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COFINANCIAMENTO
PROMOTORES ENTIDADES ORGANIZADORAS
A migração de aves em Sagres
O fenómeno ornitológico mais relevante da península de Sagres é a migração pós-nupcial.
Devido à sua localização geográfica, a área regista uma elevada abundância e diversidade
de aves migradoras, de agosto a novembro. Estas aves são principalmente planadoras e
passeriformes, mas também de outros grupos, como rapinas noturnas. A maioria delas
está em viagem entre os seus territórios de nidificação europeus, a caminho de áreas de
invernada na África subsariana.
As linhas de costa e vales adjacentes encaminham-nas para a península de Sagres, onde
se congregam, podendo utilizá-la como ponto de paragem. Daqui podem seguir para Este
ao longo da costa sul, presumivelmente até Gibraltar, ou tentar a travessia de cerca de
400 km de mar, até ao continente africano. Algumas estão também a efetuar movimentos
dispersivos. As águas em volta da península constituem por isso uma importante zona de
passagem de aves marinhas em trânsito entre o Atlântico Norte, o Atlântico Sul e o Mar
Mediterrâneo.
Muitas das aves que chegam a Sagres são juvenis ou imaturas, e a possibilidade de avistar
uma raridade ou uma espécie mais escassa é algo a ter sempre presente.
AS AVES
DE SAGRES
A TERRA
DA MIGRAÇÃO
DE AVES
A península de Sagres, no extremo
sudoeste de Portugal, é uma das
zonas mais interessantes no país
para a observação de aves. Com mais
de 250 espécies registadas ao longo
dos anos, constitui também o local
mais emblemático a nível nacional
para observar a migração Outonal
de aves planadoras, passeriformes,
aves marinhas, entre outras.
©StefanKrause
PARCEIROS
A CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO BISPO (CMVB) é promotor do Festival de Observação de Aves de
Sagres desde a sua primeira edição, e trabalha ativamente na divulgação e gestão do património
natural e cultural do concelho.
Website: www.cm-viladobispo.pt/ - Email: geral@cm-viladobispo.pt - Tel.: (+351) 282 630 600
A VICENTINA é uma associação sem fins lucrativos, sediada em Bensafrim. Possui por objeto social
o desenvolvimento local, a formação e a melhoria das condições culturais, sociais e materiais de
vida das comunidades e áreas abrangidas.
Website: www.vicentina.org - Email: vicentina@vicentina.org - Tel.: (+351) 282 860 120
A SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é uma associação ambiental e científica
sem fins lucrativos, que tem como missão trabalhar para o estudo e conservação das aves e seus
habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para
usufruto das gerações futuras. A SPEA faz parte da BirdLife Internacional, desenvolvendo projectos
de conservação e promovendo a prática da observação de aves em Portugal
Website: www.spea.pt - Email: spea@spea.pt - Tel.: (+351) 213 220 430
A ALMARGEM é uma Associação sem fins lucrativos sediada em Loulé, que tem como missão o
estudo e divulgação dos valores mais significativos do património natural, histórico e cultural do
Algarve; a defesa intransigente desses mesmos valores e a apresentação de propostas concretas
para a sua recuperação e valorização; e a promoção de atividades que visem um desenvolvimento
local integrado e respeitador da natureza.
Website: www.almargem.org - Email: almargem@mail.telepac.pt - Tel.: (+351) 289 412 959
CONTACTOS
ALOJAMENTOS www.cm-viladobispo.pt | Turismo | Alojamento
RESTAURANTES www.cm-viladobispo.pt | Turismo | Restaurantes
ATIVIDADES (Birdwatching)
Cape Cruiser Passeios Marítimos www.capecruiser.org | (+351) 919 751 175
Magic Moments Fotografia www.magicmoments.pt | (+351) 917 362 163
Mar Ilimitado Passeios Marítimos www.marilimitado.com | (+351) 916 832 625
Walkin’ Sagres Caminhadas guiadas www.walkinsagres.com | (+351) 925 545 515
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VILA DO BISPO Vila do Bispo (+351) 282 639 285
CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO BISPO (CMVB)
Aberto: Segunda a Sexta-feira (+351) 282 630 600 | www.cm-viladobispo.pt
CENTRO CULTURAL DE VILA DO BISPO (Biblioteca e Internet)
Aberto: Segunda a Sexta-feira (+351) 282 630 300
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Sagres (+351) 282 624 173
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Farmácia de Sagres (+351) 282 624 850
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SERVIÇO INFORMATIVO NACIONAL (+351) 118
SERVIÇO NACIONAL DE SOCORRO (+351) 112
TRANSPORTES
Comboios www.cp.pt | (+351) 808 208 208
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1 CABRANOSA
Situado junto ao marco geodésico da Cabranosa, e conhecido entre os observadores de aves
como “P1”, é o ponto mais elevado da península e provavelmente o ponto de observação mais
mediático do país. Pode ser alcançado a partir da estrada para o Cabo S. Vicente, seguindo
um caminho de terra batida para norte, depois do restaurante “O Vigia”. É o melhor local
para observar aves de rapina e outras planadoras, mas também passeriformes que procuram
refúgio nos arbustos e matos adjacentes. Nidifica nas imediações a toutinegra-tomilheira Sylvia
conspicillata. O pinhal adjacente pode abrigar espécies florestais interessantes como a felosa-
de-papo-branco Phylloscopus bonelli.
