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NÚMERO 26 março 2015
Caderno um
2
editorial
Equipa responsá-
vel
Alexandra Cabral
Miguel Teixeira
Coordenação
Alexandra Cabral
E mais uma vez vos desejamos boa Páscoa!
Este 26º número do Jornalsemnome divulga atividades que se desenrolaram,
na nossa escola, ao longo deste segundo período: visitas de estudo, a
observação do eclipse, a semana das ciências… Este último evento constitui o
tema do nosso caderno 2.
Neste primeiro caderno publicamos textos de alunos da professora Ana Paula
Alcobia, que vão desde a narrativa de sonhos à poesia.
Publicamos ainda um terceiro caderno com as atividades desenvolvidas pela
biblioteca.
O caderno quatro, de dicado ao desporto, sairá no início do terceiro período.
A escola participa este ano nas comemorações do Ano Internacional da Luz,
em simultâneo com os 250 anos de Bocage, que começarão a ser assinalados
em setembro, mas que nos propomos tratar desde já.
Esperam-se, dentro em pouco, novidades de que iremos dando conta.
Até breve!
jornalsemnome@gmail.com
Logotipos
André e Joana
participantes
Ana Paula Lopes
António Vasconcelos
Carlos Bico
David Gil
Isilda Silva
João Rodrigues
Mariana Rocha
Pedro Tildes Gomes
Rita Negrinho
Tiago Barroso
Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Secundária du
Bocage
http://apesbocage.blogspot.pt/
https://sites.google.com/site/apesbocage/
Novo email da associação
Eclipse—20 de março de 2015
3
Visitas—Lousal/ITQB
Visita de estudo à mina e centro ciência viva do Lousal
No passado dia 12 de fevereiro, as turmas 11.º B e C realizaram uma visita de estudo à mina do Lousal,
inserida na Faixa Piritosa Ibérica, com cerca de 250 km de extensão, e que se situa entre Grândola e Sevilha. Es-
ta mina, desativada, está integrada no Centro Ciência Viva do Lousal, situado nesta localidade.
A visita foi realizada no âmbito das disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Quimica A e teve como obje-
tivos o estudo do contexto geológico, morfológico e químico das minas.
Assistiram, de início, a uma palestra acerca da evolução do cálculo e seus métodos ao longo do tempo. Foi
abordado o cálculo desde o uso do ábaco até às primeiras calculadoras. Após a palestra, os alunos vistaram uma
galeria onde se encontrava uma exposição com diversos objetos e cartazes relacionados com o tema anterior.
De seguida, as turmas visitaram a mina, onde se extraía a pirite, que era posteriormente usada na produção de
ácido sulfúrico, matéria-prima para o fabrico de adubos e fertilizantes. A saída de campo estava dividida em várias
estações, em cada qual foram desenvolvidos e abordados os temas referentes às disciplinas.
Na parte da tarde, foi realizada a visita ao Centro Ciência Viva, que começou com uma palestra sobre a Hipóte-
se da Deriva Continental, formulada pelo geólogo Alfred Wegener. Para finalizar, foi feita a visita a todos os módu-
los que compunham a exposição, que abordavam vários temas, como a composição das rochas, a química envol-
vida em materiais do quotidiano, entre outros.
David Gil
Tiago Barroso
Visita de estudo ao Instituto de
Tecnologia
Química e Biológica
(ITQB - Oeiras)
No dia 16 de Março de 2015, a turma B do 12º ano da nossa escola, visitou dois dos 54 laboratórios de
investigação do ITQB. Os objetivos da visita foram os seguintes:
CONSOLIDAR os conhecimentos adquiridos na unidade: Património Genético.
CONTACTAR com equipas de investigadores que produzem/desenvolvem o conhecimento científico.
CONHECER algumas das tecnologias mais avançadas no domínio da Biotecnologia.
COMPREENDER a inevitabilidade da interdisciplinaridade na produção do conhecimento científico.
RECONHECER o trabalho em equipa como estratégia para o sucesso em qualquer área do conhecimento
científico.
DESENVOLVER as relações interpessoais aluno-aluno/aluno-professor/professor-professor que estimulem
o sucesso educativo e a melhoria do processo ensino aprendizagem.
4
Visita itqb
Os alunos ouviram com toda a atenção
os resumos dos trabalhos científicos em curso ,da
responsabilidade dos coordenadores dos labora-
tórios: Biological Energy Transduction – Doutora
Manuela M. Pereira (http://www.itqb.unl.pt/
research/biological-chemistry/biological-energy-
transduction) e
Biomolecular Diagnostics - Doutor Abel Gon-
zalez Oliva (http://www.itqb.unl.pt/research/
technology/biomolecular-diagnostics).
