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A queda do muro de Berlim em 1989 marca o fim da guerra fria e da bipolarização das
relações internacionais.
Com as transformações ocorridas na Europa de Leste novos estados vão tornar-se
independentes iniciando um processo de transição para a democracia.
Um novo mapa político surge na Europa




                 1949
                                                                      2004
Entre 1989 e 2005 os conflitos multiplicaram-se pois o mundo perdeu as
referências que tinha desde a II Guerra.
  O fim da confrontação ideológica entre Leste – Oeste e o fim do modelo
comunista despertaram antigas divisões: as confrontações étnicas e religiosas
multiplicaram-se e o terrorismo globalizou-se.
  Os conflitos deixam de ser pela disputa de fronteiras e passam a ser conflitos
étnicos internos que resultam da recomposição dos territórios pertencentes aos
estados que se fragmentaram.

A mediatização dos conflitos que permite a mobilização da opinião pública
internacional.
O terrorismo internacional que afecta indiscriminadamente PD e PVD.

                   Coloca novos desafios
                   Como combater o inimigo invisível???
                   Que papel pode desempenhar a acção diplomática???
O fim do modelo comunista e o sucesso do modelo político de democracia liberal ocidental
não foi um acontecimento global.
Os países democráticos representam apenas cerca de 50% dos Estados do Planeta (muitos
países privam as suas populações de liberdade democrática e dos direitos humanos)
O desaparecimento da União Soviética fez dos Estados Unidos a única super potência
mundial.

                         O seu poder económico permite-lhes:
                         Superioridade militar
                         Estar presente em todas as organizações internacionais
                         Desempenhar um papel económico, militar e cultural nas
                         intervenções militares que fazem.

  As opiniões dividem-se quanto ao papel dos EUA como potência unipolar na nova
  ordem mundial:
                                              Um sistema mundo
                Um sistema                    multipolar – EUA,
                Unipolar - EUA                Japão, UE
A intervenção dos Estados Unidos no Iraque em 2003 mostrou que a ONU não tem
capacidade para travar algumas situações.
 Embora muitas das instituições internacionais que fazem parte da ONU (UNESCO,
 CNUCED, FAO…) trabalhem para o estabelecimento de uma Ordem Internacional mais
 justa isto não é suficiente.
O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

                                              Entrou em funções em 2002
                                              Tem por objectivo julgar e condenar os
                                            responsáveis por crimes de guerra, actos
                                            de genocídio e crimes contra a
                                            humanidade.
                                              Mais de 130 países já aderiram mas os
                                            EUA e a China não são membros. (a
                                            cooperação internacional serve apenas
                                            para os seus próprios interesses)
                                               A construção de um direito
                                            internacional eficaz está longe de ser uma
                                            realidade.
A passagem para o sistema capitalista dos países do ex-bloco socialista e a
                     integração das potências emergentes


                        Gerou desequilíbrio entre a oferta
                          e a procura de mão-de-obra

                       GERA GRANDE INSTABILIDADE NO
                          MERCADO DE TRABALHO

        Altera-se devido ao progresso tecnológico e à organização da
        produção.


Cresce a riqueza e as                         LEVA À EMERGÊNCIA DE UMA
trocas comerciais ao lado                      NOVA ORDEM ECONÓMICA
da manutenção da pobreza                            INTERNACIONAL
e das desigualdades
sociais e económicas
A organização e a natureza das actividades económicas sofreram muitas alterações
nos últimos anos:

                    Aumento dos fluxos (comércio, capitais, mão-de-obra,
                  informação) à escala global
A                   Segmentação e deslocalização dos processos produtivos.
REVOLUÇÃO
DAS TIC            Internacionalização das actividades comerciais na área dos
                  serviços.
                    Processos de integração económica


 Ao reduzir as distâncias permitiu organizar a produção de acordo com as
 oportunidades o que levou a um aumento considerável do peso dos produtos
 intermédios e de outros componentes (sobretudo em produtos associados às TIC
 como microprocessadores, componentes electrónicos, acessórios para computador e
 audiovisuais )
                    LEVA A UMA MAIOR PARTICIPAÇÃO DOS PAÍSES EM
                    DESENVOLVIMENTO NA DIVISÃO DO TRABALHO A NÍVEL
                    MUNDIAL.
A sua participação no total de exportações mundiais passa de 1992 para
2003 de 16 para 35% e de 27 para 44% nas importações de bens intermédios
e componentes.
  Tornam-se exportadores de produtos manufacturados passando de 20%
em 1980 para 70% em 2000.
  Transformam-se em actores importantes do mercado em muitos sectores
dinâmicos, sobretudo devido ao papel desempenhado pelos países da Ásia
Oriental e do Sudeste Asiático.


   Estão muito dependentes da exportação de produtos primários.

   Estão excluídos do processo de segmentação e deslocalização dos
 processos produtivos na indústria e nos serviços.

