A Bacia do Paraná é uma ampla bacia sedimentar situada na América do Sul, principalmente no Brasil, com área de aproximadamente 1,5 milhões de km2. Sua formação ocorreu entre o Paleozóico e o Mesozóico, com depósitos sedimentares e ígneos de até 7000m de espessura. Contém importantes recursos hídricos como o Aquífero Guarani, além de potencial para petróleo, carvão e outros minerais. Fósseis encontrados na bacia,
Bacia do Paraná: Bacia Sedimentar da América do Sul
1. Bacia do Paraná
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Nota: Se procura Bacia hidrográfica do Rio Paraná, consulte Bacia do rio Paraná.
Área de ocorrência da Bacia do Paraná.
A Bacia do Paraná é uma ampla bacia sedimentar situada na porção centro-leste da
América do Sul, principalmente no Brasil. Sua ocorrência abrange o nordeste da
Argentina, o centro-sul do Brasil, desde o estado do Mato Grosso até o estado do Rio
Grande do Sul, a porção leste do Paraguai e o norte do Uruguai. É uma depressão
ovalada com o eixo maior quase norte-sul sendo sua área de cerca de 1,5 milhões de
km2[1][2].
Desenvolveu-se durante parte das eras Paleozóica e Mesozóica e seu registro sedimentar
compreende rochas depositadas do Ordoviciano ao Cretáceo, abrangendo um intervalo
de tempo entre 460 e 65 milhões de anos. Sua espessura máxima é de mais de 7000m na
sua porção central e é constituída por rochas sedimentares e ígneas.[1]
A Bacia do Paraná é uma típica bacia flexural de interior cratônico embora durante o
Paleozóico fosse um golfo aberto para sudoeste para o então Oceano Panthalassa. A
gênese da bacia está ligada à relação de convergência entre a margem sudoeste do
2. antigo supercontinente Gondwana, formado pelos atuais continentes América do Sul,
África, Antártida e Austrália, além da Índia e a litosfera oceânica do Panthalassa,
classificando a bacia, pelo menos no Paleozóico, como do tipo antepais das orogenias
Gondwanides[1][3][4].
O Rio Paraná corre aproximadamente no seu eixo central sendo que sua bacia
hidrográfica está quase que inteiramente contida na bacia sedimentar.
Índice
[esconder]
• 1 Estudos pioneiros
o 1.1 A Bacia do Paraná e a teoria da deriva continental
1.1.1 Mesosaurus Brasiliensis
1.1.2 Flora Glossopteris
• 2 Estratigrafia
• 3 Bens minerais
o 3.1 Água subterrânea
o 3.2 Potencial petrolífero
3.2.1 Rochas geradoras
o 3.3 Folhelhos betuminosos
o 3.4 Carvão
o 3.5 Urânio
o 3.6 Diamantes do rio Tibagi
• 4 Sítios geoturísticos
o 4.1 Sítios Geomorfológicos
o 4.2 Sítios Paleoambientais
o 4.3 Sítios Paleontológicos
• 5 Referências
[editar] Estudos pioneiros
Os primeiros estudos realizados na Bacia do Paraná datam de 1841, quando a presença
de “carvão de pedra” foi constatada por técnicos e cientistas brasileiros e estrangeiros
em missão do Governo Imperial Brasileiro. Um grande marco para o conhecimento da
geologia da Bacia foi o Relatório White, publicado em 1908, pelo geólogo Israel
Charles White, chefe da Comissão de Estudos das Minas de Carvão de Pedra do Brasil,
cujo objetivo era identificar a potencialidade dos carvões brasileiros. As denominações
introduzidas por ele para a designação das unidades geológicas da Bacia do Paraná
ficaram consagradas, tendo sido pouco modificadas na sua concepção ao longo dos
tempos, sendo considerado o “marco zero” na sistematização estratigráfica da mesma.
Por outro lado, o trabalho de White documenta um precioso conteúdo científico no
campo da Paleontologia: o reconhecimento da ocorrência de restos fósseis de
Mesosaurus brasiliensis em estratos permianos do “Schisto preto de Iraty”. Mais
importante ainda, White correlacionou e propôs a equivalência das diversas unidades
estratigráficas e conteúdo fossilífero da Bacia do Paraná com a Bacia do Karoo, na
3. África do Sul, bem como com a região de Gondwana, na Índia, e citou como "grande
probabilidade da hypothese que admitte que os continentes meridionaes, devem ter
estado unidos, durante os periodos Permiano e Triássico, por grande porção de terras,
agora submersas, a que Suess denominou "Terra Gondwana"[5].