2 VALE SANTO
Zona de planalto costeiro, com alguma vegetação rasteira. Pode ser alcançado por carro a
partir da estrada para o Cabo S. Vicente, virando para Norte na única estrada asfaltada antes
do Cabo, ou a pé pela zona da Cabranosa e sebe. Aqui podem-se observar espécies residentes
características de habitats mais abertos, como o sisão Tetrax tetrax, a gralha-de-bico-vermelho
Pyrrhocorax pyrrhocorax ou a cotovia-escura Galerida theklae. Durante a migração pós-nupcial
é o local indicado para procurar algumas espécies menos comuns, como o borrelho-ruivo
Charadrius morinellus e a sombria Emberiza hortulana.
3 SEBE
Constitui uma linha de pinheiros baixos ao longo do caminho para a Cabranosa, onde se podem
encontrar passeriformes ou outras aves, como rapinas noturnas. As aves utilizam este local para
refúgio e repouso depois ou antes de uma longa travessia. Um bom barómetro para o panorama
geral de migração de passeriformes.
4 CABO S. VICENTE
O sítio de observação de aves marinhas por excelência. Na migração outonal é possível registar
praticamente todas as espécies nidificantes na Europa continental. Aconselha-se a observação
nas primeiras horas de luz.
5 PONTA DA ATALAIA
Pontoalternativodeseawatching.Permiteobservarasavesmarinhasquepassamaolongodacosta
sul da península. Por estar abrigado do vento norte, é um ponto de observação muito aprazível
em dias de forte nortada. Os matos circundantes são um bom sítio para procurar passeriformes
migradores. Pode ser visitado a partir da vila de Sagres, virando para sul, direção ”Pousada”.
6 PORTO DA BALEEIRA
Porto de pesca onde, em condições climatéricas adversas, se podem abrigar espécies marinhas
menos comuns de observar como a torda-mergulheira Alca torda. O melhor local para observar
gaivotas.Noinvernojáaquiforamobservadasraridadescomoagaivota-brancaLarushyperboreus
ou a petinha-marítima Anthus petrosus. Chega-se ao Porto atravessando a vila de Sagres.
7 MARTINHAL
A única zona húmida permanente da península. Local de paragem para aves aquáticas,
principalmente limícolas. Já foram registadas raridades como o pilrito-de-sobre-branco Calidris
fuscicollis. Chega-se a este local a partir da estrada para a Vila do Bispo, virando para Este
seguindo as indicações “Martinhal”.CÓDIGO DE CONDUTA
1 O bem-estar das aves deve estar sempre em primeiro lugar, e o habitat deve permanecer sempre
como o encontrou
2 Não perturbe de nenhum modo o comportamento das aves
3 Respeite os direitos dos proprietários e dos outros observadores
4 Promova o desenvolvimento local
Se utilizar um guia turístico, certifique-se de que está licenciado para o efeito, e privilegie os guias
locais, afim de incentivar a economia local
5 Partilhe informação sobre as observações de aves
Portugal Aves (http://www.worldbirds.org/v3/portugal.php)
Noticiário Ornitológico
(http://www.spea.pt/pt/publicacoes/newsletters/noticiario-ornitologico)
Comité Português de Raridades
(http://www.spea.pt/pt/observar-aves/comite-portugues-raridades/)
Central de anilhagem - CEMPA (cempa@incb.pt)
6 Se encontrar uma ave ferida ou debilitada, contacte as seguintes entidades
SOS Ambiente 808 200 520
Centro de Reabilitação RIAS (Olhão) (+351) 927 659 313
7 Em caso de incêndio ligue 112
1
2
3
7
6
5
EN 268
SAGRES
4
Aves planadoras
GRIFO Gyps fulvus
1 2
A mais emblemática e numerosa ave de rapina migradora
em Sagres. Com mais de 2m de envergadura, estas aves
imponentes surgem nos céus de Sagres principalmente em
outubro. Deslocam-se tirando partido das correntes térmicas
ascendentes, circulando por vezes em bandos de centenas
de indivíduos.