   O peso destes países no comércio mundial caiu de 1,5% em 1970 para
 0,25% em 2001
A CHINA UMA POTÊNCIA ECONÓMICA EM
ASCENSÃO


      Considerada a 7ª economia do mundo pelo seu PNB continua a ser
      largamente administrada pelo Estado que tem quase 43 mil empresas. No
      entanto os empresários privados representam uma parte crescente da
      criação de riqueza de acordo com o princípio “um país dois sistemas”.
      Membro da OMC desde 2001 , tem registado taxas de crescimento entre 7
      e 10% nos últimos anos – este dinamismo resulta:
      Da estabilidade política
      Do aumento da procura interna.
      Do aumento da taxa de urbanização.
      Da modernização do comércio e da liberalização da economia.
A CHINA UM SUCESSO FRÁGIL




O sucesso económico da China é no entanto frágil:
• Os despedimentos massivos das empresas públicas que oficialmente é de 5% mas que deve ser
o triplo.
• A criação de 8 a 9 mil empregos pela economia chinesa é muito pouco para a população
existente.
• A maioria dos chineses vivem ainda da agricultura em situação de grande pobreza.
• A China depende muito das empresas estrangeiras que não transferem tecnologia.
• A fuga de cérebros é uma realidade dos 580 mil chineses que foram estudar para o estrangeiro
em 1978 apenas 150 mil regressaram ao país.
• Toda a riqueza e dinamismo estão concentradas no litoral que contrasta com um interior rural e
muito pobre.

            A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MODERNA PASSA PELA
            TRANSFORMAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO MAIORITARIAMENTE RURAL EM
            CIDADÃOS URBANOS
Com a independência das ex-repúblicas da URSS a
                                Rússia perde progressivamente a influência regional.
                                     Apesar de pertencer ao G8 tem um estatuto de
                                potência secundária.
                                    A fragilidade da sua economia contrasta com a sua
                                dimensão geográfica e a riqueza dos recursos naturais.
                                     A Rússia afirma-se como a única herdeira da ex-
                                URSS assumindo o controlo dos bens culturais e
                                arquivos no estrangeiro, o comando das forças
                                estratégicas e aposição da antiga potência na ONU.


São numerosos os problemas entre a Rússia e as antigas repúblicas nomeadamente na
partilha de certos equipamentos e infra-estruturas.
Os acordos da CEI (Comunidade de Estados Independentes) que previam uma coordenação
das políticas económicas e externas foram-se esgotando.
A democratização do país e a adopção de uma economia de mercado poderão levar o país a
uma maior inserção no sistema mundo
O RELACIONAMENTO EUROPA-EUA-JAPÃO
 COOPERAÇÃO/COMPETIÇÃO COMO CENTROS DE PODER E DECISÃO



 Os EUA, o Japão e a União Europeia são os actuais centros de poder e decisão exercendo o seu domínio
 sobre o sistema mundo. Constituem os chamados pólos da “TRÍADE” do poder económico, por serem os
 três principais focos de desenvolvimento mundial, pois concentram uma parte considerável das
 actividades, das riquezas, dos fluxos de informação das tecnologias, das trocas comerciais e dos poderes
 de decisão no mundo.

             EUA
                                                       UE                                JAPÃO
    Importância da massa
populacional                                Cerca de 470 milhões de
                                                                                  Capacidade produtiva em
                                        habitantes
   Potencial económico                                                       sectores industriais ligados à
                                            Domínio do comércio              electrónica, produção automóvel
   Papel do Dólar como meio de          internacional                        e à alta tecnologia
pagamento internacional
                                            Aprofundamento da sua                Grande poder financeiro
    Controlo de um vasto sistema        integração económica                 resultante das elevadas taxas de
de comunicações                         (institucionalização do EURO e       poupança dos japoneses.
   Domínio militar                      alargamento a Leste




                                        OS TRÊS CENTROS BASEARAM O
                                        SEU CRESCIMENTO E DOMÍNIO:


    No poderio financeiro – A acumulação de capital é fundamental ao crescimento económico
    Na concentração e gestão dos recursos e dos fluxos – é importante dominar: os recursos naturais; ter uma
 mão-de-obra especializada; redes de transportes modernas; controlar os meios de comunicação e
 telecomunicações; intensificar os fluxos comerciais.
    Na superioridade técnica – Investimentos na pesquisa de novas tecnologias que aceleram os processos
 científicos e permitem o desenvolvimento da alta tecnologia.
   No poderio económico e político – Conseguido através da industrialização e controlo dos fluxos comerciais
 assim como com a presença de grandes ETN e organismos internacionais com poder de decisão (ONU,FMI,
 NATO)
Identificar os principais problemas e desafios que se colocam à UE.

  Justificar a necessidade da PAC.

  Caracterizar a UEM.

  Salientar a importância da moeda única.

 Mostrar que a coesão económica e social é outro dos desafios que se coloca à UE.

