O documento analisa a profecia da quarta trombeta no Apocalipse, que previu o fim do Império Romano. A profecia descreve que um terço do sol, lua e estrelas seriam afetados, simbolizando o fim do poder imperial romano em 476 d.C, com a queda do último imperador. A profecia foi cumprida ao pé da letra, mostrando que Deus controla o curso da história.
1. ENCONTRO COM AS PROFECIAS 233
Estamos analisando a grande cadeia profética das sete trombetas. As trombetas foram
tocadas a juízos divinos caíram sobre um poder – o romano – que não temia nenhuma
outra autoridade, nem na terra e nem no céu.
Quando o apóstolo João estava preso na ilha de Patmos, viu por revelação de Deus o
futuro do mundo, o conflito entre o bem e o mal e o seu desfecho final. O fim de tudo é
majestoso e indescritível, mas não para quem feriu, perseguiu ou massacrou. Para estes
o fim não tem brilho, não tem luzes, não tem glória, e sim dor e sofrimento, exatamente
o que sempre fizeram aos filhos de Deus.
A profecia do quarta trombeta diz o seguinte: “O quarto anjo tocou a trombeta, e foi
ferida a terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a
terça parte deles escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, semelhante a noite”
(Apocalipse 8:12).
Para aqueles que estão acompanhando o estudo desta série profética, com certeza já
perceberam que um detalhe se repete em todos os estudos. Trata-se da expressão “terça
parte”. Isso significa que a abrangência do castigo não alcança o mundo todo, apenas
parte.
A profecia diz também que ao ser tocada a quarta trombeta, a terça parte do sol, da lua e
das estrelas seriam atingidas. O que isso significa? Quem são o sol, lua e estrelas nessa
profecia?
Antes de responder a estas perguntas preciso lembrar que as trombetas ou os juízos de
Deus estão atingindo um poder político, o império romano. Este império já estava
fragilizado devido aos duros golpes dos invasores bárbaros (as trombetas anteriores). A
profecia diz que a quarta trombeta seria decisiva, o golpe final ou de misericórdia contra
um poder que já agonizava.
Diferentemente das trombetas anteriores, o profeta João está dizendo que desta vez não
seria atingida a terra ou a água, e sim os astros e estrelas.
“Segundo a profecia, seria ferida a terça parte do sol imperial romano para jamais tornar
a brilhar. E, agora, uma vez extinto o sol imperial do ocidente, com a queda da
dignidade imperial, as instituições, o Consulado e o Senado – ou a lua e as estrelas, que
dependiam de sua luz para poderem brilhar ali, também se extinguiriam como reza a
profecia, como se fizesse noite completa no ocidente romano” (A verdade sobre as
Profecias do Apocalipse, 2ª.ed. pg.137).
Perceba que a quarta trombeta alcança o centro do poder do império romano. E sabe
quem deu o golpe final nos romanos? “Odoacro, com seus Hérulos, venceu a frágil
resistência que ainda suportava no trono um Imperador fantoche – Rômulo. Assim
Rômulo, o ultimo dos Césares, depôs a sua coroa do Ocidente Romano, nas mãos de
Odoacro, rei dos Hérulos vencedores” (idem).
A profecia se cumpriu ao pé da letra no ano 476 dC. Tudo o que foi dito pelo profeta no
ano 100 d.C., se cumpriu na sua plenitude trezentos e setenta e seis anos mais tarde.
2. O brilho de Roma virou escuridão. A nação arrogante e destruidora foi dividida entre os
seus liderados. O poder controlador central finalmente chegou ao triste fim. “O Papa
Gregório I, exclamou pasmado diante da extinção da antiga glória romana: Onde está o
Senado? Onde está o povo?… Toda a glória de dignidade terrena extingui-se da cidade”
(A verdade sobre as Profecias do Apocalipse, 2ª.ed. pg.138).
Do grande Império romano, sobrou uma Europa dividida. O sol (império romano)
deixou de brilhar, a lua (o Senado) não deu mais a sua luz e as estrelas (senadores) não
brilharam mais. A noite chegou para este poderoso império. Agora cada parte deste
produziria a sua própria luz. Ou seja, os países do continente europeu.
O que mais podemos apreender da história do Império romano? Quero destacar duas
lições importantes.
A primeira das lições é com relação àqueles que vivem uma vida de desprezo completo
ao seu próximo. Criticam, ferem, maltratam, desprezam as pessoas. Rejeitam os outros
por causa da cor da pele, do poder aquisitivo, títulos universitários e até por causa da
beleza exterior. Tudo isso, amigo ouvinte, vai passar. O dinheiro, a fama, o poder, a
beleza, os títulos, a vaidade e o orgulho humano. O que vai sobrar? De Roma não
sobrou praticamente nada. Onde estão os imperadores e os poderosos romanos? As
ruínas da história mostram um passado de opressão, escravidão, perseguição e muita
dor.
A segunda lição que quero destacar é que tudo que semeamos, um dia colheremos. Diz
a Bíblia em Colossenses 3:25 “Pois todo aquele que faz injustiça receberá em troco a
injustiça feita; e nisso não há acepção de pessoas.” Todo aquele que vive a vida
praticando injustiça, no devido tempo, Deus virá acertar as contas, e não tem como
escapar da colheita do que sempre se plantou.
A justiça divina é infalível. E é só uma questão de tempo. Precisamos de exemplo maior
que o império romano? Como você está agindo com seus amigos, familiares, colegas de
trabalho, empregados ou patrões? Está pronto para receber de volta o que está fazendo?
A profecia da quarta trombeta foi cumprida. Ao pé da letra.
Por isso, creia no Senhor Deus para ficar seguro. Creia nos profetas dEle para prosperar.