Apresentação realizada no "Seminário Acidentes de Trânsito no Município do Rio de Janeiro", promovido pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC-RJ), em setembro de 2012
Mortes no Trânsito – O Crescimento da Mortalidade de Motociclistas - Contribuições do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos
1. O espaço desigual
Mortes no trânsito – o crescimento
da mortalidade de motociclistas
Alcides Carneiro
Rosanna Iozzi
Lucia Santos
2. “Como andar de bicicleta em cidades nas quais
motoristas têm como esporte atropelar – pela ordem –
pedestres, ciclistas e motociclistas – esses últimos com
plena legitimidade, os dois primeiros porque a rua não
lhes pertence. Todos, porém, porque são figuras
menores numa visão desigual do espaço público.”
(Roberto Damatta, O Globo, 7 de março de 2012)
3. por Lula Branco Martins | 18 de Abril de 2012 - Memória da Cidade. Revista Veja Rio
4. O desenho Os Jetsons, dos estúdios
Hannah-Barbera, já 'previam' essa ...
De 1962 a 1963, exibida no Brasil pela TV Excelsior,
5.
6. Todos os dias morrem ao menos dois cariocas por
acidentes de transporte um é pedestre e a cada dois
dias um é motociclista.
Gráfico 4 - Mortalidade por acidentes de transporte segundo
tipo. Cidade do Rio e Janeiro, 1997 a 2009
Ciclista
Outros acidentes de
Ocupante de traumatizado em
transporte não
automovel um acidente de
terrestres e os não
traumatizado em transporte
especificados (V90 a
um acidente de 1%
V99)
transporte 1%
12%
Motociclista
traumatizado em
um acidente de
transporte Pedestre
9% traumatizado em
um acidente de
transporte
54%
Outros acidentes de
transporte terrestre
(V30 a V39 e V50 a
V89)
23%
7. Gráfico 27 - Número índice, base 1998=100, da evolução das
frota de motocicletas e automóveis - MRJ - 1998 a 2010
400
Motocicleta Automóveis
350
300
250
200
150
100
50
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
8. Cada óbito de motociclista gera
dez sequelados em média.
Tabela 11 Taxa de mortalidade segundo população e frotas de automóveis e motos. Cidade do Rio de Janeiro, 1997 a 2009
Ano Automóveis Motocicletas
Frota de Tx auto Tx frota auto Frota de Tx moto Tx frota moto
Autos Óbitos Auto pop*** * Motos Óbitos Motos pop**** **
2001 1.421.764 99 1,7 7,0 83.755 38 0,6 45,4
2002 1.497.093 124 2,1 8,3 93.440 67 1,1 71,7
2003 1.528.787 145 2,4 9,5 101.795 75 1,3 73,7
2004 1.553.992 162 2,7 10,4 111.368 93 1,5 83,5
2005 1.581.420 225 3,7 14,2 121.628 120 2,0 98,7
2006 1.612.568 184 3,0 11,4 133.225 183 3,0 137,4
2007 1.661.120 167 2,7 10,1 151.427 121 2,0 79,9
2008 1.711.243 145 2,4 8,5 172.863 176 2,9 101,8
2009 1.779.500 113 1,8 6,4 188.840 186 3,0 98,5
2010 1.848.776 106 1,7 5,7 206.764 172 2,7 83,2
Fonte:SIM/MS; DENATRAN
* taxa/ 100 mil automoveis
**taxa/ 100 mil motos
Taxa auto pop *** -taxa por 100 mil habitantes para óbitos de ocupantes de automóvel traumatizados em acidente de transporte
Taxa moto pop**** - taxa por 100 mil habitantes para óbitos de motociclistas traumatizados em acidente de transporte
9. Gráfico 5 - Distribuição proporcional das mortes por acidentes de transporte segundo tipo. Cidade
do Rio de Janeiro, 1997 a 2009
100%
1,4%
0,3%
90% 14%
80% 35%
23%
70%
60%
63%
50% 10%
40%
46%
30%
20%
10%
0%
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Outros acidentes de transporte não terrestres e os não especificados (V90 a V99) Ciclista traumatizado em um acidente de transporte
Ocupante de automovel traumatizado em um acidente de transporte Motociclista traumatizado em um acidente de transporte
Outros acidentes de transporte terrestre (V30 a V39 e V50 a V89) Pedestre traumatizado em um acidente de transporte
10.
