O documento descreve o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro, incluindo a primeira UPP instalada, uma lista das UPPs atuais e seus locais, os prós e contras segundo depoimentos de moradores, e notícias relacionadas às UPPs. O resumo conclui que, apesar de melhorias, as UPPs ainda enfrentam problemas de respeito e crimes antes não comuns, e questiona a distribuição geográfica das UPPs.
2. INTRO:
Unidade de Polícia Pacificadora, conhecida também pela
sigla UPP, é um projeto da Secretaria Estadual de
Segurança Pública do Rio de Janeiro que pretende instituir
polícias comunitárias em favelas principalmente na capital
do Estado, como forma de desarticular quadrilhas que
antes controlavam estes territórios como estados
paralelos.
3. Primeira UPP
Inspirado numa experiência bem-sucedida na área de Segurança Pública em
Medelín, na Colômbia, o programa do Governo do Estado do Rio de Janeiro,
que deu origem às UPPs, começou a funcionar em 19 de dezembro de 2008,
quando foi instalada a primeira Unidade de Polícia Pacificadora, no Morro
Santa Marta, no bairro de Botafogo, na Zona Sul.
Desde então, 34 UPPs já estão implantadas e, até 2014, a previsão é de que
sejam mais de 40.
8. Vila Cruzeiro – Instalação: 28.08.2012
Jacarezinho – Instalação: 16.01.2013
Manguinhos – Instalação: 16.01.2013
Barreira do Vasco e Tuiuti – Instalação: 12.04.2013
Caju – Instalação: 12.04.2013
Arará e Mandela – Instalação: 06.09.2013
9. Zona Oeste
Cidade de Deus – Instalação: 16.02.2009
Batan – Instalação: 18.02.2009
Centro
Providência – Instalação: 26.04.2010
São Carlos – Instalação: 17.05.2011
10. Politica das UPPs
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) é uma pequena força da Polícia Militar
com atuação exclusiva em uma ou mais comunidades, numa região urbana
que tem sua área definida por lei. Cada UPP tem sua própria sede, que pode
contar com uma ou mais bases. Tem também um oficial comandante e um
corpo de oficiais, sargentos, cabos e soldados, além de equipamentos
próprios, como carros e motos. Para coordenar sua atuação, todas as UPPs
estão sob o comando da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), cujo
coordenador atual é o coronel Frederico Caldas. Administrativamente, cada
UPP está vinculada a um batalhão da Polícia Militar. Procura acabar com o
crime na capital fluminense.
11. Prós e contras a UPP
Essa análise é com base no depoimento de moradores de comunidades
pacificadas.
“Existem problemas de relacionamento entre moradores e policiais. Mas todos
precisam entender que é preciso se adaptar. Se não tivesse UPP, ainda haveria
tráfico armado.” Otávio Luiz dos Santos Filho, de 68 anos.
“Eu tinha medo de sair de casa. Na frente, só tinha bandido armado e
tiroteio. Agora, os meus netos brincam na frente de casa”. Maria dos Santos,
dona de casa, 63 anos, moradora do Batan
12. “Teve uma vez que a polícia estava aqui e os bandidos chegaram a dormir
dentro da minha casa. Hoje em dia, não existe mais isso. Aqui, foi a primeira
comunidade a ser pacificada. Passou a ser vista pela mídia como a favela
modelo e ponto turístico. Mas tem muita maquiagem. Ainda tem esgoto
descoberto, barracos de tábua e pessoas em áreas de risco”. João Claudino,
comerciante, 58 anos, morador do Santa Marta
13. “Quando veio a UPP, comprei a padaria do antigo dono, que passou o ponto
pelos gastos. O aluguel aumentou, passou a ter conta de luz. Preciso vender
mais caro, para me manter. Aqui, era a única padaria. Agora, tem outras
duas. O lado bom é que temos paz. Mas também tem um lado ruim. A diversão
não é a mesma. Antes, sempre tinha baile. E era de graça. Agora, só tem uma
vez por mês para o pessoal do morro. E tem que pagar. A UPP tem um preço”.
Luiz Cláudio dos Santos, dono de padaria, 25 anos, morador do Santa Marta
14. “Antigamente, a Rocinha era uma mina de ouro para o tráfico. Ainda existe
venda de drogas, mas não na porta de casa de morador. As pessoas têm
benefícios. Obras, moradia mais confortável. Mas tem crimes que não
aconteciam porque o tráfico não deixava, como roubo, furto e estupro”.
