O documento discute a inclusão de uma criança surda de 6 anos em uma sala de aula regular. Ele fornece detalhes sobre o perfil da criança, incluindo sua deficiência auditiva profunda e dependência exclusiva da LIBRAS. Também descreve as adaptações feitas pelo professor, como sentar a criança na frente e usar a LIBRAS para identificar objetos da sala. A inclusão bem-sucedida depende de preparação do professor e estratégias que promovam a participação da criança usando sua primeira língua.
1. Ouvir no silêncio Grupo D – Surdez Profunda: conhecendo apenas libras para se comunicar. Componentes: Maria Dorany, Ezir, Sandra, Latife e Daisy
2. Os sons não parecem tão importantes, quase insignificantes, para quem está acostumado a ouvi-los. Mas para quem não houve, a impossibilidade de senti-los passa a ser mais que uma ausência, torna-se uma barreira para comunicação.
3. Vygotski ressalta que é através da cultura que o homem aprende e se desenvolve, modificando o meio e a si mesmo, desta forma, comunicar e interagir com outros torna-se fundamental. A língua é um dos meios para que ocorra a comunicação. Mas para compreender e se fazer compreender é necessário empenho mútuo dos agentes dessa cultura no intuito de não excluir aquele que não ouve.
4. Mas como ficam os brasileiros que não compreendem a língua portuguesa por não poder ouvi-la? Diversas línguas estrangeiras podem ser aprendidas para que possamos nos comunicar com os que não falam a nossa língua portuguesa. Da mesma forma podemos aprender uma língua de sinais para nos comunicarmos com os que não utilizam a língua portuguesa para relacionarem-se, por não escutar. Cada país possui sua língua de sinais.
5. No Brasil, a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais, derivada da língua de sinais Francesa, graças à luta sistemática e persistente das pessoas com deficiência auditiva, foi reconhecida pela Nação brasileira como a Língua Oficial da Pessoa Surda, com a publicação da Lei nº 10.436, de 24-4-2002 e a Lei nO 10.098, de 19-12-2002. Com diversos direitos assegurados, os surdos, hoje, têm a possibilidade de interagir e conviver normalmente, mas isso não quer dizer que esta prática esteja em um nível ideal e perfeito. Muitos problemas podem ser apontados, contudo é obrigatória a inclusão destas pessoas na sociedade, principal e inicialmente , através da Educação. Cumprindo com o direito do surdo e exercendo o papel de educador e cidadão apresentaremos mais adiante uma situação onde ocorre a inclusão de uma criança de 06 anos em uma classe regular do ensino fundamental.
6. Nenhuma língua pode ser aprendida por partes, através de palavras isoladas ou de textos sem sentido; a língua é um instrumento de comunicação, de expressão e de elaboração do pensamento, e é aprendida através de seu uso comunicativo e expressivo. A língua de sinais é uma língua natural que demonstra todas as características de qualquer outra língua humana; não é um mero conjunto de gestos; tem uma gramática complexa e sutil que deve ser levado em consideração pelos professores que usam sinais com seus alunos.
7. ”Aproximadamente 15% da população brasileira apresenta algum grau de perda auditiva. Muitos não sabem que apresentam deficiência na audição, que pode ter causas genéticas/naturais, ou pode ser atribuída à exposição a ambientes ruidosos por longos períodos de tempo ou ao uso excessivo de fones de ouvido, como os utilizados nos aparelhos tocadores de mp3″, comenta a fonoaudióloga do Grupo microsom, Maria do Carmo Branco. Cuidar da audição é cuidar da qualidade de vida do ser humano. A diminuição da sensibilidade auditiva compromete seriamente a comunicação do indivíduo, podendo gerar ansiedade, frustração e raiva, ocasionando afastamento e isolamento social.
8. Inclusão - Conhecendo somente LIBRAS Perfil do Aluno Idade: 06 anos Série: EducaçãoInfantil (1º ano) . Classe de educaçãobilíngüeparaeducaçãoinfantil e alfabetização. Turmainclusiva com aproximadamente 20 crianças. Sexo: Masculino Deficiência: Deficiênciaauditivaneurosensorial bilateral profunda. Dificuldades: Apresentaausência de domíniolingüísticoda L1( primeiralíngua – Libras).
17. Identificarem LIBRAS osobjetosdasala e osambientesdaescolacomodireção, banheiro, bebedouros, etc.5. Estratégianaclasseinclusiva: Realizarumarecepção dos alunos com atividadesquevivenciem as dificuldades/necessidadeseducativasespeciaisauditivas, através de vídeos, jogos e dinâmicas.
18. Conclusão Esperamos que a apresentação dessa pesquisa tenha despertado o interesse e sensibilização por esse grupo de pessoas, que sendo diferentes não deixam de superar suas limitações, e se estimulados podem ressignificar suas potencialidades.