  Mostrar que o alargamento da UE aos países de Leste é um desafio político.

  Relacionar o alargamento com o reforço da construção europeia.

  Explicar a necessidade de reformas das instituições

 Caracterizar a Política Externa de segurança Comum (PESC).

  Explicar o papel da União Europeia Ocidental.

  Enunciar os princípios da Convenção de Schengen.

  Relacionar a liberdade de circulação no espaço Schengen com o reforço das
fronteiras externas da UE.
A CONSTRUÇÃO EUROPEIA E A NOVA SITUÇÃO GEOPOLÍTICA E ECONÓMICA MUNDIAL
• A partir de meados dos anos 80 a Comunidade Europeia conheceu um período de e relançamento
importante sob a presidência de Jacques Delor.
•No sentido de viabilizar a concretização efectiva do Mercado Comum a 1 de Janeiro de 1986 entrou em
vigor o Acto Único Europeu (revisão do tratado de Roma e a preparação para o Grande Mercado Interno)


     A 7 de Fevereiro de 1992, na cidade holandesa de Maastricht foi assinado o tratado
com o mesmo nome, pelo qual se aprofundaram consideravelmente os objectivos das
Comunidades Europeias e se instituiu a

                                           UNIÃO EUROPEIA
    A Conferência Intergovernamental de Nice, realizada em 2000 procurou definir a estratégia de
alargamento a Leste, bem como todo o processo de reforma das instituições comunitárias para acolher os
novos Estados membros.

    Mas não parece existir hoje, entre os Estados membros, um consenso sobre o futuro, nomeadamente
quanto:
O ALARGAMENTO A LESTE
      Com a queda do Muro de Berlim e o desmoronamento da URSS, os países do Leste europeu vão
libertar-se progressivamente do domínio soviético.

      O Leste europeu sofre profundas alterações geopolíticas com o aparecimento de novos Estados
resultantes do desmembramento da URSS, da Checoslováquia, da Jugoslávia.

     Os países da Europa do Leste iniciam um processo de reestruturação das suas economias de acordo

com a lógica de mercado, passando assim por uma fase de “transição para o capitalismo”. Iniciam processos
de democratização e transformação económico-social.

 Com as alterações geopolíticas verificadas a Comunidade fica perante um
 grave dilema:
    Abandonar estes países a uma evolução social, económica e política incerta.

     Aceitar a adesão, pondo em causa a coesão económica e social comunitária.


 A adesão de países economicamente desfavorecidos com fortes assimetrias regionais, em termos de
 desenvolvimento e profundas desigualdades sociais, pode pôr em causa a COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL
 no seio da UE.
A ADAPTAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DA UE FACE AO AUMENTO DO Nº DE ESTADOS MEMBROS
   As instituições previstas para 6 Estados já não funcionam com a mesma eficácia com os actuais 15 e
 muito menos no futuro com 25 ou 27.
    A cimeira de NICE teve como principal preocupação alterar o sistema de decisão da União Europeia:
          Número de votos de cada país no Conselho de Ministros. (87 para 321)
          Número de deputados no Parlamento. (626 para 738)
          Número de Comissários e a sua distribuição por países. (20 para 30 até 1 Nov. 04)
          Novas condições para obter maioria qualificada e diminuição das situações de direito de veto.


  APESAR DE TEREM SIDO EFECTUADAS ALGUMAS ALTERAÇÕES OS INTERESSES INDIVIDUAIS DOS PAÍSES
  SOBREPUSERAM-SE À NECESSIDADE DE REFORMAR AS INSTITUIÇÕES CORRENDO-SE O RISCO DA SUA
  PARALISIA APÓS O ALARGAMENTO




Segundo o Tratado de Maastricht a PESC deve permitir à União Europeia “ afirmar a sua identidade na cena
internacional, nomeadamente, através da realização de uma política estrangeira e de segurança comum” tem
por objectivos:
  Salvaguardar os valores e interesses comuns;
  Reforçar a segurança europeia;
  Manter a paz e a independência dos estados membros;
  Cooperar internacionalmente;
  Desenvolver o reforço da democracia e o respeito pelos direitos humanos.
UM DOS DESAFIOS MAIS IMPORTANTES QUE SE COLOCA À UNIÃO EUROPEIA É MANTER A COESÃO
ECONÓMICA E SOCIAL.


É preciso atenuar as assimetrias regionais dentro da União pois são evidentes os sinais de uma “ Europa a
duas velocidades”.

                                                                                  REGIÕES
   REGIÕES CENTRAIS
                                                                                PERIFÉRICAS
      PRÓSPERAS                         FUNDO DE COESÃO                         CARENCIADAS
   (Centro e Norte da                   FUNDOS ESTRUTURAIS                      (Sul e Leste da
        Europa)
                                                                                  Alemanha)




   Alguns instrumentos financeiros dos Fundos Estruturais não têm tido sucesso, como por exemplo o
FEDER, que tem servido apenas para servir as políticas regionais de cada estado; ou o FSE que é
insuficiente para atenuar as desigualdades sociais.

