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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
    DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC - CAMPUS VII
          COLEGIADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
            CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS




        ALTINO NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR




   A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO
DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS EMPRESAS
 DE CERÂMICA VERMELHA DE SENHOR DO BONFIM-BA




                  SENHOR DO BONFIM
                        2011
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
    DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC - CAMPUS VII
          COLEGIADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
            CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS




        ALTINO NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR




   A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO
DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS EMPRESAS
 DE CERÂMICA VERMELHA DE SENHOR DO BONFIM-BA




                          Monografia submetida à Coordenação do
                          Curso de Ciências Contábeis Do
                          Departamento de Educação - DEDC,
                          Campus VII da Universidade do Estado da
                          Bahia - UNEB, como requisito parcial para
                          obtenção do grau de bacharel em
                          Ciências Contábeis.


                          Orientador: Prof. M.Sc. Raimundo Nonato
                          Lima Filho




                  SENHOR DO BONFIM
                        2011
ALTINO NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR



   A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO
DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS EMPRESAS
 DE CERÂMICA VERMELHA DE SENHOR DO BONFIM-BA

    Monografia submetida à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis Do
  Departamento de Educação- DEDC, Campus VII da Universidade do Estado da
   Bahia - UNEB, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em
                             Ciências Contábeis.




Aprovada em ___/___/______



                         BANCA EXAMINADORA



         ____________________________________________

         Prof. M.Sc. Raimundo Nonato Lima Filho (Orientador)
                   Universidade do Estado da Bahia – UNEB




        _____________________________________________

              Prof. M.Sc. Tânia Ferreira dos Santos Bomfim
                   Universidade do Estado da Bahia - UNEB



        _____________________________________________

                       Prof. Daniel de Jesus Pereira
                   Universidade do Estado da Bahia - UNEB
AGRADECIMENTOS


      Agradeço em primeiro lugar a Deus, por nos dar a oportunidade de estarmos
aqui na Terra, ao lado de todas as pessoas que gostamos, e que são de extrema
importância para nossas vidas.
      A meus pais, que sempre me deram força em todos as fases da minha vida, e
não mediram esforços para me dar conforto e as oportunidades para transpor
obstáculos e evoluir nos estudos. Sem esquecer é claro, de minhas duas irmãs
queridas.
       Aos amigos, e a todos que fazem parte da nossa caminhada, em especial a
Franklin, Cleriston, Jerfeson, Johnson e José Daniel, que foram essenciais para que
tudo acontecesse da maneira esperada.
      Aos vários professores que contribuíram para a nossa jornada rumo ao nosso
sucesso profissional, moral e ético, que irá se perpetuar por toda a nossa vida, para
que assim, possamos ser personagens de uma sociedade cada vez melhor, pautada
no respeito e na honestidade como pilares principais, com destaque mais que
especial, ao Professor Marcio Sampaio, por ter me ensinado muito do pouco que eu
sei.
       Também aos Professores Franklin Regis, Dayse Santiago, Tânia Bonfim
Francisco Marton, Daniel Pereira e Francisco Arapiraca, que não foram omissos na
presteza do seu labor, e mesmo com as diversas dificuldades e empecilhos
encontrados, nunca deixam de lado o compromisso com a gente, sendo portanto
heróis para a nossa formação.
     É impossível não mencionar uma pessoa, que apesar de sua rápida
passagem por aqui, se predispôs a ser meu orientador mesmo não estando mais no
Campus e nem nesta instituição de ensino, é o professor Dílson Cerqueira.
      Em especial ao Professor Raimundo Lima, que apesar do pouco tempo
conosco, me fez aprender bastante, e teve grande relevância na minha formação
acadêmica, ensinando-me uma nova forma de pensar e agir.


      A todos, meu Muito obrigado!!!


      E gostaria que vocês soubessem, nunca me esquecerei de vocês.
―O que me preocupa não é nem o grito dos
corruptos, dos violentos, dos desonestos dos
sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa
é o silencio dos bons.
                    Martin Luther King 1926-1968
RESUMO

A contabilidade gerencial, tem sido uma ferramenta muito importante no auxilio à
continuidade e expansão das empresas, visto o suporte por ela prestado, nas
questões mercadológicas a que se tem registrado nos dias atuais, assim como a
influência para a obtenção da constante evolução e expansão empresarial atrelada a
uma combinação com a contabilidade de custos, porém nas micro empresas essa
influência ainda parece ser limitada, tendo em vista a realidade das empresas que
reduzem sua capacidade de crescimento por não levar em consideração esses
pressupostos, ou mesmo por não obterem o devido acompanhamento para tal
finalidade. Diante dessa realidade é que surge o desafio desta monografia, que
consiste em elucidar o fato da existência de contribuição significativa da
contabilidade gerencial na gestão das empresas de cerâmica vermelha de Senhor
do Bonfim-BA. Através de um estudo de caso com as empresas deste ramo que
atuam no município, foi constatado que apesar da importância da contabilidade no
apoio à gestão e a continuidade da empresa, por meio do aporte em diversas
atividades, a carência no apoio gerencial é perceptível, bem como sua aplicabilidade
por parte do empresariado, sem contar que a consulta sobre a formação de preços
dos produtos era inexistente, chegando, portanto, à conclusão de que podem ser
aprimoradas as questões inerentes à contabilidade gerencial para que haja um
aprimoramento do gerenciamento destas empresas, visando o desenvolvimento e a
continuidade.




Palavras chave: Contabilidade gerencial, cerâmica vermelha, tomada de decisão.
Abstract


Management accounting has been a very important tool to aid in continuity and
business expansion, given the support it provided in the marketing issues that have
registered today, and the influence to obtain the constant evolution, and business
expansion, tied to a combination with the cost accounting, but in the microenterprises
that influence still seems to be limited in view of the reality of companies that reduce
their ability to grow, why not take into account these assumptions, or even not obtain
proper follow up for this purpose; And this reality is that there is the challenge of this
research is to clarify that the fact of the existence of significant contribution of
management accounting in corporate management of red ceramic Senhor do
Bonfim-BA. Through a case study companies in this industry that work in the city, it
was found that despite the importance of accounting in supporting the management
and business continuity through the contribution in some activities, the lack is
noticeable in management support, and as its applicability by the business
community, not to mention that the consultation on the pricing of the products did not
exist, so reaching the conclusion that can be improved matters pertaining to
management accounting, so there is an improvement of the management of these
companies,          aimed       at       its     development          and      continuity.




Keywords: Management accounting, red ceramic, decision-making.
SUMÁRIO


 INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------- 09


1 REFERENCIAL TEÓRICO -------------------------------------------------------------------- 16


1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS E
   GERENCIAL---------------------------------------------------------------------------------------- 16
1.2 CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA SOCIAL -------------------------------------------- 17
1.3 SURGIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS----------------------------------- 19
1.3.1 A contabilidade de custos na atualidade-------------------------------------------- 20
1.3.2 Terminologia de custos nas empresas industriais------------------------------- 23
1.3.3 Sistemas de custeio------------------------------------------------------------------------ 24
1.4 A CONTABILIDADE GERENCIAL----------------------------------------------------------- 25
1.4.1 O contexto histórico da contabilidade gerencial--------------------------------- 26
1.4.2 Contabilidade gerencial e a tomada de decisão----------------------------------- 29
1.4.3 Contabilidade gerencial e os sistemas de informação------------------------- 32


2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS --------------------------------------------------- 35


3 ANÁLISE DOS DADOS-------------------------------------------------------------------------- 38


3.1 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS---------------------------------------------------------- 38
3.2 EXPLANAÇÃO E ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS------------- 39
CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------------------------------ 45
REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------------------- 48
APÊNDICES-------------------------------------------------------------------------------------------- 52
8



                                INTRODUÇÃO


      Com as mudanças que vem ocorrendo no mundo globalizado, as empresas
são obrigadas a se adequarem ao novo modelo que impera na economia, como
forma de sobrevivência em meio a esse novo sistema instalado, no qual temos os
produtos e serviços em qualquer parte do mundo, no momento desejado. Forçando
assim as empresas a se adequarem cada vez mais a essa realidade, que move sem
precedentes toda a economia mundial. Ainda que intrínseca a modernidade, essa
concepção já era trazida a algum tempo, com o intuito de buscar evolução e
continuidade às empresas, ―No intento de atingir essas expectativas, as empresas
devem investir em tecnologia e pesquisa, para desenvolver as respectivas
vantagens competitivas que lhes garantam conservar os clientes [...]‖.GONZÁLES
(2002, p. 26)
       Tendo em vista que, com a mudança proposta por esse sistema, o espaço
vai se escasseando proporcionalmente a inércia e falta de mobilidade dos recursos e
pilares que integram as entidades em questão, que são formados por pessoas,
informações, tecnologias e mutações constantes, que acabam por fazer surgir a
supracitada competitividade. Sendo que, a informação parece ser nos dias atuais, a
delimitadora ou a propulsora das outras mudanças, sendo para tal feito e de grande
relevância para a empresa, que se traga como escopo o aperfeiçoamento e
atualização do seu sistema de informações, por meio da utilização de novas
estruturas, mais avançadas, de controle e de análise, que venham a assegurar a
continuidade e permanência dos negócios da empresa.

      Desta forma, é crível ainda, que os empreendedores que não estiverem
engajados nos processos de mudança, sejam eles: nos meios de produção, na
forma de gerir e de pensar, estarão sujeitos a extinção e a segregação em meio ao
turbilhão de alterações inerentes ao cotidiano das empresas, e as inovações
mercadológicas que se perfazem como pretensão ao sistema capitalista, implantado
e arraigado na maior parte das economias mundiais. Torna-se então, perceptível e
inevitável, a necessidade das informações atreladas a tomada de decisão.

      Com advento da internet, assim como de outros meios de comunicação que
tornam cada vez mais próximas as informações por maiores que sejam os espaços
9



físicos, entre os pontos envolvidos nessa integração, bem como, as tecnologias
implementadas nos meios de produção e de interação entre produtores e
consumidores, faz surgir no atual cenário a permanente e constante necessidade da
rapidez na tomada de decisão, tendo em vista que esta expressão parece reger todo
o mecanismo de atuação das empresas, para que venham a obter êxito, no que
tange ao seu objetivo final, que é a continuidade e evolução, atrelada ao retorno do
capital investido e produtividade. A partir dessas idéias, é que observamos que as
influências da rapidez ao acesso aos dados disponíveis em um curto espaço de
tempo, não é uma preocupação restrita aos últimos anos, pois desde o inicio da
década passada isso já era perceptível.

      A tomada de decisão a que mencionamos anteriormente, tem hoje uma
conotação diferenciada daquela que se tinha há tempos atrás, para entendermos a
complexidade do que mencionamos, refutamos a uma análise intrínseca dessa
temática, pois segundo Pereira ―e outros‖ (2010, p. 138) ―Decisão é o processo de
análise e escolha, entre várias alternativas disponíveis, do curso de ação que a
pessoa ou a organização deverá seguir.‖ Desta forma, o que tem se visto é que a
evolução trouxe consigo um leque de mudanças, inclusive a de que: a pouco tempo
atrás bastava ter um custo menor em um produto para se ter sucesso nas vendas,
hoje essa não é mais a questão principal, pois alem de se ter um preço acessível e
competitivo, os produtos e serviços necessitam de outros vários requisitos para se
perpetuarem no mercado e ganhar a confiança dos consumidores, que estão cada
vez mais exigentes, pois encontram nesse interím, um lugar ideal para se
transformar no principal elo de todo o sistema, sendo assim o personagem principal
para a manutenção deste mecanismo, podendo escolher em meio a diversas
possibilidades o que for mais conveniente. Porem, esta conjuntura fez com que,
ficasse ainda mais difícil a tomada de decisão, haja vista, o leque de dificuldades
que a circundam.

           Ainda que tratar de custos não seja a meta principal quando se menciona
a estratégia atual das empresas do mundo globalizado, cada caso tem sua
particularidade, pois existem, desde empresas que tem garantida toda a venda de
sua produção, como as do ramo e mineração por exemplo, e que a preocupação
acaba por ser com a capacidade produção e não com a demanda, pois ela sempre
existe, a não ser em cenários atípicos em que a ocorrência de crises diversificadas,
10



a ocorrência de empresas que tem o serviço ou produto a disposição e sofrem com a
restrição de oferta, nesse sentido se manifestam, Kuratomi e Guerreiro (201, p. 01)
―Empresas hoteleiras, de aviação e os restaurantes apresentam restrições de ofertas
que limitam a utilização da contabilidade de custos no gerenciamento dos negócios.‖
Pois aqui, observamos que a fluência contínua do escoamento da produção é
emperrada por outros motivos, onde seu principal problema não é a produção do
bem ou serviço, mas sim da incerteza de quem irá consumi-los. Desta forma ainda
segundo Kuratomi e Guerreiro (2011, p. 7) Para esse tipo de empresa, que registrem
a mencionada restrição, com relação a oferta, deixar de comercializar a quantidade
máxima de sua capacidade de produção, irá resultar em uma perda, pois não haverá
redução considerável ou mesmo ausência de custos ao deixar de vender o produto
e/ou serviço, sendo ainda agravado, pela não realização de receita.

      A Contabilidade parece ter acompanhado o avanço retro caracterizado, pois
hoje a Contabilidade Gerencial permeia entre as principais responsáveis por todas
as mudanças inerentes a inovação aqui mencionada, em que as empresas estão
obrigadas a submeter-se, pois dela depende sua continuidade e melhoria, que de
fato são objetivadas pelos gestores, e proprietários do capital investido. A
contabilidade gerencial, está entrelaçada a questão da tomada de decisão, pois a
análise de toda a sistemática e envolvimento nesse processo, é possibilitada por
diversos mecanismos de suporte e reenquadramento ao que for pretendido, e que
se tem como meta em períodos pré definidos, desta forma percebemos que a
Contabilidade Gerencial engloba os processos de tomada de decisão.

      A gestão de custos pode auxiliar muito na prosperidade das empresas, não
obstante, citamos a decadência da utilização da Contabilidade de Custos em alguns
setores de produção, mas quando utilizada de forma ultrapassada, como muitas
empresas ainda insistem em fazê-la, utilizando-se de mecanismos obsoletos, sem
investimentos e análises mais detalhadas acerca do assunto, além de que, devem
ser observadas as particularidades de cada empresa como mencionamos acima,
porém, uma contabilidade de custos bem implementada, com bases sustentadas na
evolução de todos os possíveis e perceptíveis instrumentos de real aplicabilidade,
nos mais diversos recursos envolvidos na produção, aliado a estudos e a busca dos
melhores resultados, sem dúvida, trará excelente recompensa para a empresa. É
assim que temos observado como ponto crucial para que se faça imergir uma
11



campanha sensata e correta de custos, que apresente bons resultados em meio a
um novo cenário, não bastando apenas às empresas baixarem custos, mas também
manterem produtos com elevado nível de qualidade.

      A aliança entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos pode ser
crucial para o desenvolvimento do que se espera numa empresa, pois o
encaminhamento rumo a uma gestão sólida requer uma análise detalhada das duas
áreas, para que assim os ganhos e demais resultados esperados possam surgir,
como conseqüência das decisões certas, no tempo exato, cumprindo-se assim o
papel esperado.

      A problemática surge da seguinte forma: existe contribuição significativa da
contabilidade gerencial na gestão das empresas de cerâmica vermelha de Senhor
do Bonfim-BA?

      Mostrar a necessidade e a importância do uso da Contabilidade aos
empresários não é fácil, ainda mais se tratando de micro empresas e (EPP)
empresas de pequeno porte, pois muitas vezes estes encaram a Contabilidade como
um mal necessário, e não como uma importante ferramenta de auxilio a gestão das
suas empresas, pois consideram apenas o ônus dos honorários contábeis devidos a
cada mês, e desconsideram as necessidades inerentes a administração e
continuidade que podem ser prestadas pela contabilidade.

      As empresas que se norteiam por essas bases de administração dos seus
negócios, geralmente são de grande porte, pois possuem setores específicos para
tal função, tendo em vista a necessidade de adequação ao que já foi dito
anteriormente, além da comunicação e disseminação do conhecimento desta área
para os demais integrantes da alta administração, para isso, um profissional é
considerado de suma importância, pois esse é o papel desempenhado pelo
controller, que desempenha funções inevitáveis em relação a tomada de decisões,
representando função impar dentro da empresa, possibilitando o planejamento e a
execução das pretensões dos administradores.

      Nas empresas de pequeno porte, ainda que não seja fácil a absorção da
necessidade que se tem das informações contábeis, é importante citar que apesar
de desobrigadas pela legislação a fazer escrituração de alguns livros contábeis,
12



esses são mecanismos de controle e que muitas vezes são o diferencial, pois seus
relatórios, são essenciais, na ocasião de se contrair empréstimos e financiamentos
nos bancos de fomento, que podem servir para dar alavancagem e fazer com que
estas se movimentem em meio a estagnação que muitas vezes afeta a economia, ou
apenas para reestruturação dos meios de produção que darão também uma
conotação de crescimento para as empresas.

      Por meio da Contabilidade como um todo, em especial nestes casos da
Contabilidade Gerencial, é que conseguimos um planejamento sistemático, que
poderá elevar a empresa do patamar onde ela se encontra a algo superior, mas o
convencimento dos empresários depende muitas vezes da sua análise pessoal, que
pode encontrar-se engessada pela ausência de ousadia e inovação, que acaba
muitas vezes por levar a estagnação ou até mesmo a descontinuidade do negócio.

       Sendo assim, a Contabilidade Gerencial, torna-se um dos principais
instrumentos de auxílio aos empreendedores, e aos gestores, no que tange a
tomada decisão, desta maneira, o objetivo geral deste trabalho é analisar a
contribuição da contabilidade gerencial na gestão das empresas de cerâmica
vermelha de Senhor do Bonfim-BA, enquanto nos objetivos específicos busca-se;
Identificar a necessidade da utilização da Contabilidade Gerencial para tomada e
decisão; Investigar a possibilidade de melhoria na competitividade mercadológica,
através da utilização da Contabilidade de Custos.

      Levando em consideração o fato de que as empresas da Micro região de
Senhor do Bonfim- Bahia, que se destinam a produção de produtos destinados ao
mercado da construção civil, no segmento de produtos confeccionados com
cerâmica vermelha, que pode ser definida assim, segundo Lehmkuhl (2010, p. 2)
―Cerâmica é a denominação comum a todos os artigos ou objetos produzidos com
argila e que são queimados ao fogo. O nome procede da palavra grega keramos que
significa argila.‖ Sendo ainda, para maior detalhamento, necessária a explicitação do
que se trata cerâmica vermelha, que é aqui alvo deste estudo, ainda segundo as
idéias de Lehmkuhl (2010, p. 4), são materiais de coloração avermelhada que são
utilizados na construção civil, com diversificadas aplicações, sendo: tijolos, blocos,
telhas, elementos vazados, lajes, tubos, alem de outros utilizados como decoração,
na forma de vasos, bem como na confecção de utensílios para utilização domestica,
13



portanto indispensáveis, principalmente na construção civil, representando grande
parte dos materiais usados em uma obra .

      A produção destes produtos, tem uma boa aceitação na micro região, sendo
estas empresas, geradoras de renda e emprego, bem como, considerando que estas
empresas deixam uma fatia considerável do mercado a cargo de industrias de outras
localidades do estado, como também de outros estados, a fatia do mercado que
vem sendo perdida para as demais indústrias com atuação na mesma área, deve-se
às telhas de cerâmica, e a outros produtos, que tem como fator principal, a ausência
de produção e a falta de preços competitivos para venda fora da região.

