SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Baixar para ler offline
ME5330 – Oitava aula
Mecânica dos Fluidos para
  Engenharia Química
        14/04/2009
O que vem a ser o fenômeno de
                                                             cavitação?




                                                                                    Por que ele geralmente
                                                                                       é indesejável?



                           Evocando que a engenheira e o engenheiro
                           são pessoas aptas a solucionar problemas,
                             é fundamental que saibam responder:
                                           13/04/2009 - v1




  Quais os cuidados preliminares a
serem adotados na execução de um
     projeto para evitá-lo?                                                       Quando ocorre?
Para que possamos
compreender as respostas
     para estes novos
 questionamentos, vamos
  estudar o fenômeno de
cavitação, iniciando com o
   cálculo da pressão na
    entrada da bomba
Inicialmente estaremos
        analisando a
   supercavitação, o que
implica dizer, que estaremos
 analisando o fenômeno na
entrada da bomba, para isto
    devemos conhecer a
    pressão nesta seção.
Considerando a tubulação de sucção
da instalação esquematizada abaixo,
 determine a pressão de entrada da
            bomba (pe)?
Adotando o PHR no nível de
     captação, temos:
               
    Pe     ze 
                     v2         
                      e  f  L aB       
                                       LeqaB v2 
                                             e
                    2g              DH      2g 
                                               



                                                    Eu em
                                                     1981
      Será que a equação
     anterior pode-se ser
     aplicada em todas as
          instalações?
Para responder a pergunta anterior,
calcule a pressão na entrada da bomba
       para o esquema a seguir:

        (0)



    h
                      (e)

                            B
Adotando o PHR no nível de
     captação, temos:
                
     Pe      h 
                       v2         
                        e  f  L aB       
                                         LeqaB v2 
                                               e
                      2g              DH      2g 
                                                 




      Conclui-se que não,
     portanto a pressão de
       entrada deve ser
  determinada aplicando-se a
      equação da energia.
Fenômeno de supercavitação, que
é fundamental para a compreensão
 do fenômeno de cavitação, surge
   quando a pressão de entrada
 (peabs) é menor ou igual a pressão
de vapor (pvapor) do fluido, que está
 sendo bombeado, onde a pressão
de vapor é a pressão que para uma
     dada temperatura do fluido
coexistem as fases líquido e vapor.
Se a peabs (pe + patm local ) for
  menor ou igual a pvapor,
   tem-se o fenômeno de
    evaporação (total ou
 parcial) à temperatura de
     escoamento, que é
   considerado o início do
  fenômeno da cavitação.
Notas:

   1 → O fenômeno de cavitação observado na
 entrada da bomba (peabs < pvapor) é denominado
geralmente de supercavitação e é considerado um
            erro grosseiro do projetista.
     2 → A pressão na entrada da bomba não
     representa o ponto de menor pressão do
 escoamento, este ocorre no interior do corpo da
 bomba, o que equivale a dizer que o fato de não
  ocorrer o fenômeno de cavitação na entrada da
 bomba não garante que o mesmo não ocorra em
                    seu interior.
Ao considerar as figuras 7.3.a e 7.3.b, verificamos que a
 bolha de vapor ao ser lançada na direção do difusor da
 bomba, onde a energia total é maior e a pressão maior
 que a pressão atmosfera, esta irá sofrer a condensação
repentina com grande liberação de energia, ocorrendo a
  penetração do fluido nos espaços vazios do material
   (função do tamanho dos grãos) do rotor, podendo
promover o "arrancamento” de grãos, que seria uma das
              consequências da cavitação.
Visualizando a cavitação
Visualizando a cavitação
O fenômeno de cavitação, geralmente
propicia os seguintes problemas:

1º → erosão que originam ruídos
2º → vibrações
3º → diminuição do rendimento
4o → diminuição do tempo vida da bomba.
Pelo fato do fenômeno de
 cavitação poder comprometer
      todo o projeto de uma
  instalação de bombeamento
 alguns cuidados preliminares
devem ser tomados para evitá-
     lo, cuidados estes onde
 objetiva-se trazer a pe o mais
 perto possível da patm, ou até
      mesmo superior a ela.
Considerando a equação
 abaixo, quais seriam os
cuidados que deveriam ser
        adotados?

               v2    
Pe     ze  e  f 
                            
                         L aB       
                                  LeqaB v2 
                                        e
               2g              DH      2g 
                                          
Os cuidados adotados para procurar-se evitar o fenômeno de cavitação são:

1º → a bomba deve ser instalada o mais perto possível do nível de captação
com a finalidade de diminuir Ze, ou, se possível, a bomba deve ser instalada
     abaixo do nível de captação (bomba “afogada”) com isto Ze< 0 .