O investigador Abel Oliva explicou que “o Labo-
ratório de Diagnóstico Biomolecular é um grupo
de investigação interdisciplinar, dedicado ao de-
senvolvimento de aplicações biossensoras, no-
meadamente para deteção de moléculas, diag-
nóstico clínico ou monitorização de bioprocessos.
Presentemente estão a ser desenvolvidas nano-
partículas com características ópticas especiais,
que possibilitam a sua utilização para obter ima-
gens de microscopia mais pormenorizadas, no-
meadamente de estruturas celulares ou de pro-
cessos de infeção. Estas nanopartículas são de-
nominadas quantum dots e apresentam proprie-
dades óticas únicas, que oferecem vantagens em
relação aos tradicionais marcadores fluorescen-
tes. Simultaneamente o grupo está a desenvolver
um sensor híbrido (ótico e elétrico) para estudo
de células, que são conduzidas por microcanais e
analisadas individualmente. Estas técnicas permi-
tem o análise e interpretação de fenómenos asso-
ciados a p.e. o estudo da infeção de Babesia em
eritrócitos, doença transmitida por carraças muito
estendida nas regiões subtropicais e pouco estu-
dada ainda.”
Por sua vez, a investigadora Manuela Pereira
referiu que “todos os organismos dependem
constantemente de mecanismos de transdução
de energia. Os organismos não fotossintéticos
obtêm energia por degradação de alimentos, tais
como proteínas, glícidos e lípidos, os quais forne-
cem eletrões à cadeia respiratória. Aqui a transfe-
rência eletrónica é acoplada à translocação de
iões através da membrana citoplasmática, sendo
deste modo a energia libertada pela transferência
eletrónica utilizada para o estabelecimento de um
potencial de membrana, cuja dissipação através
da ATP sintase permite a síntese de ATP, a moe-
da energética dos sistemas biológicos. No grupo
estudamos os mecanismos moleculares de trans-
ferência eletrónica e o seu acoplamento. Utiliza-
mos como sistemas modelo cadeias respiratórias
e os seus constituintes. A investigação envolve
proteínas isoladas (nativas e recombinantes), as-
sim como proteínas reconstituídas e vesiculas
membranares. Fazemos uma abordagem multi-
disciplinar utilizando uma grande variedade de
técnicas bioquímicas e biofísicas. O grupo faz
parte da Unidade de Metaloproteínas e Bioener-
gética e tem várias colaborações no ITQB assim
como fora do instituto.”
Esta turma teve a oportunidade de colocar
questões e visitar os laboratórios onde estas
equipas trabalham. Contactaram ainda com jo-
vens mestrandos e doutorandos, compreenden-
do, assim, que a produção do conhecimento cien-
tífico se faz diariamente e resulta, na realidade,
de avanços e recuos, mas, acima de tudo, é o
resultado de um trabalho interdisciplinar realizado
em equipa. Recorde-se que neste Instituto traba-
lham cerca de 465 investigadores das mais varia-
das áreas.
Esta visita constituiu para estes alunos uma
mais-valia para a sua formação no ensino secun-
dário. Perceberam que, apesar das dificuldades,
ainda é possível fazer investigação em Portugal
ou, pelo menos, formação nas áreas da investiga-
ção, mesmo que o trabalho tenha de ser feito
noutra zona deste que a Terra que se tornou uma
aldeia global.
Na sequência deste espírito, os professores
Carlos Bico e Luís Osório vão realizar um traba-
lho com carácter interdisciplinar, em que as disci-
plinas que lecionam – Biologia e Aplicações Infor-
máticas possam dar origem à produção, em gru-
po, de um produto final, que pretende transmitir,
de forma interativa e, se possível, criativa, algu-
mas bases do projeto genoma humano que foi
lançado há largos anos. Assim sendo, depois da
viagem de finalistas e do merecido descanso,
esta turma vai responder a mais um desafio, tal-
vez o último da sua formação no ensino secundá-
rio, ou o primeiro de uma brilhante carreira profis-
sional interdisciplinar. Quem sabe?
O professor de Biologia,
Carlos Bico
Visita de estudo ao Instituto de Tecnologia
Química e Biológica (ITQB - Oeiras)
5
Visita MAC/SIC
Visita de estudo ao Museu Nacional de
Arte Contemporânea do Chiado e aos Estú-
dios da SIC
No dia seis de janeiro a turma do curso de Artes Visuais do 12º ano realizou, na parte da manhã, uma
visita de estudo ao Museu Nacional de Arte Contemporânea, no Chiado (MNAC) e à tarde, juntamente com a
turma de Humanidades, uma visita aos Estúdios da SIC.