      A produção de telhas de cerâmica tem tradição maior no estado do Ceará, no
que tange a região Nordeste, e é perceptível a invasão de produtos oriundos desta
região, deixando transparecer o espaço deixado pelas indústrias locais, com relação
a confecção e comercialização deste produto, que representa uma considerável e
importante integrante dos diversos componentes empregados nas construções, por
isso torna-se imprescindível a utilização da contabilidade Gerencial e de Custos no
aporte aos empresários locais, do ramo mencionado, com vistas a possibilidade de
melhorias e possíveis implantações de mecanismos para a produção desse tipo de
produto.

      Uma análise sucinta do mercado regional, traz explicito em seus
demonstrativos a real demanda do produto, pois o mercado da construção civil
encontra-se numa abissal expansão, e apresenta-se contínuo e promissor, pois é o
que vem ocorrendo com o mercado da construção civil em todo o pais, pois as
políticas publicas no setor habitacional fazem com que, cada vez mais, as pessoas
tenham acesso a casa própria, conseqüentemente, aquecendo este tão importante
setor da economia, que sem duvida é uma força motriz para diversos tipos de
industria, como inclusive, o segmento em lide, que é um dos setores com maior
representatividade, e percentual de geração de empregos deste mercado.

      A realização do presente trabalho justifica-se pela necessidade de
aproximação do tema à realidade da micro região, em consonância com a
mensuração da proximidade da utilização da contabilidade gerencial em adequação
aos moldes das empresas locais de produção industrial, com foco, nas que atuam na
produção de artefatos produzidos a partir da cerâmica vermelha, que se perfazem
14



como algo basilar para o desenvolvimento e expansão da industria da construção
civil, que acaba por englobar a anterior, por ter maiores influências e ter uma
abrangência com maiores dimensões, bem como a percepção da utilização das
informações contábeis no auxílio a tomada de decisão e ao gerenciamento da
entidade, assim como a melhoria no cenário mercadológico através da utilização da
contabilidade de custos.

      Desta forma torna-se necessária e ampara-se a realização desta pesquisa,
pela possibilidade de contribuição à contabilidade gerencial, com o intuito de galgar
degraus de conhecimento rumo ao desconhecido, ou mesmo, ao que foi pouco
explorado, e que sempre é enriquecido com informações que se façam pertinentes
ao estudo em lide, visto que é um tema de interesse regional, podendo ainda ser
aplicado a outros ramos da contabilidade, seja para outros tipos de empresas, ou
mesmo para outras regiões.

      Outro fator preponderante para a realização desta pesquisa, se dá pelo fato
de as pesquisas nesta área serem escassas, na região, ainda mais na questão
gerencial, pois constam poucos registros destas, principalmente que tenham ligação
a esta instituição de ensino, demonstrando ainda mais, a necessidade de pesquisa
nesta área, pois este trabalho irá auxiliar no entendimento de questões relacionadas
a contabilidade gerencial, e tomada de decisão baseada em custos, principalmente
nas micro e pequenas empresas de senhor do Bonfim- BA, tendo em vista que seu
objeto de estudo se insere neste contexto, ao mesmo tempo que analisa sua
utilização da real aplicabilidade nas mesmas.
15



1   REFERENCIAL TEÓRICO


1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS E
  GERENCIAL


      O presente capítulo tem por objetivo mostrar como os princípios que norteiam
a Contabilidade de Custos e Gerencial, estão ligados a uma boa administração nas
empresas, pois a contabilidade como instrumento de gerenciamento, além de ser
imprescindível para a continuidade de qualquer entidade, parte do pressuposto que
as decisões a serem tomadas, devem conter maior proximidade com as reais
possibilidades que podem ser alcançadas, e servem de suporte para decisões
futuras por parte dos administradores.

      A modernidade trouxe várias alterações, no que concernem as decisões
inerentes a contabilidade gerencial atrelada a contabilidade de custos, pois o dever
de garantir a competitividade parece estar cada vez mais próximo destas duas áreas
tão afins da contabilidade, e o que parecia sem valor, hoje permeia dentre os mais
importantes pressupostos como atividades mantenedoras dos mecanismos de
continuidade no mercado.

                    O combate ao desperdício e a busca contínua do aperfeiçoamento passa a
                   ser uma busca incessante pelas empresas que desejam ser líderes, ou
                   mesmo continuar no mercado. Ferramentas para controle e redução
                   desperdícios como Just-in-Time, Kaizen, Custo-meta, controle da qualidade
                   total, entre outros são implementados com intuito de reduzir custos, eliminar
                   desperdícios, aprimorar a qualidade dos produtos, qualificar a mão-de-obra,
                   alavancando assim, uma busca contínua na melhoria dos processos com foco
                   na qualidade e conseqüentemente na redução de custos. (PINTO, GOMES,
                   2010, p. 58)

      A Contabilidade Gerencial cumpre assim os requisitos para o aprofundamento
dessa questão, no que tange a gestão de uma entidade, Jiambalvo (2002, p. 02) diz
que: ―A meta da contabilidade gerencial é fornecer as informações de que eles
precisam para o planejamento, o controle e a tomada de decisão.‖

      Sendo que o desenvolvimento da contabilidade de custos, que inicialmente
teve outra finalidade, hoje se entrelaça com contabilidade para fins gerenciais, que
sem ela não existiria, pois a profundidade que a contabilidade de custos pode
alcançar, suprir as necessidades pertinentes a mensuração das dificuldades e
possibilidades ainda não exploradas na entidade.
16



                      Devido ao crescimento das empresas, com o conseqüente aumento da
                     distância entre administrador e ativos e pessoas administradas, passou a
                     Contabilidade de Custos a ser encarada como uma eficiente forma de
                     auxílio no desempenho dessa nova missão, a gerencial. (MARTINS, 2003,
                     p. 14-15)

      Desta forma o que se pode dizer é que a tomada de decisão, parte
inicialmente da análise que pode ser feita através da contabilidade de custos, que se
mostra como algo basilar para sustentabilidade ao sistema gerencial em que esta
focada a empresa.

                     Pode-se considerar a contabilidade de custos como um sistema cujo
                     objetivo é proporcionar à administração da empresa o registro do custo dos
                     produtos, a avaliação dos estoques que geralmente representam um valor
                     material em relação ao total do ativo, bem como proporcionar a análise do
                     desempenho da empresa. (SANTOS ―e outros‖, 2006,p.13)

      Diante dessa definição vemos que a contabilidade de custos é a principal
ferramenta do administrador, devido as condições mercadológicas implementadas
pela globalização, e a sua influência na lucratividade como fator preponderante para
qualquer empreendimento, seja ele industrial, comercial ou de outra natureza, tudo
isso é o que concerne ela o fato de buscar a mais eficiente forma de custeio para
que mantenha grande relevo no campo gerencial. O que concerne a empresa uma
análise estrutural, sistemática e efetiva, fazendo com que a empresa transforme
suas estruturas com o intuito de viabilizar uma continuidade sustentável e sólida
pautada na gerencia dos custos como algo basilar para as políticas futuras, que
estejam embasadas na reestruturação contínua e intrínseca a constante busca pela
correta tomada de decisão, ―Tornar a empresa mais competitiva através da redução
de custos e oferecer produtos com qualidade é um processo que demanda observar
toda a cadeia de valor da empresa e fundamental para a sua sobrevivência.‖
(PINTO, GOMES, 2010, p. 58)


1.2 CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA SOCIAL



      A Contabilidade pode ser definida como a ciência que estuda o patrimônio,
que é, o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, assim Santos ― e
outros‖ (2003, p. 62) dizem que: ― O objeto formal da contabilidade, que delimita o
compo de abrangência dessa ciência que pretende estudar, analisar e interpretar de
modo geral, é o estudo do patrimônio das entidades em seus aspectos qualitativos e
17



quantitativos.‖ Para que a consideremos como ciência, seguiremos com o que se
pode entender por ciência, segundo Sá ( 2008 p. 38) ― O conhecimento científico
exige universalidade, ou seja o saber explicar que condições e como as coisas
acontecem em qualquer lugar e aqualquer hora, sempre da mesma forma.‖

      Ainda seguindo as idéis de Sá (2008), acerca da definição da contabilidade
como ciência, podemos observar ainda como fator de inserção nesse campo o fato
de que ela cupre todos os requisitos necessários para tal classificação, pois é
reconhecida desta forma pelas mais eminentes Academias, pelas intectualidades
notáveis e gandes gênios da humanidade.

                      Contabilidade foi definida como a ciência que estuda o Patrimônio e suas
                      modificações. Desta forma, com a evolução das sociedades, a necessidade
                      de informações sobre a situação econômico-financeira das empresas
                      multiplicou-se exponencialmente e a contabilidade é fundamental para
                      divulgar essas informações e subsidiar decisões. Como parte integrante da
                      sociedade e afetada por essa, a contabilidade é uma ciência social.
                      (CARDOZO, TEZOLINI 2010, p. 3)

      Para se chegar a estas explanações, existem diversos pilares que dão
sustentação a um crescente e diversifiacado arcabouço de idéias, que possibilitam a
construção contínua do conhecimento contábil e firmam a contabilidade como
ciência social, de extrema importância no desenvolvimento das naçoes, desta forma
sua colocação no campo das ciências sociais é inevitável, se levadas em conta a
lógica natural que se segue na observância de seu objeto de estudo, assim diz Sá
(2008, p. 42) ― O homem, o homem em sociedade, o patrimônio a serviço dele, o
patrimônio do homem a serviço da sociedade parecem ser fortes conexões que
alimentam uma justa classificação dos estudos contábeis no campo social.‖

      Ainda nesse sentido, de contabilidade             como ciência social o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC), pronuncia na Resolução Nº 774/94 em seu item
1.1.1 expressa que:

                      A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e
                      consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as
                      condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível
                      qualitativo semelhante às demais ciências sociais. A Resolução alicerça-se
                      na premissa de que a Contabilidade é uma Ciência Social com plena
                      fundamentação epistemológica. Por conseqüência, todas as demais
                      classificações – método, conjunto de procedimentos, técnica, sistema, arte,
                      para citarmos as mais correntes – referem-se a simples facetas ou aspectos
                      da Contabilidade, usualmente concernentes à sua aplicação prática, na
                      solução de questões concretas.
18




       Sendo assim a Resolução 774/94 do CFC em seu item 1.1.1, trata da
contabilidade como ciência social buscando explicitar os motivos da sua real
aplicação, e participação no campo das ciências Humanas.

      Quando da necessidade de se explicar as relações entre as variáveis que
afetam o patrimônio das entidades, constituíram-se postulados, princípios e normas,
que são válidas para a todas as entidades que se insira neste contexto, que
englobam todos os fatos ocorridos na entidade e preparam informações tanto para o
âmbito interno (administradores, diretores, gerentes etc.) quanto externo à entidade
(acionistas, governos, fornecedores etc.).

   A Resolução do CFC nº 750/93,             define os Princípios, que caracterizam o
conhecimento científico, delegandos a função de Pricípios Fundamentais da
Contabilidade, de acordo com o Art. 2º, ―Os Princípios Fundamentais de
Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da
Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e
profissional de nosso País.‖

      Segundo o CFC (1994), esses princípios deverão nortear as atividades os
estudos do patrimônio das Entidades, e são assim elencados em seu artigo 3º:
Princípio da Entidade, da Continuidade, da oportunidade, do Registro Pelo Valor
Original, da Atualização monetária, da Competência, e da Prudência.


1.3 SURGIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS


      De acordo com Kroetz (2001), a contabilidade de custos tem seu surgimento
a partir da contabilidade financeira, quando surgiu a necessidade da avaliação dos
estoques nas indústrias, o que aconteceu na Revolução Industrial, antes disso os
produtos eram confeccionados por artesãos e logo depois nas manufaturas, sem, no
entanto, constituírem empresas, e portanto, sem a preocupação, ou domínio do
calculo dos custos inerentes a produção, exercendo apenas o conhecimento
empírico para a administração dos seus negócios, com o advento das industrias,
surgiu a necessidade de se ter um maior controle das operações, devido a expansão
da produção.
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      Observando assim, a Contabilidade Financeira servia bastante para fins
comerciais, mas não para as recém formadas indústrias, para Martins (2003, p.13),
―Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade
Financeira (ou Geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem
estruturada para servir as empresas comerciais.‖
      Um dos fatores que mostram a deficiência da contabilidade financeira rumo a
nova conjuntura de ordenamento da produção, pautada em indústrias, era o fato da
mensuração dos estoques serem baseados em produtos já prontos, pois as
empresas que se utilizavam da contabilidade eram comerciais, e não industriais,
servindo assim apenas para apuração do resultado do exercício, que contabilizava
os estoque ao final, levando em consideração as compras, e as mercadorias que
restavam, em relação a esse processo.
                    Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o
                    levantamento do balanço em seu final, bastava o levantamento dos
                    estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era
                    extremamente simples: o Contador verificava o montante pago por item
                    estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. (MARTINS, 2003, p.
                    13)

      Partindo dessa idéia, observamos que o que acontece numa indústria, é muito
mais complexo, não podendo assim, ser estudado apenas por essa ótica,
principalmente na observação dos estoques, pois essa relação deve ser mais
intrínseca a contabilidade de custos, pois os estoques que a empresa dispunha no
final de exercício não se tratava apenas de produtos acabados, prontos para a
venda, continha também matérias-primas, produtos em processo, nos mais variados
estágios de completude, dificultando assim a alocação da mão-de-obra, das
matérias-primas empregadas, bem como de outros custos inerentes ao sistema
produtivo.


1.3.1 A contabilidade de custos na atualidade


      Com o desenvolvimento da Indústria e a das necessidades a que
contabilidade de custos foi submetida ao longo dos anos, ela evoluiu e se
transformou numa ferramenta de suporte a suplementar as diversas áreas da
contabilidade passando a gerar informações, não só para controle, mas também
para o planejamento e tomada de decisão.
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                     A contabilidade de custos cuja função inicial era a de fornecer elementos
                     para avaliação dos estoques e apuração do resultado, passou nas ultimas
                     décadas, a prestar duas funções muito importantes na contabilidade
                     gerencial: a utilização dos dados de custos para: AUXILIO AO CONTROLE
                     E PARA TOMADA DE DECISÕES. (SANTOS ―e outros‖, 2006, p.11)

      A partir daí é perceptível a análise da evolução da contabilidade custos, para
entendimento de como ela conseguiu conquistar e manter espaço nas oscilações
pelas quais passou, com variação nos diversos modos de produção das indústrias
ao longo do tempo, surgindo como técnica independente e sistemática, nos Estados
Unidos, envolvendo a produção industrial, estudando principalmente as questões
relacionadas aos problemas de mão-de-obra e que repercutiam no custo industrial,
passando aprofundar-se     nas observações ao os custos de material consumido,
diretamente na produção, bem como a procura pelo entendimento                    maior com
relação custos que não estão diretamente ligados a produção, chamados de custos
indiretos de fabricação.
      Chegando assim, depois da inevitável equidade com a necessidade, a um
patamar decisório nas decisões empresariais, de acordo com Martins (2003, p.15)
―[...] a Contabilidade de Custos acabou por passar, nessas últimas décadas, de mera
auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle
e decisão gerenciais.‖
      Fica claro também que as tendências de mercado, que forçam as empresas a
estarem sempre evoluindo, torna sua aplicabilidade eloqüente, como fundamentado
por Martins (2003) ―Isto ocorre pois, devido à alta competição existente, as empresas
já não podem mais definir seus preços apenas de acordo com os custos incorridos, e
sim, também, com base nos preços praticados no mercado em que atuam.‖ Desta
forma podemos ver ainda que, ―Em meio a este mercado turbulento, incerto e
globalizado a análise estratégica de custos torna-se um diferencial competitivo e
essencial à subsistência da empresa‖. (PINTO, GOMES, 2010, p. 61)
      Por conseqüência desta atuação chegamos as várias utilizações da
contabilidade de custos nas empresas da atualidade segundo as idéias de Santos ―e
outros‖ (2006), é possível identificar quatro grandes campos de abrangência e
aplicação de custos na empresas, que são: abrangência de aplicação contábil;
aplicações vinculadas ao planejamento; aplicações controle. E desta forma
percebemos as novas características a qual se inserem as aplicações que são
dadas aos custos.
21



                     O controle de custos torna-se relevante devido ao fato de que alguns custos
                     podem ser identificados mediante controle e evitados mediante a aplicação
                     de alguma ferramenta. O aperfeiçoamento contínuo através do aprendizado
                     da organização e a identificação pelo o que adiciona valor e a eliminação do
                     que não adiciona valor ao produto e serviço são itens importantes para a
                     criação de uma forte vantagem competitiva para a empresa. (PINTO,
                     GOMES, 2010, p. 60-61)

      Sendo assim, todas as empresas deveriam estar norteadas a tomadas de
decisões com base na análise de uma melhoria em seu sistema de custos, que
desencadearia melhoria na qualidade como fator decisivo, porém não é sempre
assim acontece, pois muitas vezes as empresas se negam a implantação e
desenvolvimento de uma adequada e estruturada implementação do sistema
supracitado, pela cultura e idéia de que isso geraria uma elevação nos custos, em
vez de procurar sua otimização como uma conseqüente melhoria na qualidade dos
produtos ou serviços oferecidos.

