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A EXPANSÃO  PORTUGUESA  - Parte I-
1   -  A  EXPANSÃO  TERRITORIAL As Conquistas Africanas Feita a Paz com Castela,  anos após a vitória, na Batalha de Aljubarrota, D. João I tem agora em mãos o governo de um país empobrecido e endividado pela guerra. Para consolidar as relações de amizade entre os dois países cristãos, D. João I propõe ao rei de Castela  uma expedição militar conjunta ao Norte de África - Ceuta - para vingar humilhações passadas e, através da ocupação territorial e do saque das praças conquistadas, minorar os problemas económicos dos dois reinos. Perante a hesitação do rei castelhano,  mas com o apoio de todos os grupos sociais do reino, D. João decide avançar sozinho com o projecto que a todos parecia beneficiar.
A Nobreza que pretendia cobrir-se de glórias e arrecadar o saque das conquistas. O Clero que ao estabelecer-se numa região pagã aumentaria o seu poder e influência. A Burguesia que pensava obter grandes lucros com o controle do comércio com o Oriente que cruzava a cidade. O Povo que passava fome e via no domínio das áreas cerealíferas que rodeavam a cidade, a solução para as suas dificuldades. O Rei  que via na expedição a Ceuta, uma forma de resolver os problemas económicos e sociais do reino, apoderando-se das minas de ouro da região , unindo em torno de um objectivo nacional todas as classes sociais.
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2 –  A  EXPANSÃO  MARÍTIMA A  Costa Ocidental Africana O  novo rumo defendido pelo Povo,  pela Burguesia e pelos sectores menos conservadores da Nobreza, teve no infante D. Henrique o seu mais entusiástico defensor junto do Rei e foi ganhando novos apoiantes à medida que a politica de conquista em África,  feita de meias vitórias e meias derrotas,  tardava em dar frutos. Assim, apesar de não ter sido  abandonada a política de conquistas territoriais defendida pela Nobreza e pelo Clero, era agora por mar que se pretendiam atingir as terras e as riquezas que o reino ambicionava.
[object Object],[object Object],As Canárias e seus antigos povoadores
E a sul ficava África – o continente infiel e desconhecido, na sua maior parte, pelos Europeus.  A Índia nunca foi, de facto, até D. João I, o objectivo final das descobertas Portuguesas. Até então tratava-se apenas de ir cada vez mais longe, mais para sul e aproveitar as riquezas e oportunidades que surgiam.
A chegada à Índia como objectivo previamente interiorizado e pacientemente planeado na austera e lendária” Escola de Sagres” foi,  como esta , durante muito tempo um mito da nossa História oficial.
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Na época, a navegação fazia-se de porto em porto sem perder de vista a costa, pois os marinheiros tinham dificuldade em orientar-se no alto-mar .E de vez em quando paravam, aportando em regiões em que estabeleciam marcos indicadores da de distância baseados na velocidade de uma navegação com ventos e condições  normais. A navegação era também determinada pela orientação dos ventos. Navegar com ventos contrários era impossível.
Quando tal acontecia, era necessário baixar velas, recorrer aos remos ou esperar por ventos favoráveis. As viagens Africanas só se tornaram possíveis ultrapassadas estas duas principais dificuldades. A Caravela  e o Astrolábio , devedores da herança romana e árabe, são exemplos da capacidade dos portugueses da época, em assimilar, transformar e dar novos usos a diferentes saberes.
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Por triangulações ou “bordejamentos”, as velas  da caravela eram orientadas de acordo com a direcção e força do vento,  permitindo ao barco atingir com o menor número de desvios, o trajecto pretendido.
O INTERIOR DA CARAVELA
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O alto valor da carga que transportavam  tornavam-nas num alvo cobiçado por corsários e piratas. Por isso, as naus eram defendidas por várias peças de artilharia distribuídas  lateralmente pelo casco,  e junto  da proa e do castelo da popa do navio.
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Às dificuldades, já indicadas na navegação da costa ocidental africana, juntavam-se os relatos fantasiosos e assustadores sobre o fim do mundo que se abria no interior de África, região povoada por criaturas fantásticas e demoníacas.
Estes relatos, alimentados pela imaginação e pelo medo colectivo do desconhecido, eram habilmente difundidos e aproveitados pelos Árabes, para manterem os Europeus afastados das áreas e riquezas que controlavam comercialmente.
Antes de se aventurarem em viagens mais ambiciosas, sob orientação do Infante D. Henrique, são redescobertos os arquipélagos da Madeira (1419) e dos Açores (1427), conhecidos desde a Antiguidade mas nunca colonizados. Estas ilhas constituíram  um porto de escala em viagens mais longas à África, Índia e Brasil. Aí se repararam velas, mastros e se abasteceram as caravelas de água e mantimentos.
E principalmente ,aí se produziram os cereais que ajudariam a  alimentar o Reino ( Açores), e o açúcar  e o vinho que ajudariam a financiar os empreendimentos Atlânticos ( Madeira ). Mas os Açores e a Madeira constituíram,  sobretudo, um laboratório onde as novas técnicas e instrumentos de navegação foram testados pelos Portugueses com êxito.