Nas ruas do Chiado, onde está presente toda a história e tradição de uma Lisboa intemporal, caracterizada
pelas ruas que encontram a sua vida na luz inconfundível desta cidade, encontra-se o Museu do Chiado. Na
coleção deste Museu está presente a história da arte portuguesa desde a 2ª metade do século XIX até à atua-
lidade, constituindo assim a base para um conhecimento artístico. O início da coleção é marcado pelo Roman-
tismo traduzindo assim o espírito romântico a partir das suas paisagens características, das localizações exu-
berantes e da luz tão característica deste movimento. Passando pelo Naturalismo onde vemos obras de Antó-
nio Ramalho e de Columbano Bordalo Pinheiro, existe uma passagem para obras marcadas pela explosão
vanguardista onde aparecem nomes tais como, Amadeo de Souza-Cardoso, Santa Rita Pintor, entre outros.
Assim, chega-nos também um grupo de artistas inovadores que constituíram o Modernismo português defini-
do por um “indispensável equilíbrio” do qual fazem parte Almada Negreiros e Abel Manta. Já nos anos 40, a
necessidade de ser feita uma crítica à sociedade promoveu o aparecimento do Neorrealismo e consequente-
mente do Surrealismo. Assim, chegámos neste museu até às décadas de 60 e 70 onde apareceu uma nova
figuração com obras de Paula Rego e Joaquim Rodrigo. Seguidamente a cultura Pop vai invadindo a arte por-
tuguesa. O Museu do Chiado acaba a sua coleção com artistas que estão a protagonizar a atualidade artística
deste séc. XXI, como Alexandre Estrela, João Onofre ou João Pedro Vale.
A segunda parte da visita relacionou-se com outro tipo de arte: a arte do espetáculo e da televisão. Na visita
aos estúdios da SIC foi possível ver todos os cenários utilizados e todo o processo que é utilizado para que o
espectador seja cativado visualmente a assistir a cada programa. Para além da parte das luzes, dos cenários,
dos adereços e do espaço em si dos estúdios da SIC foi possível acompanhar todo o processo de criação e
de manuseamento de um telejornal. Assim, foi-nos possível “sair” das nossas casas e dos nossos ecrãs de
televisão para “entrar” no mundo da televisão e de toda a parte técnica e artística que é feita para que cada
programa nos chegue a nós, telespectadores, da melhor forma possível.
Rita Negrinho
6
escrita
O dia começou monótono e simples, o ideal para um dia de escola, mas, como sempre, comigo
não poderia ser assim e o sossego foi por pouco tempo. Saí de casa, o sol brilhava e o ar estava mais puro que
nunca, algo incomum, e quando pensava que hoje seria o meu dia de sorte, PUM, alguém bate em mim e caio
de costas no chão. Estranhamente, não me doeu nem um pouco, coisa que não deveria acontecer já que tinha
sido uma queda bem feia, mas pronto, não achei nada de importante. A pessoa que bateu em mim até era sim-
pática, pediu-me desculpa e ajudou-me a levantar e foi nesse exato momento em que olhei para a frente que
me tornei na pessoa mais louca do mundo, pois a pessoa que me tinha ajudado não era nem mais nem menos
que a Lucy, uma personagem de uma série de fantasia que eu adoro. A suspirar, como se fosse algo normal
para, mim digo:
--- Boa, hoje foi o dia em que enlouqueci de vez.
-- Estás bem? - perguntou-me a Lucy, com uma cara assustada.
-- Sim, não me ligues, já estou um pouco habituada a que a minha vida seja de doidos. - Respondi, com toda
a honestidade que tenho.
E, como sempre não poderia ficar por aqui: olho à minha volta e estou no cidade mágica de Magnólia, o sitio
de ficção onde a Lucy mora. Em parte, estava a gostar da estranheza daquele dia, pois ter a oportunidade de
conhecer a Lucy e estar em Magnólia não acontece todos os dias. Tinha mesmo de voltar à minha realidade,
mas não por enquanto. Então que tal aproveitar? Estive um bom tempo à conversa com a suposta Lucy. Ela
mostrou-me sítios lindos, mas sem dúvida alguma que o meu preferido foi a guilda magica Fairy Tail. Conheci
as personagens mais fantásticas de sempre e por pouco não chorei quando vi as lindas flores de cerejeiras a
caírem como se fossem gotas cristalinas a transbordar de emoção. Mas pronto, acalmei-me, respirei bem fundo
e finalmente tive de perguntar:
-- Tu és a Lucy, certo? E isto é Magnólia não, é?
-- Sim e sim - respondeu-me ela, com honestidade suficiente para me convencer.
-- E só mais uma coisa. Como é que eu vim aqui parar? - perguntei eu, com medo de ter uma resposta.
-- Deixa cá ver, por acaso sabes quando é que os sonhos se tornam realidade? - perguntou-me ela, com um
sorriso maroto.