  Estas desigualdades acentuam-se sempre que existe um alargamento, pois normalmente os países
novos entram com níveis de desenvolvimento inferiores aos que já estão integrados.

  Para defender os interesses das regiões foi criado o COMITÉ DAS REGIÕES que é um importante porta-
voz regional em Bruxelas (embora só tenha poderes consultivos).

  O desemprego continua a ser elevado em muitas das regiões da União Europeia, sobretudo nas mais
desfavorecidas. Urge investir na formação profissional para que as regiões mais pobres sejam mais
competitivas no futuro.
A PESC permite reforçar o papel da UE como potência mundial através da definição de uma
estratégia de diplomacia comum.
    À União Europeia Ocidental (UEO) aplica as decisões da União europeia no âmbito da defesa. Deveria
ser o braço armado da UE, mas como não dispõe de meios operacionais acaba por funcionar como um
pilar europeu da NATO.
    Tal como a UE a PESC vive com o dilema da construção europeia: a unanimidade leva ao bloqueio,
mas a maioria pressupõe que alguns países fiquem em minoria o que nestas matérias se torna delicado,
pois nenhum país aceita uma posição de submissão.




 Esta cooperação tem como objectivo permitir aos países membros acordarem sobre
 as questões que decorrem da livre circulação de pessoas


              Política de asilo, imigração, cooperação judiciária e policial – luta contra o terrorismo,
              tráfico de droga e outros crimes


Desde a Convenção de Schengen (1995) que foi assinada apenas por 7 países da UE
(Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Luxemburgo e Portugal) a cooperação
nestes domínios tem sido aprofundada.
    Eliminação dos controlos de fronteiras entre os estados membros;
    Cooperação transfronteiriça entre forças policiais;
    Regulação conjunta do tratamento dos pedidos de asilo.
O GATT – Acordo geral sobre tarifas aduaneiras e comércio – consistiu num conjunto de cláusulas cujo objectivo
era liberalizar as trocas internacionais. Um conjunto de conferências multilaterais (rounds) conseguiram uma
diminuição significativa das tarifas alfândegárias dos países industrializados.
    O facto destas negociações não passarem de “Acordos” e devido à crescente mundialização das trocas levou à
criação de uma organismo que regula-se o comércio internacional:


                       Surge em Abril de 1994 e procura responder às insuficiências do GATT.

                       A acção da OMC através de mecanismos de arbitragem dos conflitos entre os países membros,
                pode ser considerada um esboço de direito comercial internacinal.

                       A OMC pretende alargar as suas atribuições para poder impedir as várias formas de “Dumping” e
                impulsionar a crescente liberalização do comércio internacional.

                       A OMC ao contrário do GATT estendeu o seu campo de acção ao controle dos serviços, das ideias e
                à defesa do ambiente.

                       Para evitar o agravamento da guerra económica, a OMC como entidade reguladora do comércio
                internacional, terá que promover avanços negociados de compromissos sucessivos no sentido de uma
                economia mundial sem entraves ao comércio.


  O POSICIONAMENTO DOS PAÍSES DO TERCEIRO MUNDO


         Muitos países pobres têm sido prejudicados nas negociações da OMC. As restrições impostas pelos PD
         constituem um obstáculo ao crescimento das exportações e impedem a diversificação da sua produção.
         É necessário abolir as medidas proteccionistas impostas pelos países do Norte e permitir a normal
         participação dos PVD no sistema de trocas. Caso contrário as assimetrias económicas e sociais do
         planeta serão MAIORES.
A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES SUL-SUL NO REFORÇO DA POSIÇÃO DOS
                             PAÍSES DO TERCEIRO MUNDO

                       Até à década de 70 as relações comerciais baseavam-se na divisão internacional do trabalho (Os
                    países do Norte produzem bens manufacturados de alto valor acrescentado e os do Sul produtos
                    agrícolas e matérias-primas.

                       Com a estratégia das ETN e o desenvolvimento dos NPI a estrutura do comércio alterou-se. Os
                    países industrializados produzem bens dos sectores de ponta e os NPI também se especializaram na
                    produção de bens manufacturados e alguns bens de alto nível tecnológico.

                        Se por um lado os NPI se têm aproximado dos PI (países industrializados) por outro o fossos em
                    relação aos menos desenvolvidos tem-se agravado.

                      É necessário atenuar os desequilíbrios do comércio internacional e promover relações
                    económicas mais justas

                                                               Medidas a desenvolver


Reforçar a participação dos países do Sul no comércio mundial – melhoria dos termos de troca e acesso aos mercados.
Promover a cooperação Sul – Sul fomentando as alianças regionais para um maior poder negocial dos PVD.
Diminuir os apoios à agricultura nos PI para fazer uma concorrência leal aos produtos vindos dos PVD
Rever os acordos que beneficiam os PD.
Estabelecer preços mais justos para as matérias-primas e produtos agrícolas.