2º → a tubulação antes da bomba deve ser a menor possível com a finalidade
                            de diminuir a HpaB.

     3º → na tubulação antes da bomba devem ser usados os acessórios
        estritamente necessários com a finalidade de diminuir a HpaB.

4º → o diâmetro da tubulação antes da bomba deve ser um diâmetro superior
 ao diâmetro de recalque com a finalidade, tanto de diminuir a carga cinética
                de entrada da bomba, quanto diminuir HpaB.

 5º → o ponto de trabalho da bomba deve estar o mais próximo do ponto de
                           rendimento máximo.

  Nota: Por questão de economia, sempre que possível, não se considera o
cuidado 4º mencionado acima, já que quanto maior o diâmetro maior o custo
                              da tubulação.
Primeiro teste do
              aprendizado.

http://www.escoladavida.eng.br/mecfluquimica/teste_seu_aprendizado1.htm
Verificação do Fenômeno
          de Cavitação
Como mencionado no item anterior a condição de peabs > pvapor
não é suficiente para garantir a não existência fenômeno de
cavitação. Por este motivo, introduzi-se um novo parâmetro
denominado de N P S H (Net Positive Suction Head), ou A P L
S (Altura Positiva Líquida de Sucção, ou Altura de Sucção
Absoluta) e que representa a disponibilidade de energia que o
líquido penetra na boca de entrada da bomba e que lhe
permitirá atingir o bordo da pá do rotor.

Existem dois NPSH, um fornecido pelo fabricante que é
denominado de NPSHrequerido e o calculado pelo projetista que é
o NPSHdisponível.
O NPSHrequerido
O NPSHdisponível

                                      p vapor
NPSHdisponive l NPSHd  Heabs 
                                         
                               p vapor
NPSHd  Hinicial    Hp    
               abs      aB        
Supondose çãoinicialcom oníve l de re se rvatór :
                                              io

NPSHd  Zinicial 
                   pinicial
                          abs
                                 p vapor       
                                           faB 
                                                    
                                                  L aB     
                                                          Le qaB Q2ponto de trabalho
                                                                
                                                      DH
                                                         aB          2g  A2
                                                                           aB
Zinicial  obtidaadotando se o PHR no e ix o da bom ba
                            -
O ideal...



NPSHdisponível – NPSHrequerido ≥ 1,5 m
7.12.45 A bomba hidráulica utilizada                       na
instalação de recalque, cuja tubulação                     de
sucção é esquematizada abaixo, tem                          o
NPSHr = 2,0 m. Verifique o fenômeno                        de
cavitação. São dados:

          L         m
    Q  4 ; g  9,8     ; tubulaçãode aço 40 com Dn  2"
          s         s2

    fluido águaa 20 C;
    patm  700 m m Hg
                    ;

     Le qaB  44,6 m
                k gf
    pm  0,3
                cm2
Trecho da instalação do
   exercício 7.12.45

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apostila petrobras-bombas
Apostila petrobras-bombasApostila petrobras-bombas
Apostila petrobras-bombastabVlae
 
Exerc bombas apoio (1)
Exerc bombas apoio (1)Exerc bombas apoio (1)
Exerc bombas apoio (1)Lucia Eto
 
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdfBombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdfPhillipe Leon
 
Bombas e Instalações de Bombeamento - PPT - Máquinas de Fluxo
Bombas e Instalações de Bombeamento - PPT - Máquinas de FluxoBombas e Instalações de Bombeamento - PPT - Máquinas de Fluxo
Bombas e Instalações de Bombeamento - PPT - Máquinas de FluxoAkemy Viana
 

Mais procurados (8)

Manual de-hidrc3a1ulica-bc3a1sica-ifba
Manual de-hidrc3a1ulica-bc3a1sica-ifbaManual de-hidrc3a1ulica-bc3a1sica-ifba
Manual de-hidrc3a1ulica-bc3a1sica-ifba
 
Apostila petrobras-bombas
Apostila petrobras-bombasApostila petrobras-bombas
Apostila petrobras-bombas
 
Resumo bombas
Resumo bombasResumo bombas
Resumo bombas
 
Exerc bombas apoio (1)
Exerc bombas apoio (1)Exerc bombas apoio (1)
Exerc bombas apoio (1)
 
Aula bombas
Aula bombasAula bombas
Aula bombas
 
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdfBombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
 
Bombas e Instalações de Bombeamento - PPT - Máquinas de Fluxo
Bombas e Instalações de Bombeamento - PPT - Máquinas de FluxoBombas e Instalações de Bombeamento - PPT - Máquinas de Fluxo
Bombas e Instalações de Bombeamento - PPT - Máquinas de Fluxo
 