                     As organizações possuem custos ocultos sempre resultado direto da falta
                     de qualidade. Exemplos destes custos ocultos são as vendas não
                     concluídas por falta de treinamento do pessoal de vendas, por falta de
                     qualidade no produto e por demora na entrega de mercadorias para citar
                     alguns. Além disto, as organizações possuem ainda custos identificáveis
                     resultado direto da falta de qualidade. Exemplos destes custos são as
                     devoluções de vendas por não atendimento às necessidades dos clientes, o
                     atendimento a garantias, o desperdício ocorrido na produção, o retrabalho
                     para consertar produtos defeituosos, entre outros, que geram custos que
                     poderiam ser evitados. Identificar estas oportunidades, e então, aperfeiçoar
                     a qualidade e assim, eliminar os custos associados (ocultos ou não), torna a
                     empresa mais lucrativa e competitiva. A vantagem de tomar providências
                     sobre os custos da falta de qualidade é uma efetiva chance da empresa
                     aumentar seus lucros sem aumentar suas receitas. (PINTO, GOMES, 2010,
                     p.58)

      Porém apesar de muitas empresas e muitos profissionais se utilizarem da
contabilidade de custos e a considerarem de suma importância e relevância para
aplicações nos campos mais variados da contabilidade, ela não é unanimidade junto
aos usuários, estudiosos e pesquisadores desta ciência, fato que se comprova com
a observância feita à teoria das restrições, de acordo com Cogan (2007 p.8) ―[...] a
teoria das restrições (TOC – Theory Of Constraints) foi criada pelo físico israelense
Eliyahu Goldratt, que, com ela, tornou-se importante consultor de gestão
empresarial.‖ Com base nessa teoria os custos não podem ser calculados por
conseqüência de fatores como a inviabilidade do rateio dos custos fixos com
precisão, bem como afirma que a empresa não necessita determinar os custos, ou o
lucro dos produtos, mas lucro total.
22



                    [...] Hoje toda a comunidade financeira despertou para o fato de que a
                    contabilidade de custos não é mais aplicável e que algo deve ser feito.
                    Infelizmente, não está voltado aos fundamentos, à lógica das
                    demonstrações financeiras e procura dar respostas para estas importantes
                    questões de negócio. Em vez disso a comunidade financeira está
                    totalmente imersa em uma tentativa de salvar uma solução obsoleta [...]
                    (GOLDRATT [19??] apud COGAN, 2003, p. 10)

      A Teoria das restrições aponta como principal meta para as organizações
ganhar dinheiro, então a forma como isso vai ser possível pode ou não passar por
uma boa fluência análise dos custos da mesma, assim menciona Kuratomi e
Guerreiro (2011, p. 4 apud GOLDRAT, 2002) ―A meta de qualquer organização e
ganhar dinheiro hoje e no futuro. Restrição é qualquer coisa que impede o alcance
da meta da empresa‖. Reforçando ainda a necessidade da determinação dos reais
impedimentos ao atingimento da meta, que são aqui denominados gargalo.
      De acordo com as idéias e Kuratomi e Guerreiro (2011, p. 4) ―Para a teoria
das restrições, o ideal e a decisão que potencialize o ganho, contudo qualquer
decisão que gere um impacto positivo no retorno sobre o investimento estará
aproximando este sistema a meta da empresa.‖


1.3.2 Terminologia de custos nas empresas industriais


      Para o entendimento das ações implementadas pelas atividades da
contabilidade de custos, para que se chegue a resultados contábeis, devemos saber
que estão ligadas a diversas classificações, destinguindo o que vem a ser: gasto,
desembolso, investimento, custo, despesa e perda, da seguinte forma:
                    a) Gasto — Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício
                    financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por
                    entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
                    b) Desembolso — Pagamento resultante da aquisição do bem ou
                    serviço.Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade
                    comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto.
                    c) Investimento — Gasto ativado em função de sua vida útil ou de
                    benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).
                    d) Custo — Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros
                    bens ou serviços.
                    O Custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como
                    custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços),
                    para a fabricação de um produto ou execução de um serviço.
                    e) Despesa — Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a
                    obtenção de receitas
                    f) Perda — Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.
                    (MARTINS, 2003, p. 17)
23



       Nas empresas industriais, a implantação da contabilidade de custos é
iminente, devido a complexidade da aplicabilidade final dos preços a seu leque de
produção, haja vista a dificuldade encontrada, para a alocação dos fatores
financeiros ligados ao envolvimento com todos os setores e fases pelos quais
passam os produtos provenientes desse processo, até que se chegue ao custo do
produto.

                      Pela própria definição de custo, podemos entender, ainda mais sabendo da
                      origem histórica, por que se generalizou a idéia de que Contabilidade de
                      Custos se volta predominantemente para a indústria. É aí que existe a
                      produção de bens e onde a necessidade de seu custeamento se toma
                      presença obrigatória. (MARTINS, 2003, p. 18)

       Sendo assim na indústria é que se observa a maior necessidade de se ter um
sistema de custos eficiente, mas é valido lembrar , que deve-se atentar para o fato
de que esta área da contabilidade e aplicável e indicada a todos os tipos de
negócios como empresas de serviços, comerciais dentre outras, para que se possa
gerir a empresa de forma sensata e segura, procurando sempre a otimização dos
setores mais deficitários, que serão, a partir das analises de custos, melhor
identificados.


1.3.3 Sistemas de custeio


       De acordo com Santos (2006) Os sistemas de custeio, influenciam bastante
no tratamento dos custos em uma empresa, eles são as maneiras de se apropriar os
custos, esses métodos podem ser descritos como: custeio por absorção, custeio
variável e custeio por atividade (Actívity-Based Costing - ABC), além outras formas
menos utilizadas; para que sucintamente seja dada a uma analise introdutória de
cada um deles, é necessário que seja feita uma simplória explanação da
classificação dos custos, que se distribuem em custos diretos e indiretos e fixos e
variáveis; os custos diretos são aqueles aplicados diretamente ao produto ou
serviço; enquanto os indiretos, são todos os outros custos, que não estão
diretamente ligados aos produtos ou serviços e por isso dependem de algum critério
de rateio para que seja atribuído a produção; custos fixos são aqueles que não se
alteram em relação ao volume de unidades produzidas; e os custos variáveis são os
que dependem da quantidade produzida, e são alterados a medida que esta
aumenta ou diminui.
24



      Desta     maneira,    podem      ser    melhor    visualizados    os   métodos
supramencionados, custeio por absorção, se faz pela absorção de todos os custos,
sejam eles diretos e indiretos, fixos e variáveis, assim diz, Santos ―e outros‖ (2006,
p.77) ―No método de custeio por absorção a totalidade dos custos de fabricação, isto
é fixos e variáveis, é incluída no custo produto.‖ O custeio variável, também é
conhecido como custeio direto, pois considera que só devem ser apropriados ao
produto os custos e as despesas variáveis, nesse pensamento pronuncia Martins
(2003, p.142), ― [...] no Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos
variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período,
indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como conseqüência,
custos variáveis‖.

       Já o método de custeio por atividade (ABC), pode ser analisado sob o
enfoque de um método que procura reduzir as deformidades e deficiências, levadas
a efeito com vistas na utilização dos rateios arbitrários, em relação aos custos
indiretos, assim Jiambalvo (2002, p. 33) diz que ―[...] o custeio baseado em
atividades (ABC) é um método de atribuição dos custos indiretos aos produtos que
utilizam inúmeras bases de alocação diferentes. Na abordagem do ABC, as
principais atividades que originam os custos indiretos são identificadas.‖

      Porém, nem todos os métodos de custos são aceitos pela legislação
brasileira, que requer a utilização do custeio por absorção, pois para o fisco, este
cumpre todos os requisitos necessários a legislação vigente e aos Princípios
Contábeis.


1.4 A CONTABILIDADE GERENCIAL


      A contabilidade gerencial parece não ter mais, hoje, na atual conjuntura da
economia globalizada, como sair de cena, pois apresenta-se como característica
limítrofe ao sucesso das empresas da nossa era, objetivo pelo qual se desenvolve e
cria novos mercados de atuação e prossegue, transpondo barreiras impostas por
competitividades mercadológicas iminentes, e inevitáveis, propiciadas ainda, por
uma leva de consumidores modernos e cada vez mais exigentes e sedentos de
novas tecnologias e produtos, tudo isso combinado com exploração proficiente da
acirrada concorrência dos empresários capitalistas, possibilitando a eles extração de
25



um dos poucos bons resultados da competição globalizada, que são as inovações
tecnológicas e redução progressiva de preços em produtos similares, de um mesmo
segmento.

                    Os clientes de hoje estão exigindo novos produtos e serviços a uma taxa
                    crescente. A intensidade da competição internacional forçou muitas
                    empresas a aumentar a velocidade de inovações de novos produtos e
                    serviços para comercializá-los a um custo o mais baixo possível. Felizmente
                    também estão sendo desenvolvidas inovações nos métodos de
                    contabilidade gerencial, como ferramentas para mensurar e avaliar o
                    desempenho de atividades de projeto e desenvolvimento de produto.
                    (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 674)

       Neste sentido percebe-se que a contabilidade gerencial está pautada nas
referencias de mercado que estão inseridas, as empresas que a utilizam como
elemento crucial a suprimir as necessidades que venham a desencadear com o
desenvolvimento que indubitavelmente irá aflorar no decorrer do tempo. Isso é
possibilitado, através de um conjunto de ações desenvolvidas a fim de solucionar os
problemas interpostos no caminho da administração, que atuem como empecilho,
afugentando o progresso.

                    a informação contábil gerencial expandiu-se para envolver a informação
                    operacional ou física (não financeira), com qualidade e tempos de processo,
                    bem como uma informação mais subjetiva, como mensuração da satisfação
                    do cliente, capacidade do funcionário e desempenho de novos produtos.
                    (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 36)

       Sendo assim, a contabilidade gerencial mostra que é um dos instrumentos
mais influentes para auxiliar a gerência de uma empresa, seus relatórios abrangem
os diferentes níveis hierárquicos e servem como ferramenta indispensável nas
tomadas de decisões, derivando um grande poder na influência do processo de
planejamento estratégico empresarial e no orçamento, e é destinada aos usuários
internos da contabilidade, sendo por tanto opcional para as empresas.

      Todas as empresas devem tomar como bases os conceitos implementados
pela adoção da contabilidade gerencial, independentemente de serem de pequeno
médio ou grande porte, para direcionarem seus negócios, além de procurarem
utilizá-la também como um instrumento de análise de desempenho, monitorando os
resultados auferidos e conseguindo como contrapartida uma maior segurança nas
operações presentes e futuras.


1.4.1 O contexto histórico da contabilidade gerencial
26




      O surgimento da contabilidade gerencial se confunde as vezes com o
surgimento da contabilidade de custos, que como foi aqui mencionada, datada da
Revolução Industrial, e servia para suprimir as necessidades das indústrias que
necessitavam de cálculos mais precisos na gestão dos custos, não fossem as duas
áreas tão afins, tornaria difícil o entendimento e a separação das origens de cada
uma, a contabilidade gerencial, surgiu       também nessa época, como instrumento
capaz e dinâmico, próprio a fornecer informações úteis que auxiliem o
gerenciamento dos negócios.

                     A demanda por informação contábil gerencial pode estar relacionada aos
                     primórdios da Revolução Industrial nas tecelagens, no artesanato de armas
                     e de outras operações manufatureiras. Por exemplo, os registros das
                     tecelagens do inicio do século XIX mostram que seus gerentes recebiam
                     informações sobre o custo horário de converter matéria-prima (algodão) em
                     produtos intermediários (fio e linha de costura) e produtos acabados
                     (tecidos) e o custo por quilo de produto por departamento e por operário.
                     (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 39)

       Essas ações seriam tomadas com bases segundo as idéias de Atkinson ―e
outros‖ (2008) para controlar e melhorar a eficiência, e para as decisões de preço e
mix de produção, desta forma teriam bases para aquisição de mais máquinas,
quando fossem realmente necessárias e mensurar a eficiência diferenciada de cada
funcionário compensando-os de acordo com a produção.

      Existem várias etapas em que a contabilidade gerencial parece entrar em
confronto com a contabilidade financeira, pois a contabilidade financeira está mais
voltada para demonstração dos resultados econômico-financeiros, e no cumprimento
dos princípios contábeis geralmente aceitos, tudo isso destinado aos usuários
externos, que de acordo com as idéias de Oliveira ([200-?]), podem ser
representados por: Instituições financeiras, ao conceder ou não empréstimos, ou
mesmo estabelecer valores, taxas, prazos e garantias para os mesmos;
fornecedores em geral, quando da análise na concessão de crédito; investidores, no
questionamento de se investir ou não em ações na bolsa de valores; ao fisco, na
verificação ao cumprimento da legislação tributária, bem como na busca por indícios
de sonegação de tributos; dentre outros.

                     A contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de
                     informação    econômica sobre uma organização ao publico externo:
                     acionistas, credores ( bancos, financeiras e fornecedores), órgãos
                     reguladores e autoridades governamentais e tributarias. A informação
27



                      contábil financeira comunica ao público externo as conseqüências das
                      decisões e as melhorias de processos feitas por administradores e
                      funcionários. (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 37)

       Já a contabilidade gerencial tem sua atenção voltada, internamente, na
aquisição de informações contábeis capazes de facilitar a tomada de decisão
gerencial. Estas informações não são necessariamente somente financeiras, como
ocorre com aquela, mas podem ser também de ordem quantitativa e qualitativa, pois
não só analisam números e situações engessadas, mas também dados e situações
que sofrem mutações constantes; a contabilidade gerencial se diferencia também
por estar mais ligada ao planejamento futuro, do que registrar os fatos ocorridos,
como ocorre na contabilidade financeira.

       Mas é defensável que elas não devam ser tão separadas conceitual e
usualmente, pois, o limite entre elas é difícil de ser determinado, já que, é perceptível
em varias ocasiões entrelaçamento entre técnicas contábeis utilizadas na
contabilidade financeira, que são bastante tradicionais, e as gerenciais.

                      Não devemos superestimar as diferenças entre contabilidade financeira e
                      contabilidade gerencial em função dos seus respectivos grupos de usuários.
                      Os relatórios de contabilidade financeira visam principalmente aos usuários
                      externos e os relatórios de contabilidade gerencial visam principalmente aos
                      usuários internos. No entanto, os gerentes também fazem uso significativo
                      dos relatórios de contabilidade financeira e os usuários externos
                      ocasionalmente requerem informações financeiras que são normalmente
                      consideradas apropriadas para os usuários internos. Por exemplo, os
                      credores podem pedir à administração que lhes forneça projeções
                      detalhadas de fluxo de caixa. (JIAMBALVO, 2002, p. 04)

       As demonstrações contábeis representam, a parte visualizável do limite entre
a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial, pois representam elementos
que servem preponderantemente aos usuários externos, fator este que não exclui a
possibilidade de elas darem suporte e sustentabilidade a análise do desempenho,
que são próprios da atividade gerencial.

       As diferenças são ficam mais dedefinidas quando comparadas lado a lado,
para que tenha visão mais imperiosa dessas duas grandes vertentes da
contabilidade de acordo com o Quadro

1.1.

                     Contabilidade Financeira                    Contabilidade Gerencial
                     Externa: acionistas, credores,              Interna: funcionários, gerentes,
Audiência            autoridades tributárias.                    executivos
28




                          Relatar o desempenho passado ao              Informaras decisões internas
 Propósito                público                                      toma- das por funcionários e
                          externo; contratos com proprietários e       gerentes; dar feedback e
                          credores.                                    Controlar    desem -penho
                                                                       operacional.

 Posição no Tempo         Histórica; atrasada                          Atual orientada para o futuro.
                          Reguladas: regras direcionadas por           Desregulamentada; sistemas e
 Restrições               princípios gerais aceitos pela               informações determinados pela
                          contabilidade e por auto -ridades            administração para atender às
                          governamentais.                              necessidades estratégicas e
                                                                       opera- cionais.
 Tipo de Informação       Apenas mensurações financeiras               Mensurações              financeiras
                                                                       opera-
                                                                       cionais    e      físicas     sobre
                                                                       processos,              tecnologias,
                                                                       fornecedores         clientes      e
                                                                       concorrentes
                          Objetiva, auditável, confiável,              Mais subjetiva e sujeita a juízo
      Natureza da         consistente, precisa.                        de valor; válida, relevante,
      Informação                                                       precisa.

                          Altamente agregada; relatórios sobre a       Desagregada, informa decisões
         Escopo           organização total.                           e ações locais.

Quadro 1.1 - Características básicas das contabilidades financeira e gerencial.
Fonte: ATKINSON ―e outros‖ (2008, p. 38)

         Sendo possível a partir da observação do Quando 1, melhor identificar as
fronteiras da diferenciação entre as contabilidades gerencial e financeira, bem como
as utilizações de cada uma delas.


 1.4.2 Contabilidade gerencial e a tomada de decisão


         A tomada de decisão, está expressa em uma gama de questionamentos, que
 imersos em um conjunto de idéias, transformarão esta, na principal determinante
 para o sucesso de uma empresa, com bases fundamentadas na contabilidade
 gerencial. E o que ocorre hoje nas organizações empresariais é a busca da meta
 final, que é a continuidade e o aumento na produtividade consequentemente na
 lucratividade dos negócios, que são possibilitadas através das decisões oriundas da
 contabilidade, assim entendem Pinto e Gomes (2010 p. 61) ―O papel da
 contabilidade na organização moderna passa a ser de gerenciamento e controle de
 custos, com o intuito de se obter uma vantagem competitiva em relação aos
 concorrentes‖. Sendo esta, uma das responsabilidades da contabilidade gerencial.
29



                    A tomada de decisão é parte integrante do processo de planejamento e
                    controle – as decisões são tomadas para recompensar ou punir os gerentes,
                    para alterar as ações ou revisar os planos. A empresa deve adicionar um
                    novo produto? Deve abandonar um produto existente? Deve fabricar um
                    componente usado na montagem do seu principal produto ou contratar uma
                    outra empresa para produzi-lo? Que preço a empresa deve cobrar por um
                    novo produto? Essas perguntas indicam apenas algumas das decisões-
                    chave que as empresas enfrentam. E a forma como tomam essas decisões
                    irá determinar sua rentabilidade futura e possivelmente sua sobrevivência.
                    (JIAMBALVO, 2002, p. 3)

      Vista a importância da tomada de decisão, que finda sendo algo intrínseco a
exploração máxima das técnicas contábeis atreladas as gerenciais, observa-se
também    que   deve-se    depositar      total   autonomia      a    quem      couber     tais
responsabilidades, pois a estes profissionais são incumbidas diversas atividades de
grande relevância e expressão, e em vários momentos ele será colocado sob o
limiar do gerenciamento e do amplo conhecimento contábil, quando da necessidade
de argüir sobre todos os assuntos discutidos. Para delegação desta função
incomensurável, ninguém melhor do que o contador, que aqui atuando como
controller, terá que aplicar todo o conhecimento contábil e seguir com o
embasamento nas novas vertentes desta ciência, evoluindo constantemente.

                    Quem é responsável por preparar as informações necessárias para o
                    planejamento, o controle e a tomada de decisão? Na maioria das
                    organizações, a posição contábil no topo das organizações é ocupada pelo
                    controller. O controller prepara os relatórios para o planejamento e a
                    avaliação das atividades da empresa (p. ex., decisões relacionadas á
                    compra de equipamentos de escritório ou decisões relacionadas a adicionar
                    ou a abandonar um produto). O controller também é responsável por todos
                    os relatórios de contabilidade financeira e pelo cumprimento das exigências
                    fiscais perante a secretaria da Receita Federal e outros órgãos
                    governamentais, bem como pela coordenação das atividades dos auditores
                    externos da empresa. (JIAMBALVO, 2002, p. 8)

      Porém, seu entendimento não poderá ser circunscrito apenas ao vasto
conhecimento em contabilidade financeira e gerencial, apesar destes serem
bastante significativo e admirável, terá que possuir diversas outras habilidades
correlatas a os mais altos postos executivos, pois irá gerenciar atividades de um
crescente e bem preparado grupo de colaboradores.