  Algumas medidas foram tomadas no âmbito da CNUCED, nomeadamente a questão do SPG – Sistema de
preferências generalizado que pretendia que alguns países do Sul tivessem acesso a vantagens tarifárias, sem
reciprocidade.
  Em 1991 foi aprovado um programa de acção sobre os países menos desenvolvidos que até hoje não tem sido
alcançado – a dívida externa não foi aliviada, a ajuda pública tem diminuído, o rendimento per-capita tem diminuído,
assim como a qualidade da saúde e educação.
  É muito importante a cooperação entre as economias do Sul, transferindo tecnologia de uns países para os outros.

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  • 1. A queda do muro de Berlim em 1989 marca o fim da guerra fria e da bipolarização das relações internacionais. Com as transformações ocorridas na Europa de Leste novos estados vão tornar-se independentes iniciando um processo de transição para a democracia. Um novo mapa político surge na Europa 1949 2004
  • 2. Entre 1989 e 2005 os conflitos multiplicaram-se pois o mundo perdeu as referências que tinha desde a II Guerra. O fim da confrontação ideológica entre Leste – Oeste e o fim do modelo comunista despertaram antigas divisões: as confrontações étnicas e religiosas multiplicaram-se e o terrorismo globalizou-se. Os conflitos deixam de ser pela disputa de fronteiras e passam a ser conflitos étnicos internos que resultam da recomposição dos territórios pertencentes aos estados que se fragmentaram. A mediatização dos conflitos que permite a mobilização da opinião pública internacional. O terrorismo internacional que afecta indiscriminadamente PD e PVD. Coloca novos desafios Como combater o inimigo invisível??? Que papel pode desempenhar a acção diplomática???
  • 3. O fim do modelo comunista e o sucesso do modelo político de democracia liberal ocidental não foi um acontecimento global. Os países democráticos representam apenas cerca de 50% dos Estados do Planeta (muitos países privam as suas populações de liberdade democrática e dos direitos humanos) O desaparecimento da União Soviética fez dos Estados Unidos a única super potência mundial. O seu poder económico permite-lhes: Superioridade militar Estar presente em todas as organizações internacionais Desempenhar um papel económico, militar e cultural nas intervenções militares que fazem. As opiniões dividem-se quanto ao papel dos EUA como potência unipolar na nova ordem mundial: Um sistema mundo Um sistema multipolar – EUA, Unipolar - EUA Japão, UE
  • 4. A intervenção dos Estados Unidos no Iraque em 2003 mostrou que a ONU não tem capacidade para travar algumas situações. Embora muitas das instituições internacionais que fazem parte da ONU (UNESCO, CNUCED, FAO…) trabalhem para o estabelecimento de uma Ordem Internacional mais justa isto não é suficiente. O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL Entrou em funções em 2002 Tem por objectivo julgar e condenar os responsáveis por crimes de guerra, actos de genocídio e crimes contra a humanidade. Mais de 130 países já aderiram mas os EUA e a China não são membros. (a cooperação internacional serve apenas para os seus próprios interesses) A construção de um direito internacional eficaz está longe de ser uma realidade.
  • 5. A passagem para o sistema capitalista dos países do ex-bloco socialista e a integração das potências emergentes Gerou desequilíbrio entre a oferta e a procura de mão-de-obra GERA GRANDE INSTABILIDADE NO MERCADO DE TRABALHO Altera-se devido ao progresso tecnológico e à organização da produção. Cresce a riqueza e as LEVA À EMERGÊNCIA DE UMA trocas comerciais ao lado NOVA ORDEM ECONÓMICA da manutenção da pobreza INTERNACIONAL e das desigualdades sociais e económicas
  • 6. A organização e a natureza das actividades económicas sofreram muitas alterações nos últimos anos: Aumento dos fluxos (comércio, capitais, mão-de-obra, informação) à escala global A Segmentação e deslocalização dos processos produtivos. REVOLUÇÃO DAS TIC Internacionalização das actividades comerciais na área dos serviços. Processos de integração económica Ao reduzir as distâncias permitiu organizar a produção de acordo com as oportunidades o que levou a um aumento considerável do peso dos produtos intermédios e de outros componentes (sobretudo em produtos associados às TIC como microprocessadores, componentes electrónicos, acessórios para computador e audiovisuais ) LEVA A UMA MAIOR PARTICIPAÇÃO DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO NA DIVISÃO DO TRABALHO A NÍVEL MUNDIAL.