Grundfosliterature 3929738
Grundfosliterature 3929738Grundfosliterature 3929738
Grundfosliterature 3929738
 

Semelhante a Oitava aula

Ap fisica modulo 29 exercicios
Ap fisica modulo 29 exerciciosAp fisica modulo 29 exercicios
Ap fisica modulo 29 exercicioscomentada
 
Ap fisica modulo 28 exercicios
Ap fisica modulo 28 exerciciosAp fisica modulo 28 exercicios
Ap fisica modulo 28 exercicioscomentada
 
Dimensionamento placa de orificio
Dimensionamento placa de orificioDimensionamento placa de orificio
Dimensionamento placa de orificioDANIELLE BORGES
 
Fisica 2 exercicios gabarito 07
Fisica 2 exercicios gabarito 07Fisica 2 exercicios gabarito 07
Fisica 2 exercicios gabarito 07comentada
 
Quarta aula de complemento de me5330
Quarta aula de complemento de me5330Quarta aula de complemento de me5330
Quarta aula de complemento de me5330Raimundo Ignacio
 
Exercicios hidraulicaprova1
Exercicios hidraulicaprova1Exercicios hidraulicaprova1
Exercicios hidraulicaprova1Stefanny Costa
 

Semelhante a Oitava aula (12)

Entenda o que é NPSH.docx
Entenda o que é NPSH.docxEntenda o que é NPSH.docx
Entenda o que é NPSH.docx
 
Ap fisica modulo 29 exercicios
Ap fisica modulo 29 exerciciosAp fisica modulo 29 exercicios
Ap fisica modulo 29 exercicios
 
aula7_teoria.pdf
aula7_teoria.pdfaula7_teoria.pdf
aula7_teoria.pdf
 
Ap fisica modulo 28 exercicios
Ap fisica modulo 28 exerciciosAp fisica modulo 28 exercicios
Ap fisica modulo 28 exercicios
 
Dimensionamento placa de orificio
Dimensionamento placa de orificioDimensionamento placa de orificio
Dimensionamento placa de orificio
 
Fisica 2 exercicios gabarito 07
Fisica 2 exercicios gabarito 07Fisica 2 exercicios gabarito 07
Fisica 2 exercicios gabarito 07
 
Quarta aula de complemento de me5330
Quarta aula de complemento de me5330Quarta aula de complemento de me5330
Quarta aula de complemento de me5330
 
Frequencia
FrequenciaFrequencia
Frequencia
 
Exercicios hidraulicaprova1
Exercicios hidraulicaprova1Exercicios hidraulicaprova1
Exercicios hidraulicaprova1
 
Aula2 lab
Aula2 labAula2 lab
Aula2 lab
 
2 gases
2 gases2 gases
2 gases
 
Oitava aula complemento
Oitava aula complementoOitava aula complemento
Oitava aula complemento
 

Mais de Raimundo Ignacio (17)

Decima terceira aula
Decima terceira aulaDecima terceira aula
Decima terceira aula
 
Décima segunda aula_complemento
Décima segunda aula_complementoDécima segunda aula_complemento
Décima segunda aula_complemento
 
Décima segunda aula
Décima segunda aulaDécima segunda aula
Décima segunda aula
 
Decima primeira aula_complemento
Decima primeira aula_complementoDecima primeira aula_complemento
Decima primeira aula_complemento
 
Decima primeira aula
Decima primeira aulaDecima primeira aula
Decima primeira aula
 
Decima aula complemento
Decima aula complementoDecima aula complemento
Decima aula complemento
 
Nona aula
Nona aulaNona aula
Nona aula
 
Sexta aula complemento
Sexta aula complementoSexta aula complemento
Sexta aula complemento
 
Sexta aula
Sexta aulaSexta aula
Sexta aula
 
Quinta aula complemento
Quinta aula complementoQuinta aula complemento
Quinta aula complemento
 
Quinta aula
Quinta aulaQuinta aula
Quinta aula
 
Terceira aula complemento_12009
Terceira aula complemento_12009Terceira aula complemento_12009
Terceira aula complemento_12009
 
Terceira aula
Terceira aulaTerceira aula
Terceira aula
 
Segunda aula complemento_12009
Segunda aula complemento_12009Segunda aula complemento_12009
Segunda aula complemento_12009
 
Segunda aula 12009
Segunda aula 12009Segunda aula 12009
Segunda aula 12009
 
Primeira aula complemento_12009
Primeira aula complemento_12009Primeira aula complemento_12009
Primeira aula complemento_12009
 
