O documento discute a evolução da televisão digital no Brasil, adotando o padrão japonês ISDB-TB em 2007, permitindo transmissão em alta definição e multiprogramação. Também aborda o desenvolvimento da tecnologia IPTV e suas características, como suporte para TV interativa, gravação e personalização de conteúdo. Por fim, discute os desafios da implantação de serviços de IPTV e a disputa regulatória no Brasil entre TELECOMs e emissoras de TV.
2. A televisão no Brasil 1950.
A TV Digital no Brasil dezembro de 2007.
O Brasil adotou para seu padrão o modelo japonês. O
formato ISDB-TB (utilizado tb Peru e em testes na
Venezuela) - adotado permite, além da transmissão em
alta definição, a multiprogramação -possibilidade de
transmitir, no lugar de um único programa em alta
definição, oito programas diferentes simultaneamente em
definição padrão (720 × 480pixels(2), a mesma do DVD),
sendo possível transmitir até 2 canais HD (1080i)(3), 4
Canais de 720p e/ou 8 SD (480p) pela mesma
transmissora .
3.
4.
5. Paralelamente ao desenvolvimento da tecnologia
da TV Digital transmitida via satélite,
radiofrequência ou cabo ocorre o
desenvolvimento de uma nova tecnologia de
transmissão de dados e conteúdo audiovisual em
alta definição via protocolo IP, a IPTV ( Internet
Protocol TV ).
6. IPTV - definição
a entrega, com segurança de alta qualidade, de televisão
aberta e / ou vídeo on-demand, de áudio e conteúdos
através de uma rede de banda larga. IPTV é um termo que
geralmente aplica-se para a entrega dos tradicionais
canais de TV, filmes e conteúdo de video-on-demand
sobre uma rede privada. A partir de uma perspectiva do
usuário final, IPTV opera como um serviço de televisão por
assinatura padrão.
A definição oficial aprovada pelo
International Telecommunication Union sobre IPTV (ITU-T
FG IPTV) é a seguinte: IPTV é definida como os serviços
multimídia, tais como a televisão / vídeo / áudio / texto /
gráficos / dados entregues por intermédio de redes
baseadas em IP e que conseguem fornecer o nível
necessário de qualidade de serviço e experiência, a
7. IPTV - características
.Suporte para TV interativa - As capacidades bidirecionais dos
sistemas de IPTV permitem aos prestadores do serviço a oferta de um
conjunto de aplicações de televisão interativas.Os tipos de serviços
fornecidos através de um serviço de IPTV podem incluir a TV padrão ao
vivo em alta definição (HDTV), jogos interativos, e navegador de Internet
de alta velocidade.
.Ajuste de tempo - IPTV em combinação com um gravador de vídeo
digital permite o
deslocando do cronograma da programação - um mecanismo de registro
e armazenagem de conteúdo para visualização posterior.
.Personalização - O sistema de IPTV suporta comunicações bidirecionais
permitindo que os usuários finais personalizem seus hábitos permitindo-
lhes decidir o que querem ver e quando querem assistir.
.Requisitos de largura de banda baixa - Em vez de entregar cada
canal para cada
usuário final, a tecnologia de IPTV permite aos prestadores de serviços
disponibilizar na rede apenas o fluxo do canal que o usuário final tenha
solicitado. Esta característica é atraente pois permite aos operadores de
rede a conservação da banda em suas redes.
8. Diferenças entre WEBTV e IPTV
.Diferentes plataformas - Como o nome Internet TV sugere, a Internet TV utiliza a
Internet pública para entregar conteúdo audiovisual para usuários finais. IPTV, pelo
contrário, usa redes privadas seguras dedicadas para entregar conteúdos audiovisuais de
alta definição aos consumidores. Estas redes privadas são geridas e exploradas pelo
prestador do serviço de IPTV.
.Alcance geográfico - Redes controladas por empresas operadoras de telecom são
inacessíveis aos usuários de internet e estão localizadas e áreas geográficas fixas. A
internet, ao contrário, não tem limites geográficos e seus serviços de televisão podeem
ser acessadas de qualquer parte do globo.
.Propriedade da Infraestrutura de Rede - Quando vídeo é enviado através da
Internet pública, alguns dos pacotes do protocolo Internet
usados para transportar o vídeo podem chegar atrasados ou completamente perdidos,
uma vez que atravessam as
diversas redes que compõem a Internet pública. Em comparação com esta experiência,
IPTV é fornecido através de redes
de infra-estrutura, que normalmente são de propriedade do fornecedor de serviços. A
posse da
infra-estrutura de rede permite que os operadores das telecomunicações projetem seus
sistemas de engenharia
de modo a garantir a entrega final de alta qualidade de vídeo.
