O documento conta a história da Vila Diferente, onde todos os moradores tinham alguma deficiência exceto Zenão. Zenão se sentia diferente por ser "normal" e procurou o sábio da vila para entender quem ele era. O sábio explicou a Zenão que ele era especial por poder ajudar os outros moradores da vila com suas capacidades.
2. Há muitos, muitos anos, existia uma
Vila Diferente onde todos eram
especiais…
Havia o tio Joaquim, de perna de pau
e cara de mau, que se ouvia ao
longe enquanto andava
(toc… toc).
3. O Ruivo que não ria nem sorria,
tinha cara inexpressiva…
4. A Malú que não via lá muito bem, até
confundia o pai com o poste da luz…
5. Então e o irmão?
Esse era só ele, não brincava, nem
conversava, para tudo só olhava…
7. E o que mais graça tinha era o Rito
que só fazia tolices
8. Mas morava lá também o Zenão que
era tão normal que até se sentia mal:
• Ele falava, via, ouvia, ria, andava e
abraçava… Destoava na Vila.
Ele começou a ficar triste.
• Pensou:
• - Só posso ser adotado, devo ter
nascido, aqui ao lado, na Vila
Normal que se parece afinal com a
Cidade Funcional!
9. Pois na Vila Diferente ninguém tinha
reparado que o Zenão era “especial”.
• E todos gostavam muito do seu feitio,
sorridente, prestável e competente!
• Só o Zenão não estava contente…
10. Queria saber porque era diferente?
• Procurou o sábio do lugar e, com ele foi falar…
• - Quem sou eu afinal?...
11. E o sábio que era gago, respondeu a
gracejar:
• - Pois tu, tu… não sabes? Zenão? É o diferente di-fe-ren-te
não… És apenas igual a toda a gente! Diferente é aquele que é
especial…E tu és especial, és importante para todos nós,
amigo, companheiro, prestável, estás no coração de todos os
que te amam e tens uma função a desempenhar. Se o fazes
bem ou não, amigo, é lá contigo, mas o que te está destinado
cumprir jamais outros o farão.
12. Sabes o que te digo Zé-não?
• Alegra-te por poderes completar cada um desta vila,
pois tens sempre algo que complementa as
necessidades especiais de cada um de nós…
• Ora pensa: com o teu olhar de lince orientas o que não
vê; com a capacidade de perceber os gestos traduzes o
que quer dizer ao que não fala, com os teus ouvidos
poderás ouvir contar as histórias e recontá-las aos que
não ouvem, através dos gestos. Também com os teus
dois braços podes sempre abraçar e com as perninhas
correr, pular e empurrar.
13. Faz-nos felizes… Partilha connosco as
tuas habilidades e faz da nossa Vila
uma oportunidade para todos!
14. Autoria do texto: Elisabete Baptista Antunes
Projeto elaborado pela equipa do Departamento de
Educação Especial /Núcleo de Apoios Educativos
15. CAMINHANDO, PASSO A PASSO, COM A
DIFERENÇA….
Vamos fazer EXPERIÊNCIAS…
fazer de conta… e quem sabe, vamos descobrir aqui
algumas das nossas ignorâncias.
16. A “língua das mãos”
• “Bom dia”, em Língua Gestual.
• As cores.
• Os números.
• O que nos quis dizer?
• Mostrar folha com abecedário em língua gestual.
• Sabiam que as pessoas que não ouvem comunicam
através desta língua?
• O que sentiram?
17. “Ter luz no escuro”
• Sentar alunos no chão
• Tapar os olhos com venda
• Pedir para fazer a sua autoimagem em folhas brancas com
lápis de cera
• Dar aproximadamente 5 minutos.
• De seguida pede-se que repitam o exercício sem vendas.
• Mostrar símbolos em braille/máquina, lupa TV e explicar
que estas pessoas leem e escrevem com este recurso.
18. “As mãos mágicas”
• Prender o dedo polegar e indicador com fita-cola.
• Dar um lápis de cera e …
• Pedir para desenhar um círculo com um
quadrado por dentro .
• Mesmo que seja difícil, é preciso tentar.
19. “Ler sem saber…”
Dar um texto para cada um ler.
• Dar algum tempo para resolver.
• O que sentiram ao não conseguirem resolver?
• É assim que os vossos colegas com DID se sentem
quando lhes damos atividades escolares que para
a maioria são fáceis de resolver;
• Mas eles não percebem por vezes o que se lhes
pede.