BRITANGO Neophron percnopterus
1 2
Bem mais escasso que o Grifo, apenas algumas dezenas
de britangos chegam por ano a Sagres, na sua viagem em
direção a África, sendo a maioria juvenis ou imaturos. Estas
aves surgem normalmente em pequenos bandos (1-5),
principalmente em setembro e princípio/meio de outubro.
ÁGUIA-CALÇADA Hieraaetus pennatus
1 2
Uma das aves de rapina migradoras mais comuns em Sagres.
Presente praticamente ao longo de toda a época migratória,
com picos de passagem na segunda quinzena de setembro
e primeira de outubro, altura em que é frequente avistar
bandos de dezenas de aves desta espécie.
ÁGUIA-COBREIRA Circaetus gallicus
1 2
Migradora comum que passa ao longo de toda a época
migratória com um primeiro pico de passagem na primeira
metade de outubro, e outro na primeira metade de
novembro. Pode formar bandos numerosos.
CEGONHA-PRETA Ciconia nigra
1 2
Migradora escassa mas regular. Apenas alguns indivíduos
chegam a Sagres, e constituem sempre uma visão
empolgante. Aves isoladas ou pequenos bandos podem
aparecer na área a partir de meio de setembro até fim de
novembro, sem picos de passagem bem definidos.
Passeriformes migradores
CHASCO-CINZENTO Oenanthe oenanthe
1 2 3 5 7
Migrador transariano emblemático, observado normalmente
isolado e junto ao solo. Presente ao longo da maior parte da
épocamigratória,aindaquesejamaisfrequenteemsetembro
e outubro. Migrador de longa distância podendo mesmo vir
de terras distantes como a Islândia ou a Gronelândia.
TOUTINEGRA-TOMILHEIRA
Sylvia conspicillata
1 2
Um exemplo de um passeriforme migrador transariano, que
não só está de passagem como também cria em Sagres,
nomeadamente na zona da Cabranosa. Está presente desde
março até princípio de outubro.
TOUTINEGRA-DE-BIGODES Sylvia cantillans
1 2 3 5
Migrador transahariano bastante conspícuo. Nidifica ao
longo da bacia Mediterrânica. Pode ser observado ao longo
de quase toda a época, ainda que a maioria passe em
setembro e início de outubro.
PAPA-MOSCAS-PRETO Ficedula hypoleuca
2
Um dos passeriformes migradores mais comuns em Sagres.
Nidifica sobretudo no norte e centro da Europa. Em setembro
e outubro estão um pouco por toda a parte.
SOMBRIA Emberiza hortulana
2
Exemplo de um migrador mais escasso. Cria de forma bem
distribuída pela Europa, mas em Portugal a nidificação é
restritaàsterrasaltasdoNortedopaís.PodechegaraSagresem
número variável mas reduzido, durante setembro e princípios
de outubro, podendo facilmente passar despercebido.
Aves marinhas
ALCATRAZ Morus bassanus
4 5
Ave marinha mais facilmente detetável pela sua enorme
envergadura e padrões conspícuos. Cria no norte da Europa,
e durante a primeira metade da época migratória a maioria
das aves observadas são juvenis e imaturos (mais escuros).
A partir de meados de outubro, a maioria dos alcatrazes
presentes são adultos (maioritariamente brancos), com o
ritmo de passagem a poder atingir alguns milhares por hora.
CAGARRA Calonectris diomedea
4 5
CriaprincipalmentenasilhasMacaronésicasenoMediterrâneo,
invernando no Atlântico Sul. As aves de passagem em Sagres
podem estar em alimentação, dispersão ou migração, ao longo
daprimeirametadedaépocamigratória(emqueéabundante).