.Mecanismo de acesso: Set Top Box X PC
.Custo
9.
10. A consultoria ABI Research estima que o
mercado global de IPTV crescerá,
anualmente, cerca de 32% nos próximos
seis anos. No fim de 2014, haverá
aproximadamente 79 milhões de
assinantes deste tipo de serviço em todo
o mundo.
De acordo com a consultoria, as taxas de
crescimento de plataformas convencionais
de TV por assinatura, como satélite e
cabo, desacelerarão nos próximos anos, à
medida que a IPTV avançar.
11. A implantação de serviços de IPTV apresenta
uma série de desafios operacionais
para as prestadoras de serviços de
telecomunicações via cabo e satélite. Em
primeiro lugar, os prestadores de serviços têm
de tomar decisões difíceis quando escolher entre
a miríade de codificação, Digital Rights
Management (DRM), set-top box, a ligação em
rede das infra-estruturas, e as soluções de
segurança.
12. Em segundo lugar,
um sistema
comercialmente
viável de IPTV
precisa ser
projetado e
eficazmente
apoiado no dia-a-
dia.
13. Em terceiro lugar, hoje os sistemas
de IPTV exigem tecnologias que
fornecem conteúdo para
consumidores finais de vídeo de uma
forma que proporciona alta
qualidade da experiência adquirida
durante os níveis consumo de
serviços de televisão.
14.
15. A tecnologia de IPTV vem crescendo em
importância e começa a ter efeito perturbador no
modelo de negócio das tradicionais operadoras
de TV paga e broadcasters. No Brasil, discute-se
no Congresso Nacional os limites e autonomia
entre as TELECOMs e as tradicionais emissoras
de televisão. Nota-se, com o crescimento da
tecnologia IPTV, a estagnação, pelo menos
momentânea da TV Digital no Brasil e uma
disputa regulatória em Brasília, por proteção de
mercados de um lado e desbravamento do
mesmo por outro. Trata-se no fundo do
confronto entre tecnologias que se
desenvolveram em ritmos diversos e, além
disso, suas conseqüências nos negócios das
tradicionais corporações que de algum modo,
não valorizaram o desenvolvimento das
16. 25/05/09 - 00:00 > TELECOMUNICAÇÕES
Parecer do PL 29 gera atrito com entidade
SÃO PAULO - O impasse sobre o Projeto de Lei número 29 (PL 29), que sugere a
criação de cotas de programação e a entrada das empresas de telefonia e
telecomunicações no setor de televisão por assinatura via cabo, parece ter dado o
primeiro passo ao ter sido apresentado na Comissão de Defesa do Consumidor
(CDC) pelo deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), na semana passada, em
Brasília (DF). Apesar do suposto progresso do desenrolar do processo, a decisão de
Rêgo Filho incomodou o presidente da Associação Brasileira de TV por Assinatura
(ABTA), Alexandre Annemberg.
Para Annemberg, a proposta do deputado peca "pelo fato de trazer à discussão
inúmeras questões secundárias, acessórias". Ele defende que o projeto deveria se
concentrar em corrigir e unificar as atuais regras da TV por assinatura, que tem
hoje critérios diferentes de participação de capital para os sistemas de distribuição:
TV a cabo, via satélite (DTH) e micro-ondas terrestres (MMDS). "A introdução de
todos esses temas provoca muito ruído na discussão", disse Annemberg, lembrando
que a questão das cotas dominou as discussões durante todo o ano passado,
inviabilizando a votação do projeto.
Além das mudanças direcionadas aos programas transmitidos pela televisão, Rêgo
estendeu a medida a outros meios de transmissão de conteúdo, como a internet.
Essa medida pode criar problemas para provedores controlados por empresas de
telefonia, como o IG (da Oi) e o Terra (da Telefônica), pois, se aprovada a medida,
esses provedores teriam de se enquadrar no limite máximo de 30% de controle por
empresas de telecomunicações.
17. Faturamento das Telcom em 2008:
100 bilhões de reais
Faturamento TVs em 2008:
10 bilhões de reais
fonte: Meio & Mensagem
18. IPTV And Home Television Offerings Are Telcos Best
Stealth Solution To Bypass Any Net Neutrality
Resistance: Wake Up
IPTV – Conclusions
IPTV is nothing else but the ability of your provider to have you buy into a mix of
Internet access and private DRMed content for which it installs dedicated
reception/decoding equipment at your end.