  • 7. A sua participação no total de exportações mundiais passa de 1992 para 2003 de 16 para 35% e de 27 para 44% nas importações de bens intermédios e componentes. Tornam-se exportadores de produtos manufacturados passando de 20% em 1980 para 70% em 2000. Transformam-se em actores importantes do mercado em muitos sectores dinâmicos, sobretudo devido ao papel desempenhado pelos países da Ásia Oriental e do Sudeste Asiático. Estão muito dependentes da exportação de produtos primários. Estão excluídos do processo de segmentação e deslocalização dos processos produtivos na indústria e nos serviços. O peso destes países no comércio mundial caiu de 1,5% em 1970 para 0,25% em 2001
  • 8. A CHINA UMA POTÊNCIA ECONÓMICA EM ASCENSÃO Considerada a 7ª economia do mundo pelo seu PNB continua a ser largamente administrada pelo Estado que tem quase 43 mil empresas. No entanto os empresários privados representam uma parte crescente da criação de riqueza de acordo com o princípio “um país dois sistemas”. Membro da OMC desde 2001 , tem registado taxas de crescimento entre 7 e 10% nos últimos anos – este dinamismo resulta: Da estabilidade política Do aumento da procura interna. Do aumento da taxa de urbanização. Da modernização do comércio e da liberalização da economia.
  • 9. A CHINA UM SUCESSO FRÁGIL O sucesso económico da China é no entanto frágil: • Os despedimentos massivos das empresas públicas que oficialmente é de 5% mas que deve ser o triplo. • A criação de 8 a 9 mil empregos pela economia chinesa é muito pouco para a população existente. • A maioria dos chineses vivem ainda da agricultura em situação de grande pobreza. • A China depende muito das empresas estrangeiras que não transferem tecnologia. • A fuga de cérebros é uma realidade dos 580 mil chineses que foram estudar para o estrangeiro em 1978 apenas 150 mil regressaram ao país. • Toda a riqueza e dinamismo estão concentradas no litoral que contrasta com um interior rural e muito pobre. A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MODERNA PASSA PELA TRANSFORMAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO MAIORITARIAMENTE RURAL EM CIDADÃOS URBANOS
  • 10. Com a independência das ex-repúblicas da URSS a Rússia perde progressivamente a influência regional. Apesar de pertencer ao G8 tem um estatuto de potência secundária. A fragilidade da sua economia contrasta com a sua dimensão geográfica e a riqueza dos recursos naturais. A Rússia afirma-se como a única herdeira da ex- URSS assumindo o controlo dos bens culturais e arquivos no estrangeiro, o comando das forças estratégicas e aposição da antiga potência na ONU. São numerosos os problemas entre a Rússia e as antigas repúblicas nomeadamente na partilha de certos equipamentos e infra-estruturas. Os acordos da CEI (Comunidade de Estados Independentes) que previam uma coordenação das políticas económicas e externas foram-se esgotando. A democratização do país e a adopção de uma economia de mercado poderão levar o país a uma maior inserção no sistema mundo
  • 11. O RELACIONAMENTO EUROPA-EUA-JAPÃO COOPERAÇÃO/COMPETIÇÃO COMO CENTROS DE PODER E DECISÃO Os EUA, o Japão e a União Europeia são os actuais centros de poder e decisão exercendo o seu domínio sobre o sistema mundo. Constituem os chamados pólos da “TRÍADE” do poder económico, por serem os três principais focos de desenvolvimento mundial, pois concentram uma parte considerável das actividades, das riquezas, dos fluxos de informação das tecnologias, das trocas comerciais e dos poderes de decisão no mundo. EUA UE JAPÃO Importância da massa populacional Cerca de 470 milhões de Capacidade produtiva em habitantes Potencial económico sectores industriais ligados à Domínio do comércio electrónica, produção automóvel Papel do Dólar como meio de internacional e à alta tecnologia pagamento internacional Aprofundamento da sua Grande poder financeiro Controlo de um vasto sistema integração económica resultante das elevadas taxas de de comunicações (institucionalização do EURO e poupança dos japoneses. Domínio militar alargamento a Leste OS TRÊS CENTROS BASEARAM O SEU CRESCIMENTO E DOMÍNIO: No poderio financeiro – A acumulação de capital é fundamental ao crescimento económico Na concentração e gestão dos recursos e dos fluxos – é importante dominar: os recursos naturais; ter uma mão-de-obra especializada; redes de transportes modernas; controlar os meios de comunicação e telecomunicações; intensificar os fluxos comerciais. Na superioridade técnica – Investimentos na pesquisa de novas tecnologias que aceleram os processos científicos e permitem o desenvolvimento da alta tecnologia. No poderio económico e político – Conseguido através da industrialização e controlo dos fluxos comerciais assim como com a presença de grandes ETN e organismos internacionais com poder de decisão (ONU,FMI, NATO)
  • 12. Identificar os principais problemas e desafios que se colocam à UE. Justificar a necessidade da PAC. Caracterizar a UEM. Salientar a importância da moeda única. Mostrar que a coesão económica e social é outro dos desafios que se coloca à UE. Mostrar que o alargamento da UE aos países de Leste é um desafio político. Relacionar o alargamento com o reforço da construção europeia. Explicar a necessidade de reformas das instituições Caracterizar a Política Externa de segurança Comum (PESC). Explicar o papel da União Europeia Ocidental. Enunciar os princípios da Convenção de Schengen. Relacionar a liberdade de circulação no espaço Schengen com o reforço das fronteiras externas da UE.