Osjuvenissaemdoninhoemfinaisdeoutubro,eemnovembro
a espécie já é rara na zona.
PARDELA-DE-BARRETE Puffinus gravis
4 5
(Saída pelágica aconselhável)
Cria no Atlântico Sul durante o verão austral, migrando
depois para o Atlântico Norte. Presente na área sobretudo
entre agosto e novembro, com concentrações mais elevadas
na primeira metade da época. Pode ser bastante comum ao
largo, mas dificilmente observada a partir de terra.
PARDELA-BALEAR Puffinus mauretanicus
4 5
Ave marinha Criticamente em Perigo (CR), que cria
exclusivamente nas ilhas Baleares. Indivíduos não-
reprodutores estão presentes na área ao longo de todo o ano,
mas as maiores taxas de passagem ocorrem pontualmente
ao longo de setembro e outubro, quando as aves estão a
regressar aos territórios de nidificação, oriundas dos locais
deconcentraçãopós-nupcial,maisanorte.
CASQUILHO Oceanites oceanicus
4 5
(Saída pelágica aconselhável)
A espécie cria no Atlântico Sul e os registos na área são,
normalmente, de indivíduos isolados ou em pequenos
bandos, maioritariamente em agosto e setembro. Uma
espécie de hábitos pelágicos, dificilmente avistada a partir
da costa.
Aves residentes
FALCÃO-PEREGRINO Falco peregrinus
1 2 4
Conhecido por ser a ave mais rápida do planeta, o falcão-
peregrino é um habitante habitual das falésias de Sagres e
zonas interiores costeiras.
SISÃO Tetrax tetrax
1
Uma pequena população desta espécie está presente ao
longo de todo o ano nas pastagens e terrenos agrícolas
do Vale Santo e área envolvente, onde pode ser vista com
relativa facilidade. Fora da época de nidificação as aves
dispersam mais, formando bandos, e podendo ser mais
difíceis de detetar.
MELRO-AZUL Monticola solitarius
4 5
O melro-azul é um habitante das falésias, bem distribuído
por toda a costa sudoeste. Tem uma silhueta conspícua
e indivíduos isolados podem ser avistados a esvoaçar ou
pousados nas falésias.
CHARNECO Cyanopica cyanus
1 3
Estas aves inconfundíveis são características da parte sul
da Península Ibérica, podendo ser avistadas durante todo
o ano nas áreas mais florestais da península de Sagres,
como o pinhal do Vale Santo ou a Cabranosa. Na época não-
reprodutora juntam-se em bandos mais numerosos.
GRALHA-DE-BICO-VERMELHO
Pyrrhocorax pyrrhocorax
1 2 4
Uma população de algumas dezenas de casais cria nas
falésias à volta do Cabo S. Vicente (para Norte e para Este),
onde também pernoita. Podem ser vistos saindo dos seus
dormitórios costeiros de manhã e voltando ao fim da tarde,
ou em alimentação em campos agrícolas e terreno aberto.
A população mais perto está a cerca de 300 kms para Norte.
LEGENDA (FOTOGRAFIAS)
Paco Goméz (1), O. Pehmann (2 e 3), Jorge Meneses (4, 13 e 14),
Eran Finkle (5), Mark Medcalf (6), Juan Emilio (7 e 9), Mike Sway
(8), Pierre Dalous (10 e 17), Andreas Trpte (11), Pedro Geraldes
(12), JJ. Harisson (15), Juan la Cruz (16 e 18), Mário Mata (19),
Malt Uhl (20).