[editar] A Bacia do Paraná e a teoria da deriva continental
Distribuição geográfica dos fósseis gondwânicos (clique para ampliar e ver mais
detalhes)
Como antevisto no parágrafo anterior, a Bacia do Paraná teve um papel importante no
desenvolvimento da teoria da deriva continental, do geólogo e meteorologista alemão
Alfred Wegener, e que culminou, em 1915, com a publicação de sua obra clássica: A
Origem dos Continentes e Oceanos (Die Entstehung der Kontinente und Ozeane), que
afirmava que os continentes, hoje separados por oceanos, estiveram juntos numa única
massa de terra, por ele denominado de Pangaea (do grego “toda a Terra”), do
Carbonífero superior, a cerca de 300 milhões de anos, ao Jurássico superior, a cerca de
150 milhões de anos, quando a Laurásia (atuais América do Norte e Eurásia) separou-se
do Gondwana, que depois também dividiu-se, já no Cretáceo inferior[6].
Durante o século XIX e início do século XX, foram encontrados e identificados
inúmeros fósseis na Bacia do Paraná, tanto de animais que viveram em ambiente
terrestre ou marinho raso quanto de vegetais continentais, e que também foram
encontrados nos outros continentes do hemisfério sul, além da Índia, como por exemplo,
e principalmente, os répteis mesossaurídeos e a flora Glossopteris.
Dois geólogos, trabalhando nos dois lados do Atlântico sul, tiveram grande contribuição
na defesa da deriva continental na primeira metade do século XX, além de serem dos
primeiros defensores das teorias de Wegener e que publicaram diversos trabalhos
referentes ao assunto. Um foi geólogo sul-africano Alexander Du Toit[7][8] e o outro foi o
geólogo alemão, radicado em Curitiba, Paraná, Reinhard Maack que além de sua tese de
doutorado sobre o tema, defendida na Universidade de Bonn, publicou inúmeros
4. trabalhos sobre o assunto, tendo sido inclusive premiado pela UNESCO, órgão da ONU,
pela sua defesa da Deriva Continental[9][10].
[editar] Mesosaurus Brasiliensis
Ver artigo principal: Mesosaurus brasiliensis
Esqueleto do Mesosaurus Brasiliensis. Desenho original de Mac Gregor, 1908.
O Mesosaurus brasiliensis era um réptil pequeno, com corpo esguio e longa cauda,
medindo cerca de um metro quando adulto. Foi descrito e catalogado pelo paleontólogo
John Mac Gregor em 1908, estudando fósseis encontrados nos folhelhos da Formação
Irati e coletados por White próximos à estação de Irati, no estado do Paraná[11]. Esses
répteis apareceram há cerca de 290 milhões de anos, no Carbonífero, tendo seu auge
ocorrido no Permiano. Alguns fósseis indicam que os últimos remanescentes dessa
linhagem sobreviveram até o início do Triássico, há cerca de 230 milhões de anos. O
primeiro exemplar de mesossaurídeo foi encontrado no sul da África e descrito por Paul
Gervais em 1864, que o denominou de Mesosaurus tenuidens. A ocorrência de uma
mesma espécie de pequeno réptil nos dois lados do Atlântico foi logo visto por diversos
geólogos e paleontólogos, como um dos mais fortes argumentos da teoria da deriva
continental.
[editar] Flora Glossopteris
Ver artigo principal: Glossopteris
É considerado um fóssil guia mundial para as sequências godwânicas. Esta flora é o
principal conteúdo fossilífero dos carvões permianos encontrados no sul do Brasil e
Uruguai. O primeiro trabalho a registrar a ocorrência de horizontes megaflorísticos
associados às camadas de carvão dentro de um enfoque paleogeográfico e
paleoclimático, na Bacia do Paraná, foi o estudo realizado por White em 1908. Isto
permitiu uma extensa correlação intra-gondwânica entre os depósitos de carvões
permianos do sul do Brasil e aqueles registrados na Bacia do Karoo, África do Sul, na
Austrália, Índia e Antártida, mostrando inclusive que esta última já esteve em
paleolatitudes menos próximas do pólo sul do que atualmente, permitindo a ocorrência
de uma extensa flora[12][13].