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… a Ordem Militar de Cristo, herdeira  dos  bens e segredos da Ordem dos Templários, que perseguida  por toda a Europa, a mando de Filipe “ O Belo” rei de França, e extinta por decreto papal, fez de Portugal e da região de Tomar , o seu ultimo reduto.  A história dos Templários ,é uma história ainda hoje povoada de enigmas e mistérios.  OS TEMPLÁRIOS
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De volta às descobertas, no tempo do Infante, Pedro de Cintra (1460) chega bem longe, navegando até terras a que os navegadores chamaram  “ Serra Leoa”.Para sul ficava  ainda o desconhecido.
Mas com a morte do Infante, volta o predomínio da via das conquistas Africanas, e as viagens marítimas para sul são confiadas a um burguês lisboeta, Fernão Gomes, a troco de benefícios e direitos comerciais sobre as áreas descobertas.
Com D. João II, é restabelecido o controle pela Coroa  das viagens Africanas e o Monopólio do  comércio e das riquezas encontradas. São criadas várias Feitorias, como as da Mina e Arguim, onde se centralizava o comércio do ouro, escravos e marfim. Corsários portugueses patrulham a costa africana e afundam os navios dos reinos rivais. Os Padrões graníticos, ou na falta deles ,  as inscrições nas rochas, atestavam os direitos de Portugal nas áreas “descobertas”.
Diogo Cão é enviado pelo rei para explorar o litoral africano a sul do Equador.  Atingir o extremo sul de África era o principal objectivo.
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Afonso Paiva logo descobre que o lendário  e poderoso Prestes João não passava, afinal, de um pobre chefe tribal Cristão que tentava apenas sobreviver, entalado num mundo de crenças diferentes e muitas vezes hostis. Nada preocupado com a ambição e ganâncias desta nova gente, o “Prestes  João” foi de pouco préstimo para as intenções dos portugueses. O Reino do Prestes João
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Pouco tempo depois, D. João II recebe um navegador de origem veneziana, chamado Cristóvão Colombo que defendia, com base em cálculos de cartógrafos italianos, ser possível atingir a Índia por Ocidente, e que esse seria mesmo o trajecto mais curto e seguro.
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A Expansão Portuguesa1

  • 1. A EXPANSÃO PORTUGUESA - Parte I-
  • 2. 1 - A EXPANSÃO TERRITORIAL As Conquistas Africanas Feita a Paz com Castela, anos após a vitória, na Batalha de Aljubarrota, D. João I tem agora em mãos o governo de um país empobrecido e endividado pela guerra. Para consolidar as relações de amizade entre os dois países cristãos, D. João I propõe ao rei de Castela uma expedição militar conjunta ao Norte de África - Ceuta - para vingar humilhações passadas e, através da ocupação territorial e do saque das praças conquistadas, minorar os problemas económicos dos dois reinos. Perante a hesitação do rei castelhano, mas com o apoio de todos os grupos sociais do reino, D. João decide avançar sozinho com o projecto que a todos parecia beneficiar.
  • 3. A Nobreza que pretendia cobrir-se de glórias e arrecadar o saque das conquistas. O Clero que ao estabelecer-se numa região pagã aumentaria o seu poder e influência. A Burguesia que pensava obter grandes lucros com o controle do comércio com o Oriente que cruzava a cidade. O Povo que passava fome e via no domínio das áreas cerealíferas que rodeavam a cidade, a solução para as suas dificuldades. O Rei que via na expedição a Ceuta, uma forma de resolver os problemas económicos e sociais do reino, apoderando-se das minas de ouro da região , unindo em torno de um objectivo nacional todas as classes sociais.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. 2 – A EXPANSÃO MARÍTIMA A Costa Ocidental Africana O novo rumo defendido pelo Povo, pela Burguesia e pelos sectores menos conservadores da Nobreza, teve no infante D. Henrique o seu mais entusiástico defensor junto do Rei e foi ganhando novos apoiantes à medida que a politica de conquista em África, feita de meias vitórias e meias derrotas, tardava em dar frutos. Assim, apesar de não ter sido abandonada a política de conquistas territoriais defendida pela Nobreza e pelo Clero, era agora por mar que se pretendiam atingir as terras e as riquezas que o reino ambicionava.
  • 12.
  • 13. E a sul ficava África – o continente infiel e desconhecido, na sua maior parte, pelos Europeus. A Índia nunca foi, de facto, até D. João I, o objectivo final das descobertas Portuguesas. Até então tratava-se apenas de ir cada vez mais longe, mais para sul e aproveitar as riquezas e oportunidades que surgiam.
  • 14. A chegada à Índia como objectivo previamente interiorizado e pacientemente planeado na austera e lendária” Escola de Sagres” foi, como esta , durante muito tempo um mito da nossa História oficial.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Na época, a navegação fazia-se de porto em porto sem perder de vista a costa, pois os marinheiros tinham dificuldade em orientar-se no alto-mar .E de vez em quando paravam, aportando em regiões em que estabeleciam marcos indicadores da de distância baseados na velocidade de uma navegação com ventos e condições normais. A navegação era também determinada pela orientação dos ventos. Navegar com ventos contrários era impossível.