11. Se pedestres, ciclistas e motociclistas
tivessem a mesma importância na
ocupação das ruas, os resultados não
seriam tão distintos, em termos de risco
de morte no trânsito.
12. Gráfico 6 - Tipo de acidente com óbito de motociclista , média 1997 a
2009. Cidade do Rio de Janeiro
V20 colisao com pedestre V22 colisao com veiculo a
V28 acid transporte ou animal motor de 2 ou 3 rodas
1% 4%
sem colisao
(capotamento/queda V23 colisao com
ou projeção) automovel, pickup ou
27% caminhonete
29%
V21 colisao com veiculo a
pedal
1%
V27 colisao com objeto
fixo parado
16%
V24 colisao com
veiculo de transporte
V25 colisao com trem ou pesado ou onibus
outro veiculo ferroviario
1%
21%
13. Análise de causas múltiplas – tipos de lesões
• Lesões mais frequentes : traumatismo da cabeça, traumatismo
do tórax, abdominais/coluna lombar/pelve e traumatismos do
pescoço.
• Identificamos descrições de doenças como Septicemia,
Pneumonias, Encefalites e Meningites e que, provavelmente,
são complicações decorrentes de lesões provocadas pelos
acidentes que surgem durante o período de internação,
contribuindo para a ocorrência dos óbitos.
25% dos motociclistas internados vítimas de acidentes de
transporte não usavam o capacete durante o acidente. Rede
SARAH, 2011
14. Idade
Gráfico 7 - Taxa de mortalidade (por 100 hab) de motociclista traumatizado em
acidente de transporte por idade. Cidade do Rio de Janeiro, 1997 a 2009
10
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
2004 2005 2006 2007 2008 2009
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
< 1 ano 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 e +
15. Sexo
Gráfico 10 - Mortalidade motociclista traumatizado em
acidente de transporte, segundo sexo.
180
m f
160
9:1
140
120
100
80
60
40
20
0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
16. Gráfico 13 - População residente
Raça/cor na Cidade do Rio de Janeiro
segundo raça/cor. Censo 2010
Parda
37%
Gráfico 14 - Distribuição percentual da mortalidade de
Amarela
motociclistas traumatizados em acidente de transporte 1%
Branca
51%
Preta
segundo a raça/cor. Cidade do Rio de Janeiro, 1997 a 2009 11%
100%
90%
80%
70%
60% Pretos e Pardos
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Ignorado Preta e Parda Branca
17. Escolaridade
Gráfico 19 - Distribuição percentual da mortalidade de ocupante de
automóvel traumatizado em acidente de transporte, segundo
escolaridade. Cidade do Rio de Janeiro, 1997 a 2009.
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Ignorado 12 anos e mais 8 a 11 anos 4 a 7 anos 1 a 3 anos Nenhuma
18. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz
que, no Brasil, 27,9% dos mortos no trânsito
são pedestres, 20% são motociclistas ou
passageiros de motos e 4,6% são ciclistas,
somando 52,5%.
19. Local de ocorrência do óbito
Gráfico 22 - Distribuição percentual da mortalidade de
motociclista traumatizado em acidente de transporte segundo
local de ocorrência. Cidade do Rio de Janeiro, 1997 a 2009
100%
90%
80%
Via Pública
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Ignorado Outros Via pública Estabelecimento de Saúde
