O documento apresenta uma aula sobre cibercultura que inclui uma roda inicial, registros, introdução ao tema da cibercultura, e projetos. A cibercultura é definida como a cultura contemporânea resultante das relações entre as tecnologias de comunicação e informação e a cultura, emergindo da convergência entre computação e telecomunicações na década de 1970. André Lemos é apresentado como uma referência no campo da cibercultura.
3. Cibercultura = cultura
contemporânea
Cibercultura = relações entre as tecnologias
informacionais de comunicação e informação e a
cultura, emergentes a partir da convergência informática/
telecomunicações na década de 1970
4. Diminuir o zoom por um instante
Antes de nos aprofundarmos no campo da
cibercultura, o que é campo mesmo?
6. Campo, Pierre Bourdieu
Espaço estruturado de posições em que agentes e
instituições travam lutas a partir de suas posições e das
relações dinâmicas que estabelecem entre si.
Cada campo é composto por agentes, instituições, valores
e regras.
Nossas “lentes”: Wright MILLS. A imaginação sociológica
7. A cibercultura como campo
Quem são os agentes?
Quem são as instituições?
Quais são os valores / qual é o discurso?
Velocidade,interatividade, conectividade, mobilidade, visibilidade,
flexibilidade, mudança, progresso, transformação e lúdico.
8. Agente que utilizamos como referência no campo da
Cibercultura neste curso
André Lemos
Professor da Universidade Federal da Bahia,
na Faculdade de Comunicação.
Engenheiro (1984), Mestre em Política de
Ciência e Tecnologia pela COPPE/UFRJ
(1991) e Doutor em Sociologia pela Université
René Descartes, Paris V, Sorbonne (1995).
http://andrelemos.info
9. Bibliografia Básica
Adaptação da tese de doutorado.
“Este livro é fruto de um incômodo
pessoal que se traduz pela necessidade
de compreender o fenômeno técnico.
Este incômodo vem da mistura de
medo e fascinação que as novas
tecnologias exercem sobre as pessoas.
André Lemos analisa os impactos das
novas tecnologias na sociedade
contemporânea, através da descrição
da nova cultura tecnológica planetária:
a cibercultura.”
http://www.editorasulina.com.br/detalhes.php?id=289
12. Tecnologia = técnica?
Técnica
- conceito filosófico que diz respeito às artes práticas (do
grego, τεχνη= arte);
- perspectiva etnozoológica: relação com a natureza
mediada por artefatos como instinto humano;
- perspectiva genealógica-gestáltica: forma particular que
surge do conflito entre o homem e o mundo;
- para Heidegger é um modo de existência no mundo.
13. Técnica = tecnologia?
Tecnologia
- do grego (τεχνη — arte + λογια — estudo):estudo da
técnica;
- a técnica se transforma em tecnologia quando máquinas
tomam o lugar do homem como manipulador de
instrumentos na perspectiva genealógica-gestática;
- para Heidegger, é o processo de cientifização da técnica
e tecnização da ciência, fruto da Modernidade.
14. Fenômeno tecnológico na história
Neolítico: idade da pedra polida
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:
Neolitico-agricultura.svg
Egito Antigo
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Nakht_(2).jpg
Grécia Clássica
http://upload.wikimedia.
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_Agamemnon_-
_Project_Gutenberg_eText_14994.png
15. Fenômeno tecnológico na história
Império Romano
Renascimento
Idade Média
http://sitedoaran.com.
br/public/uploads/almanaques/201401281002
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http://www.pentagon.
http://www.blogodisea.
com/wp-
content/uploads/2013/07/m
ecanismo-anticitera-partes.
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16. Fenômeno tecnológico na história
http://1.bp.blogspot.
com/_YS472b0alpI/TS7vj0zdZ_I/AAAAAAAAAXE/Vh7AD0sOs
J4/s1600/26388-
la_revolucion_industrial_en_el_sector_primario_-_geografia.
http://www.lsg.musin.de/geschichte/Material/Bilder/ind-rev/fabrik.jpg
Revolução Industrial
17. Fenômeno tecnológico na história
A partir da segunda metade do
século XX:
Informática
Cibernética
Microeletrônica
Redes de Comunicação
Novas Tecnologias
Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC)
Tecnologias Digitais
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m_router_internals_labeled.jpg/1280px-
ADSL_modem_router_internals_labeled.jpg
http://www.iutsrc.fr/iutsrc.fr/images/stories/120a.
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18. Desenvolvimento tecnológico no imaginário social
- fase da indiferença (até a Idade Média);
- fase do conforto (modernidade);
- fase da ubiquidade.
19. Cibernética
“um campo mais vasto que inclui não
apenas o estudo da linguagem mas também
o estudo das mensagens como meios de
dirigir a maquinaria e a sociedade, o
desenvolvimento de máquinas
computadoras e outros autômatos [...],
certas reflexões acerca da psicologia
e do sistema nervoso, e uma nova teoria
conjetural do método científico.
Norbert Wiener
20. Cibernética
Wiener afirmou que o dispositivo de controle de
máquinas - de transmissão de mensagens e
feedback - era idêntico ao princípio do corpo
humano “emergindo do sistema nervoso
para os músculos, e reentrando ao sistema
nervoso pelos órgãos dos sentidos”.
21. “Um dos resíduos mais importantes que a cibernética legou à cibercultura
foi a visão de que os seres vivos e as máquinas não são essencialmente
diferentes.
Essa noção se manifesta, em especial, nas tecnologias especializadas em
mimetizar a vida (tecnologia da informação, robótica, biônica e
nanotecnologia) e nas tecnologias especializadas em manipular a vida (as
biotecnologias), onde a relação entre organismo e máquina depende intrin-
secamente do texto, não só na forma de narrativa científica, mas também
na forma dos códigos que determinam o funcionamento tanto das máquinas
(softwares) como dos seres vivos (o código genético).”
KIM, 2004, p. 206.
22. Tentando fazer uma síntese...
- Perspectiva histórica: contexto;
- Usos (o que se faz? como são significadas /
apropriadas?);
- Perspectiva relacional.
23. Ciber-cultura-remix
Artigo escrito para apresentação no seminário “Sentidos e Processos” dentro
da mostra “Cinético Digital’, no Centro Itaú Cultural. A mesa tinha como tema:
“Redes: criação e e configuração”, São Paulo, Itaú Cultural, agosto de 2005.
(referência completa na bibliografia complementar do curso)
Conceitos-chave da obra de André Lemos
explicitados de forma simplificada.
Leitura para a próxima aula
24. Tópicos para reflexão
● Quebra de paradigmas. Reconfiguração de espaço (o
“a distância”) e tempo (o “online”);
● Emergência de novos valores e práticas;
● Espaço para anacronia?
● Instituições “tradicionais” agonizam?
● Todos podem (cidadãos digitais)?
● Rede mediada por corporações;
● Nem tudo na cibercultura é o ciberespaço.