Eu ainda pensei durante um bom tempo. Pensei em tudo o que se tinha passado e apercebi-me de algo. O dia
começara estranho, quando caí não me maguei e tudo o que vi foi sempre o que mais quis ver. Ou seja, foi per-
feito, mas a perfeição só existe nos sonhos. E então respondi:
-- A dormir! Os nossos sonhos tornam-se realidade quando estamos a dormir.
-- Resposta correta! Então acho que está na hora de acordares. – disse a Lucy, enquanto me dizia adeus.
A imagem começou a distorcer-se e acordei. No final, acabei por chegar tarde à escola, mas aprendi uma
grande lição. Sou doida, quer esteja acordada ou a dormir.
Mariana Rocha
Um dia a dormir
7
escrita
A memória falha e já não sei onde meu corpo está. Depois de o manto vermelho me cobrir, a quem
não agradava, fiz feliz. Agora não estou lá para os entristecer. Estou em seus corações. Sou feliz, não dei-
xei com eles tristeza, mas sim alegria, e até àqueles que a minha voz ouviram deixei alegria. Saberei agora
o que tanto questionava. Mas será que me irei arrepender? Não, fui eu e sempre serei. Deixarei o meu le-
gado àqueles que fiz felizes e que por mim não choraram. Se o tempo chegou a passar é estranho que não
me lembre. O passado esquecido volta-se a mostrar em breves momentos honestos. Por fim, adeus, já
veio o branco vazio, fazendo felizes os que me amam e os que fingiram amar.
Mariana Rocha
No fim a pensar
Estava eu, na semana passada, a andar até casa da minha avó quando, de repente, alguém me toca no om-
bro:
- Desculpe? - disse a pessoa que me tocou no ombro e que, pela voz me fez pensar que seria um homem adul-
to.
- Sim? - viro-me para trás e vejo um homem um pouco mais alto que eu, com cabelo preto e olhos castanhos.
- Como se chama? - perguntou o homem.
- João. Porquê? -r espondi.
- Diga-me, por favor, se sabe onde posso encontrar o elixir da imortalidade ou, talvez alguém chamado Enkidu?-
questionou o homem, que agora me fazia questionar se estava de mente sã.
- Mas quem é que pensa que é? O Gilgamesh?
- Exactamente! - exclamou o homem. — Agora, sabe onde posso encontrar o elixir ou o Enkidu?
Obviamente, eu não estava convencido, mas decidi não questionar mais o homem e, simplesmente, seguir com
a conversa:
- Tenho quase a certeza de que o elixir está dentro de uma cobra…E o Enkidu está morto…
- Os deuses falaram comigo e disseram que tinham devolvido a vida ao Enkidu. E eu espero que haja mais que
um elixir…-disse o homem.
- Não sei nem onde está o seu amigo nem onde está o elixir mas, mudando de tópico, tenho duas perguntas:
primeiro, como é que ainda está vivo? Lembro-me de ainda ser mortal, apesar de ser dois terços deus! E segun-
do, porque veio procurar aqui, entre todos os lugares do mundo? - perguntei.
- Não devias acreditar em tudo aquilo que lês! Na verdade, eu procurava o elixir na esperança de poder devolver
a vida ao Enkidu. Na verdade, só o procuro agora para que ele não volte a morrer… E cheguei a este local vindo
do Médio Oriente, tenho estado a atravessar todos os países à procura do Enkidu. Agora, se não te importas, vou
continuar a minha busca.
- Obrigado pelo “esclarecimento” e a…- naquela altura notei que o homem com quem tinha estado a falar já não
estava à minha frente -…deus?
João Rodrigues
Oficina de escrita
Visita à SIC
8
Poesia
Estou-me a levantar,
abstracionismo,
o pequeno almoço vou devorar
futurismo e pessimismo
(e um café vou tomar).
de sonhar.
Agora vou trabalhar;
Espero, aguardo, anseio;
prazos, prazos, prazos
meia noite; uma; duas
estou-me a stressar.
três; quatro; cinco;
seis; sete; sete e meia.
São 3 da tarde
agora vou almoçar
Estou-me a levantar.
depois é
trabalhar, trabalhar, trabalhar.