20. Gráfico 24 - Causas de internação - outras causas de lesões acidentais e
acidentes de transporte. Cidade do Rio de Janeiro, 1998 a 2009
16.000
V01-V99 Acidentes de transporte
W00-X59 Outras causas externas de lesões acident
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
21. Gráfico 25 - Tipos de acidentes de transporte como causas de internação (SUS).
Cidade do Rio de Janeiro, 1998 a 2009
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
V10-V19 Ciclista traumatizado acid transporte V90 a V99 Outros Acid. Transporte não terrestres e os não especificados
V30 a V39; V50 a V89 Outros Acidentes de transporte Terrestres V40-V49 Ocup automóvel traumatiz acid transporte
V20-V29 Motociclista traumatizado acid transp V01-V09 Pedestre traumatizado acid transporte
22. Gráfico 26 - Taxa de mortalidade de pacientes vítimas de acidente de
transporte, internados em unidades de saúde (SUS) da Cidade do Rio de
Janeiro, segundo tipo de acidente, 1998 a 2009. (taxa/100)
Taxa/100
12
10
8
6
4
2
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
automovel 3,65 5,93 7,72 6,04 5,24 5,04 5,99 7,62 7,85 4,59 3,19 3,27
motcicleta 5,56 7,03 3,78 5 5,06 2,6 3,95 5,96 6,52 4,95 4,59 4,09
pedestre 5,98 4,72 4,67 4,59 5,92 10,26 10,41 8,54 10,28 9,15 4,54 3,84
23. Tabela 10 Media anual de internações, custo médio anual total e custo médio anual por internação.
Cidade do Rio de Janeiro, 1998 a 2007
Causas de Internação Internações
custo* médio media anual de custo* medio
anual total internações por internação
Total Causas Externas 15.031.575 17.628 853
V01-V99 Acidentes de transporte 6.400.511 7.018 912
W00-X59 Outras causas externas de lesões acident 5.664.097 7.538 751
X60-X84 Lesões autoprovocadas voluntariamente 55.693 946 59
X85-Y09 Agressões 707.314 1.055 670
Y10-Y34 Eventos cuja intenção é indeterminada 544.629 867 628
Y35-Y36 Intervenções legais e operações de guerra 675 105 6
Y40-Y84 Complic assistência médica e cirúrgica 1.080.290 76 14.246
Y85-Y89 Seqüelas de causas externas 564.845 22 26.070
Y90-Y98 Fatores suplement relac outras causas 13.522 1 10.818
Causas Naturais (incluindo obstétricas) 177.750.103 261.602 680
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)
*Custo em reais
24. Gráfico 31 - Internações segundo tipo de causa Grafico 32 - Internações segundo tipo de causa
externa. Belo Horizonte, 1998 a 2007 externa. Porto Alegre, 1998 a 2007
100% 100%
90% 90%
80% 80%
70% 70%
60% 60%
50% 50%
40% 40%
30% 30%
20% 20%
10% 10%
0% 0%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Grafico 33 - Internações segundo tipo de causa Grafico 34 - Internações segundo tipo. de causa
externa. São Paulo, 1998 a 2007 externa.Rio de Janeiro, 1998 a 2009
100% 100%
90% 90%
80% 80%
70% 70%
60% 60%
50% 50%
40% 40%
30% 30%
20% 20%
10% 10%
0% 0%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
V01-V99 Acidentes de transporte W00-X59 Outras causas externas de lesões acident Y40-Y84 Complic assistência médica e cirúrgica
Y10-Y34 Eventos cuja intenção é indeterminada X85-Y09 Agressões Y85-Y89 Seqüelas de causas externas
X60-X84 Lesões autoprovocadas voluntariamente Y90-Y98 Fatores suplement relac outras causas Y35-Y36 Intervenções legais e operações de guerra
S-T Causas externas não classificadas
25. Gráfico 30 Distribuição etária dos óbitos de vítimas de acidentes de
motocicleta e de agressões. Cidade do Rio de Janeiro, 2009
800 90
Agressão Motociclista
80
700
70
600
60
500
50
400 40
30
300
20
200
10
100
0
0 -10
<1 1 a4 5 a9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 e+
26. Os vinte logradouros com maior n° de acidentes respondem por 3 em
cada 10 acidentes (29,4%).
Os cinquenta logradouros com maior n° de acidentes respondem por mais
de 2/5 do total (41,6%).
Motocicletas - 50 logradouros com maior nº de acidentes, segundo as Áreas de Planejamento - 2009
Av. Brasil 327 e Av. Américas 185
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
AP-1 AP-2 AP-3 AP-4 AP-5