A 1a República trouxe reformas importantes no ensino em Portugal, como tornar o ensino primário obrigatório e gratuito e criar novas escolas. No entanto, a instabilidade política impediu que as promessas de reforma fossem totalmente cumpridas. O ensino superior avançou pouco neste período, com a comunidade científica portuguesa ignorando a visita de Einstein em 1925.
1. O Ensino na 1ª República
Trabalho elaborado por:
Pedro Guerra nº18
Tiago Gracinda nº21
2. Reformas no ensino
Os republicanos sempre acreditaram na força e na
importância da instrução, por isso diziam “ Um homem vale
sobretudo pela educação que possui”. Assim durante a 1ª
república, logo a partir de 1910, os governos fizeram
importantes reformas no ensino.
E essas reformas foram:
-Criar o ensino infantil para as crianças dos 4 aos 7 anos
-Tornar o ensino primário obrigatório e gratuito para as
crianças dos 7 aos 10 anos
-Criar novas escolas do ensino primário e técnico
-Fundar escolas “normais”destinadas a formar professores
primários
-Criar universidades em Lisboa e Porto
3. O Ensino Primário na 1ª
República
A República prometera muito, mas não fora capaz de
alcançar a estabilidade suficiente para cumprir as suas
promessas e abrir Portugal ao progresso, ao
desenvolvimento. Uma das promessas republicanas
prendia-se com a reforma do ensino. Esta reforma começou
pela instrução primária, por ser através dela que se
procurava conseguir a transformação mental do país.
A reforma do ensino primário foi publicada por decreto de
29 de Março de 1911. Segundo esta reforma, o ensino
primário seria dividido em três escalões: o elementar, o
complementar e o superior.
O elementar era obrigatório para todas as crianças de
ambos os sexos, com idades compreendidas entre os sete e
os catorze anos. Os outros escalões eram facultativos.
4. O ensino primário elementar tinha a duração de três anos,
dos sete aos nove anos, e tinha quatro grupos de
intenções: literárias, científicas, artísticas e técnicas. O
primeiro grupo incluía a Leitura e a Escrita, Noções de
Geografia e Educação Social, Económica e Civil; o segundo
grupo, as quatro Operações Aritméticas, o Sistema Métrico,
Geometria Elementar, notícias dos produtos comuns da
natureza e conhecimentos dos fenómenos naturais mais
vulgares; o terceiro grupo, Desenho e Modelação, Canto
Coral e dicção de Poesias; o quarto grupo, Higiene,
Ginástica, Jogos, Trabalhos Manuais e Agrícolas.
5. O ensino superior
durante 1ª república
Todas as revoluções têm como característica comum o
desejo do desenvolvimento do país por parte dos
seus protagonistas. Nesses momentos é natural que os
diagnósticos sejam feitos com paixão, chegando por vezes
a ser dogmáticos, e que as terapêuticas sejam
administradas com a pressa que a ocasião impõe. De certo
modo foi o que sucedeu na educação em Portugal após
1910.
A educação e a ciência não estavam muito bem quando foi
estabelecida a 1.ª República e, quando esta terminou, os
avanços tinham sido relativamente escassos. Para o
testemunhar, refira-se que a 11 de Março de 1925,
Einstein, na altura já Prémio Nobel da Física), desembarcou
em Lisboa a bordo do navio Cap Polonio, vindo de
Hamburgo a caminho do Rio de Janeiro. As suas duas
passagens por Portugal, tanto à ida como à volta na sua
viagem à América do Sul, passaram, porém,
completamente despercebidas tanto à comunidade
científica portuguesa da altura como ao resto da sociedade
nacional. Em contraste, Einstein foi recebido com todas as
honras na América do Sul, em particular no Brasil.
6. Houve decerto alguns avanços da educação e na ciência
durante a 1.ª República. O ano de 1925, nas vésperas do
golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi o ano da
inauguração do espectroheliógrafo no Observatório
Astronómico de Coimbra, um aparelho que ainda hoje se
mantém em funcionamento e permite a Portugal a posse de
uma das maiores colecções de fotografias solares
existentes no mundo. Mas esses avanços ficaram aquém do
desejável numa época que, no mundo desenvolvido, foi de
grande progresso para a ciência.