                    Para ser um ator importante no corpo gerencial você vai precisar das
                    habilidades exigidas de todos os executivos de alto nível – excelentes
                    habilidades de comunicação escrita e oral, habilidades interpessoais sólidas
                    e um profundo conhecimento da indústria em que sua empresa compete.
                    (JIAMBALVO, 2002, p. 8)

      Para que se faça valer esse papel, de determinante do desenvolvimento
empresarial, a contabilidade gerencial através da tomada de decisão como
30



instrumento preponderante na gestão das empresas modernas, é necessário que
vários procedimentos sejam seguidos em um roteiro pré-determinado, e definido
como objetivo final a ser alcançado. Como o foco principal é a tomada de decisão os
passos para que se chegue até ela são: planejamento a avaliação e o controle,
todos estes procedimentos, se seguem após outra série de atividades de gestão que
devem ser adotadas, para a que haja uma efetiva substituição aos quadros atuais
em se encontra a empresa, trazendo para si a melhor forma de gerir os recursos
disponíveis ao seu panorama de trabalho, cumprindo assim o que a contabilidade
gerencial representa para a tomada de decisão.
                     A contabilidade gerencial é definida pelo Institute of Manegement
                     accountants (Instituto de Contadores Gerenciais) como o processo de
                     identificação, mensuração acumulação, análise, preparação, interpretação e
                     comunicação das informações financeiras usadas pela administração para
                     planejar, avaliar e controlar uma organização e assegurar o uso apropriado
                     e a responsabilização por seus recursos. (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p.
                     67)

      O planejamento se perfaz com a necessidade que surge na empresa antes de
se iniciar e tomar qualquer atitude, no que tange a amplitude de abrangência do
extenso campo da contabilidade gerencial, por isso, são precedidos a ele tantas
outras iniciativas, que explicarão seus propósitos, e lhe darão sustentabilidade, para
que desta forma, se consiga chegar ao real propósito, que foi almejado, podendo
assim ser concretizado, Atkinson e ―outros‖ (2008 p. 566) dizem que: ―O primeiro
passo do planejamento é identificar o que os proprietários esperam (por exemplo,
aumento da riqueza) de suas participações na empresa. As expectativas dos
proprietários tornam-se objetivos primários da empresa.‖

      Ainda seguindo as idéias de Atkinson‖e outros‖ (2008) percebemos que o
planejamento é seguido ainda pela escolha de estratégias para que se possa
alcançar os objetivos primários de uma empresa, a estratégia poderá ainda ser
agrupada em duas, sendo uma, a identificação das alternativas que a empresa pode
usar para competir pelos clientes; e a outra, é a avaliação dessas opções
competitivas em relação às capacidades das partes interessadas ou intervenientes
na empresa, expressa pelas relações ou contratos entre empresa, fornecedores,
funcionários e comunidade.
31



      Para tal processo uma ferramenta se mostra muito importante, pois irá
possibilitar a programação dos eventos a serem seguidos para o cumprimento da
meta anteriormente planejada, e é denominada orçamento.
                     Orçamento é uma expressão quantitativa das entradas e saídas de caixa
                     usada para determinar se um plano financeiro atingirá as metas
                     organizacionais. Um orçamento apóia os papéis gerenciais de planejamento
                     e controle, provendo os meios para expressar planos e fundamentar as
                     atividades de controle. (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 502)

      A avaliação pode ser entendida como uma forma de acompanhar e monitorar
a implementação do planejado, e para tal tarefa, se utiliza da formação padrões para
uma análise comparativa do que esta sendo cumprido, com que foi definido como
meta. Desta forma, deve ser focada como uma auxiliar no processo de
desenvolvimento do planejamento, e nesse sentido pode ser definida segundo,
Atkinson e ―outros‖ (2008, p. 566) ao dizer que: ― Julgamento das implicações dos
eventos históricos e esperados e ajuda na escolha do curso de ação ótimo; a
avaliação inclui transformar dados em tendências e relacionamentos; comunicação
pontual e efetiva das conclusões extraídas das análises.‖

      Instrumento de monitoramento, e mais efetivamente de correção, que atua
através da fiscalização de desempenho do que foi acordado e definido como
possível pela administração quando da implantação da atividade gerencial pela
empresa, ao planejar algo com real viabilidade, este instrumento é denominado de
controle. De acordo com as idéias de Herrera (2007) o controle se vale das
seguintes instituições para sua execução, acompanhamento, que será feito através
da medição, coleta e registro de informações resultantes da execução de uma
atividade; avaliação de dados diversos; e posteriormente, análise e divulgação das
informações resultantes desta avaliação, além de prevenir que os erros das etapas
presentes se alastrem pelas demais etapas da produção.


1.4.3 Contabilidade gerencial e os sistemas de informação


      Como podemos observar a tomada de decisão é de suma importância para
uma empresa, haja vista as transformações econômicas do mundo capitalista e
globalizado, e para que surtam efeito, as informações tem que acompanhar a
velocidade acelerada do desenvolvimento tecnológico, mencionando Jones, Ribeiro
e Silva (2009 p. 21) ―A informação tem o seu papel de destaque como instrumento
32



fundamental para garantir um processo de tomada de decisões eficaz‖. E é a partir
dai que entram os sistemas de informação, que têm por objetivo gerar informações
para a tomada de decisões, por intermediação de um processo que começa pela
coleta dados, o processamento e transformação destes em informações que possam
ser úteis para a contabilidade, ―os Sistemas de Informações são apresentados como
determinantes para o sucesso do processo de planejamento e controle financeiro, e
principalmente para instrumentalizar o processo de tomada de decisão‖. (JONES,
RIBEIRO, SILVA, 2009 p. 21)
                    dado: elemento em estado bruto, primário e isolado, sem significação capaz
                    de gerar uma ação. A título de exemplo, podemos citar: ativo, passivo,
                    capital, lucro, vendas, etc. Logo, há necessidade de algum tipo de
                    processamento para se chegar a uma conclusão ou observação sobre a
                    empresa;
                    informação: é o dado trabalhado e processado dentro das especificidades
                    exigidas pelos usuários, com significado próprio, relevante e utilizado para
                    causar uma ação proveniente do processo de tomada de decisão.
                    Prosseguindo o mesmo juízo do exemplo anterior, o ativo de uma empresa
                    devidamente estruturada e organizada, agregado a outros dados como
                    vendas, passivo e lucro, pode informar o giro do ativo, a participação de
                    capital de terceiros e o retorno sobre o investimento;
                    sistema: combinação de partes coordenadas para um mesmo resultado, ou
                    de maneira a formar um conjunto organizado. (SILVA, [200-?], p.3)

      Para que toda essa sistematização do conhecimento contábil seja possível, e
bem utilizada, é indispensável que se tenha celeridade no processo de evolução
tecnológica, para que se concretize como instrumento de gestão e desenvolvimento,
sendo assim, estes sistemas são cada vez mais aprimorados para que cumpram as
necessidades evolutivas concernentes a geração de informações, pois não basta
mais gerar informações para uso contábil, é necessário que elas tenham um nível de
confiabilidade elevado, sejam precisas        e cheguem com ampla velocidade aos
usuários. É através da implantação da TI (tecnologia da informação) que são
possibilitadas todas as etapas e funcionalidades dos sistemas de informação, pois
se utiliza de varias inovações como desenvolvimento constante de novos softwares,
e hardwares, e comunicação para a implantação e o bom desempenho do sistemas
de informação.
                    É de fundamental importância que cada empresa tenha como objetivo
                    permanente o aperfeiçoamento e atualização do seu sistema de
                    informações, através da utilização de mecanismos avançados e modernos
                    de controle e de análise, que assegurem a continuidade e permanência dos
                    negócios da empresa, bem como, garantam o subsídio de informações
                    necessárias ao processo de tomada de decisões e avaliação adequada do
                    desempenho empresarial. (JONES, RIBEIRO, SILVA, 2009, p. 25)
33



      Só assim a empresa irá conseguir se adequar a nova ordem mundial, que
exige cada vez mais das empresas, como forma de cobrança nos diversos setores
envolvidos na produção e aprimoramento das relações comerciais, a que estão
sujeitas por conta da rapidez e da exigibilidade proposta pela iminente e veemente
cobrança imposta pela globalização, que corrobora com necessidade de
informações.
34



2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


      Foi desenvolvido um trabalho de pesquisa através de uma abordagem
exploratória, que irá expor um assunto pouco estudado na região, e dependerá de
ampla pesquisa, além de ser também descritiva, pois serão descritos fatos a serem
estudados, auxiliados por procedimentos diversificados, que vão estar amparados
por pesquisas de campo, implementadas, por intermédio de estudo de caso, neste
sentido, Prestes (2008, p. 26) se manifesta da seguinte forma: ―Na pesquisa
descritiva, se observam, registram, analisam, classificam e interpretam os fatos, sem
que o pesquisador lhes faça qualquer interferência. Assim o pesquisador estuda os
fenômenos do mundo físico e humano, mas não os manipula.‖ Sendo assim esses
conhecimentos imprescindíveis adquiridos nas pesquisas bibliográficas, que
nortearão o cunho cientifico da pesquisa, tudo isso feito através de uma abordagem
qualitativa, pois realizar-se-á, mediante análise de dados não apenas numéricos
mais de dados escritos, na forma de entrevista, que carecem de interpretações e
explanações diferenciadas acerca dos mesmos.

                     A pesquisa exploratória configura-se como a que acontece na fase
                     preliminar, antes do planejamento formal do trabalho. Ela tem como objetivo
                     proporcionar maiores informações sobre o assunto que vai ser investigado,
                     facilitar a delimitação do tema a ser pesquisado, orientar a fixação dos
                     objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir uma nova possibilidade
                     de enfoque para o assunto. (PRESTES, 2008, p.26)

      A pesquisa desenvolvida é baseada em estudos de caso, que poderá ser
bastante proveitosa e cumprir as demandas esperadas, segundo Rodrigo (2008 p.
6), ―O estudo de caso é um dos vários modos de realizar uma pesquisa sólida.‖
Nesse caso o estudo de caso irá servir para que se possam aproximar os conceitos
teóricos levantados até o presente momento, com o que acontece na realidade,
ainda neste sentido observamos que Rodrigo (2008, p. 6), ―São encontrados estudos
de caso até mesmo em economia em que a estrutura de uma determinada
indústria/empresa ou a economia de uma cidade/região, pode ser investigada‖. Em
todas essas situações, a estratégia de estudos de caso pode contribuir para
aumentar o entendimento de fenômenos sociais complexos.

       O estudo de caso será aplicado nas empresas do município de Senhor do
Bonfim-BA, localizada no norte do Estado da Bahia, constituindo para tal, uma
população amostral de duas empresas, que por motivos de segurança terão seus
35



nomes, endereços e outros dados preservados, obedecendo a uma política de
privacidade, vista a cordialidade dos administradores, quando do empenho e
disponibilidade no fornecimento de dados e acesso a documentos e instalações das
mesmas. A coleta de dados ocorreu entre os meses de junho e agosto de 2011, e se
deu pela entrevista aos sócios das empresas e aos responsáveis pela produção,
com o objetivo de se ter conhecimento sobre a gestão de custos nessas empresas,
conhecimento este, que posteriormente fora transformado em informações
importantes para o desenvolvimento da pesquisa.

      Além do acesso aos dados contábeis inerentes a ao funcionamento normal
das empresas, bem como dos atos e fatos administrativos que circundam o cotidiano
das mesmas, englobando assim, a análise e apresentação de dados e informações
para constituição de demonstrações contábeis, como Balanços patrimonial,
demonstrativos de resultado de exercícios (DRE), para apreciação através de
índices, em especial neste segmento de empresa, como mostram Poeta, Souza e
Murcia (2010, p. 53) ―A análise das demonstrações contábeis por meio dos índices é
ideal para as empresas comerciais e industriais.‖ Por mais que aqui, na presente
análise, não sejam calculados os mencionados índices, as análises destas
demonstrações contábeis serão estudadas e comparadas umas com as outras,
dando uma maior segurança na aplicação e finalidade do estudo de caso em lide.

      A análise dos dados supracitados, que irão integrar este estudo, será de
suma importância para o desenvolvimento da pesquisa, e explicitará a real
aplicabilidade da contabilidade, nos termos inerentes ao estudo aqui almejado,
estarão expressos nas análises dos Balanços e DREs, até mesmo na necessidade
da construção destes, pois como as empresas são optantes pelo Simples Nacional,
estão desobrigadas realizar a escrituração, pois segundo a Lei Complementar
123/2006, mas somente para fins fiscais, a apresentá-los, porém outros diplomas
legais não a dispensam.
                    A dispensa da escrituração contábil para as microempresas (ME) e as
                    empresas de pequeno porte (EPP) previsto pela Lei Complementar 123, só
                    é válida na legislação do Imposto de Renda, no que se refere à apuração
                    dos tributos federais. Os demais dispositivos legais, tais como Código Civil
                    (Lei 10.406/2002), artigo 1179, bem como a Nova Lei das Falências (Lei
                    11.101/2005), artigo 51, Legislação Previdenciária, entre outros, continuam
                    exigindo que as empresas mantenham sua escrituração comercial. A
                    escrituração contábil atende à legislação e padrões estabelecidos pelas
                    Normas Brasileiras de Contabilidade. (MACHADO ―e outros‖. [200?], p. 4)
36



      Sendo comum, e natural, para o cumprimento do previsto em outros diplomas
legais, e necessário para análises neste estudo, torna-se imprescindível portanto, a
confecção destas demonstrações, justificando assim a utilização destes dados como
ferramenta de suporte, para uma análise pregressa da empresa, já que os dados
remetem ao ano de 2010, e estarão aqui apresentados.

      A respeito das demonstrações contábeis, a resolução de Número 1282/2010,
do CFC ( Conselho Federal de Contabilidade) na parte inicial do seu texto diz que:

                      [...] por conta do processo de convergência às normas internacionais de
                     contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu a NBC TG
                     Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para a Elaboração e
                     Apresentação das Demonstrações Contábeis, que discute a aplicabilidade
                     dos Princípios Fundamentais de Contabilidade contidos na Resolução CFC
                     n.º 750/93.

      Desta forma observamos que é cada vez maior a importância que devem ser
dadas as demonstrações contábeis que deverão sempre ser norteadas pelos
princípios fundamentais da contabilidade, que de acordo com a referida norma deva
ser alterada para Princípios de Contabilidade, pois julga-ser ser o bastante para que
aja o efetivo entendimento dos usuários das demonstrações contábeis e dos
profissionais da Contabilidade.
37



3 ANÁLISE DOS DADOS


3.1 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS


      A análise dos questionários, aplicados através de uma entrevista, e dos dados
levantados, que foram realizados nas empresas com seus proprietários ou gestor
que possuía contato direto com o negócio, que pudesse vir a responder tais
questionamentos, levando em consideração seu papel desempenhado dentro das
atividades e administração da empresa, e a disponibilidade para tal fim, o que
obteve êxito, por alcançar por meio de respostas, que puderam explanar de forma
clara e objetiva, com as reais informações prestadas, a verdadeira aplicação da
finalidade geral deste trabalho, que visa cumprir o objetivo de mensurar a real
aplicabilidade da contabilidade gerencial, atrelada aos custos no auxilio à
administração e apoio a gestão, bem como na possível expansão mercadológica das
referidas empresas.
      Estas perguntas por sua vez foram findadas com intuito de englobar um
arcabouço de idéias que viessem a influenciar positivamente e de maneira
proveitosa, cumprindo assim a demanda, que por sua vez, necessitaria de respostas
sensatas e verdadeiras, para dar uma confiabilidade e segurança maior ao trabalho,
o que foi planejado como questões importantes e de grande relevância, vem a ser o
que realmente interessa para buscar paulatinamente uma resposta final, e intrínseca
a realidade, que perpassa pela busca incessante rumo a uma expressão do que aqui
é almejado.
      Esse processo de entrevista, permitiu que tivéssemos uma visão mais
abrangente das transformações e acontecimentos por que tem passado as
empresas ao logo dos anos, no que tange a administração, relacionando sua relação
com a tomada de decisão, por meio de consultas ao profissional contábil, por ela
responsável, que vem acompanhada também da mensuração a fim de se buscar a
necessidade desse auxilio, na visão dos proprietários das empresas, para que
assim, se possa interagir e se chegar ao convívio mutuo entre contabilista e
empresário.
      Sendo assim, os questionários atingiram com êxito sua finalidade, e sua
aplicação foi realizada obedecendo a particularidade do sigilo as nomes, endereços,
documentos e demais dados pertencentes às empresas, suas denominações, para
38



que houvesse uma distinção entre as duas, foram as seguintes: doravante, neste
trabalho, as empresas em lide são: 01 – denominada Alfa e 02 – denominada Beta,
para que se possa diferenciar facilmente os dados pertencentes a cada uma delas e
garantir a preservação das empresas pesquisadas; Foram realizadas 3 (três)
perguntas que estão expressas a seguir:
       1º ) É utilizada a informação contábil de alguma forma, aqui na sua empresa,
para o auxilio na administração, quando da necessidade de tomada de decisão?
      2º) Na compra ou aquisição de equipamentos, ou mesmo de novas
tecnologias para aplicação na produção, você consulta o profissional contábil?


      3º) Você já se utilizou das informações contábeis, para tentar baixar custos
dos produtos, ou mesmo procurar inserir novos produtos no seu leque de produção?


      As respostas encontram-se na integra, no Apêndice, que estão no final deste
trabalho, localizada na página 55, tendo em vista que a analise feita aqui, é uma
sucinta explanação a cerca do assunto, e a real demonstração da aplicação dos
conceitos ate então implementados e que configuram a tentativa de adequação do
entendimento das normas e princípios contábeis com a sua real aplicação.
      Apesar da análise dos questionamentos por meio da entrevista aos sócios ter
levado a tona o embasamento e a demonstração de nos fazer poder a partir daqui,
acreditar que mesmo com a pouca influência da contabilidade para fins gerencias, e
de custos nas empresas aqui estudadas, bem como para acatar novas idéias com
vistas a inovação tecnológica e sua conseqüente implantação nos meios de
produção destas empresas, ela parece ser de inenarrável importância para a
sobrevivência das mesmas, visto que auxilia de forma significativa e essencial, de
maneira a propiciar uma confiança dos sócios com relação as demais questões, que
surgem com as atividades corriqueiras e que também sustentam a produtividade e
continuidade da empresa.