O termo original para designar o supercontinente que haveria ao sul, Gondwanaland, foi
cunhado pelo geólogo inglês Eduard Suess em 1861, em referência à região de
Gondwana, na Índia, onde esta flora foi encontrada pela primeira vez.
[editar] Estratigrafia
5. Carta Estratigráfica simplificada da Bacia do Paraná.
A coluna sedimentar da Bacia do Paraná foi subdividida por Milani, em 1997[14], em seis
unidades alostratigráficas de segunda ordem ou superseqüências, no senso de Vail et. al.
1977[15]. Estas unidades, descritas a seguir, definem o arcabouço estratigráfico da bacia e
são separadas por expressivos hiatos deposicionais, causados por eventos erosivos.
Supersequência Rio Ivaí
A supersequência mais basal, de idade Neo Ordoviciano a Eo Siluriano, possui três
formações: a Formação Alto Garças, dominantemente arenosa, a Formação Rio Ivaí,
que registra depósitos relacionados à glaciação Ordoviciana que afetou grandes porções
do Gondwana, e a Formação Vila Maria, uma espessa camada argilosa com conteúdo
fóssil abundante de graptólitos, trilobitas, braquiópodos e quitinozoários.
Superseqüência Paraná
De idade Devoniana, é representada na base por arenitos médios a grossos, com
estratificações cruzadas e geometria tabular da Formação Furnas e no topo por uma
seção predominantemente argilosa, Formação Ponta Grossa, rica em macrofósseis e
uma das potenciais geradoras de petróleo da bacia.
Superseqüência Gondwana I
Depositada do Carbonífero superior ao Triássico inferior, possui duas características
marcantes:
• Sua porção basal é um registo marcante da grande glaciação gondwânica, cujo
pico ocorreu no Mississipiano (Carbonífero inferior). A deglaciação, do
6. Westafaliano (Carbonífero superior) até o Permiano inferior, gerou extensos
depósitos glaciais. Estes depósitos são constituidos principalmente por arenitos,
diamictitos, conglomerados e rochas argilosas e estão agrupados no Grupo
Itararé. São comuns fácies típicas de ambiente glacial, como por exemplo os
varvitos.
• O declínio das condições glaciais, no Permiano médio, possibilitou o
aparecimento da flora Glossopteris, na Formação Rio Bonito, e dos extensos
depósitos de carvões que são extraídos tanto na América do Sul quanto na África
do Sul.
Já no Permiano superior, ocorre a Formação Irati, representada por folhelhos
betuminosos, também potencial geradora de petróleo e mundialmente famosa por conter
a fauna de répteis Mesosaurus brasilienesis e Sterosternum tumidum, que permitiu a
correlação da mesma com a Formação Whitehill, da Bacia Karoo, na África do Sul,
suportando assim a hipótese da deriva continental. O topo desta seqüência marca o fim
da fase marinha da Bacia e o inicio da continentalização da mesma.
Superseqüência Gondwana II
De idade triássica, é restrita ao estado do Rio Grande do Sul e à porção norte do
Uruguai, mas possui uma importante fauna de répteis e mamíferos terrestres,
correlacionáveis com a Argentina e África do Sul.
Superseqüência Gondwana III
Esta superseqüência, depositada do Jurássico superior ao Cretáceo superior, marca a
ocorrência de dois eventos de grande importância. Sua porção basal mostra uma grande
desertificação do ainda continente Gondwana, o “deserto Botucatu”, semelhante ao
deserto do Saara e com área superior a um milhão de km2. Os extensos campos de dunas
formaram os espessos pacotes de arenitos finos a médios da Formação Botucatu e que
hoje constitui o importante Aqüífero Guarani.
Recobrindo estes arenitos ocorreu o evento ígneo Formação Serra Geral, no início do
Cretáceo, entre 137 e 127 milhões de anos, e que está associado ao processo de ruptura
do Gondwana e à formação do Atlântico sul. Este evento resultou na formação de
espessa sucessão vulcânica, formada principalmente por basaltos e rochas intrusivas
associadas, sendo uma das maiores extrusões ígneas do planeta, tanto em área, superior
a um milhão de km2, quanto em espessura, de até mais de 2000m. Estes basaltos se
estendem no continente africano, na Bacia de Etendeka, na Namíbia e Angola.
Superseqüência Bauru
Superseqüência cretácica, ocorre na porção centro-norte da bacia e é constituída por
depósitos areno-conglomeráticos.