  • 13. A CONSTRUÇÃO EUROPEIA E A NOVA SITUÇÃO GEOPOLÍTICA E ECONÓMICA MUNDIAL • A partir de meados dos anos 80 a Comunidade Europeia conheceu um período de e relançamento importante sob a presidência de Jacques Delor. •No sentido de viabilizar a concretização efectiva do Mercado Comum a 1 de Janeiro de 1986 entrou em vigor o Acto Único Europeu (revisão do tratado de Roma e a preparação para o Grande Mercado Interno) A 7 de Fevereiro de 1992, na cidade holandesa de Maastricht foi assinado o tratado com o mesmo nome, pelo qual se aprofundaram consideravelmente os objectivos das Comunidades Europeias e se instituiu a UNIÃO EUROPEIA A Conferência Intergovernamental de Nice, realizada em 2000 procurou definir a estratégia de alargamento a Leste, bem como todo o processo de reforma das instituições comunitárias para acolher os novos Estados membros. Mas não parece existir hoje, entre os Estados membros, um consenso sobre o futuro, nomeadamente quanto:
  • 14. O ALARGAMENTO A LESTE Com a queda do Muro de Berlim e o desmoronamento da URSS, os países do Leste europeu vão libertar-se progressivamente do domínio soviético. O Leste europeu sofre profundas alterações geopolíticas com o aparecimento de novos Estados resultantes do desmembramento da URSS, da Checoslováquia, da Jugoslávia. Os países da Europa do Leste iniciam um processo de reestruturação das suas economias de acordo com a lógica de mercado, passando assim por uma fase de “transição para o capitalismo”. Iniciam processos de democratização e transformação económico-social. Com as alterações geopolíticas verificadas a Comunidade fica perante um grave dilema: Abandonar estes países a uma evolução social, económica e política incerta. Aceitar a adesão, pondo em causa a coesão económica e social comunitária. A adesão de países economicamente desfavorecidos com fortes assimetrias regionais, em termos de desenvolvimento e profundas desigualdades sociais, pode pôr em causa a COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL no seio da UE.
  • 15. A ADAPTAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DA UE FACE AO AUMENTO DO Nº DE ESTADOS MEMBROS As instituições previstas para 6 Estados já não funcionam com a mesma eficácia com os actuais 15 e muito menos no futuro com 25 ou 27. A cimeira de NICE teve como principal preocupação alterar o sistema de decisão da União Europeia: Número de votos de cada país no Conselho de Ministros. (87 para 321) Número de deputados no Parlamento. (626 para 738) Número de Comissários e a sua distribuição por países. (20 para 30 até 1 Nov. 04) Novas condições para obter maioria qualificada e diminuição das situações de direito de veto. APESAR DE TEREM SIDO EFECTUADAS ALGUMAS ALTERAÇÕES OS INTERESSES INDIVIDUAIS DOS PAÍSES SOBREPUSERAM-SE À NECESSIDADE DE REFORMAR AS INSTITUIÇÕES CORRENDO-SE O RISCO DA SUA PARALISIA APÓS O ALARGAMENTO Segundo o Tratado de Maastricht a PESC deve permitir à União Europeia “ afirmar a sua identidade na cena internacional, nomeadamente, através da realização de uma política estrangeira e de segurança comum” tem por objectivos: Salvaguardar os valores e interesses comuns; Reforçar a segurança europeia; Manter a paz e a independência dos estados membros; Cooperar internacionalmente; Desenvolver o reforço da democracia e o respeito pelos direitos humanos.
  • 16. UM DOS DESAFIOS MAIS IMPORTANTES QUE SE COLOCA À UNIÃO EUROPEIA É MANTER A COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL. É preciso atenuar as assimetrias regionais dentro da União pois são evidentes os sinais de uma “ Europa a duas velocidades”. REGIÕES REGIÕES CENTRAIS PERIFÉRICAS PRÓSPERAS FUNDO DE COESÃO CARENCIADAS (Centro e Norte da FUNDOS ESTRUTURAIS (Sul e Leste da Europa) Alemanha) Alguns instrumentos financeiros dos Fundos Estruturais não têm tido sucesso, como por exemplo o FEDER, que tem servido apenas para servir as políticas regionais de cada estado; ou o FSE que é insuficiente para atenuar as desigualdades sociais. Estas desigualdades acentuam-se sempre que existe um alargamento, pois normalmente os países novos entram com níveis de desenvolvimento inferiores aos que já estão integrados. Para defender os interesses das regiões foi criado o COMITÉ DAS REGIÕES que é um importante porta- voz regional em Bruxelas (embora só tenha poderes consultivos). O desemprego continua a ser elevado em muitas das regiões da União Europeia, sobretudo nas mais desfavorecidas. Urge investir na formação profissional para que as regiões mais pobres sejam mais competitivas no futuro.