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Calendário de migração de aves planadoras na península de Sagres
1 E 2 REPRESENTAM 1ª E 2ª QUINZENA DE CADA MÊS
OCORRÊNCIA PICOS DE PASSAGEM
AGO SET OUT NOV
2 1 2 1 2 1 2
Ciconia ciconia
Ciconia nigra
Gyps fulvus
Aegypius monachus
Neophron percnopterus
Pandion haliaetus
Aquila chrysaetus
Aquila adalberti
Circaetus gallicus
Aquila pennata
Aquila fasciata
Milvus milvus
Milvus migrans
Circus aeroginosus
Circus cyaneus
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As Aves de Sagres

  • 1. COFINANCIAMENTO PROMOTORES ENTIDADES ORGANIZADORAS A migração de aves em Sagres O fenómeno ornitológico mais relevante da península de Sagres é a migração pós-nupcial. Devido à sua localização geográfica, a área regista uma elevada abundância e diversidade de aves migradoras, de agosto a novembro. Estas aves são principalmente planadoras e passeriformes, mas também de outros grupos, como rapinas noturnas. A maioria delas está em viagem entre os seus territórios de nidificação europeus, a caminho de áreas de invernada na África subsariana. As linhas de costa e vales adjacentes encaminham-nas para a península de Sagres, onde se congregam, podendo utilizá-la como ponto de paragem. Daqui podem seguir para Este ao longo da costa sul, presumivelmente até Gibraltar, ou tentar a travessia de cerca de 400 km de mar, até ao continente africano. Algumas estão também a efetuar movimentos dispersivos. As águas em volta da península constituem por isso uma importante zona de passagem de aves marinhas em trânsito entre o Atlântico Norte, o Atlântico Sul e o Mar Mediterrâneo. Muitas das aves que chegam a Sagres são juvenis ou imaturas, e a possibilidade de avistar uma raridade ou uma espécie mais escassa é algo a ter sempre presente. AS AVES DE SAGRES A TERRA DA MIGRAÇÃO DE AVES A península de Sagres, no extremo sudoeste de Portugal, é uma das zonas mais interessantes no país para a observação de aves. Com mais de 250 espécies registadas ao longo dos anos, constitui também o local mais emblemático a nível nacional para observar a migração Outonal de aves planadoras, passeriformes, aves marinhas, entre outras. ©StefanKrause PARCEIROS A CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO BISPO (CMVB) é promotor do Festival de Observação de Aves de Sagres desde a sua primeira edição, e trabalha ativamente na divulgação e gestão do património natural e cultural do concelho. Website: www.cm-viladobispo.pt/ - Email: geral@cm-viladobispo.pt - Tel.: (+351) 282 630 600 A VICENTINA é uma associação sem fins lucrativos, sediada em Bensafrim. Possui por objeto social o desenvolvimento local, a formação e a melhoria das condições culturais, sociais e materiais de vida das comunidades e áreas abrangidas. Website: www.vicentina.org - Email: vicentina@vicentina.org - Tel.: (+351) 282 860 120 A SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é uma associação ambiental e científica sem fins lucrativos, que tem como missão trabalhar para o estudo e conservação das aves e seus habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património natural para usufruto das gerações futuras. A SPEA faz parte da BirdLife Internacional, desenvolvendo projectos de conservação e promovendo a prática da observação de aves em Portugal Website: www.spea.pt - Email: spea@spea.pt - Tel.: (+351) 213 220 430 A ALMARGEM é uma Associação sem fins lucrativos sediada em Loulé, que tem como missão o estudo e divulgação dos valores mais significativos do património natural, histórico e cultural do Algarve; a defesa intransigente desses mesmos valores e a apresentação de propostas concretas para a sua recuperação e valorização; e a promoção de atividades que visem um desenvolvimento local integrado e respeitador da natureza. Website: www.almargem.org - Email: almargem@mail.telepac.pt - Tel.: (+351) 289 412 959 CONTACTOS ALOJAMENTOS www.cm-viladobispo.pt | Turismo | Alojamento RESTAURANTES www.cm-viladobispo.pt | Turismo | Restaurantes ATIVIDADES (Birdwatching) Cape Cruiser Passeios