1. ARIANE BATAGY O. RIGO
FREDERICO NEGRINI
KARINA WERNECK
MARINA UEDA
1º ano - Noturno
ORAÇÃO E FRASE
Entre as diversas e distintas formas de enunciados, notamos a existência de um conhecido pelo nome
de oração que, pela sua estrutura intrínseca, é o mais propenso à análise gramatical, por mostrar de
forma mais concisa as relações que seus componentes mantêm entre si. Logo, a gramática tem sua
base, seu alicerce, neste tipo de enunciado. Devemos, de antemão, anunciar que o enunciado
aparece, também, no formato de frase, cuja estrutura interna difere da oração, uma vez que não
apresenta relação predicativa. Ora as palavras simples, ora uma reunião delas, que são transpostas à
função do enunciado. Podemos citar como exemplos de frases:
Rápido! Meu deus, que calor!
A oração se caracteriza por ter uma palavra chave, fundamental, que é o verbo (ou sintagma verbal)
que reúne, na maior parte dos momentos, duas unidades significativas entre as quais se estabelece a
relação predicativa – o sujeito e o predicado:
Sujeito Predicado
André anda.
André não anda.
Comparemos agora as seguintes possibilidades:
Eu ando pela praça às segundas-feiras no horário da manhã.
Eu ando pela praça às segundas-feiras.
Eu ando pela praça.
Eu ando.
Ando.
Nos enunciados acima, o único constituinte essencial é o verbo "ando", sendo assim o núcleo da
oração, enquanto os outros constituintes são adjacentes ao núcleo. Esta adjacência não guarda a
mesma relação entre os diversos constituintes da oração, pois a relação entre o sujeito eu é mais
estreita com o verbo ando que os demais. Mas a relação predicativa pode ser referida a um sujeito,
como em "Eu ando" , ou não referida , como "Venta". Logo, nem mesmo o sujeito é um constituinte
imprescindível da oração e, consequentemente, da relação predicativa, ainda que vejamos
frequentemente a sua presença ao lado do verbo em grande parte, se não praticamente todas, as
orações encontradas no português. Em "Venta", o sujeito gramatical é marcado pelo verbo flexionado
na 3.ª pessoa, isto é, assinalado apenas gramaticalmente, mas temos uma relação predicativa não
2. referida, pois não admite sujeito explícito. Diz-se que o verbo é impessoal e a oração é sem sujeito
explícito. A 3.ª pessoa é a não pessoa, é a não eu nem meu interlocutor, e assim é a forma utilizada
para indicar a relação predicativa não referida, isto é, as orações sem sujeito explícito.
TERMOS DA ORAÇÃO OU ESTRUTURA SINTÁTICA
É a elaboração de orações com a liberdade de escolha de vocábulos, que obedecem a certos modelos
de estruturas oracionais, que constituem os padrões estruturais.
As principais características são a associação de vocábulos de acordo com a função sintática,
concordância de vocábulos com certos princípios fixados na língua e ordem dos vocábulos de acordo
com a função sintática.
ORAÇÕES COORDENADAS E ORAÇÕES SUBORDINADAS
Segundo a gramática tradicional, estas são subdivisões das orações complexas analisadas dentro do
período composto (que compreende duas ou mais orações).
A ORAÇÃO SUBORDINADA exerce sempre uma função sintática (sujeito, objeto direto ou indireto,
predicativo, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto) à
oração principal. Independente do sentido sintático, sozinhas ela possuem um sentido completo.
Exemplo: A noite chegou.
- Orações complexas de transposição (substantiva, adjetiva ou adverbial): desempenha função
sintática normalmente constituída por substantivo, adjetivo ou advérbio.
Exemplo: O caçador percebeu que a noite chegou.
- Interrogativas e exclamativas: podem substantivar-se e exercer função própria de substantivo na
oração.
Exemplo: Não adivinharam quanta alegria causou em nós; O calouro ainda não sabe para que
especialidade médica se dirigirá; O treinador decidiu como o time conterá o adversário; Ainda não sei
que vou fazer hoje.
- Adjetivas ou de relativo: o adjunto adnominal representado pelo adjetivo pode também ser
representado por uma oração que, pela equivalência semântica e sintática do adjetivo, se chama
3. adjetiva.
Exemplo: O aluno estudioso vence na vida -> O aluno que estuda vence na vida
- Adjetivas explicativas e restritivas: a EXPLICATIVA alude a uma particularidade que não modifica
a referência do antecedente e que, por ser mero apêndice, pode ser descartada sem prejuízo total da
mensagem (Exemplo: O homem, que vinha a cavalo, parou de fronte da igreja -> O homem parou de
fronte da igreja). A RESTRITIVA restringe o sentido sem marcas na pontuação ou na fala (Exemplo: O
homem que vinha a cavalo parou de fronte da igreja -> um dos homens que vinha estava a cavalo).
-Adverbiais: exercem função própria de advérbio ou de locução adverbial e pode ser substituída por
um destes.
Exemplo: Estudamos com prazer –> Estudamos prazerosamente.
COMPARATIVAS: Janete estuda mais que trabalha. (comparação)
CONSECUTIVAS: Janete é tão aplicada aos estudos que não lhe sobra tempo para o trabalho.
(consequência).
A oração coordenada é sintaticamente independente entre as outras e podem combinar-se formando
períodos compostos, tem todas as funções sintáticas de formação de oração dentro de si. Ambas
podem ocorrer dentro de uma sentença e ambas podem ocorrer dentro da mesma oração entre
estratos do mesmo valor.
Exemplo: Mário lê muitos livros(1) e aumenta sua cultura(2)
(1) Respectivamente sujeito, predicado e objeto direto;
(2) Coordenada aditiva.
- Aditiva: adiciona duas ou mais orações sem nenhuma idéia subsidiária (conjunções e, nem, etc.).
Exemplo: Pedro estuda e Maria trabalha
- Adversativa: contrapõe o conteúdo de uma oração ao de outra expressa anteriormente.
Exemplo: João veio visitar o primo, mas não o encontrou.
- Alternativa: contrapõe o conteúdo de uma oração ao de outra e manifesta exclusão de um deles, isto
é, se um se realizar, o outro não se cumprirá.
Exemplo: Estudas ou brincas.