3.2 EXPLANAÇÃO E ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS


      A análise de Balanços através de índices é mais utilizada em grandes
corporações, pois seus balanços exprimem informações fidedignas e que expressam
a efetiva situação a qual se encontra a empresa, pois todos os registros são
39



devidamente encontrados, e em seu devido lugar, pois abrangência de suas
atividades, não permite desorganização e nem desencontro dos dados, logo suas
demonstrações estão prontas para análises e emissão de relatórios e pareceres,
bem como para a fiscalização de órgãos governamentais, e instituições financeiras,
para isso existem setores específicos, com tempo exclusivo para tal finalidade,
pessoas com treinamento adequado, e todo suporte necessário que irá influenciar
para o bom desempenho e aplicabilidade desta atividade.
      Porém, nas micro-empresas e empresas de pequeno porte, ou até mesmo
nas de médio porte, essa atividade não é desenvolvida a contento, principalmente
nas primeiras, que em sua grande maioria terceirizam o serviço de contabilidade, e
conseqüentemente, tem serviços limitados, levando-se em consideração também os
baixos honorários contábeis que se predispõem a pagar, desta forma, aproveitando-
se da situação e desta conjuntura, os referidos escritórios contábeis que prestam
esses serviços, acabam por não realizarem a contabilidade como deveria ser feito, e
só emitem certos tipos de documentos quando provocados pelos proprietários na
realização de tal demanda, tendo em vista o que foi aqui mencionado,
organizaremos uma análise simplória, a cerca das demonstrações, ressaltando
ainda que apenas uma das empresas (Beta) possuía esses demonstrativos, tendo
que ser construído os da empresa (Alfa), a partir do fornecimento de dados do
escritório de contabilidade responsável, e de informações dos sócios. Os referidos
demonstrativos encontram expressos na integra no Apêndice B, localizado nas
páginas 55 a 58 deste trabalho.
      A partir daí podemos expressar a análise da situação e da perspectiva das
empresas em lide, bem como do segmento a ser analisado, frisando as questões
que se pretende explorar e demonstrar sua adequação e aplicabilidade nos termos e
afirmações com a realidade, visto que o balanço patrimonial, e a DRE são
ferramentas de aporte e que tem um papel crucial na análise da situação de uma
entidade, seja ela de qualquer porte ou segmento.
      Partindo desse pressuposto, observamos que ambas as empresas estão em
um patamar de continuidade relativamente parecido e igualitário, e representam uma
parcela semelhante nos diversos itens a ser analisados, como: receita de vendas,
percentuais de custo dos produtos, lucro liquido, além de outros pontos em comum
sintonia, o que nos permite afirmar que apesar de estarem em atuação no mesmo
segmento e local de atuação, conseguem manter seqüência, responsável pelo fluxo
40



de permanência mercadológica, sujeitos a suportar a concorrência entre elas, e
dentre várias outras atuantes na região.
      A análise do balanço patrimonial da empresa 01 (Alfa), nos permite inferir que
apesar de ter uma grande quantia em valores a receber, é superado pelo grande
volume em valores no seu estoque, além de não serem tão elevados as despesas
com fornecedores e com outras obrigações contidas no passivo circulante.
      O aumento considerável do patrimônio da empresa, vista a diferença
percebida no atual patrimônio, expresso no patrimônio liquido, na parte das reservas,
em relação ao capital social inicial subscrito pelos sócios, mostra a evolução da
empresa desde a sua criação.
      A DRE da empresa mostra que obteve um lucro relativamente baixo, e que
pode ser melhorado, e apesar desta, ter um lucro liquido relativamente maior do que
o da empresa 02 (Beta), haja vista as proporções entre vendas totais e o lucro
liquido apurado ao final, já deduzidos os impostos e as demais deduções.
       Na empresa 02(Beta), o balanço patrimonial demonstra semelhança com a
situação e continuidade observada e retro caracterizada, descrito na análise da
empresa 01(Alfa), porém apresenta uma situação um pouco melhor, no que diz
respeito a contas a receber, e um estoque maior, mesmo tendo um passivo
circulante, que expressa as obrigações iminentes, com valores aproximados aos da
empresa 01 (Alfa), o capital social inicial também mostra uma diferença abissal em
relação ao patrimônio atual, como se observa no patrimônio liquido da empresa, que
obteve um crescimento bastante considerável em valores.
      Observamos na análise da DRE da empresa 02 (Beta), que obteve um lucro
semelhante ao da empresa01(Alfa), mesmo tendo uma receita de vendas maior, e o
que se pode registrar e tornou-se perceptível, é que essa diferença se deva em sua
maior parte as despesas gerais e administrativas, que apresentou uma discrepância
maior dentre as duas, pois os percentuais de impostos e de custo dos produtos,
mantêm-se bastante parecidos, expressando a homogeneidade do setor.
         As explanações pertinentes e que se fazem necessárias ao enfoque do
trabalho, para que se compram os anseios do que é aqui pretendido, como forma de
permear em meio ao estudo as reais carências e necessidades do setor, expressas
através das possíveis deficiências encontradas na realização do estudo em relação
a aplicabilidade da contabilidade gerencial, nos permitem dizer que os custos dos
produtos, parecem ser os maiores responsáveis pelos entraves encontrados na
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Monografia Altino Ciências Contábeis 2011