By doing this you basically give up into a partnership into which your Internet
provider is basically serving itself a reserved channel and abundant bandwidth to
have you see and pay for this premium content. Further, the telco locks you into
having to use its own equipment (as mentioned my old standard ADSL modem does
not work anymore - as mentioned, I have basically upgraded myself into a
"proprietary network" without realizing it - and the telco has created a "de facto "
proprietary dedicated IPTV infrastructure and delivery channel to my home/office).
The moment you realize this, you should also realize how you yourself have now
sold your line to the very enemy of net neutrality. You have sold and paid for a
telco that will devote the greatest and better part of the bandwidth you have
supposedly leased, to serve to you its own very content. (A little slower internet
surfing will not be noticeable when most of you have already been long spoiled by
bad and inconsistent service from these very companies.)
The telco can therefore boast the delivery of a bandwidth it is in fact reserving for
the greatest part for its commercial interests while serving you with just the same
bandwidth (or less) you were getting before.
19. Net Neutrality
Um debate muito (muito mesmo!) importante anda tomando conta da
Net, ou ao menos daquela parte mais consciente dos assuntos técnicos,
econômicos, políticos e culturais que a envolvem. Trata-se da tentativa,
por parte das grandes empresas de telecomunicações, de criar uma
“Internet de dois andares”. A idéia maligna é dividir o tráfego em uma
categoria preferencial (o “andar de cima”) e uma grande vala comum (o
“andar de baixo”). A categoria preferencial seria definida pelas empresas
de telecomunicações, carregando o tráfego delas próprias e de quem
mais se dispusesse a pagar tarifas mais elevadas. Estas teriam seus
“pacotes de informação” entregues rapidamente, ganhando prioridade e
“ultrapassando” os pobres coitados dos pacotes do “andar de baixo”, que
ficariam esperando o tráfego preferencial passar antes de chegarem a
seus destinos. Dependendo de como estas categorias fossem
hierarquizadas, o conceito de “tempo real” para os usuários comuns teria
de ser revisto – talvez para “tempo realmente lento”. As tarifas para o
“andar de cima” seriam arbitradas, naturalmente, pelas próprias telecoms
e provavelmente permitiriam que apenas as grandes empresas o
habitassem. As pequenas empresas, blogs, sites pessoais, grupos, sites
de compartilhamento de conteúdo e tudo o mais que faz a Internet o
instrumento democrático e revolucionário que é hoje ficariam de fora.
Seria o fim de mais um sonho...
20. “ Permitir que as empresas fornecedoras de banda-larga controlem o que as pessoas
vêem e fazem online solaparia fundamentalmente os princípios que têm feito da Internet
um tal sucesso...Muitas justificativas têm sido criadas para defender o controle destas
empresas sobre as escolhas feitas online pelos consumidores; nenhuma delas resiste a
escrutínio.”
Vint Cerf
Co-criador do IP (protocolo de Internet)
“O meio de comunicações neutro é essencial para nossa sociedade. É a base justa de
uma economia de mercado competitiva. É a base da democracia, através da qual a
comunidade decide o que fazer. É a base da ciência, através da qual a humanidade
decide o que é verdadeiro. Vamos proteger a neutralidade da rede.”
Tim Berners-Lee
Criador da World Wide Web
“Hoje a Internet é uma supervia de informação onde todos – não interessa se grande ou
pequeno, se tradicional ou não-convencional – têm acesso igual. Mas os monopólios da
telefonia e da TV a cabo, que controlam quase todo acesso à Internet, querem o poder
de escolher quem tem acesso à pista de alta velocidade e qual conteúdo deve ser visto
antes e mais rapidamente. Eles querem construir um sistema de dois andares e bloquear
o acesso rápido àqueles que não podem pagar.
Criatividade, inovação e um mercado aberto e livre estão em jogo...”
Eric Schidt
21. PC World »Tech Industry
FTC Chairman: Agency May Enforce Net
Neutrality
May 11, 2009 1:40 pm
The U.S. Federal Trade Commission may start
enforcing net-neutrality rules and take action
against bad network management practices when
broadband providers don't live up to the promises
they make to consumers, the agency's chairman
said.
Broadband providers need to inform consumers
about the download speeds they're delivering and
the types of network management practices they're
deploying, FTC Chairman Jon Leibowitz said on the
C-SPAN network's program, The Communicators,