Leonardo Leopoldino, guia turístico, 32 anos, morador da Rocinha
15. “Tivemos melhoras, com postes de luz, água. O morro está mais calmo. Mas
ainda existem casos de falta de respeito dos policiais, que confundem o
morador com bandido e agem com truculência. Passar por uma rua onde
existe tráfico já é atitude suspeita para eles. Antes, andava sem
preocupações. Agora, preciso andar com documento para não ser confundido
com bandido. Se sair sem documento, os policiais vão achar que estou
devendo algo para a Justiça”. Marcelo Mandarino, estudante, 18 anos,
morador da Vila Cruzeiro
17. Denunciados por torturar Amarildo são transferidos para Bangu
RIO DE JANEIRO - O Ministério Público do Rio informou que a Justiça fluminense
determinou a transferência do ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora da
Rocinha, major Edson Santos, e do ex-subcomandante da mesma UPP, tenente Luiz
Felipe de Medeiros, da Unidade Especial Prisional, em Benfica, na zona norte do Rio,
para o presídio de Bangu 8, na zona oeste. Os dois estão entre os dez denunciados por
tortura seguida de morte e ocultação do cadáver do pedreiro Amarildo de Souza, de 43
anos, morador da Rocinha (comunidade na zona sul do Rio) desde 14 de julho. Todos os
dez acusados estavam detidos na mesma unidade. A transferência foi pedida à Justiça
pelo Ministério Público Estadual do Rio, por meio do Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco), porque o órgão tem informações de que Santos
e Medeiros (que eram chefes dos outros oito presos enquanto todos atuavam na UPP da
Rocinha) estavam usando a antiga hierarquia para se impor aos demais e influenciar os
depoimentos que eles prestarão à Justiça ao longo do processo. Grellet, Fábio - O Estado
de S. Paulo. 18 de outubro de 2013.
18. Jovem morre após perseguição policial em favela pacificada na zona norte do
RJ
Parentes acusam PM de UPP de espancá-lo até a morte; policiais negam.
RIO - A Polícia Civil investiga a morte de Paulo Roberto Pinho de Menezes, de 18
anos, após perseguição policial na Favela de Manguinhos, zona norte do Rio, na
quarta-feira, 16, de madrugada. Parentes do rapaz acusam PMs da Unidade de
Polícia Pacificadora (UPP) de tê-lo espancado até a morte em um beco na
comunidade. Os policiais negam. Os policiais acusados disseram na 21ª Delegacia
de Polícia (DP) que Menezes tentou fugir de uma abordagem, desmaiou e caiu no
chão antes de ser capturado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima
chegou morta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos, para
onde foi levado em um carro da PM. O delegado José Pedro da Silva afirmou na
quarta-feira que exames preliminares do Instituto Médico-Legal (IML) apontam
que Menezes estava sob efeito de drogas. Os peritos constataram uma lesão no
lado direito da boca do rapaz. Não havia marcas de tiros ou facadas no cadáver.
O delegado disse ainda que o rapaz tinha sete passagens pela polícia, por furto e
assalto a mão armada. Parentes de Menezes dizem que ele foi arrastado pelos
PMs para um beco escuro, onde teria sido espancado e morto. Segundo
familiares, o adolescente tinha desavença com um policial da UPP e estaria
sendo ameaçado. Gomes, Marcelo - O Estado de S. Paulo. 17 de outubro de 2013.
19. Ocupação de Lins para montar UPP ocorre sem resistência
O complexo de favelas do Lins, na zona norte do Rio, foi ocupado na manha deste
domingo para a instalação da 35ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do
Estado. A operação policial teve a participação de cerca de mil agentes de forcas
de segurança, com o apoio de 14 veículos blindados do Corpo de Fuzileiros Navais
da Marinha. WERNECK, FELIPE - Agência Estado
20. Suspeito de tráfico é morto e PM baleado no Complexo do Alemão, no Rio
Quatro policiais militares faziam o patrulhamento a pé. quando encontraram três
suspeitos; um menor foi preso e o policial ferido passa bem
RIO DE JANEIRO - Um suspeito de envolvimento com o tráfico morreu e um
policial militar foi baleado, na tarde desta terça-feira, 27, durante uma troca de
tiros na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de
Janeiro. Quatro policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Nova
Brasília faziam um patrulhamento a pé por vielas da comunidade quando se
depararam com um grupo de três suspeitos, por volta das 15h30. "Os quatro
policiais se dividiram em dois grupos para patrulhar os becos da favela. Ao
avistarem dois PMs, os bandidos começaram a atirar e correram na direção
contrária, mas deram de frente com os outros dois policiais. Houve troca de
tiros. Um bandido e um policial foram feridos, um suspeito foi preso e outro
conseguiu escapar", explicou o capitão Márcio Rodrigues, comandante da UPP
Nova Brasília. Os feridos foram levados à Unidade de pronto atendimento (UPA)
do Complexo do Alemão. O suspeito, ainda não identificado, não resistiu aos
ferimentos e morreu. Ele foi atingido por um tiro na cabeça e outro no abdômen.