Voltei a casa,
vou-me deitar…
Agora estou a esperar,
aguardar
ansiar;
pelo surrealismo,
João Rodrigues
Rotina
Já vai uma
Já vão duas
Já vão três
E neste sono caiu de vez
De porta aberta à minha entrada
Assim começo esta jornada
Uma viagem prolongada
Por uma inconsciente noitada
Fragmentos de luz
Deslumbram as paisagens
Que ante mim se mostram
Com breves paragens
Pouco tempo tudo dura
Neste mundo de loucura
Onde a primavera é o inverno
Tornado isto um sonho eterno
Mariana Rocha
Sono
Pessoa viva e imaculada
Não boneca emprestada
Ou marioneta de casino
Sem futuro, sem destino
Águas negras
De imagens viradas
Em vidas cortadas
Nas mentiras caladas
Por branco tempo
Flores da vida
Soberano diamante
Condena a partida
Gloriosa vitória
De pessoa perdida
Criada da história
Da vida caída
Mariana Rocha
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Visita à SIC

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  • 1. NÚMERO 26 março 2015 Caderno um
  • 2. 2 editorial Equipa responsá- vel Alexandra Cabral Miguel Teixeira Coordenação Alexandra Cabral E mais uma vez vos desejamos boa Páscoa! Este 26º número do Jornalsemnome divulga atividades que se desenrolaram, na nossa escola, ao longo deste segundo período: visitas de estudo, a observação do eclipse, a semana das ciências… Este último evento constitui o tema do nosso caderno 2. Neste primeiro caderno publicamos textos de alunos da professora Ana Paula Alcobia, que vão desde a narrativa de sonhos à poesia. Publicamos ainda um terceiro caderno com as atividades desenvolvidas pela biblioteca. O caderno quatro, de dicado ao desporto, sairá no início do terceiro período. A escola participa este ano nas comemorações do Ano Internacional da Luz, em simultâneo com os 250 anos de Bocage, que começarão a ser assinalados em setembro, mas que nos propomos tratar desde já. Esperam-se, dentro em pouco, novidades de que iremos dando conta. Até breve! jornalsemnome@gmail.com Logotipos André e Joana participantes Ana Paula Lopes António Vasconcelos Carlos Bico David Gil Isilda Silva João Rodrigues Mariana Rocha Pedro Tildes Gomes Rita Negrinho Tiago Barroso Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Secundária du Bocage http://apesbocage.blogspot.pt/ https://sites.google.com/site/apesbocage/ Novo email da associação Eclipse—20 de março de 2015
  • 3. 3 Visitas—Lousal/ITQB Visita de estudo à mina e centro ciência viva do Lousal No passado dia 12 de fevereiro, as turmas 11.º B e C realizaram uma visita de estudo à mina do Lousal, inserida na Faixa Piritosa Ibérica, com cerca de 250 km de extensão, e que se situa entre Grândola e Sevilha. Es- ta mina, desativada, está integrada no Centro Ciência Viva do Lousal, situado nesta localidade. A visita foi realizada no âmbito das disciplinas de Biologia e Geologia e de Física e Quimica A e teve como obje- tivos o estudo do contexto geológico, morfológico e químico das minas. Assistiram, de início, a uma palestra acerca da evolução do cálculo e seus métodos ao longo do tempo. Foi abordado o cálculo desde o uso do ábaco até às primeiras calculadoras. Após a palestra, os alunos vistaram uma galeria onde se encontrava uma exposição com diversos objetos e cartazes relacionados com o tema anterior. De seguida, as turmas visitaram a mina, onde se extraía a pirite, que era posteriormente usada na produção de ácido sulfúrico, matéria-prima para o fabrico de adubos e fertilizantes. A saída de campo estava dividida em várias estações, em cada qual foram desenvolvidos e abordados os temas referentes às disciplinas. Na parte da tarde, foi realizada a visita ao Centro Ciência Viva, que começou com uma palestra sobre a Hipóte- se da Deriva Continental, formulada pelo geólogo Alfred Wegener. Para finalizar, foi feita a visita a todos os módu- los que compunham a exposição, que abordavam vários temas, como a composição das rochas, a química envol- vida em materiais do quotidiano, entre outros. David Gil Tiago Barroso Visita de estudo ao Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB - Oeiras) No dia 16 de Março de 2015, a turma B do 12º ano da nossa escola, visitou dois dos 54 laboratórios de investigação do ITQB. Os objetivos da visita foram os seguintes: CONSOLIDAR os conhecimentos adquiridos na unidade: Património Genético. CONTACTAR com equipas de investigadores que produzem/desenvolvem o conhecimento científico. CONHECER algumas das tecnologias mais avançadas no domínio da Biotecnologia. COMPREENDER a inevitabilidade da interdisciplinaridade na produção do conhecimento científico. RECONHECER o trabalho em equipa como estratégia para o sucesso em qualquer área do conhecimento científico. DESENVOLVER as relações interpessoais aluno-aluno/aluno-professor/professor-professor que estimulem o sucesso educativo e a melhoria do processo ensino aprendizagem.