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC - CAMPUS VII COLEGIADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ALTINO NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS EMPRESAS DE CERÂMICA VERMELHA DE SENHOR DO BONFIM-BA SENHOR DO BONFIM 2011
  • 2. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC - CAMPUS VII COLEGIADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ALTINO NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS EMPRESAS DE CERÂMICA VERMELHA DE SENHOR DO BONFIM-BA Monografia submetida à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis Do Departamento de Educação - DEDC, Campus VII da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof. M.Sc. Raimundo Nonato Lima Filho SENHOR DO BONFIM 2011
  • 3. ALTINO NASCIMENTO FERREIRA JUNIOR A INFLUÊNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DAS EMPRESAS DE CERÂMICA VERMELHA DE SENHOR DO BONFIM-BA Monografia submetida à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis Do Departamento de Educação- DEDC, Campus VII da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em Ciências Contábeis. Aprovada em ___/___/______ BANCA EXAMINADORA ____________________________________________ Prof. M.Sc. Raimundo Nonato Lima Filho (Orientador) Universidade do Estado da Bahia – UNEB _____________________________________________ Prof. M.Sc. Tânia Ferreira dos Santos Bomfim Universidade do Estado da Bahia - UNEB _____________________________________________ Prof. Daniel de Jesus Pereira Universidade do Estado da Bahia - UNEB
  • 4. AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, por nos dar a oportunidade de estarmos aqui na Terra, ao lado de todas as pessoas que gostamos, e que são de extrema importância para nossas vidas. A meus pais, que sempre me deram força em todos as fases da minha vida, e não mediram esforços para me dar conforto e as oportunidades para transpor obstáculos e evoluir nos estudos. Sem esquecer é claro, de minhas duas irmãs queridas. Aos amigos, e a todos que fazem parte da nossa caminhada, em especial a Franklin, Cleriston, Jerfeson, Johnson e José Daniel, que foram essenciais para que tudo acontecesse da maneira esperada. Aos vários professores que contribuíram para a nossa jornada rumo ao nosso sucesso profissional, moral e ético, que irá se perpetuar por toda a nossa vida, para que assim, possamos ser personagens de uma sociedade cada vez melhor, pautada no respeito e na honestidade como pilares principais, com destaque mais que especial, ao Professor Marcio Sampaio, por ter me ensinado muito do pouco que eu sei. Também aos Professores Franklin Regis, Dayse Santiago, Tânia Bonfim Francisco Marton, Daniel Pereira e Francisco Arapiraca, que não foram omissos na presteza do seu labor, e mesmo com as diversas dificuldades e empecilhos encontrados, nunca deixam de lado o compromisso com a gente, sendo portanto heróis para a nossa formação. É impossível não mencionar uma pessoa, que apesar de sua rápida passagem por aqui, se predispôs a ser meu orientador mesmo não estando mais no Campus e nem nesta instituição de ensino, é o professor Dílson Cerqueira. Em especial ao Professor Raimundo Lima, que apesar do pouco tempo conosco, me fez aprender bastante, e teve grande relevância na minha formação acadêmica, ensinando-me uma nova forma de pensar e agir. A todos, meu Muito obrigado!!! E gostaria que vocês soubessem, nunca me esquecerei de vocês.
  • 5. ―O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silencio dos bons. Martin Luther King 1926-1968
  • 6. RESUMO A contabilidade gerencial, tem sido uma ferramenta muito importante no auxilio à continuidade e expansão das empresas, visto o suporte por ela prestado, nas questões mercadológicas a que se tem registrado nos dias atuais, assim como a influência para a obtenção da constante evolução e expansão empresarial atrelada a uma combinação com a contabilidade de custos, porém nas micro empresas essa influência ainda parece ser limitada, tendo em vista a realidade das empresas que reduzem sua capacidade de crescimento por não levar em consideração esses pressupostos, ou mesmo por não obterem o devido acompanhamento para tal finalidade. Diante dessa realidade é que surge o desafio desta monografia, que consiste em elucidar o fato da existência de contribuição significativa da contabilidade gerencial na gestão das empresas de cerâmica vermelha de Senhor do Bonfim-BA. Através de um estudo de caso com as empresas deste ramo que atuam no município, foi constatado que apesar da importância da contabilidade no apoio à gestão e a continuidade da empresa, por meio do aporte em diversas atividades, a carência no apoio gerencial é perceptível, bem como sua aplicabilidade por parte do empresariado, sem contar que a consulta sobre a formação de preços dos produtos era inexistente, chegando, portanto, à conclusão de que podem ser aprimoradas as questões inerentes à contabilidade gerencial para que haja um aprimoramento do gerenciamento destas empresas, visando o desenvolvimento e a continuidade. Palavras chave: Contabilidade gerencial, cerâmica vermelha, tomada de decisão.
  • 7. Abstract Management accounting has been a very important tool to aid in continuity and business expansion, given the support it provided in the marketing issues that have registered today, and the influence to obtain the constant evolution, and business expansion, tied to a combination with the cost accounting, but in the microenterprises that influence still seems to be limited in view of the reality of companies that reduce their ability to grow, why not take into account these assumptions, or even not obtain proper follow up for this purpose; And this reality is that there is the challenge of this research is to clarify that the fact of the existence of significant contribution of management accounting in corporate management of red ceramic Senhor do Bonfim-BA. Through a case study companies in this industry that work in the city, it was found that despite the importance of accounting in supporting the management and business continuity through the contribution in some activities, the lack is noticeable in management support, and as its applicability by the business community, not to mention that the consultation on the pricing of the products did not exist, so reaching the conclusion that can be improved matters pertaining to management accounting, so there is an improvement of the management of these companies, aimed at its development and continuity. Keywords: Management accounting, red ceramic, decision-making.
  • 8. SUMÁRIO INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------------- 09 1 REFERENCIAL TEÓRICO -------------------------------------------------------------------- 16 1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL---------------------------------------------------------------------------------------- 16 1.2 CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA SOCIAL -------------------------------------------- 17 1.3 SURGIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS----------------------------------- 19 1.3.1 A contabilidade de custos na atualidade-------------------------------------------- 20 1.3.2 Terminologia de custos nas empresas industriais------------------------------- 23 1.3.3 Sistemas de custeio------------------------------------------------------------------------ 24 1.4 A CONTABILIDADE GERENCIAL----------------------------------------------------------- 25 1.4.1 O contexto histórico da contabilidade gerencial--------------------------------- 26 1.4.2 Contabilidade gerencial e a tomada de decisão----------------------------------- 29 1.4.3 Contabilidade gerencial e os sistemas de informação------------------------- 32 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS --------------------------------------------------- 35 3 ANÁLISE DOS DADOS-------------------------------------------------------------------------- 38 3.1 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS---------------------------------------------------------- 38 3.2 EXPLANAÇÃO E ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS------------- 39 CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------------------------------ 45 REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------------------- 48 APÊNDICES-------------------------------------------------------------------------------------------- 52
  • 9. 8 INTRODUÇÃO Com as mudanças que vem ocorrendo no mundo globalizado, as empresas são obrigadas a se adequarem ao novo modelo que impera na economia, como forma de sobrevivência em meio a esse novo sistema instalado, no qual temos os produtos e serviços em qualquer parte do mundo, no momento desejado. Forçando assim as empresas a se adequarem cada vez mais a essa realidade, que move sem precedentes toda a economia mundial. Ainda que intrínseca a modernidade, essa concepção já era trazida a algum tempo, com o intuito de buscar evolução e continuidade às empresas, ―No intento de atingir essas expectativas, as empresas devem investir em tecnologia e pesquisa, para desenvolver as respectivas vantagens competitivas que lhes garantam conservar os clientes [...]‖.GONZÁLES (2002, p. 26) Tendo em vista que, com a mudança proposta por esse sistema, o espaço vai se escasseando proporcionalmente a inércia e falta de mobilidade dos recursos e pilares que integram as entidades em questão, que são formados por pessoas, informações, tecnologias e mutações constantes, que acabam por fazer surgir a supracitada competitividade. Sendo que, a informação parece ser nos dias atuais, a delimitadora ou a propulsora das outras mudanças, sendo para tal feito e de grande relevância para a empresa, que se traga como escopo o aperfeiçoamento e atualização do seu sistema de informações, por meio da utilização de novas estruturas, mais avançadas, de controle e de análise, que venham a assegurar a continuidade e permanência dos negócios da empresa. Desta forma, é crível ainda, que os empreendedores que não estiverem engajados nos processos de mudança, sejam eles: nos meios de produção, na forma de gerir e de pensar, estarão sujeitos a extinção e a segregação em meio ao turbilhão de alterações inerentes ao cotidiano das empresas, e as inovações mercadológicas que se perfazem como pretensão ao sistema capitalista, implantado e arraigado na maior parte das economias mundiais. Torna-se então, perceptível e inevitável, a necessidade das informações atreladas a tomada de decisão. Com advento da internet, assim como de outros meios de comunicação que tornam cada vez mais próximas as informações por maiores que sejam os espaços
  • 10. 9 físicos, entre os pontos envolvidos nessa integração, bem como, as tecnologias implementadas nos meios de produção e de interação entre produtores e consumidores, faz surgir no atual cenário a permanente e constante necessidade da rapidez na tomada de decisão, tendo em vista que esta expressão parece reger todo o mecanismo de atuação das empresas, para que venham a obter êxito, no que tange ao seu objetivo final, que é a continuidade e evolução, atrelada ao retorno do capital investido e produtividade. A partir dessas idéias, é que observamos que as influências da rapidez ao acesso aos dados disponíveis em um curto espaço de tempo, não é uma preocupação restrita aos últimos anos, pois desde o inicio da década passada isso já era perceptível. A tomada de decisão a que mencionamos anteriormente, tem hoje uma conotação diferenciada daquela que se tinha há tempos atrás, para entendermos a complexidade do que mencionamos, refutamos a uma análise intrínseca dessa temática, pois segundo Pereira ―e outros‖ (2010, p. 138) ―Decisão é o processo de análise e escolha, entre várias alternativas disponíveis, do curso de ação que a pessoa ou a organização deverá seguir.‖ Desta forma, o que tem se visto é que a evolução trouxe consigo um leque de mudanças, inclusive a de que: a pouco tempo atrás bastava ter um custo menor em um produto para se ter sucesso nas vendas, hoje essa não é mais a questão principal, pois alem de se ter um preço acessível e competitivo, os produtos e serviços necessitam de outros vários requisitos para se perpetuarem no mercado e ganhar a confiança dos consumidores, que estão cada vez mais exigentes, pois encontram nesse interím, um lugar ideal para se transformar no principal elo de todo o sistema, sendo assim o personagem principal para a manutenção deste mecanismo, podendo escolher em meio a diversas possibilidades o que for mais conveniente. Porem, esta conjuntura fez com que, ficasse ainda mais difícil a tomada de decisão, haja vista, o leque de dificuldades que a circundam. Ainda que tratar de custos não seja a meta principal quando se menciona a estratégia atual das empresas do mundo globalizado, cada caso tem sua particularidade, pois existem, desde empresas que tem garantida toda a venda de sua produção, como as do ramo e mineração por exemplo, e que a preocupação acaba por ser com a capacidade produção e não com a demanda, pois ela sempre existe, a não ser em cenários atípicos em que a ocorrência de crises diversificadas,
  • 11. 10 a ocorrência de empresas que tem o serviço ou produto a disposição e sofrem com a restrição de oferta, nesse sentido se manifestam, Kuratomi e Guerreiro (201, p. 01) ―Empresas hoteleiras, de aviação e os restaurantes apresentam restrições de ofertas que limitam a utilização da contabilidade de custos no gerenciamento dos negócios.‖ Pois aqui, observamos que a fluência contínua do escoamento da produção é emperrada por outros motivos, onde seu principal problema não é a produção do bem ou serviço, mas sim da incerteza de quem irá consumi-los. Desta forma ainda segundo Kuratomi e Guerreiro (2011, p. 7) Para esse tipo de empresa, que registrem a mencionada restrição, com relação a oferta, deixar de comercializar a quantidade máxima de sua capacidade de produção, irá resultar em uma perda, pois não haverá redução considerável ou mesmo ausência de custos ao deixar de vender o produto e/ou serviço, sendo ainda agravado, pela não realização de receita. A Contabilidade parece ter acompanhado o avanço retro caracterizado, pois hoje a Contabilidade Gerencial permeia entre as principais responsáveis por todas as mudanças inerentes a inovação aqui mencionada, em que as empresas estão obrigadas a submeter-se, pois dela depende sua continuidade e melhoria, que de fato são objetivadas pelos gestores, e proprietários do capital investido. A contabilidade gerencial, está entrelaçada a questão da tomada de decisão, pois a análise de toda a sistemática e envolvimento nesse processo, é possibilitada por diversos mecanismos de suporte e reenquadramento ao que for pretendido, e que se tem como meta em períodos pré definidos, desta forma percebemos que a Contabilidade Gerencial engloba os processos de tomada de decisão. A gestão de custos pode auxiliar muito na prosperidade das empresas, não obstante, citamos a decadência da utilização da Contabilidade de Custos em alguns setores de produção, mas quando utilizada de forma ultrapassada, como muitas empresas ainda insistem em fazê-la, utilizando-se de mecanismos obsoletos, sem investimentos e análises mais detalhadas acerca do assunto, além de que, devem ser observadas as particularidades de cada empresa como mencionamos acima, porém, uma contabilidade de custos bem implementada, com bases sustentadas na evolução de todos os possíveis e perceptíveis instrumentos de real aplicabilidade, nos mais diversos recursos envolvidos na produção, aliado a estudos e a busca dos melhores resultados, sem dúvida, trará excelente recompensa para a empresa. É assim que temos observado como ponto crucial para que se faça imergir uma
  • 12. 11 campanha sensata e correta de custos, que apresente bons resultados em meio a um novo cenário, não bastando apenas às empresas baixarem custos, mas também manterem produtos com elevado nível de qualidade. A aliança entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade de Custos pode ser crucial para o desenvolvimento do que se espera numa empresa, pois o encaminhamento rumo a uma gestão sólida requer uma análise detalhada das duas áreas, para que assim os ganhos e demais resultados esperados possam surgir, como conseqüência das decisões certas, no tempo exato, cumprindo-se assim o papel esperado. A problemática surge da seguinte forma: existe contribuição significativa da contabilidade gerencial na gestão das empresas de cerâmica vermelha de Senhor do Bonfim-BA? Mostrar a necessidade e a importância do uso da Contabilidade aos empresários não é fácil, ainda mais se tratando de micro empresas e (EPP) empresas de pequeno porte, pois muitas vezes estes encaram a Contabilidade como um mal necessário, e não como uma importante ferramenta de auxilio a gestão das suas empresas, pois consideram apenas o ônus dos honorários contábeis devidos a cada mês, e desconsideram as necessidades inerentes a administração e continuidade que podem ser prestadas pela contabilidade. As empresas que se norteiam por essas bases de administração dos seus negócios, geralmente são de grande porte, pois possuem setores específicos para tal função, tendo em vista a necessidade de adequação ao que já foi dito anteriormente, além da comunicação e disseminação do conhecimento desta área para os demais integrantes da alta administração, para isso, um profissional é considerado de suma importância, pois esse é o papel desempenhado pelo controller, que desempenha funções inevitáveis em relação a tomada de decisões, representando função impar dentro da empresa, possibilitando o planejamento e a execução das pretensões dos administradores. Nas empresas de pequeno porte, ainda que não seja fácil a absorção da necessidade que se tem das informações contábeis, é importante citar que apesar de desobrigadas pela legislação a fazer escrituração de alguns livros contábeis,
  • 13. 12 esses são mecanismos de controle e que muitas vezes são o diferencial, pois seus relatórios, são essenciais, na ocasião de se contrair empréstimos e financiamentos nos bancos de fomento, que podem servir para dar alavancagem e fazer com que estas se movimentem em meio a estagnação que muitas vezes afeta a economia, ou apenas para reestruturação dos meios de produção que darão também uma conotação de crescimento para as empresas. Por meio da Contabilidade como um todo, em especial nestes casos da Contabilidade Gerencial, é que conseguimos um planejamento sistemático, que poderá elevar a empresa do patamar onde ela se encontra a algo superior, mas o convencimento dos empresários depende muitas vezes da sua análise pessoal, que pode encontrar-se engessada pela ausência de ousadia e inovação, que acaba muitas vezes por levar a estagnação ou até mesmo a descontinuidade do negócio. Sendo assim, a Contabilidade Gerencial, torna-se um dos principais instrumentos de auxílio aos empreendedores, e aos gestores, no que tange a tomada decisão, desta maneira, o objetivo geral deste trabalho é analisar a contribuição da contabilidade gerencial na gestão das empresas de cerâmica vermelha de Senhor do Bonfim-BA, enquanto nos objetivos específicos busca-se; Identificar a necessidade da utilização da Contabilidade Gerencial para tomada e decisão; Investigar a possibilidade de melhoria na competitividade mercadológica, através da utilização da Contabilidade de Custos. Levando em consideração o fato de que as empresas da Micro região de Senhor do Bonfim- Bahia, que se destinam a produção de produtos destinados ao mercado da construção civil, no segmento de produtos confeccionados com cerâmica vermelha, que pode ser definida assim, segundo Lehmkuhl (2010, p. 2) ―Cerâmica é a denominação comum a todos os artigos ou objetos produzidos com argila e que são queimados ao fogo. O nome procede da palavra grega keramos que significa argila.‖ Sendo ainda, para maior detalhamento, necessária a explicitação do que se trata cerâmica vermelha, que é aqui alvo deste estudo, ainda segundo as idéias de Lehmkuhl (2010, p. 4), são materiais de coloração avermelhada que são utilizados na construção civil, com diversificadas aplicações, sendo: tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos, alem de outros utilizados como decoração, na forma de vasos, bem como na confecção de utensílios para utilização domestica,
  • 14. 13 portanto indispensáveis, principalmente na construção civil, representando grande parte dos materiais usados em uma obra . A produção destes produtos, tem uma boa aceitação na micro região, sendo estas empresas, geradoras de renda e emprego, bem como, considerando que estas empresas deixam uma fatia considerável do mercado a cargo de industrias de outras localidades do estado, como também de outros estados, a fatia do mercado que vem sendo perdida para as demais indústrias com atuação na mesma área, deve-se às telhas de cerâmica, e a outros produtos, que tem como fator principal, a ausência de produção e a falta de preços competitivos para venda fora da região. A produção de telhas de cerâmica tem tradição maior no estado do Ceará, no que tange a região Nordeste, e é perceptível a invasão de produtos oriundos desta região, deixando transparecer o espaço deixado pelas indústrias locais, com relação a confecção e comercialização deste produto, que representa uma considerável e importante integrante dos diversos componentes empregados nas construções, por isso torna-se imprescindível a utilização da contabilidade Gerencial e de Custos no aporte aos empresários locais, do ramo mencionado, com vistas a possibilidade de melhorias e possíveis implantações de mecanismos para a produção desse tipo de produto. Uma análise sucinta do mercado regional, traz explicito em seus demonstrativos a real demanda do produto, pois o mercado da construção civil encontra-se numa abissal expansão, e apresenta-se contínuo e promissor, pois é o que vem ocorrendo com o mercado da construção civil em todo o pais, pois as políticas publicas no setor habitacional fazem com que, cada vez mais, as pessoas tenham acesso a casa própria, conseqüentemente, aquecendo este tão importante setor da economia, que sem duvida é uma força motriz para diversos tipos de industria, como inclusive, o segmento em lide, que é um dos setores com maior representatividade, e percentual de geração de empregos deste mercado. A realização do presente trabalho justifica-se pela necessidade de aproximação do tema à realidade da micro região, em consonância com a mensuração da proximidade da utilização da contabilidade gerencial em adequação aos moldes das empresas locais de produção industrial, com foco, nas que atuam na produção de artefatos produzidos a partir da cerâmica vermelha, que se perfazem
  • 15. 14 como algo basilar para o desenvolvimento e expansão da industria da construção civil, que acaba por englobar a anterior, por ter maiores influências e ter uma abrangência com maiores dimensões, bem como a percepção da utilização das informações contábeis no auxílio a tomada de decisão e ao gerenciamento da entidade, assim como a melhoria no cenário mercadológico através da utilização da contabilidade de custos. Desta forma torna-se necessária e ampara-se a realização desta pesquisa, pela possibilidade de contribuição à contabilidade gerencial, com o intuito de galgar degraus de conhecimento rumo ao desconhecido, ou mesmo, ao que foi pouco explorado, e que sempre é enriquecido com informações que se façam pertinentes ao estudo em lide, visto que é um tema de interesse regional, podendo ainda ser aplicado a outros ramos da contabilidade, seja para outros tipos de empresas, ou mesmo para outras regiões. Outro fator preponderante para a realização desta pesquisa, se dá pelo fato de as pesquisas nesta área serem escassas, na região, ainda mais na questão gerencial, pois constam poucos registros destas, principalmente que tenham ligação a esta instituição de ensino, demonstrando ainda mais, a necessidade de pesquisa nesta área, pois este trabalho irá auxiliar no entendimento de questões relacionadas a contabilidade gerencial, e tomada de decisão baseada em custos, principalmente nas micro e pequenas empresas de senhor do Bonfim- BA, tendo em vista que seu objeto de estudo se insere neste contexto, ao mesmo tempo que analisa sua utilização da real aplicabilidade nas mesmas.
  • 16. 15 1 REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS E GERENCIAL O presente capítulo tem por objetivo mostrar como os princípios que norteiam a Contabilidade de Custos e Gerencial, estão ligados a uma boa administração nas empresas, pois a contabilidade como instrumento de gerenciamento, além de ser imprescindível para a continuidade de qualquer entidade, parte do pressuposto que as decisões a serem tomadas, devem conter maior proximidade com as reais possibilidades que podem ser alcançadas, e servem de suporte para decisões futuras por parte dos administradores. A modernidade trouxe várias alterações, no que concernem as decisões inerentes a contabilidade gerencial atrelada a contabilidade de custos, pois o dever de garantir a competitividade parece estar cada vez mais próximo destas duas áreas tão afins da contabilidade, e o que parecia sem valor, hoje permeia dentre os mais importantes pressupostos como atividades mantenedoras dos mecanismos de continuidade no mercado. O combate ao desperdício e a busca contínua do aperfeiçoamento passa a ser uma busca incessante pelas empresas que desejam ser líderes, ou mesmo continuar no mercado. Ferramentas para controle e redução desperdícios como Just-in-Time, Kaizen, Custo-meta, controle da qualidade total, entre outros são implementados com intuito de reduzir custos, eliminar desperdícios, aprimorar a qualidade dos produtos, qualificar a mão-de-obra, alavancando assim, uma busca contínua na melhoria dos processos com foco na qualidade e conseqüentemente na redução de custos. (PINTO, GOMES, 2010, p. 58) A Contabilidade Gerencial cumpre assim os requisitos para o aprofundamento dessa questão, no que tange a gestão de uma entidade, Jiambalvo (2002, p. 02) diz que: ―A meta da contabilidade gerencial é fornecer as informações de que eles precisam para o planejamento, o controle e a tomada de decisão.‖ Sendo que o desenvolvimento da contabilidade de custos, que inicialmente teve outra finalidade, hoje se entrelaça com contabilidade para fins gerenciais, que sem ela não existiria, pois a profundidade que a contabilidade de custos pode alcançar, suprir as necessidades pertinentes a mensuração das dificuldades e possibilidades ainda não exploradas na entidade.
  • 17. 16 Devido ao crescimento das empresas, com o conseqüente aumento da distância entre administrador e ativos e pessoas administradas, passou a Contabilidade de Custos a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio no desempenho dessa nova missão, a gerencial. (MARTINS, 2003, p. 14-15) Desta forma o que se pode dizer é que a tomada de decisão, parte inicialmente da análise que pode ser feita através da contabilidade de custos, que se mostra como algo basilar para sustentabilidade ao sistema gerencial em que esta focada a empresa. Pode-se considerar a contabilidade de custos como um sistema cujo objetivo é proporcionar à administração da empresa o registro do custo dos produtos, a avaliação dos estoques que geralmente representam um valor material em relação ao total do ativo, bem como proporcionar a análise do desempenho da empresa. (SANTOS ―e outros‖, 2006,p.13) Diante dessa definição vemos que a contabilidade de custos é a principal ferramenta do administrador, devido as condições mercadológicas implementadas pela globalização, e a sua influência na lucratividade como fator preponderante para qualquer empreendimento, seja ele industrial, comercial ou de outra natureza, tudo isso é o que concerne ela o fato de buscar a mais eficiente forma de custeio para que mantenha grande relevo no campo gerencial. O que concerne a empresa uma análise estrutural, sistemática e efetiva, fazendo com que a empresa transforme suas estruturas com o intuito de viabilizar uma continuidade sustentável e sólida pautada na gerencia dos custos como algo basilar para as políticas futuras, que estejam embasadas na reestruturação contínua e intrínseca a constante busca pela correta tomada de decisão, ―Tornar a empresa mais competitiva através da redução de custos e oferecer produtos com qualidade é um processo que demanda observar toda a cadeia de valor da empresa e fundamental para a sua sobrevivência.‖ (PINTO, GOMES, 2010, p. 58) 1.2 CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA SOCIAL A Contabilidade pode ser definida como a ciência que estuda o patrimônio, que é, o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, assim Santos ― e outros‖ (2003, p. 62) dizem que: ― O objeto formal da contabilidade, que delimita o compo de abrangência dessa ciência que pretende estudar, analisar e interpretar de modo geral, é o estudo do patrimônio das entidades em seus aspectos qualitativos e