[editar] Bens minerais
[editar] Água subterrânea
7. Um importante bem mineral presente na Bacia do Paraná é a água subterrânea do
Aquífero Guarani que constitui a maior reserva subterrânea de água doce do mundo. É
formado por arenitos das formações Pirambóia e Botucatu e possui uma área de
ocorrência de cerca de 1,2 milhões de km2. Outros aquíferos como os do Grupo Itararé,
Grupo Bauru e basaltos da Fornação Serra Geral também contribuem como mananciais.
[editar] Potencial petrolífero
O potencial petrolífero da Bacia do Paraná ainda não foi totalmente explorado, com
uma média de um poço perfurado a cada 10000 km2 da porção brasileira da bacia,
principalmente devido à grande espessura de basaltos, que não só torna a perfuração de
poços extremamente onerosa quanto prejudica a qualidade dos levantamentos sísmicos,
essenciais para a pesquisa de hidrocarbonetos. Desde o final do século XIX existe
interesse na prospecção de petróleo na bacia, quando foram identificadas ocorrências de
arenitos asfálticos no flanco leste da mesma. Entre 1892 e 1897 foi perfurado o primeiro
poço para exploração de petróleo no Brasil, na localidade de Bofete, em São Paulo. No
entanto somente foi recuperada água sulforosa. Até o momento, somente ocorrências
não comerciais de óleo foram encontrados na Bacia[16].
Gás natural: Em 1996 a Petrobras fez a primeira, e até o momento a única, descoberta
de gás comercial na bacia, o Campo de Barra Bonita, no estado do Paraná. A jazida
possui cerca de 14,5 km2 e situa-se a uma profundidade média de 3500m, em arenitos da
Formação Campo do Mourão, de idade permo-carbonífera. O volume original de gás na
jazida é de cerca de 496 milhões de m3.
[editar] Rochas geradoras
Foram identificadas duas formações com potencial gerador de hidrocarbonetos: os
folhelhos negros da Formação Ponta Grossa, Devoniana, com concentrações de 1,5 e
2,5% e picos de 4,6% e potencial gerador de 6 kg HC/ton rocha e os folhelhos negros da
Formação Irati, Permiano superior, com concentrações de 1 e 13% e picos de 23% e
potencial gerador superior a 100-200 kg HC/ton rocha.
[editar] Folhelhos betuminosos
Desde 1972 a Petrobras opera uma planta industrial para extrair hidrocarbonetos dos
folhelhos betuminosos da Formação Irati. O Processo Petrosix, uma patente da
Petrobras, foi inteiramente desenvolvido pela companhia e incluem procedimentos de
mineração, trituração, processamento termo-químico do folhelho com obtenção dos
produtos petróleo, gás e enxofre nativo e uma completa recuperação da área afetada pela
mineração, com cuidado especial quanto à preservação da fauna e flora nativas. Na
pedreira são abundantes fragmentos de crustáceos e da fauna típica de Mesosaurus
brasiliensis. Ocorrem duas camadas de folhelho rico em óleo, na Formação Irati. Os
teores médios de óleo são de respectivamente 9,1% para a camada inferior e de 6,4%
para a camada superior. As reservas são de cerca de 700 milhões de barris de óleo, nove
milhões de toneladas de gás liquefeito (GLP), 25 bilhões de metros cúbicos de gás de
xisto e 18 milhões de toneladas de enxofre[17].
[editar] Carvão
8. Desde o século XIX o carvão é explorado na Bacia do Paraná. Os recursos identificados
de carvão mineral no Brasil ultrapassam 32 bilhões de toneladas e estão localizados em
arenitos da Formação Rio Bonito, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e,
subsidiariamente, no Paraná e São Paulo. As jazidas brasileiras de maior importância
são oito: Sul-Catarinense (SC), Santa Terezinha, Chico Lomã, Charqueadas, Leão, Iruí,
Capané e Candiota (RS)[18].
[editar] Urânio
Em 1969 foi descoberta uma jazida de urânio em arenitos, argilas carbonosas e carvões
da Formação Rio Bonito, com reservas são de aproximadamente 8.000 t de U3O8 o que
corresponde a cerca de 3% das reservas brasileiras. Localizado no município de
Figueira, no estado do Paraná, a descoberta desta jazida foi resultado de um
levantamento sistemático de carvões no sul e sudeste do Brasil[19].