  • 4. 4 Visita itqb Os alunos ouviram com toda a atenção os resumos dos trabalhos científicos em curso ,da responsabilidade dos coordenadores dos labora- tórios: Biological Energy Transduction – Doutora Manuela M. Pereira (http://www.itqb.unl.pt/ research/biological-chemistry/biological-energy- transduction) e Biomolecular Diagnostics - Doutor Abel Gon- zalez Oliva (http://www.itqb.unl.pt/research/ technology/biomolecular-diagnostics). O investigador Abel Oliva explicou que “o Labo- ratório de Diagnóstico Biomolecular é um grupo de investigação interdisciplinar, dedicado ao de- senvolvimento de aplicações biossensoras, no- meadamente para deteção de moléculas, diag- nóstico clínico ou monitorização de bioprocessos. Presentemente estão a ser desenvolvidas nano- partículas com características ópticas especiais, que possibilitam a sua utilização para obter ima- gens de microscopia mais pormenorizadas, no- meadamente de estruturas celulares ou de pro- cessos de infeção. Estas nanopartículas são de- nominadas quantum dots e apresentam proprie- dades óticas únicas, que oferecem vantagens em relação aos tradicionais marcadores fluorescen- tes. Simultaneamente o grupo está a desenvolver um sensor híbrido (ótico e elétrico) para estudo de células, que são conduzidas por microcanais e analisadas individualmente. Estas técnicas permi- tem o análise e interpretação de fenómenos asso- ciados a p.e. o estudo da infeção de Babesia em eritrócitos, doença transmitida por carraças muito estendida nas regiões subtropicais e pouco estu- dada ainda.” Por sua vez, a investigadora Manuela Pereira referiu que “todos os organismos dependem constantemente de mecanismos de transdução de energia. Os organismos não fotossintéticos obtêm energia por degradação de alimentos, tais como proteínas, glícidos e lípidos, os quais forne- cem eletrões à cadeia respiratória. Aqui a transfe- rência eletrónica é acoplada à translocação de iões através da membrana citoplasmática, sendo deste modo a energia libertada pela transferência eletrónica utilizada para o estabelecimento de um potencial de membrana, cuja dissipação através da ATP sintase permite a síntese de ATP, a moe- da energética dos sistemas biológicos. No grupo estudamos os mecanismos moleculares de trans- ferência eletrónica e o seu acoplamento. Utiliza- mos como sistemas modelo cadeias respiratórias e os seus constituintes. A investigação envolve proteínas isoladas (nativas e recombinantes), as- sim como proteínas reconstituídas e vesiculas membranares. Fazemos uma abordagem multi- disciplinar utilizando uma grande variedade de técnicas bioquímicas e biofísicas. O grupo faz parte da Unidade de Metaloproteínas e Bioener- gética e tem várias colaborações no ITQB assim como fora do instituto.” Esta turma teve a oportunidade de colocar questões e visitar os laboratórios onde estas equipas trabalham. Contactaram ainda com jo- vens mestrandos e doutorandos, compreenden- do, assim, que a produção do conhecimento cien- tífico se faz diariamente e resulta, na realidade, de avanços e recuos, mas, acima de tudo, é o resultado de um trabalho interdisciplinar realizado em equipa. Recorde-se que neste Instituto traba- lham cerca de 465 investigadores das mais varia- das áreas. Esta visita constituiu para estes alunos uma mais-valia para a sua formação no ensino secun- dário. Perceberam que, apesar das dificuldades, ainda é possível fazer investigação em Portugal ou, pelo menos, formação nas áreas da investiga- ção, mesmo que o trabalho tenha de ser feito noutra zona deste que a Terra que se tornou uma aldeia global. Na sequência deste espírito, os professores Carlos Bico e Luís Osório vão realizar um traba- lho com carácter interdisciplinar, em que as disci- plinas que lecionam – Biologia e Aplicações Infor- máticas possam dar origem à produção, em gru- po, de um produto final, que pretende transmitir, de forma interativa e, se possível, criativa, algu- mas bases do projeto genoma humano que foi lançado há largos anos. Assim sendo, depois da viagem de finalistas e do merecido descanso, esta turma vai responder a mais um desafio, tal- vez o último da sua formação no ensino secundá- rio, ou o primeiro de uma brilhante carreira profis- sional interdisciplinar. Quem sabe? O professor de Biologia, Carlos Bico Visita de estudo ao Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB - Oeiras)