  • 17. A PESC permite reforçar o papel da UE como potência mundial através da definição de uma estratégia de diplomacia comum. À União Europeia Ocidental (UEO) aplica as decisões da União europeia no âmbito da defesa. Deveria ser o braço armado da UE, mas como não dispõe de meios operacionais acaba por funcionar como um pilar europeu da NATO. Tal como a UE a PESC vive com o dilema da construção europeia: a unanimidade leva ao bloqueio, mas a maioria pressupõe que alguns países fiquem em minoria o que nestas matérias se torna delicado, pois nenhum país aceita uma posição de submissão. Esta cooperação tem como objectivo permitir aos países membros acordarem sobre as questões que decorrem da livre circulação de pessoas Política de asilo, imigração, cooperação judiciária e policial – luta contra o terrorismo, tráfico de droga e outros crimes Desde a Convenção de Schengen (1995) que foi assinada apenas por 7 países da UE (Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Luxemburgo e Portugal) a cooperação nestes domínios tem sido aprofundada. Eliminação dos controlos de fronteiras entre os estados membros; Cooperação transfronteiriça entre forças policiais; Regulação conjunta do tratamento dos pedidos de asilo.
  • 18. O GATT – Acordo geral sobre tarifas aduaneiras e comércio – consistiu num conjunto de cláusulas cujo objectivo era liberalizar as trocas internacionais. Um conjunto de conferências multilaterais (rounds) conseguiram uma diminuição significativa das tarifas alfândegárias dos países industrializados. O facto destas negociações não passarem de “Acordos” e devido à crescente mundialização das trocas levou à criação de uma organismo que regula-se o comércio internacional: Surge em Abril de 1994 e procura responder às insuficiências do GATT. A acção da OMC através de mecanismos de arbitragem dos conflitos entre os países membros, pode ser considerada um esboço de direito comercial internacinal. A OMC pretende alargar as suas atribuições para poder impedir as várias formas de “Dumping” e impulsionar a crescente liberalização do comércio internacional. A OMC ao contrário do GATT estendeu o seu campo de acção ao controle dos serviços, das ideias e à defesa do ambiente. Para evitar o agravamento da guerra económica, a OMC como entidade reguladora do comércio internacional, terá que promover avanços negociados de compromissos sucessivos no sentido de uma economia mundial sem entraves ao comércio. O POSICIONAMENTO DOS PAÍSES DO TERCEIRO MUNDO Muitos países pobres têm sido prejudicados nas negociações da OMC. As restrições impostas pelos PD constituem um obstáculo ao crescimento das exportações e impedem a diversificação da sua produção. É necessário abolir as medidas proteccionistas impostas pelos países do Norte e permitir a normal participação dos PVD no sistema de trocas. Caso contrário as assimetrias económicas e sociais do planeta serão MAIORES.
  • 19. A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES SUL-SUL NO REFORÇO DA POSIÇÃO DOS PAÍSES DO TERCEIRO MUNDO Até à década de 70 as relações comerciais baseavam-se na divisão internacional do trabalho (Os países do Norte produzem bens manufacturados de alto valor acrescentado e os do Sul produtos agrícolas e matérias-primas. Com a estratégia das ETN e o desenvolvimento dos NPI a estrutura do comércio alterou-se. Os países industrializados produzem bens dos sectores de ponta e os NPI também se especializaram na produção de bens manufacturados e alguns bens de alto nível tecnológico. Se por um lado os NPI se têm aproximado dos PI (países industrializados) por outro o fossos em relação aos menos desenvolvidos tem-se agravado. É necessário atenuar os desequilíbrios do comércio internacional e promover relações económicas mais justas Medidas a desenvolver Reforçar a participação dos países do Sul no comércio mundial – melhoria dos termos de troca e acesso aos mercados. Promover a cooperação Sul – Sul fomentando as alianças regionais para um maior poder negocial dos PVD. Diminuir os apoios à agricultura nos PI para fazer uma concorrência leal aos produtos vindos dos PVD Rever os acordos que beneficiam os PD. Estabelecer preços mais justos para as matérias-primas e produtos agrícolas. Algumas medidas foram tomadas no âmbito da CNUCED, nomeadamente a questão do SPG – Sistema de preferências generalizado que pretendia que alguns países do Sul tivessem acesso a vantagens tarifárias, sem reciprocidade. Em 1991 foi aprovado um programa de acção sobre os países menos desenvolvidos que até hoje não tem sido alcançado – a dívida externa não foi aliviada, a ajuda pública tem diminuído, o rendimento per-capita tem diminuído, assim como a qualidade da saúde e educação. É muito importante a cooperação entre as economias do Sul, transferindo tecnologia de uns países para os outros.