Marítimos www.capecruiser.org | (+351) 919 751 175 Magic Moments Fotografia www.magicmoments.pt | (+351) 917 362 163 Mar Ilimitado Passeios Marítimos www.marilimitado.com | (+351) 916 832 625 Walkin’ Sagres Caminhadas guiadas www.walkinsagres.com | (+351) 925 545 515 BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VILA DO BISPO Vila do Bispo (+351) 282 639 285 CÂMARA MUNICIPAL DE VILA DO BISPO (CMVB) Aberto: Segunda a Sexta-feira (+351) 282 630 600 | www.cm-viladobispo.pt CENTRO CULTURAL DE VILA DO BISPO (Biblioteca e Internet) Aberto: Segunda a Sexta-feira (+351) 282 630 300 CENTROS DE SAÚDE Sagres (+351) 282 624 173 Vila do Bispo (+351) 282 639 179 FARMÁCIAS Farmácia de Sagres (+351) 282 624 850 Farmácia de Vila do Bispo (+351) 282 639 166 POLÍCIA GNR Posto Territorial de Vila do Bispo (+351) 282 639 112 POSTO DE TURISMO DE SAGRES Aberto: Terça-feira a Sábado (+351) 282 624 873 | turismo.sagres@turismodoalgarve.pt SERVIÇO INFORMATIVO NACIONAL (+351) 118 SERVIÇO NACIONAL DE SOCORRO (+351) 112 TRANSPORTES Comboios www.cp.pt | (+351) 808 208 208 Autocarros www.eva-bus.net | (+351) 289 899 700 (Faro) | (+351) 282 762 944 (Lagos) 1 CABRANOSA Situado junto ao marco geodésico da Cabranosa, e conhecido entre os observadores de aves como “P1”, é o ponto mais elevado da península e provavelmente o ponto de observação mais mediático do país. Pode ser alcançado a partir da estrada para o Cabo S. Vicente, seguindo um caminho de terra batida para norte, depois do restaurante “O Vigia”. É o melhor local para observar aves de rapina e outras planadoras, mas também passeriformes que procuram refúgio nos arbustos e matos adjacentes. Nidifica nas imediações a toutinegra-tomilheira Sylvia conspicillata. O pinhal adjacente pode abrigar espécies florestais interessantes como a felosa- de-papo-branco Phylloscopus bonelli. 2 VALE SANTO Zona de planalto costeiro, com alguma vegetação rasteira. Pode ser alcançado por carro a partir da estrada para o Cabo S. Vicente, virando para Norte na única estrada asfaltada antes do Cabo, ou a pé pela zona da Cabranosa e sebe. Aqui podem-se observar espécies residentes características de habitats mais abertos, como o sisão Tetrax tetrax, a gralha-de-bico-vermelho Pyrrhocorax pyrrhocorax ou a cotovia-escura Galerida theklae. Durante a migração pós-nupcial é o local indicado para procurar algumas espécies menos comuns, como o borrelho-ruivo Charadrius morinellus e a sombria Emberiza hortulana. 3 SEBE Constitui uma linha de pinheiros baixos ao longo do caminho para a Cabranosa, onde se podem encontrar passeriformes ou outras aves, como rapinas noturnas. As aves utilizam este local para refúgio e repouso depois ou antes de uma longa travessia. Um bom barómetro para o panorama geral de migração de passeriformes. 4 CABO S. VICENTE O sítio de observação de aves marinhas por excelência. Na migração outonal é possível registar praticamente todas as espécies nidificantes na Europa continental. Aconselha-se a observação nas primeiras horas de luz. 5 PONTA DA ATALAIA Pontoalternativodeseawatching.Permiteobservarasavesmarinhasquepassamaolongodacosta sul da península. Por estar abrigado do vento norte, é um ponto de observação muito aprazível em dias de forte nortada. Os matos circundantes são um bom sítio para procurar passeriformes migradores. Pode ser visitado a partir da vila de Sagres, virando para sul, direção ”Pousada”. 6 PORTO DA BALEEIRA Porto de pesca onde, em condições climatéricas adversas, se podem abrigar espécies marinhas menos comuns de observar como a torda-mergulheira Alca torda. O melhor local para observar gaivotas.Noinvernojáaquiforamobservadasraridadescomoagaivota-brancaLarushyperboreus ou a petinha-marítima Anthus petrosus. Chega-se ao Porto atravessando a vila de Sagres. 