  • 5. 5 Visita MAC/SIC Visita de estudo ao Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e aos Estú- dios da SIC No dia seis de janeiro a turma do curso de Artes Visuais do 12º ano realizou, na parte da manhã, uma visita de estudo ao Museu Nacional de Arte Contemporânea, no Chiado (MNAC) e à tarde, juntamente com a turma de Humanidades, uma visita aos Estúdios da SIC. Nas ruas do Chiado, onde está presente toda a história e tradição de uma Lisboa intemporal, caracterizada pelas ruas que encontram a sua vida na luz inconfundível desta cidade, encontra-se o Museu do Chiado. Na coleção deste Museu está presente a história da arte portuguesa desde a 2ª metade do século XIX até à atua- lidade, constituindo assim a base para um conhecimento artístico. O início da coleção é marcado pelo Roman- tismo traduzindo assim o espírito romântico a partir das suas paisagens características, das localizações exu- berantes e da luz tão característica deste movimento. Passando pelo Naturalismo onde vemos obras de Antó- nio Ramalho e de Columbano Bordalo Pinheiro, existe uma passagem para obras marcadas pela explosão vanguardista onde aparecem nomes tais como, Amadeo de Souza-Cardoso, Santa Rita Pintor, entre outros. Assim, chega-nos também um grupo de artistas inovadores que constituíram o Modernismo português defini- do por um “indispensável equilíbrio” do qual fazem parte Almada Negreiros e Abel Manta. Já nos anos 40, a necessidade de ser feita uma crítica à sociedade promoveu o aparecimento do Neorrealismo e consequente- mente do Surrealismo. Assim, chegámos neste museu até às décadas de 60 e 70 onde apareceu uma nova figuração com obras de Paula Rego e Joaquim Rodrigo. Seguidamente a cultura Pop vai invadindo a arte por- tuguesa. O Museu do Chiado acaba a sua coleção com artistas que estão a protagonizar a atualidade artística deste séc. XXI, como Alexandre Estrela, João Onofre ou João Pedro Vale. A segunda parte da visita relacionou-se com outro tipo de arte: a arte do espetáculo e da televisão. Na visita aos estúdios da SIC foi possível ver todos os cenários utilizados e todo o processo que é utilizado para que o espectador seja cativado visualmente a assistir a cada programa. Para além da parte das luzes, dos cenários, dos adereços e do espaço em si dos estúdios da SIC foi possível acompanhar todo o processo de criação e de manuseamento de um telejornal. Assim, foi-nos possível “sair” das nossas casas e dos nossos ecrãs de televisão para “entrar” no mundo da televisão e de toda a parte técnica e artística que é feita para que cada programa nos chegue a nós, telespectadores, da melhor forma possível. Rita Negrinho
  • 6. 6 escrita O dia começou monótono e simples, o ideal para um dia de escola, mas, como sempre, comigo não poderia ser assim e o sossego foi por pouco tempo. Saí de casa, o sol brilhava e o ar estava mais puro que nunca, algo incomum, e quando pensava que hoje seria o meu dia de sorte, PUM, alguém bate em mim e caio de costas no chão. Estranhamente, não me doeu nem um pouco, coisa que não deveria acontecer já que tinha sido uma queda bem feia, mas pronto, não achei nada de importante. A pessoa que bateu em mim até era sim- pática, pediu-me desculpa e ajudou-me a levantar e foi nesse exato momento em que olhei para a frente que me tornei na pessoa mais louca do mundo, pois a pessoa que me tinha ajudado não era nem mais nem menos que a Lucy, uma personagem de uma série de fantasia que eu adoro. A suspirar, como se fosse algo normal para, mim digo: --- Boa, hoje foi o dia em que enlouqueci de vez. -- Estás bem? - perguntou-me a Lucy, com uma cara assustada. -- Sim, não me ligues, já estou um pouco habituada a que a minha vida seja de doidos. - Respondi, com toda a honestidade que tenho. E, como sempre não poderia ficar por aqui: olho à minha volta e estou no cidade mágica de Magnólia, o sitio de ficção onde a Lucy mora. Em parte, estava a gostar da estranheza daquele dia, pois ter a oportunidade de conhecer a Lucy e estar em Magnólia não acontece todos os dias. Tinha mesmo de voltar à minha realidade, mas não por enquanto. Então que tal aproveitar? Estive um bom tempo à conversa com a suposta Lucy. Ela mostrou-me sítios lindos, mas sem dúvida alguma que o meu preferido foi a guilda magica Fairy Tail. Conheci as personagens mais fantásticas de sempre e por pouco não chorei quando vi as lindas flores de cerejeiras a caírem como se fossem gotas cristalinas a transbordar de emoção. Mas pronto, acalmei-me, respirei bem fundo e finalmente tive de perguntar: -- Tu és a Lucy, certo? E isto é Magnólia não, é? -- Sim e sim - respondeu-me ela, com honestidade suficiente para me convencer. -- E só mais uma coisa. Como é que eu vim aqui parar? - perguntei eu, com medo de ter uma resposta. -- Deixa cá ver, por acaso sabes