  • 18. 17 quantitativos.‖ Para que a consideremos como ciência, seguiremos com o que se pode entender por ciência, segundo Sá ( 2008 p. 38) ― O conhecimento científico exige universalidade, ou seja o saber explicar que condições e como as coisas acontecem em qualquer lugar e aqualquer hora, sempre da mesma forma.‖ Ainda seguindo as idéis de Sá (2008), acerca da definição da contabilidade como ciência, podemos observar ainda como fator de inserção nesse campo o fato de que ela cupre todos os requisitos necessários para tal classificação, pois é reconhecida desta forma pelas mais eminentes Academias, pelas intectualidades notáveis e gandes gênios da humanidade. Contabilidade foi definida como a ciência que estuda o Patrimônio e suas modificações. Desta forma, com a evolução das sociedades, a necessidade de informações sobre a situação econômico-financeira das empresas multiplicou-se exponencialmente e a contabilidade é fundamental para divulgar essas informações e subsidiar decisões. Como parte integrante da sociedade e afetada por essa, a contabilidade é uma ciência social. (CARDOZO, TEZOLINI 2010, p. 3) Para se chegar a estas explanações, existem diversos pilares que dão sustentação a um crescente e diversifiacado arcabouço de idéias, que possibilitam a construção contínua do conhecimento contábil e firmam a contabilidade como ciência social, de extrema importância no desenvolvimento das naçoes, desta forma sua colocação no campo das ciências sociais é inevitável, se levadas em conta a lógica natural que se segue na observância de seu objeto de estudo, assim diz Sá (2008, p. 42) ― O homem, o homem em sociedade, o patrimônio a serviço dele, o patrimônio do homem a serviço da sociedade parecem ser fortes conexões que alimentam uma justa classificação dos estudos contábeis no campo social.‖ Ainda nesse sentido, de contabilidade como ciência social o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), pronuncia na Resolução Nº 774/94 em seu item 1.1.1 expressa que: A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais. A Resolução alicerça-se na premissa de que a Contabilidade é uma Ciência Social com plena fundamentação epistemológica. Por conseqüência, todas as demais classificações – método, conjunto de procedimentos, técnica, sistema, arte, para citarmos as mais correntes – referem-se a simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente concernentes à sua aplicação prática, na solução de questões concretas.
  • 19. 18 Sendo assim a Resolução 774/94 do CFC em seu item 1.1.1, trata da contabilidade como ciência social buscando explicitar os motivos da sua real aplicação, e participação no campo das ciências Humanas. Quando da necessidade de se explicar as relações entre as variáveis que afetam o patrimônio das entidades, constituíram-se postulados, princípios e normas, que são válidas para a todas as entidades que se insira neste contexto, que englobam todos os fatos ocorridos na entidade e preparam informações tanto para o âmbito interno (administradores, diretores, gerentes etc.) quanto externo à entidade (acionistas, governos, fornecedores etc.). A Resolução do CFC nº 750/93, define os Princípios, que caracterizam o conhecimento científico, delegandos a função de Pricípios Fundamentais da Contabilidade, de acordo com o Art. 2º, ―Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País.‖ Segundo o CFC (1994), esses princípios deverão nortear as atividades os estudos do patrimônio das Entidades, e são assim elencados em seu artigo 3º: Princípio da Entidade, da Continuidade, da oportunidade, do Registro Pelo Valor Original, da Atualização monetária, da Competência, e da Prudência. 1.3 SURGIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS De acordo com Kroetz (2001), a contabilidade de custos tem seu surgimento a partir da contabilidade financeira, quando surgiu a necessidade da avaliação dos estoques nas indústrias, o que aconteceu na Revolução Industrial, antes disso os produtos eram confeccionados por artesãos e logo depois nas manufaturas, sem, no entanto, constituírem empresas, e portanto, sem a preocupação, ou domínio do calculo dos custos inerentes a produção, exercendo apenas o conhecimento empírico para a administração dos seus negócios, com o advento das industrias, surgiu a necessidade de se ter um maior controle das operações, devido a expansão da produção.
  • 20. 19 Observando assim, a Contabilidade Financeira servia bastante para fins comerciais, mas não para as recém formadas indústrias, para Martins (2003, p.13), ―Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a Contabilidade Financeira (ou Geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas comerciais.‖ Um dos fatores que mostram a deficiência da contabilidade financeira rumo a nova conjuntura de ordenamento da produção, pautada em indústrias, era o fato da mensuração dos estoques serem baseados em produtos já prontos, pois as empresas que se utilizavam da contabilidade eram comerciais, e não industriais, servindo assim apenas para apuração do resultado do exercício, que contabilizava os estoque ao final, levando em consideração as compras, e as mercadorias que restavam, em relação a esse processo. Para a apuração do resultado de cada período, bem como para o levantamento do balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples: o Contador verificava o montante pago por item estocado, e dessa maneira valorava as mercadorias. (MARTINS, 2003, p. 13) Partindo dessa idéia, observamos que o que acontece numa indústria, é muito mais complexo, não podendo assim, ser estudado apenas por essa ótica, principalmente na observação dos estoques, pois essa relação deve ser mais intrínseca a contabilidade de custos, pois os estoques que a empresa dispunha no final de exercício não se tratava apenas de produtos acabados, prontos para a venda, continha também matérias-primas, produtos em processo, nos mais variados estágios de completude, dificultando assim a alocação da mão-de-obra, das matérias-primas empregadas, bem como de outros custos inerentes ao sistema produtivo. 1.3.1 A contabilidade de custos na atualidade Com o desenvolvimento da Indústria e a das necessidades a que contabilidade de custos foi submetida ao longo dos anos, ela evoluiu e se transformou numa ferramenta de suporte a suplementar as diversas áreas da contabilidade passando a gerar informações, não só para controle, mas também para o planejamento e tomada de decisão.
  • 21. 20 A contabilidade de custos cuja função inicial era a de fornecer elementos para avaliação dos estoques e apuração do resultado, passou nas ultimas décadas, a prestar duas funções muito importantes na contabilidade gerencial: a utilização dos dados de custos para: AUXILIO AO CONTROLE E PARA TOMADA DE DECISÕES. (SANTOS ―e outros‖, 2006, p.11) A partir daí é perceptível a análise da evolução da contabilidade custos, para entendimento de como ela conseguiu conquistar e manter espaço nas oscilações pelas quais passou, com variação nos diversos modos de produção das indústrias ao longo do tempo, surgindo como técnica independente e sistemática, nos Estados Unidos, envolvendo a produção industrial, estudando principalmente as questões relacionadas aos problemas de mão-de-obra e que repercutiam no custo industrial, passando aprofundar-se nas observações ao os custos de material consumido, diretamente na produção, bem como a procura pelo entendimento maior com relação custos que não estão diretamente ligados a produção, chamados de custos indiretos de fabricação. Chegando assim, depois da inevitável equidade com a necessidade, a um patamar decisório nas decisões empresariais, de acordo com Martins (2003, p.15) ―[...] a Contabilidade de Custos acabou por passar, nessas últimas décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle e decisão gerenciais.‖ Fica claro também que as tendências de mercado, que forçam as empresas a estarem sempre evoluindo, torna sua aplicabilidade eloqüente, como fundamentado por Martins (2003) ―Isto ocorre pois, devido à alta competição existente, as empresas já não podem mais definir seus preços apenas de acordo com os custos incorridos, e sim, também, com base nos preços praticados no mercado em que atuam.‖ Desta forma podemos ver ainda que, ―Em meio a este mercado turbulento, incerto e globalizado a análise estratégica de custos torna-se um diferencial competitivo e essencial à subsistência da empresa‖. (PINTO, GOMES, 2010, p. 61) Por conseqüência desta atuação chegamos as várias utilizações da contabilidade de custos nas empresas da atualidade segundo as idéias de Santos ―e outros‖ (2006), é possível identificar quatro grandes campos de abrangência e aplicação de custos na empresas, que são: abrangência de aplicação contábil; aplicações vinculadas ao planejamento; aplicações controle. E desta forma percebemos as novas características a qual se inserem as aplicações que são dadas aos custos.
  • 22. 21 O controle de custos torna-se relevante devido ao fato de que alguns custos podem ser identificados mediante controle e evitados mediante a aplicação de alguma ferramenta. O aperfeiçoamento contínuo através do aprendizado da organização e a identificação pelo o que adiciona valor e a eliminação do que não adiciona valor ao produto e serviço são itens importantes para a criação de uma forte vantagem competitiva para a empresa. (PINTO, GOMES, 2010, p. 60-61) Sendo assim, todas as empresas deveriam estar norteadas a tomadas de decisões com base na análise de uma melhoria em seu sistema de custos, que desencadearia melhoria na qualidade como fator decisivo, porém não é sempre assim acontece, pois muitas vezes as empresas se negam a implantação e desenvolvimento de uma adequada e estruturada implementação do sistema supracitado, pela cultura e idéia de que isso geraria uma elevação nos custos, em vez de procurar sua otimização como uma conseqüente melhoria na qualidade dos produtos ou serviços oferecidos. As organizações possuem custos ocultos sempre resultado direto da falta de qualidade. Exemplos destes custos ocultos são as vendas não concluídas por falta de treinamento do pessoal de vendas, por falta de qualidade no produto e por demora na entrega de mercadorias para citar alguns. Além disto, as organizações possuem ainda custos identificáveis resultado direto da falta de qualidade. Exemplos destes custos são as devoluções de vendas por não atendimento às necessidades dos clientes, o atendimento a garantias, o desperdício ocorrido na produção, o retrabalho para consertar produtos defeituosos, entre outros, que geram custos que poderiam ser evitados. Identificar estas oportunidades, e então, aperfeiçoar a qualidade e assim, eliminar os custos associados (ocultos ou não), torna a empresa mais lucrativa e competitiva. A vantagem de tomar providências sobre os custos da falta de qualidade é uma efetiva chance da empresa aumentar seus lucros sem aumentar suas receitas. (PINTO, GOMES, 2010, p.58) Porém apesar de muitas empresas e muitos profissionais se utilizarem da contabilidade de custos e a considerarem de suma importância e relevância para aplicações nos campos mais variados da contabilidade, ela não é unanimidade junto aos usuários, estudiosos e pesquisadores desta ciência, fato que se comprova com a observância feita à teoria das restrições, de acordo com Cogan (2007 p.8) ―[...] a teoria das restrições (TOC – Theory Of Constraints) foi criada pelo físico israelense Eliyahu Goldratt, que, com ela, tornou-se importante consultor de gestão empresarial.‖ Com base nessa teoria os custos não podem ser calculados por conseqüência de fatores como a inviabilidade do rateio dos custos fixos com precisão, bem como afirma que a empresa não necessita determinar os custos, ou o lucro dos produtos, mas lucro total.
  • 23. 22 [...] Hoje toda a comunidade financeira despertou para o fato de que a contabilidade de custos não é mais aplicável e que algo deve ser feito. Infelizmente, não está voltado aos fundamentos, à lógica das demonstrações financeiras e procura dar respostas para estas importantes questões de negócio. Em vez disso a comunidade financeira está totalmente imersa em uma tentativa de salvar uma solução obsoleta [...] (GOLDRATT [19??] apud COGAN, 2003, p. 10) A Teoria das restrições aponta como principal meta para as organizações ganhar dinheiro, então a forma como isso vai ser possível pode ou não passar por uma boa fluência análise dos custos da mesma, assim menciona Kuratomi e Guerreiro (2011, p. 4 apud GOLDRAT, 2002) ―A meta de qualquer organização e ganhar dinheiro hoje e no futuro. Restrição é qualquer coisa que impede o alcance da meta da empresa‖. Reforçando ainda a necessidade da determinação dos reais impedimentos ao atingimento da meta, que são aqui denominados gargalo. De acordo com as idéias e Kuratomi e Guerreiro (2011, p. 4) ―Para a teoria das restrições, o ideal e a decisão que potencialize o ganho, contudo qualquer decisão que gere um impacto positivo no retorno sobre o investimento estará aproximando este sistema a meta da empresa.‖ 1.3.2 Terminologia de custos nas empresas industriais Para o entendimento das ações implementadas pelas atividades da contabilidade de custos, para que se chegue a resultados contábeis, devemos saber que estão ligadas a diversas classificações, destinguindo o que vem a ser: gasto, desembolso, investimento, custo, despesa e perda, da seguinte forma: a) Gasto — Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). b) Desembolso — Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto. c) Investimento — Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). d) Custo — Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. O Custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. e) Despesa — Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas f) Perda — Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. (MARTINS, 2003, p. 17)
  • 24. 23 Nas empresas industriais, a implantação da contabilidade de custos é iminente, devido a complexidade da aplicabilidade final dos preços a seu leque de produção, haja vista a dificuldade encontrada, para a alocação dos fatores financeiros ligados ao envolvimento com todos os setores e fases pelos quais passam os produtos provenientes desse processo, até que se chegue ao custo do produto. Pela própria definição de custo, podemos entender, ainda mais sabendo da origem histórica, por que se generalizou a idéia de que Contabilidade de Custos se volta predominantemente para a indústria. É aí que existe a produção de bens e onde a necessidade de seu custeamento se toma presença obrigatória. (MARTINS, 2003, p. 18) Sendo assim na indústria é que se observa a maior necessidade de se ter um sistema de custos eficiente, mas é valido lembrar , que deve-se atentar para o fato de que esta área da contabilidade e aplicável e indicada a todos os tipos de negócios como empresas de serviços, comerciais dentre outras, para que se possa gerir a empresa de forma sensata e segura, procurando sempre a otimização dos setores mais deficitários, que serão, a partir das analises de custos, melhor identificados. 1.3.3 Sistemas de custeio De acordo com Santos (2006) Os sistemas de custeio, influenciam bastante no tratamento dos custos em uma empresa, eles são as maneiras de se apropriar os custos, esses métodos podem ser descritos como: custeio por absorção, custeio variável e custeio por atividade (Actívity-Based Costing - ABC), além outras formas menos utilizadas; para que sucintamente seja dada a uma analise introdutória de cada um deles, é necessário que seja feita uma simplória explanação da classificação dos custos, que se distribuem em custos diretos e indiretos e fixos e variáveis; os custos diretos são aqueles aplicados diretamente ao produto ou serviço; enquanto os indiretos, são todos os outros custos, que não estão diretamente ligados aos produtos ou serviços e por isso dependem de algum critério de rateio para que seja atribuído a produção; custos fixos são aqueles que não se alteram em relação ao volume de unidades produzidas; e os custos variáveis são os que dependem da quantidade produzida, e são alterados a medida que esta aumenta ou diminui.
  • 25. 24 Desta maneira, podem ser melhor visualizados os métodos supramencionados, custeio por absorção, se faz pela absorção de todos os custos, sejam eles diretos e indiretos, fixos e variáveis, assim diz, Santos ―e outros‖ (2006, p.77) ―No método de custeio por absorção a totalidade dos custos de fabricação, isto é fixos e variáveis, é incluída no custo produto.‖ O custeio variável, também é conhecido como custeio direto, pois considera que só devem ser apropriados ao produto os custos e as despesas variáveis, nesse pensamento pronuncia Martins (2003, p.142), ― [...] no Custeio Variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como conseqüência, custos variáveis‖. Já o método de custeio por atividade (ABC), pode ser analisado sob o enfoque de um método que procura reduzir as deformidades e deficiências, levadas a efeito com vistas na utilização dos rateios arbitrários, em relação aos custos indiretos, assim Jiambalvo (2002, p. 33) diz que ―[...] o custeio baseado em atividades (ABC) é um método de atribuição dos custos indiretos aos produtos que utilizam inúmeras bases de alocação diferentes. Na abordagem do ABC, as principais atividades que originam os custos indiretos são identificadas.‖ Porém, nem todos os métodos de custos são aceitos pela legislação brasileira, que requer a utilização do custeio por absorção, pois para o fisco, este cumpre todos os requisitos necessários a legislação vigente e aos Princípios Contábeis. 1.4 A CONTABILIDADE GERENCIAL A contabilidade gerencial parece não ter mais, hoje, na atual conjuntura da economia globalizada, como sair de cena, pois apresenta-se como característica limítrofe ao sucesso das empresas da nossa era, objetivo pelo qual se desenvolve e cria novos mercados de atuação e prossegue, transpondo barreiras impostas por competitividades mercadológicas iminentes, e inevitáveis, propiciadas ainda, por uma leva de consumidores modernos e cada vez mais exigentes e sedentos de novas tecnologias e produtos, tudo isso combinado com exploração proficiente da acirrada concorrência dos empresários capitalistas, possibilitando a eles extração de
  • 26. 25 um dos poucos bons resultados da competição globalizada, que são as inovações tecnológicas e redução progressiva de preços em produtos similares, de um mesmo segmento. Os clientes de hoje estão exigindo novos produtos e serviços a uma taxa crescente. A intensidade da competição internacional forçou muitas empresas a aumentar a velocidade de inovações de novos produtos e serviços para comercializá-los a um custo o mais baixo possível. Felizmente também estão sendo desenvolvidas inovações nos métodos de contabilidade gerencial, como ferramentas para mensurar e avaliar o desempenho de atividades de projeto e desenvolvimento de produto. (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 674) Neste sentido percebe-se que a contabilidade gerencial está pautada nas referencias de mercado que estão inseridas, as empresas que a utilizam como elemento crucial a suprimir as necessidades que venham a desencadear com o desenvolvimento que indubitavelmente irá aflorar no decorrer do tempo. Isso é possibilitado, através de um conjunto de ações desenvolvidas a fim de solucionar os problemas interpostos no caminho da administração, que atuem como empecilho, afugentando o progresso. a informação contábil gerencial expandiu-se para envolver a informação operacional ou física (não financeira), com qualidade e tempos de processo, bem como uma informação mais subjetiva, como mensuração da satisfação do cliente, capacidade do funcionário e desempenho de novos produtos. (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 36) Sendo assim, a contabilidade gerencial mostra que é um dos instrumentos mais influentes para auxiliar a gerência de uma empresa, seus relatórios abrangem os diferentes níveis hierárquicos e servem como ferramenta indispensável nas tomadas de decisões, derivando um grande poder na influência do processo de planejamento estratégico empresarial e no orçamento, e é destinada aos usuários internos da contabilidade, sendo por tanto opcional para as empresas. Todas as empresas devem tomar como bases os conceitos implementados pela adoção da contabilidade gerencial, independentemente de serem de pequeno médio ou grande porte, para direcionarem seus negócios, além de procurarem utilizá-la também como um instrumento de análise de desempenho, monitorando os resultados auferidos e conseguindo como contrapartida uma maior segurança nas operações presentes e futuras. 1.4.1 O contexto histórico da contabilidade gerencial
  • 27. 26 O surgimento da contabilidade gerencial se confunde as vezes com o surgimento da contabilidade de custos, que como foi aqui mencionada, datada da Revolução Industrial, e servia para suprimir as necessidades das indústrias que necessitavam de cálculos mais precisos na gestão dos custos, não fossem as duas áreas tão afins, tornaria difícil o entendimento e a separação das origens de cada uma, a contabilidade gerencial, surgiu também nessa época, como instrumento capaz e dinâmico, próprio a fornecer informações úteis que auxiliem o gerenciamento dos negócios. A demanda por informação contábil gerencial pode estar relacionada aos primórdios da Revolução Industrial nas tecelagens, no artesanato de armas e de outras operações manufatureiras. Por exemplo, os registros das tecelagens do inicio do século XIX mostram que seus gerentes recebiam informações sobre o custo horário de converter matéria-prima (algodão) em produtos intermediários (fio e linha de costura) e produtos acabados (tecidos) e o custo por quilo de produto por departamento e por operário. (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 39) Essas ações seriam tomadas com bases segundo as idéias de Atkinson ―e outros‖ (2008) para controlar e melhorar a eficiência, e para as decisões de preço e mix de produção, desta forma teriam bases para aquisição de mais máquinas, quando fossem realmente necessárias e mensurar a eficiência diferenciada de cada funcionário compensando-os de acordo com a produção. Existem várias etapas em que a contabilidade gerencial parece entrar em confronto com a contabilidade financeira, pois a contabilidade financeira está mais voltada para demonstração dos resultados econômico-financeiros, e no cumprimento dos princípios contábeis geralmente aceitos, tudo isso destinado aos usuários externos, que de acordo com as idéias de Oliveira ([200-?]), podem ser representados por: Instituições financeiras, ao conceder ou não empréstimos, ou mesmo estabelecer valores, taxas, prazos e garantias para os mesmos; fornecedores em geral, quando da análise na concessão de crédito; investidores, no questionamento de se investir ou não em ações na bolsa de valores; ao fisco, na verificação ao cumprimento da legislação tributária, bem como na busca por indícios de sonegação de tributos; dentre outros. A contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de informação econômica sobre uma organização ao publico externo: acionistas, credores ( bancos, financeiras e fornecedores), órgãos reguladores e autoridades governamentais e tributarias. A informação
  • 28. 27 contábil financeira comunica ao público externo as conseqüências das decisões e as melhorias de processos feitas por administradores e funcionários. (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 37) Já a contabilidade gerencial tem sua atenção voltada, internamente, na aquisição de informações contábeis capazes de facilitar a tomada de decisão gerencial. Estas informações não são necessariamente somente financeiras, como ocorre com aquela, mas podem ser também de ordem quantitativa e qualitativa, pois não só analisam números e situações engessadas, mas também dados e situações que sofrem mutações constantes; a contabilidade gerencial se diferencia também por estar mais ligada ao planejamento futuro, do que registrar os fatos ocorridos, como ocorre na contabilidade financeira. Mas é defensável que elas não devam ser tão separadas conceitual e usualmente, pois, o limite entre elas é difícil de ser determinado, já que, é perceptível em varias ocasiões entrelaçamento entre técnicas contábeis utilizadas na contabilidade financeira, que são bastante tradicionais, e as gerenciais. Não devemos superestimar as diferenças entre contabilidade financeira e contabilidade gerencial em função dos seus respectivos grupos de usuários. Os relatórios de contabilidade financeira visam principalmente aos usuários externos e os relatórios de contabilidade gerencial visam principalmente aos usuários internos. No entanto, os gerentes também fazem uso significativo dos relatórios de contabilidade financeira e os usuários externos ocasionalmente requerem informações financeiras que são normalmente consideradas apropriadas para os usuários internos. Por exemplo, os credores podem pedir à administração que lhes forneça projeções detalhadas de fluxo de caixa. (JIAMBALVO, 2002, p. 04) As demonstrações contábeis representam, a parte visualizável do limite entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial, pois representam elementos que servem preponderantemente aos usuários externos, fator este que não exclui a possibilidade de elas darem suporte e sustentabilidade a análise do desempenho, que são próprios da atividade gerencial. As diferenças são ficam mais dedefinidas quando comparadas lado a lado, para que tenha visão mais imperiosa dessas duas grandes vertentes da contabilidade de acordo com o Quadro 1.1. Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Externa: acionistas, credores, Interna: funcionários, gerentes, Audiência autoridades tributárias. executivos
  • 29. 28 Relatar o desempenho passado ao Informaras decisões internas Propósito público toma- das por funcionários e externo; contratos com proprietários e gerentes; dar feedback e credores. Controlar desem -penho operacional. Posição no Tempo Histórica; atrasada Atual orientada para o futuro. Reguladas: regras direcionadas por Desregulamentada; sistemas e Restrições princípios gerais aceitos pela informações determinados pela contabilidade e por auto -ridades administração para atender às governamentais. necessidades estratégicas e opera- cionais. Tipo de Informação Apenas mensurações financeiras Mensurações financeiras opera- cionais e físicas sobre processos, tecnologias, fornecedores clientes e concorrentes Objetiva, auditável, confiável, Mais subjetiva e sujeita a juízo Natureza da consistente, precisa. de valor; válida, relevante, Informação precisa. Altamente agregada; relatórios sobre a Desagregada, informa decisões Escopo organização total. e ações locais. Quadro 1.1 - Características básicas das contabilidades financeira e gerencial. Fonte: ATKINSON ―e outros‖ (2008, p. 38) Sendo possível a partir da observação do Quando 1, melhor identificar as fronteiras da diferenciação entre as contabilidades gerencial e financeira, bem como as utilizações de cada uma delas. 1.4.2 Contabilidade gerencial e a tomada de decisão A tomada de decisão, está expressa em uma gama de questionamentos, que imersos em um conjunto de idéias, transformarão esta, na principal determinante para o sucesso de uma empresa, com bases fundamentadas na contabilidade gerencial. E o que ocorre hoje nas organizações empresariais é a busca da meta final, que é a continuidade e o aumento na produtividade consequentemente na lucratividade dos negócios, que são possibilitadas através das decisões oriundas da contabilidade, assim entendem Pinto e Gomes (2010 p. 61) ―O papel da contabilidade na organização moderna passa a ser de gerenciamento e controle de custos, com o intuito de se obter uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes‖. Sendo esta, uma das responsabilidades da contabilidade gerencial.