  • 18. Quando tal acontecia, era necessário baixar velas, recorrer aos remos ou esperar por ventos favoráveis. As viagens Africanas só se tornaram possíveis ultrapassadas estas duas principais dificuldades. A Caravela e o Astrolábio , devedores da herança romana e árabe, são exemplos da capacidade dos portugueses da época, em assimilar, transformar e dar novos usos a diferentes saberes.
  • 19.
  • 20. Por triangulações ou “bordejamentos”, as velas da caravela eram orientadas de acordo com a direcção e força do vento, permitindo ao barco atingir com o menor número de desvios, o trajecto pretendido.
  • 21. O INTERIOR DA CARAVELA
  • 22.
  • 23. O alto valor da carga que transportavam tornavam-nas num alvo cobiçado por corsários e piratas. Por isso, as naus eram defendidas por várias peças de artilharia distribuídas lateralmente pelo casco, e junto da proa e do castelo da popa do navio.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Às dificuldades, já indicadas na navegação da costa ocidental africana, juntavam-se os relatos fantasiosos e assustadores sobre o fim do mundo que se abria no interior de África, região povoada por criaturas fantásticas e demoníacas.
  • 28. Estes relatos, alimentados pela imaginação e pelo medo colectivo do desconhecido, eram habilmente difundidos e aproveitados pelos Árabes, para manterem os Europeus afastados das áreas e riquezas que controlavam comercialmente.
  • 29. Antes de se aventurarem em viagens mais ambiciosas, sob orientação do Infante D. Henrique, são redescobertos os arquipélagos da Madeira (1419) e dos Açores (1427), conhecidos desde a Antiguidade mas nunca colonizados. Estas ilhas constituíram um porto de escala em viagens mais longas à África, Índia e Brasil. Aí se repararam velas, mastros e se abasteceram as caravelas de água e mantimentos.
  • 30. E principalmente ,aí se produziram os cereais que ajudariam a alimentar o Reino ( Açores), e o açúcar e o vinho que ajudariam a financiar os empreendimentos Atlânticos ( Madeira ). Mas os Açores e a Madeira constituíram, sobretudo, um laboratório onde as novas técnicas e instrumentos de navegação foram testados pelos Portugueses com êxito.
  • 31.
  • 32. … a Ordem Militar de Cristo, herdeira dos bens e segredos da Ordem dos Templários, que perseguida por toda a Europa, a mando de Filipe “ O Belo” rei de França, e extinta por decreto papal, fez de Portugal e da região de Tomar , o seu ultimo reduto. A história dos Templários ,é uma história ainda hoje povoada de enigmas e mistérios. OS TEMPLÁRIOS
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41. De volta às descobertas, no tempo do Infante, Pedro de Cintra (1460) chega bem longe, navegando até terras a que os navegadores chamaram “ Serra Leoa”.Para sul ficava ainda o desconhecido.
  • 42. Mas com a morte do Infante, volta o predomínio da via das conquistas Africanas, e as viagens marítimas para sul são confiadas a um burguês lisboeta, Fernão Gomes, a troco de benefícios e direitos comerciais sobre as áreas descobertas.
  • 43. Com D. João II, é restabelecido o controle pela Coroa das viagens Africanas e o Monopólio do comércio e das riquezas encontradas. São criadas várias Feitorias, como as da Mina e Arguim, onde se centralizava o comércio do ouro, escravos e marfim. Corsários portugueses patrulham a costa africana e afundam os navios dos reinos rivais. Os Padrões graníticos, ou na falta deles , as inscrições nas rochas, atestavam os direitos de Portugal nas áreas “descobertas”.
  • 44. Diogo Cão é enviado pelo rei para explorar o litoral africano a sul do Equador. Atingir o extremo sul de África era o principal objectivo.
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  • 46. Afonso Paiva logo descobre que o lendário e poderoso Prestes João não passava, afinal, de um pobre chefe tribal Cristão que tentava apenas sobreviver, entalado num mundo de crenças diferentes e muitas vezes hostis. Nada preocupado com a ambição e ganâncias desta nova gente, o “Prestes João” foi de pouco préstimo para as intenções dos portugueses. O Reino do Prestes João
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  • 48. Em 1488, Bartolomeu Dias ultrapassa finalmente o Cabo das Tormentas, logo rebaptizado por D. João II como Cabo da Boa – Esperança. Tinham sido vencidos os ventos, as marés e o próprio Adamastor. O Atlântico e o Índico ligavam-se pela primeira vez. E todo o mundo conhecido estava agora mais facilmente em contacto.
  • 49. Pouco tempo depois, D. João II recebe um navegador de origem veneziana, chamado Cristóvão Colombo que defendia, com base em cálculos de cartógrafos italianos, ser possível atingir a Índia por Ocidente, e que esse seria mesmo o trajecto mais curto e seguro.
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