quando é que os sonhos se tornam realidade? - perguntou-me ela, com um sorriso maroto. Eu ainda pensei durante um bom tempo. Pensei em tudo o que se tinha passado e apercebi-me de algo. O dia começara estranho, quando caí não me maguei e tudo o que vi foi sempre o que mais quis ver. Ou seja, foi per- feito, mas a perfeição só existe nos sonhos. E então respondi: -- A dormir! Os nossos sonhos tornam-se realidade quando estamos a dormir. -- Resposta correta! Então acho que está na hora de acordares. – disse a Lucy, enquanto me dizia adeus. A imagem começou a distorcer-se e acordei. No final, acabei por chegar tarde à escola, mas aprendi uma grande lição. Sou doida, quer esteja acordada ou a dormir. Mariana Rocha Um dia a dormir
  • 7. 7 escrita A memória falha e já não sei onde meu corpo está. Depois de o manto vermelho me cobrir, a quem não agradava, fiz feliz. Agora não estou lá para os entristecer. Estou em seus corações. Sou feliz, não dei- xei com eles tristeza, mas sim alegria, e até àqueles que a minha voz ouviram deixei alegria. Saberei agora o que tanto questionava. Mas será que me irei arrepender? Não, fui eu e sempre serei. Deixarei o meu le- gado àqueles que fiz felizes e que por mim não choraram. Se o tempo chegou a passar é estranho que não me lembre. O passado esquecido volta-se a mostrar em breves momentos honestos. Por fim, adeus, já veio o branco vazio, fazendo felizes os que me amam e os que fingiram amar. Mariana Rocha No fim a pensar Estava eu, na semana passada, a andar até casa da minha avó quando, de repente, alguém me toca no om- bro: - Desculpe? - disse a pessoa que me tocou no ombro e que, pela voz me fez pensar que seria um homem adul- to. - Sim? - viro-me para trás e vejo um homem um pouco mais alto que eu, com cabelo preto e olhos castanhos. - Como se chama? - perguntou o homem. - João. Porquê? -r espondi. - Diga-me, por favor, se sabe onde posso encontrar o elixir da imortalidade ou, talvez alguém chamado Enkidu?- questionou o homem, que agora me fazia questionar se estava de mente sã. - Mas quem é que pensa que é? O Gilgamesh? - Exactamente! - exclamou o homem. — Agora, sabe onde posso encontrar o elixir ou o Enkidu? Obviamente, eu não estava convencido, mas decidi não questionar mais o homem e, simplesmente, seguir com a conversa: - Tenho quase a certeza de que o elixir está dentro de uma cobra…E o Enkidu está morto… - Os deuses falaram comigo e disseram que tinham devolvido a vida ao Enkidu. E eu espero que haja mais que um elixir…-disse o homem. - Não sei nem onde está o seu amigo nem onde está o elixir mas, mudando de tópico, tenho duas perguntas: primeiro, como é que ainda está vivo? Lembro-me de ainda ser mortal, apesar de ser dois terços deus! E segun- do, porque veio procurar aqui, entre todos os lugares do mundo? - perguntei. - Não devias acreditar em tudo aquilo que lês! Na verdade, eu procurava o elixir na esperança de poder devolver a vida ao Enkidu. Na verdade, só o procuro agora para que ele não volte a morrer… E cheguei a este local vindo do Médio Oriente, tenho estado a atravessar todos os países à procura do Enkidu. Agora, se não te importas, vou continuar a minha busca. - Obrigado pelo “esclarecimento” e a…- naquela altura notei que o homem com quem tinha estado a falar já não estava à minha frente -…deus? João Rodrigues Oficina de escrita Visita à SIC
  • 8. 8 Poesia Estou-me a levantar, abstracionismo, o pequeno almoço vou devorar futurismo e pessimismo (e um café vou tomar). de sonhar. Agora vou trabalhar; Espero, aguardo, anseio; prazos, prazos, prazos meia noite; uma; duas estou-me a stressar. três; quatro; cinco; seis; sete; sete e meia. São 3 da tarde agora vou almoçar Estou-me a levantar. depois é trabalhar, trabalhar, trabalhar. Voltei a casa, vou-me deitar… Agora estou a esperar, aguardar ansiar; pelo surrealismo, João Rodrigues Rotina Já vai uma Já vão duas Já vão três E neste sono caiu de vez De porta aberta à minha entrada Assim começo esta jornada Uma viagem prolongada Por uma inconsciente noitada Fragmentos de luz Deslumbram as paisagens Que ante mim se mostram Com breves paragens Pouco tempo tudo dura Neste mundo de loucura Onde a primavera é o inverno Tornado isto um sonho eterno Mariana Rocha Sono Pessoa viva e imaculada Não boneca emprestada Ou marioneta de casino Sem futuro, sem destino Águas negras De imagens viradas Em vidas cortadas Nas mentiras caladas Por branco tempo Flores da vida Soberano diamante Condena a partida Gloriosa vitória De pessoa perdida Criada da história Da vida caída Mariana Rocha Finalmente o começo Visita à SIC