avaliação das aplicações
envolvidas;
Protocolos;
Esquema de
endereçamento;
Limitações da rede;
Disponibilidade da rede;
Desempenho da rede;
Gerenciamento da rede;
Segurança da rede;
Tráfego da rede;
A análise da rede existente é extremamente importante
quando o projeto é de expansão da rede atual, por razões
óbvias.
25. Avaliação da topologia física:
Deve-se montar um mapa da rede atual indicando os
segmentos, equipamentos, comunicações externas
tipos de cabos e tamanhos.
Ainda na topologia deve-se informar geograficamente
onde estão todas as conexões sejam elas LAN, MAN ou
WAN e com que a rede se comunica.
26. Avaliação da topologia lógica
Deve-se informar também:
O fluxo de informações;
As conexões LAN e WAN informando quais são os
equipamentos;
Recursos;
Servidores existentes;
Endereçamento;
Largura de banda e tecnologia nos enlaces.
27. Avaliação das aplicações envolvidas
Tipos de aplicação, número de usuários, número de
clientes e servidores e tráfego.
Protocolos
Quais são os protocolos, tipos de protocolos e áreas da
empresa que os utilizam
28. Esquema de endereçamento
Deve-se dar uma visão geral das rede e sub-redes
documentando o esquema de endereçamento,
mapeando os IPs de todos os nós para que seja possível
analisar as faixas de Ips usadas, evitando assim
problemas na inserção de novas sub-redes ou até
mesmo a ligação com redes externas.
29. Limitações da rede
Deve-se identificar os problemas, os gargalos da rede
usando ferramentas de gerência de performance
Disponibilidade da rede
Deve-se calcular a disponibilidade da rede a avaliar o
percentual obtido. A partir do resultado, deve-se tentar
descobrir quais são as causas da indisponibilidade da rede.
Essas descobertas serão essenciais para o bom
funcionamento da nova rede.
Muitas vezes os problemas estão ocultos e continuam
presentes mesmo com a reestruturação da rede, se não
forem descobertos a tempo.
Se não existe uma medição frequente da disponibilidade,
esta deve ser feita nesta fase do projeto, mesmo que o
tempo seja curto.
30. Desempenho da rede
Deve-se medir e avaliar todos os critérios de
desempenho citados anteriormente: capacidade,
utilização máxima, carga oferecida, integridade,
atraso, variação do atraso e tempo de resposta.
Gerenciamento da rede
Devem-se verificar quais são os softwares, protocolos,
equipamentos e serviços de gerência que são
utilizados.
Além disso, deve-se avaliar que medidas são tomadas
em relação aos resultados obtidos pelas ferramentas de
gerenciamento
31. Segurança da rede;
Deve-se avaliar o nível de segurança utilizado, quais
são as ferramentas de segurança, tanto de software
quanto de hardware, e se essas ferramentas estão
sendo eficazes. É interessante verificar a política de
segurança da empresa (se houver) para avaliar a análise
de risco feita, as ameaças e as vulnerabilidades.
Tráfego da rede
Efetuar a medição do throughput (taxa de
transferência real) da rede com fio e sem fio.
32. Exercício
1) Quais os objetivos da análise técnica em um projeto de redes?
2) O que é escalabilidade de uma rede de computadores?
3)Se uma rede fica 1 hora fora do ar por dia qual a porcentagem de
disponibilidade ela terá? Será uma disponibilidade satisfatória ou não?
4)O que significa MTBF e MTTR e para que eles servem em uma rede de
computadores?
5) Quais os requisitos para um bom desempenho de uma rede?
6)Qual os cuidados que se deve ter com Segurança em uma Rede de
Computadores?
7)Explique o modelo FCAPS de Gerenciamento de uma rede.
8)O que seria Usabilidade da Rede?
9)quando o projeto é de expansão da rede atual quais análises teremos
que ter com a rede?
10) Quais as análises que se tem que se tomar para a avaliação da
Topologia Lógica da rede?