7 MARTINHAL A única zona húmida permanente da península. Local de paragem para aves aquáticas, principalmente limícolas. Já foram registadas raridades como o pilrito-de-sobre-branco Calidris fuscicollis. Chega-se a este local a partir da estrada para a Vila do Bispo, virando para Este seguindo as indicações “Martinhal”.CÓDIGO DE CONDUTA 1 O bem-estar das aves deve estar sempre em primeiro lugar, e o habitat deve permanecer sempre como o encontrou 2 Não perturbe de nenhum modo o comportamento das aves 3 Respeite os direitos dos proprietários e dos outros observadores 4 Promova o desenvolvimento local Se utilizar um guia turístico, certifique-se de que está licenciado para o efeito, e privilegie os guias locais, afim de incentivar a economia local 5 Partilhe informação sobre as observações de aves Portugal Aves (http://www.worldbirds.org/v3/portugal.php) Noticiário Ornitológico (http://www.spea.pt/pt/publicacoes/newsletters/noticiario-ornitologico) Comité Português de Raridades (http://www.spea.pt/pt/observar-aves/comite-portugues-raridades/) Central de anilhagem - CEMPA (cempa@incb.pt) 6 Se encontrar uma ave ferida ou debilitada, contacte as seguintes entidades SOS Ambiente 808 200 520 Centro de Reabilitação RIAS (Olhão) (+351) 927 659 313 7 Em caso de incêndio ligue 112 1 2 3 7 6 5 EN 268 SAGRES 4
  • 2. Aves planadoras GRIFO Gyps fulvus 1 2 A mais emblemática e numerosa ave de rapina migradora em Sagres. Com mais de 2m de envergadura, estas aves imponentes surgem nos céus de Sagres principalmente em outubro. Deslocam-se tirando partido das correntes térmicas ascendentes, circulando por vezes em bandos de centenas de indivíduos. BRITANGO Neophron percnopterus 1 2 Bem mais escasso que o Grifo, apenas algumas dezenas de britangos chegam por ano a Sagres, na sua viagem em direção a África, sendo a maioria juvenis ou imaturos. Estas aves surgem normalmente em pequenos bandos (1-5), principalmente em setembro e princípio/meio de outubro. ÁGUIA-CALÇADA Hieraaetus pennatus 1 2 Uma das aves de rapina migradoras mais comuns em Sagres. Presente praticamente ao longo de toda a época migratória, com picos de passagem na segunda quinzena de setembro e primeira de outubro, altura em que é frequente avistar bandos de dezenas de aves desta espécie. ÁGUIA-COBREIRA Circaetus gallicus 1 2 Migradora comum que passa ao longo de toda a época migratória com um primeiro pico de passagem na primeira metade de outubro, e outro na primeira metade de novembro. Pode formar bandos numerosos. CEGONHA-PRETA Ciconia nigra 1 2 Migradora escassa mas regular. Apenas alguns indivíduos chegam a Sagres, e constituem sempre uma visão empolgante. Aves isoladas ou pequenos bandos podem aparecer na área a partir de meio de setembro até fim de novembro, sem picos de passagem bem definidos. Passeriformes migradores CHASCO-CINZENTO Oenanthe oenanthe 1 2 3 5 7 Migrador transariano emblemático, observado normalmente isolado e junto ao solo. Presente ao longo da maior parte da épocamigratória,aindaquesejamaisfrequenteemsetembro e outubro. Migrador de longa distância podendo mesmo vir de terras distantes como a Islândia ou a Gronelândia. TOUTINEGRA-TOMILHEIRA Sylvia conspicillata 1 2 Um exemplo de um passeriforme migrador transariano, que não só está de passagem como também cria em Sagres, nomeadamente na zona da Cabranosa. Está presente desde março até princípio de outubro. TOUTINEGRA-DE-BIGODES Sylvia cantillans 1 2 3 5 Migrador transahariano bastante conspícuo. Nidifica ao longo da bacia Mediterrânica. Pode ser observado ao longo de quase toda a época, ainda que a maioria passe em setembro e início de outubro. PAPA-MOSCAS-PRETO Ficedula hypoleuca 2 Um dos passeriformes migradores mais comuns em Sagres. Nidifica sobretudo no norte e centro da Europa. Em setembro e outubro estão um pouco por toda a parte. SOMBRIA Emberiza hortulana 2 Exemplo de um migrador mais escasso. Cria de forma bem distribuída pela Europa, mas em Portugal a nidificação é restritaàsterrasaltasdoNortedopaís.PodechegaraSagresem número variável mas reduzido, durante setembro e princípios de outubro, podendo facilmente passar despercebido. Aves marinhas ALCATRAZ Morus bassanus 4 5 Ave marinha mais facilmente detetável pela sua enorme envergadura e padrões conspícuos. Cria no norte da Europa, e durante a primeira metade da