Com ele, foi apreendida uma pistola calibre 45. O policial, identificado como
soldado Mesquita, foi baleado nas costas, na altura dos rins. Ele já teve alta e
passa bem. "O tiro perfurou o colete à prova de balas e me atingiu nas costas,
mas não chegou a perfurar. O colete amorteceu o projétil", explicou o soldado. O
suspeito preso tem 16 anos. Com ele, foi apreendida uma réplica de fuzil. O caso
foi registrado na 22ª Delegacia de Polícia (Penha). Gomes, Marcelo - O Estado de S. Paulo.
27 de novembro de 2012.
21. Conclusão
Apesar da ideia as UPPs ser boa ainda se encontram problemas relacionados
ao respeito a comunidade, respeito esse que deve partir também da
comunidade para o policial para que ambos se respeitem e trabalhem juntos
para um Rio melhor. Pelo depoimento dos moradores das favelas pacificadas
pode-se perceber que em alguns pontos a pacificação ocorreu conforme o
planejado, já em outros casos, crimes que antes não ocorriam pelo tráfico
estar presente tornaram-se frequentes. Mesmo que a principio as UPPs
estejam apresentando certo desempenho, deve ter-se em mente melhorias
nesse sitema pois ainda não está perfeito. Outra coisa que gera duvida é: por
que tem mais UPPs nas proximidades dos estádios e nas áreas mais afastadas
não tem? A resposta é fato, o rio precisa passar uma imagem boa para
exterior, locais próximos aos pontos turisticos e cartões postais tem que ter
uma atenção especial já que é isso que chama turistas e gera lucro. Boa parte
dos turistas que olham a cidade do Rio de Janeiro por fora, nos comerciais
internacionais, pensam que é perfeito, pois só mostram as partes boas,
pacificadas, corcovado e barra. Quando esses turistas chegam ao Rio
encontram a real situação se andarem da Zona Norte a Zona Oeste, ao
passarem pela avenida Brasil ficam impressionados, pelo fato de ser
totalmente diferente do rio esperado.
22. Referencias bibliográficas
GOMES, Marcelo. Suspeito de tráfico é morto e PM baleado no Complexo do Alemão, no Rio. Disponível em:
< http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,suspeito-de-trafico-e-morto-e-pm-baleado-no-complexo-do-
alemao-no-rio,965987,0.htm> Acesso em: 29.out.2013
WERNECK, FELIPE. Ocupação de Lins para montar UPP ocorre sem resistência. Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,ocupacao-de-lins-para-montar-upp-ocorre-sem-resistencia,
1082716,0.htm> Acesso em: 29.out.2013
GOMES, Marcelo. Caso Amarildo: PMs com prisão decretada se apresentam. Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,caso-amarildo-pms-com-prisao-decretada-se-apresentam,
1088911,0.htm> Acesso em: 29.out.2013
BARRETO, Herculano Filho. Moradores discutem aspectos positivos e negativos da UPP em áreas pacificadas.
Disponível em: < http://extra.globo.com/casos-de-policia/moradores-discutem-aspectos-positivos-negativos-
da-upp-em-areas-pacificadas-9769123.html> Acesso em: 29.out.2013
HISTÓRICO. Disponível em: <http://www.upprj.com/index.php/historico> Acesso em: 29.out.2013
O QUE É?. Disponivel em: < http://www.upprj.com/index.php/o_que_e_upp> Acesso em: 29.out.2013
UNIDADE de Policia Pacificadora. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_Pol%C3%ADcia_Pacificadora> Acesso em: 29.out.2013