  • 30. 29 A tomada de decisão é parte integrante do processo de planejamento e controle – as decisões são tomadas para recompensar ou punir os gerentes, para alterar as ações ou revisar os planos. A empresa deve adicionar um novo produto? Deve abandonar um produto existente? Deve fabricar um componente usado na montagem do seu principal produto ou contratar uma outra empresa para produzi-lo? Que preço a empresa deve cobrar por um novo produto? Essas perguntas indicam apenas algumas das decisões- chave que as empresas enfrentam. E a forma como tomam essas decisões irá determinar sua rentabilidade futura e possivelmente sua sobrevivência. (JIAMBALVO, 2002, p. 3) Vista a importância da tomada de decisão, que finda sendo algo intrínseco a exploração máxima das técnicas contábeis atreladas as gerenciais, observa-se também que deve-se depositar total autonomia a quem couber tais responsabilidades, pois a estes profissionais são incumbidas diversas atividades de grande relevância e expressão, e em vários momentos ele será colocado sob o limiar do gerenciamento e do amplo conhecimento contábil, quando da necessidade de argüir sobre todos os assuntos discutidos. Para delegação desta função incomensurável, ninguém melhor do que o contador, que aqui atuando como controller, terá que aplicar todo o conhecimento contábil e seguir com o embasamento nas novas vertentes desta ciência, evoluindo constantemente. Quem é responsável por preparar as informações necessárias para o planejamento, o controle e a tomada de decisão? Na maioria das organizações, a posição contábil no topo das organizações é ocupada pelo controller. O controller prepara os relatórios para o planejamento e a avaliação das atividades da empresa (p. ex., decisões relacionadas á compra de equipamentos de escritório ou decisões relacionadas a adicionar ou a abandonar um produto). O controller também é responsável por todos os relatórios de contabilidade financeira e pelo cumprimento das exigências fiscais perante a secretaria da Receita Federal e outros órgãos governamentais, bem como pela coordenação das atividades dos auditores externos da empresa. (JIAMBALVO, 2002, p. 8) Porém, seu entendimento não poderá ser circunscrito apenas ao vasto conhecimento em contabilidade financeira e gerencial, apesar destes serem bastante significativo e admirável, terá que possuir diversas outras habilidades correlatas a os mais altos postos executivos, pois irá gerenciar atividades de um crescente e bem preparado grupo de colaboradores. Para ser um ator importante no corpo gerencial você vai precisar das habilidades exigidas de todos os executivos de alto nível – excelentes habilidades de comunicação escrita e oral, habilidades interpessoais sólidas e um profundo conhecimento da indústria em que sua empresa compete. (JIAMBALVO, 2002, p. 8) Para que se faça valer esse papel, de determinante do desenvolvimento empresarial, a contabilidade gerencial através da tomada de decisão como
  • 31. 30 instrumento preponderante na gestão das empresas modernas, é necessário que vários procedimentos sejam seguidos em um roteiro pré-determinado, e definido como objetivo final a ser alcançado. Como o foco principal é a tomada de decisão os passos para que se chegue até ela são: planejamento a avaliação e o controle, todos estes procedimentos, se seguem após outra série de atividades de gestão que devem ser adotadas, para a que haja uma efetiva substituição aos quadros atuais em se encontra a empresa, trazendo para si a melhor forma de gerir os recursos disponíveis ao seu panorama de trabalho, cumprindo assim o que a contabilidade gerencial representa para a tomada de decisão. A contabilidade gerencial é definida pelo Institute of Manegement accountants (Instituto de Contadores Gerenciais) como o processo de identificação, mensuração acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação das informações financeiras usadas pela administração para planejar, avaliar e controlar uma organização e assegurar o uso apropriado e a responsabilização por seus recursos. (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 67) O planejamento se perfaz com a necessidade que surge na empresa antes de se iniciar e tomar qualquer atitude, no que tange a amplitude de abrangência do extenso campo da contabilidade gerencial, por isso, são precedidos a ele tantas outras iniciativas, que explicarão seus propósitos, e lhe darão sustentabilidade, para que desta forma, se consiga chegar ao real propósito, que foi almejado, podendo assim ser concretizado, Atkinson e ―outros‖ (2008 p. 566) dizem que: ―O primeiro passo do planejamento é identificar o que os proprietários esperam (por exemplo, aumento da riqueza) de suas participações na empresa. As expectativas dos proprietários tornam-se objetivos primários da empresa.‖ Ainda seguindo as idéias de Atkinson‖e outros‖ (2008) percebemos que o planejamento é seguido ainda pela escolha de estratégias para que se possa alcançar os objetivos primários de uma empresa, a estratégia poderá ainda ser agrupada em duas, sendo uma, a identificação das alternativas que a empresa pode usar para competir pelos clientes; e a outra, é a avaliação dessas opções competitivas em relação às capacidades das partes interessadas ou intervenientes na empresa, expressa pelas relações ou contratos entre empresa, fornecedores, funcionários e comunidade.
  • 32. 31 Para tal processo uma ferramenta se mostra muito importante, pois irá possibilitar a programação dos eventos a serem seguidos para o cumprimento da meta anteriormente planejada, e é denominada orçamento. Orçamento é uma expressão quantitativa das entradas e saídas de caixa usada para determinar se um plano financeiro atingirá as metas organizacionais. Um orçamento apóia os papéis gerenciais de planejamento e controle, provendo os meios para expressar planos e fundamentar as atividades de controle. (ATKINSON ―e outros‖ 2008, p. 502) A avaliação pode ser entendida como uma forma de acompanhar e monitorar a implementação do planejado, e para tal tarefa, se utiliza da formação padrões para uma análise comparativa do que esta sendo cumprido, com que foi definido como meta. Desta forma, deve ser focada como uma auxiliar no processo de desenvolvimento do planejamento, e nesse sentido pode ser definida segundo, Atkinson e ―outros‖ (2008, p. 566) ao dizer que: ― Julgamento das implicações dos eventos históricos e esperados e ajuda na escolha do curso de ação ótimo; a avaliação inclui transformar dados em tendências e relacionamentos; comunicação pontual e efetiva das conclusões extraídas das análises.‖ Instrumento de monitoramento, e mais efetivamente de correção, que atua através da fiscalização de desempenho do que foi acordado e definido como possível pela administração quando da implantação da atividade gerencial pela empresa, ao planejar algo com real viabilidade, este instrumento é denominado de controle. De acordo com as idéias de Herrera (2007) o controle se vale das seguintes instituições para sua execução, acompanhamento, que será feito através da medição, coleta e registro de informações resultantes da execução de uma atividade; avaliação de dados diversos; e posteriormente, análise e divulgação das informações resultantes desta avaliação, além de prevenir que os erros das etapas presentes se alastrem pelas demais etapas da produção. 1.4.3 Contabilidade gerencial e os sistemas de informação Como podemos observar a tomada de decisão é de suma importância para uma empresa, haja vista as transformações econômicas do mundo capitalista e globalizado, e para que surtam efeito, as informações tem que acompanhar a velocidade acelerada do desenvolvimento tecnológico, mencionando Jones, Ribeiro e Silva (2009 p. 21) ―A informação tem o seu papel de destaque como instrumento
  • 33. 32 fundamental para garantir um processo de tomada de decisões eficaz‖. E é a partir dai que entram os sistemas de informação, que têm por objetivo gerar informações para a tomada de decisões, por intermediação de um processo que começa pela coleta dados, o processamento e transformação destes em informações que possam ser úteis para a contabilidade, ―os Sistemas de Informações são apresentados como determinantes para o sucesso do processo de planejamento e controle financeiro, e principalmente para instrumentalizar o processo de tomada de decisão‖. (JONES, RIBEIRO, SILVA, 2009 p. 21) dado: elemento em estado bruto, primário e isolado, sem significação capaz de gerar uma ação. A título de exemplo, podemos citar: ativo, passivo, capital, lucro, vendas, etc. Logo, há necessidade de algum tipo de processamento para se chegar a uma conclusão ou observação sobre a empresa; informação: é o dado trabalhado e processado dentro das especificidades exigidas pelos usuários, com significado próprio, relevante e utilizado para causar uma ação proveniente do processo de tomada de decisão. Prosseguindo o mesmo juízo do exemplo anterior, o ativo de uma empresa devidamente estruturada e organizada, agregado a outros dados como vendas, passivo e lucro, pode informar o giro do ativo, a participação de capital de terceiros e o retorno sobre o investimento; sistema: combinação de partes coordenadas para um mesmo resultado, ou de maneira a formar um conjunto organizado. (SILVA, [200-?], p.3) Para que toda essa sistematização do conhecimento contábil seja possível, e bem utilizada, é indispensável que se tenha celeridade no processo de evolução tecnológica, para que se concretize como instrumento de gestão e desenvolvimento, sendo assim, estes sistemas são cada vez mais aprimorados para que cumpram as necessidades evolutivas concernentes a geração de informações, pois não basta mais gerar informações para uso contábil, é necessário que elas tenham um nível de confiabilidade elevado, sejam precisas e cheguem com ampla velocidade aos usuários. É através da implantação da TI (tecnologia da informação) que são possibilitadas todas as etapas e funcionalidades dos sistemas de informação, pois se utiliza de varias inovações como desenvolvimento constante de novos softwares, e hardwares, e comunicação para a implantação e o bom desempenho do sistemas de informação. É de fundamental importância que cada empresa tenha como objetivo permanente o aperfeiçoamento e atualização do seu sistema de informações, através da utilização de mecanismos avançados e modernos de controle e de análise, que assegurem a continuidade e permanência dos negócios da empresa, bem como, garantam o subsídio de informações necessárias ao processo de tomada de decisões e avaliação adequada do desempenho empresarial. (JONES, RIBEIRO, SILVA, 2009, p. 25)
  • 34. 33 Só assim a empresa irá conseguir se adequar a nova ordem mundial, que exige cada vez mais das empresas, como forma de cobrança nos diversos setores envolvidos na produção e aprimoramento das relações comerciais, a que estão sujeitas por conta da rapidez e da exigibilidade proposta pela iminente e veemente cobrança imposta pela globalização, que corrobora com necessidade de informações.
  • 35. 34 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Foi desenvolvido um trabalho de pesquisa através de uma abordagem exploratória, que irá expor um assunto pouco estudado na região, e dependerá de ampla pesquisa, além de ser também descritiva, pois serão descritos fatos a serem estudados, auxiliados por procedimentos diversificados, que vão estar amparados por pesquisas de campo, implementadas, por intermédio de estudo de caso, neste sentido, Prestes (2008, p. 26) se manifesta da seguinte forma: ―Na pesquisa descritiva, se observam, registram, analisam, classificam e interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça qualquer interferência. Assim o pesquisador estuda os fenômenos do mundo físico e humano, mas não os manipula.‖ Sendo assim esses conhecimentos imprescindíveis adquiridos nas pesquisas bibliográficas, que nortearão o cunho cientifico da pesquisa, tudo isso feito através de uma abordagem qualitativa, pois realizar-se-á, mediante análise de dados não apenas numéricos mais de dados escritos, na forma de entrevista, que carecem de interpretações e explanações diferenciadas acerca dos mesmos. A pesquisa exploratória configura-se como a que acontece na fase preliminar, antes do planejamento formal do trabalho. Ela tem como objetivo proporcionar maiores informações sobre o assunto que vai ser investigado, facilitar a delimitação do tema a ser pesquisado, orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir uma nova possibilidade de enfoque para o assunto. (PRESTES, 2008, p.26) A pesquisa desenvolvida é baseada em estudos de caso, que poderá ser bastante proveitosa e cumprir as demandas esperadas, segundo Rodrigo (2008 p. 6), ―O estudo de caso é um dos vários modos de realizar uma pesquisa sólida.‖ Nesse caso o estudo de caso irá servir para que se possam aproximar os conceitos teóricos levantados até o presente momento, com o que acontece na realidade, ainda neste sentido observamos que Rodrigo (2008, p. 6), ―São encontrados estudos de caso até mesmo em economia em que a estrutura de uma determinada indústria/empresa ou a economia de uma cidade/região, pode ser investigada‖. Em todas essas situações, a estratégia de estudos de caso pode contribuir para aumentar o entendimento de fenômenos sociais complexos. O estudo de caso será aplicado nas empresas do município de Senhor do Bonfim-BA, localizada no norte do Estado da Bahia, constituindo para tal, uma população amostral de duas empresas, que por motivos de segurança terão seus
  • 36. 35 nomes, endereços e outros dados preservados, obedecendo a uma política de privacidade, vista a cordialidade dos administradores, quando do empenho e disponibilidade no fornecimento de dados e acesso a documentos e instalações das mesmas. A coleta de dados ocorreu entre os meses de junho e agosto de 2011, e se deu pela entrevista aos sócios das empresas e aos responsáveis pela produção, com o objetivo de se ter conhecimento sobre a gestão de custos nessas empresas, conhecimento este, que posteriormente fora transformado em informações importantes para o desenvolvimento da pesquisa. Além do acesso aos dados contábeis inerentes a ao funcionamento normal das empresas, bem como dos atos e fatos administrativos que circundam o cotidiano das mesmas, englobando assim, a análise e apresentação de dados e informações para constituição de demonstrações contábeis, como Balanços patrimonial, demonstrativos de resultado de exercícios (DRE), para apreciação através de índices, em especial neste segmento de empresa, como mostram Poeta, Souza e Murcia (2010, p. 53) ―A análise das demonstrações contábeis por meio dos índices é ideal para as empresas comerciais e industriais.‖ Por mais que aqui, na presente análise, não sejam calculados os mencionados índices, as análises destas demonstrações contábeis serão estudadas e comparadas umas com as outras, dando uma maior segurança na aplicação e finalidade do estudo de caso em lide. A análise dos dados supracitados, que irão integrar este estudo, será de suma importância para o desenvolvimento da pesquisa, e explicitará a real aplicabilidade da contabilidade, nos termos inerentes ao estudo aqui almejado, estarão expressos nas análises dos Balanços e DREs, até mesmo na necessidade da construção destes, pois como as empresas são optantes pelo Simples Nacional, estão desobrigadas realizar a escrituração, pois segundo a Lei Complementar 123/2006, mas somente para fins fiscais, a apresentá-los, porém outros diplomas legais não a dispensam. A dispensa da escrituração contábil para as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) previsto pela Lei Complementar 123, só é válida na legislação do Imposto de Renda, no que se refere à apuração dos tributos federais. Os demais dispositivos legais, tais como Código Civil (Lei 10.406/2002), artigo 1179, bem como a Nova Lei das Falências (Lei 11.101/2005), artigo 51, Legislação Previdenciária, entre outros, continuam exigindo que as empresas mantenham sua escrituração comercial. A escrituração contábil atende à legislação e padrões estabelecidos pelas Normas Brasileiras de Contabilidade. (MACHADO ―e outros‖. [200?], p. 4)
  • 37. 36 Sendo comum, e natural, para o cumprimento do previsto em outros diplomas legais, e necessário para análises neste estudo, torna-se imprescindível portanto, a confecção destas demonstrações, justificando assim a utilização destes dados como ferramenta de suporte, para uma análise pregressa da empresa, já que os dados remetem ao ano de 2010, e estarão aqui apresentados. A respeito das demonstrações contábeis, a resolução de Número 1282/2010, do CFC ( Conselho Federal de Contabilidade) na parte inicial do seu texto diz que: [...] por conta do processo de convergência às normas internacionais de contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu a NBC TG Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, que discute a aplicabilidade dos Princípios Fundamentais de Contabilidade contidos na Resolução CFC n.º 750/93. Desta forma observamos que é cada vez maior a importância que devem ser dadas as demonstrações contábeis que deverão sempre ser norteadas pelos princípios fundamentais da contabilidade, que de acordo com a referida norma deva ser alterada para Princípios de Contabilidade, pois julga-ser ser o bastante para que aja o efetivo entendimento dos usuários das demonstrações contábeis e dos profissionais da Contabilidade.
  • 38. 37 3 ANÁLISE DOS DADOS 3.1 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS A análise dos questionários, aplicados através de uma entrevista, e dos dados levantados, que foram realizados nas empresas com seus proprietários ou gestor que possuía contato direto com o negócio, que pudesse vir a responder tais questionamentos, levando em consideração seu papel desempenhado dentro das atividades e administração da empresa, e a disponibilidade para tal fim, o que obteve êxito, por alcançar por meio de respostas, que puderam explanar de forma clara e objetiva, com as reais informações prestadas, a verdadeira aplicação da finalidade geral deste trabalho, que visa cumprir o objetivo de mensurar a real aplicabilidade da contabilidade gerencial, atrelada aos custos no auxilio à administração e apoio a gestão, bem como na possível expansão mercadológica das referidas empresas. Estas perguntas por sua vez foram findadas com intuito de englobar um arcabouço de idéias que viessem a influenciar positivamente e de maneira proveitosa, cumprindo assim a demanda, que por sua vez, necessitaria de respostas sensatas e verdadeiras, para dar uma confiabilidade e segurança maior ao trabalho, o que foi planejado como questões importantes e de grande relevância, vem a ser o que realmente interessa para buscar paulatinamente uma resposta final, e intrínseca a realidade, que perpassa pela busca incessante rumo a uma expressão do que aqui é almejado. Esse processo de entrevista, permitiu que tivéssemos uma visão mais abrangente das transformações e acontecimentos por que tem passado as empresas ao logo dos anos, no que tange a administração, relacionando sua relação com a tomada de decisão, por meio de consultas ao profissional contábil, por ela responsável, que vem acompanhada também da mensuração a fim de se buscar a necessidade desse auxilio, na visão dos proprietários das empresas, para que assim, se possa interagir e se chegar ao convívio mutuo entre contabilista e empresário. Sendo assim, os questionários atingiram com êxito sua finalidade, e sua aplicação foi realizada obedecendo a particularidade do sigilo as nomes, endereços, documentos e demais dados pertencentes às empresas, suas denominações, para
  • 39. 38 que houvesse uma distinção entre as duas, foram as seguintes: doravante, neste trabalho, as empresas em lide são: 01 – denominada Alfa e 02 – denominada Beta, para que se possa diferenciar facilmente os dados pertencentes a cada uma delas e garantir a preservação das empresas pesquisadas; Foram realizadas 3 (três) perguntas que estão expressas a seguir: 1º ) É utilizada a informação contábil de alguma forma, aqui na sua empresa, para o auxilio na administração, quando da necessidade de tomada de decisão? 2º) Na compra ou aquisição de equipamentos, ou mesmo de novas tecnologias para aplicação na produção, você consulta o profissional contábil? 3º) Você já se utilizou das informações contábeis, para tentar baixar custos dos produtos, ou mesmo procurar inserir novos produtos no seu leque de produção? As respostas encontram-se na integra, no Apêndice, que estão no final deste trabalho, localizada na página 55, tendo em vista que a analise feita aqui, é uma sucinta explanação a cerca do assunto, e a real demonstração da aplicação dos conceitos ate então implementados e que configuram a tentativa de adequação do entendimento das normas e princípios contábeis com a sua real aplicação. Apesar da análise dos questionamentos por meio da entrevista aos sócios ter levado a tona o embasamento e a demonstração de nos fazer poder a partir daqui, acreditar que mesmo com a pouca influência da contabilidade para fins gerencias, e de custos nas empresas aqui estudadas, bem como para acatar novas idéias com vistas a inovação tecnológica e sua conseqüente implantação nos meios de produção destas empresas, ela parece ser de inenarrável importância para a sobrevivência das mesmas, visto que auxilia de forma significativa e essencial, de maneira a propiciar uma confiança dos sócios com relação as demais questões, que surgem com as atividades corriqueiras e que também sustentam a produtividade e continuidade da empresa. 3.2 EXPLANAÇÃO E ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS A análise de Balanços através de índices é mais utilizada em grandes corporações, pois seus balanços exprimem informações fidedignas e que expressam a efetiva situação a qual se encontra a empresa, pois todos os registros são
  • 40. 39 devidamente encontrados, e em seu devido lugar, pois abrangência de suas atividades, não permite desorganização e nem desencontro dos dados, logo suas demonstrações estão prontas para análises e emissão de relatórios e pareceres, bem como para a fiscalização de órgãos governamentais, e instituições financeiras, para isso existem setores específicos, com tempo exclusivo para tal finalidade, pessoas com treinamento adequado, e todo suporte necessário que irá influenciar para o bom desempenho e aplicabilidade desta atividade. Porém, nas micro-empresas e empresas de pequeno porte, ou até mesmo nas de médio porte, essa atividade não é desenvolvida a contento, principalmente nas primeiras, que em sua grande maioria terceirizam o serviço de contabilidade, e conseqüentemente, tem serviços limitados, levando-se em consideração também os baixos honorários contábeis que se predispõem a pagar, desta forma, aproveitando- se da situação e desta conjuntura, os referidos escritórios contábeis que prestam esses serviços, acabam por não realizarem a contabilidade como deveria ser feito, e só emitem certos tipos de documentos quando provocados pelos proprietários na realização de tal demanda, tendo em vista o que foi aqui mencionado, organizaremos uma análise simplória, a cerca das demonstrações, ressaltando ainda que apenas uma das empresas (Beta) possuía esses demonstrativos, tendo que ser construído os da empresa (Alfa), a partir do fornecimento de dados do escritório de contabilidade responsável, e de informações dos sócios. Os referidos demonstrativos encontram expressos na integra no Apêndice B, localizado nas páginas 55 a 58 deste trabalho. A partir daí podemos expressar a análise da situação e da perspectiva das empresas em lide, bem como do segmento a ser analisado, frisando as questões que se pretende explorar e demonstrar sua adequação e aplicabilidade nos termos e afirmações com a realidade, visto que o balanço patrimonial, e a DRE são ferramentas de aporte e que tem um papel crucial na análise da situação de uma entidade, seja ela de qualquer porte ou segmento. Partindo desse pressuposto, observamos que ambas as empresas estão em um patamar de continuidade relativamente parecido e igualitário, e representam uma parcela semelhante nos diversos itens a ser analisados, como: receita de vendas, percentuais de custo dos produtos, lucro liquido, além de outros pontos em comum sintonia, o que nos permite afirmar que apesar de estarem em atuação no mesmo segmento e local de atuação, conseguem manter seqüência, responsável pelo fluxo
  • 41. 40 de permanência mercadológica, sujeitos a suportar a concorrência entre elas, e dentre várias outras atuantes na região. A análise do balanço patrimonial da empresa 01 (Alfa), nos permite inferir que apesar de ter uma grande quantia em valores a receber, é superado pelo grande volume em valores no seu estoque, além de não serem tão elevados as despesas com fornecedores e com outras obrigações contidas no passivo circulante. O aumento considerável do patrimônio da empresa, vista a diferença percebida no atual patrimônio, expresso no patrimônio liquido, na parte das reservas, em relação ao capital social inicial subscrito pelos sócios, mostra a evolução da empresa desde a sua criação. A DRE da empresa mostra que obteve um lucro relativamente baixo, e que pode ser melhorado, e apesar desta, ter um lucro liquido relativamente maior do que o da empresa 02 (Beta), haja vista as proporções entre vendas totais e o lucro liquido apurado ao final, já deduzidos os impostos e as demais deduções. Na empresa 02(Beta), o balanço patrimonial demonstra semelhança com a situação e continuidade observada e retro caracterizada, descrito na análise da empresa 01(Alfa), porém apresenta uma situação um pouco melhor, no que diz respeito a contas a receber, e um estoque maior, mesmo tendo um passivo circulante, que expressa as obrigações iminentes, com valores aproximados aos da empresa 01 (Alfa), o capital social inicial também mostra uma diferença abissal em relação ao patrimônio atual, como se observa no patrimônio liquido da empresa, que obteve um crescimento bastante considerável em valores. Observamos na análise da DRE da empresa 02 (Beta), que obteve um lucro semelhante ao da empresa01(Alfa), mesmo tendo uma receita de vendas maior, e o que se pode registrar e tornou-se perceptível, é que essa diferença se deva em sua maior parte as despesas gerais e administrativas, que apresentou uma discrepância maior dentre as duas, pois os percentuais de impostos e de custo dos produtos, mantêm-se bastante parecidos, expressando a homogeneidade do setor. As explanações pertinentes e que se fazem necessárias ao enfoque do trabalho, para que se compram os anseios do que é aqui pretendido, como forma de permear em meio ao estudo as reais carências e necessidades do setor, expressas através das possíveis deficiências encontradas na realização do estudo em relação a aplicabilidade da contabilidade gerencial, nos permitem dizer que os custos dos produtos, parecem ser os maiores responsáveis pelos entraves encontrados na