época migratória a maioria das aves observadas são juvenis e imaturos (mais escuros). A partir de meados de outubro, a maioria dos alcatrazes presentes são adultos (maioritariamente brancos), com o ritmo de passagem a poder atingir alguns milhares por hora. CAGARRA Calonectris diomedea 4 5 CriaprincipalmentenasilhasMacaronésicasenoMediterrâneo, invernando no Atlântico Sul. As aves de passagem em Sagres podem estar em alimentação, dispersão ou migração, ao longo daprimeirametadedaépocamigratória(emqueéabundante). Osjuvenissaemdoninhoemfinaisdeoutubro,eemnovembro a espécie já é rara na zona. PARDELA-DE-BARRETE Puffinus gravis 4 5 (Saída pelágica aconselhável) Cria no Atlântico Sul durante o verão austral, migrando depois para o Atlântico Norte. Presente na área sobretudo entre agosto e novembro, com concentrações mais elevadas na primeira metade da época. Pode ser bastante comum ao largo, mas dificilmente observada a partir de terra. PARDELA-BALEAR Puffinus mauretanicus 4 5 Ave marinha Criticamente em Perigo (CR), que cria exclusivamente nas ilhas Baleares. Indivíduos não- reprodutores estão presentes na área ao longo de todo o ano, mas as maiores taxas de passagem ocorrem pontualmente ao longo de setembro e outubro, quando as aves estão a regressar aos territórios de nidificação, oriundas dos locais deconcentraçãopós-nupcial,maisanorte. CASQUILHO Oceanites oceanicus 4 5 (Saída pelágica aconselhável) A espécie cria no Atlântico Sul e os registos na área são, normalmente, de indivíduos isolados ou em pequenos bandos, maioritariamente em agosto e setembro. Uma espécie de hábitos pelágicos, dificilmente avistada a partir da costa. Aves residentes FALCÃO-PEREGRINO Falco peregrinus 1 2 4 Conhecido por ser a ave mais rápida do planeta, o falcão- peregrino é um habitante habitual das falésias de Sagres e zonas interiores costeiras. SISÃO Tetrax tetrax 1 Uma pequena população desta espécie está presente ao longo de todo o ano nas pastagens e terrenos agrícolas do Vale Santo e área envolvente, onde pode ser vista com relativa facilidade. Fora da época de nidificação as aves dispersam mais, formando bandos, e podendo ser mais difíceis de detetar. MELRO-AZUL Monticola solitarius 4 5 O melro-azul é um habitante das falésias, bem distribuído por toda a costa sudoeste. Tem uma silhueta conspícua e indivíduos isolados podem ser avistados a esvoaçar ou pousados nas falésias. CHARNECO Cyanopica cyanus 1 3 Estas aves inconfundíveis são características da parte sul da Península Ibérica, podendo ser avistadas durante todo o ano nas áreas mais florestais da península de Sagres, como o pinhal do Vale Santo ou a Cabranosa. Na época não- reprodutora juntam-se em bandos mais numerosos. GRALHA-DE-BICO-VERMELHO Pyrrhocorax pyrrhocorax 1 2 4 Uma população de algumas dezenas de casais cria nas falésias à volta do Cabo S. Vicente (para Norte e para Este), onde também pernoita. Podem ser vistos saindo dos seus dormitórios costeiros de manhã e voltando ao fim da tarde, ou em alimentação em campos agrícolas e terreno aberto. A população mais perto está a cerca de 300 kms para Norte. LEGENDA (FOTOGRAFIAS) Paco Goméz (1), O. Pehmann (2 e 3), Jorge Meneses (4, 13 e 14), Eran Finkle (5), Mark Medcalf (6), Juan Emilio (7 e 9), Mike Sway (8), Pierre Dalous (10 e 17), Andreas Trpte (11), Pedro Geraldes (12), JJ. Harisson (15), Juan la Cruz (16 e 18), Mário Mata (19), Malt Uhl (20). 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Calendário de migração de aves planadoras na península de Sagres 1 E 2 REPRESENTAM 1ª E 2ª QUINZENA DE CADA MÊS OCORRÊNCIA PICOS DE PASSAGEM AGO SET OUT NOV 2 1 2 1 2 1 2 Ciconia ciconia Ciconia nigra Gyps fulvus Aegypius monachus Neophron percnopterus Pandion haliaetus Aquila chrysaetus Aquila adalberti Circaetus gallicus Aquila pennata Aquila fasciata Milvus milvus Milvus migrans Circus aeroginosus Circus cyaneus Circus pygargus Buteo buteo Pernis apivorus Accipiter nisus Accipiter gentilis Falco tinnunculus Falco subbuteo Falco eleonorae Falco peregrinus Falco columbarius Corvus corax