[editar] Diamantes do rio Tibagi
A região de Tibagi, no Estado do Paraná, constitui a segunda província diamantífera
mais antiga do Brasil, relatada desde 1754, sendo sua produção oriunda, restritamente,
de aluviões e terraços antigos.[20].
[editar] Sítios geoturísticos
A evolução da Bacia do Paraná e o posterior soerguimento da borda leste da mesma,
associada à abertura do Atlantico sul e à formação da Serra do Mar criou, através de
erosão, o aparecimento de inúmeras feições geológicas impressionantes, que constituem
um patrimônio natural de valor inestimável:
[editar] Sítios Geomorfológicos
• Cataratas do Iguaçu: Cataratas de fama mundial, estão situadas no Rio Iguaçu,
na divisa Brasil-Argentina. Foram tombadas pela UNESCO como Patrimônio
Natural da Humanidade em 1986[21];
• Parque Estadual de Vila Velha: O parque é constituido por esculturas naturais
impressionantes em arenitos, causadas pela erosão. Localização: Rodovia
BR-373, Ponta Grossa, Paraná[22][23];
• Itaimbezinho: Canyons de até 900m de altura e grande beleza cênica, estão
localizados na Serra do Mar, na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio
Grande do Sul[24];
• Serra do Rio do Rastro e Coluna White: Além da grande beleza da paisagem, é
uma coluna estratigráfica clássica do antigo Continente Gondwana no Brasil.
Localização: Rodovia SC-438, entre os municípios catarinenses de Lauro Müller
e Bom Jardim da Serra[25][26];
• Canyon Guartelá: Situado entre os municípios de Castro e Tibagi, no Estado do
Paraná. O Canyon do Guartelá é uma garganta retilínea com cerca de 30 km de
extensão e desnível máximo de 450 m[27].
[editar] Sítios Paleoambientais
9. Diversos sítios geológicos da Bacia do Paraná são importantes pois registram a grande
glaciação que ocorreu do Carbonífero inferior ao Permiano inferior, entre 360 e 270
milhões de anos, quando toda porção sul do antigo Gondwana ficou coberto por
espessas camadas de gelo:
• Estrias Glaciais de Witmarsum: É um pavimento polido de arenito com estrias e
sulcos de extensão métrica, causadas pelo movimento de geleiras. Situa-se na
Colônia Witmarsum, BR-373, no município de Palmeira, Paraná. O afloramento
foi tombado pela Secretaria da Cultura do Paraná[28][29];
• Parque do Varvito: Situa-se no Município de Itu, Estado de São Paulo. É a
melhor exposição, na Bacia do Paraná, de varvito, rocha formada em corpos de
água, como lagos glaciais, pela deposição rítmica de pares da lâminas claras,
mais espessas e arenosas e escuras, mais delgadas e argilosas. Outra feição
marcante são os clastos caídos, visiveis nas camadas de varvito. Possuem
tamanho e composição diversos e são originários do degelo dos icebergs que
flutuavam sobre os lagos[30][31];
• Parque Rocha Moutonnée: Situado no município de Salto, São Paulo, é o único
exemplar conhecido na Bacia do Paraná de estrutura de abrasão glacial
denominada rocha moutonnée. Sua descoberta, por Marger Gutmans em 1946,
foi um dos pontos mais importantes na comprovação da origem glacial das
rochas do Grupo Itararé[32].
[editar] Sítios Paleontológicos
• Sítio Fossilífero de Pirapozinho: Extraordinário depósito de quelônios
(tartarugas) do Cretáceo. Localizado no município de Pirapozinho, São Paulo[33];
• Sítio Jaguariaíva: Invertebrados devonianos da Formação Ponta Grossa, de
grande importância paleobiogeográfica. Situado no município de Jaguariaíva,
Paraná[34];
• Afloramento Bainha, Flora Glossopteris do Permiano Inferior: Situado no
município de Criciúma, SC[35];
• Tetrápodes Triássicos do Rio Grande do Sul - Vertebrados fósseis de fama
mundial[36];
• Sítios Paleobotânicos do Arenito Mata: Situados nos municípios gauchos de
Mata e São Pedro do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. De idade Triássica, é
uma das mais importantes “florestas petrificadas” do planeta[37].
Referências
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37. ↑ Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil – 009 Sítios Paleobotânicos do Arenito
Mata: http://www.unb.br/ig/sigep/sitio009/sitio009.pdf
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Paran%C3%A1"