Primeira aula 12009
Primeira aula 12009Primeira aula 12009
Primeira aula 12009
 

Último

Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfNatalia Granato
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsDanilo Pinotti
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx2m Assessoria
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx2m Assessoria
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploDanilo Pinotti
 

Último (6)

Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdfAssessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
Assessement Boas Praticas em Kubernetes.pdf
 
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object CalisthenicsBoas práticas de programação com Object Calisthenics
Boas práticas de programação com Object Calisthenics
 
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - CUSTOS DE PRODUÇÃO - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docxATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
ATIVIDADE 1 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL - 52_2024.docx
 
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docxATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
ATIVIDADE 1 - GCOM - GESTÃO DA INFORMAÇÃO - 54_2024.docx
 
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemploPadrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
Padrões de Projeto: Proxy e Command com exemplo
 

Oitava aula

  • 1. ME5330 – Oitava aula Mecânica dos Fluidos para Engenharia Química 14/04/2009
  • 2. O que vem a ser o fenômeno de cavitação? Por que ele geralmente é indesejável? Evocando que a engenheira e o engenheiro são pessoas aptas a solucionar problemas, é fundamental que saibam responder: 13/04/2009 - v1 Quais os cuidados preliminares a serem adotados na execução de um projeto para evitá-lo? Quando ocorre?
  • 3. Para que possamos compreender as respostas para estes novos questionamentos, vamos estudar o fenômeno de cavitação, iniciando com o cálculo da pressão na entrada da bomba
  • 4. Inicialmente estaremos analisando a supercavitação, o que implica dizer, que estaremos analisando o fenômeno na entrada da bomba, para isto devemos conhecer a pressão nesta seção.
  • 5. Considerando a tubulação de sucção da instalação esquematizada abaixo, determine a pressão de entrada da bomba (pe)?
  • 6. Adotando o PHR no nível de captação, temos:  Pe     ze  v2   e  f  L aB   LeqaB v2   e  2g DH 2g    Eu em 1981 Será que a equação anterior pode-se ser aplicada em todas as instalações?
  • 7. Para responder a pergunta anterior, calcule a pressão na entrada da bomba para o esquema a seguir: (0) h (e) B
  • 8. Adotando o PHR no nível de captação, temos:  Pe      h  v2   e  f  L aB   LeqaB v2   e  2g DH 2g    Conclui-se que não, portanto a pressão de entrada deve ser determinada aplicando-se a equação da energia.
  • 9. Fenômeno de supercavitação, que é fundamental para a compreensão do fenômeno de cavitação, surge quando a pressão de entrada (peabs) é menor ou igual a pressão de vapor (pvapor) do fluido, que está sendo bombeado, onde a pressão de vapor é a pressão que para uma dada temperatura do fluido coexistem as fases líquido e vapor.
  • 10. Se a peabs (pe + patm local ) for menor ou igual a pvapor, tem-se o fenômeno de evaporação (total ou parcial) à temperatura de escoamento, que é considerado o início do fenômeno da cavitação.
  • 11. Notas: 1 → O fenômeno de cavitação observado na entrada da bomba (peabs < pvapor) é denominado geralmente de supercavitação e é considerado um erro grosseiro do projetista. 2 → A pressão na entrada da bomba não representa o ponto de menor pressão do escoamento, este ocorre no interior do corpo da bomba, o que equivale a dizer que o fato de não ocorrer o fenômeno de cavitação na entrada da bomba não garante que o mesmo não ocorra em seu interior.
  • 12. Ao considerar as figuras 7.3.a e 7.3.b, verificamos que a bolha de vapor ao ser lançada na direção do difusor da bomba, onde a energia total é maior e a pressão maior que a pressão atmosfera, esta irá sofrer a condensação repentina com grande liberação de energia, ocorrendo a penetração do fluido nos espaços vazios do material (função do tamanho dos grãos) do rotor, podendo promover o "arrancamento” de grãos, que seria uma das consequências da cavitação.
  • 15. O fenômeno de cavitação, geralmente propicia os seguintes problemas: 1º → erosão que originam ruídos 2º → vibrações 3º → diminuição do rendimento 4o → diminuição do tempo vida da bomba.
  • 16. Pelo fato do fenômeno de cavitação poder comprometer todo o projeto de uma instalação de bombeamento alguns cuidados preliminares devem ser tomados para evitá- lo, cuidados estes onde objetiva-se trazer a pe o mais perto possível da patm, ou até mesmo superior a ela.
  • 17. Considerando a equação abaixo, quais seriam os cuidados que deveriam ser adotados?  v2  Pe     ze  e  f   L aB   LeqaB v2   e  2g DH 2g   
  • 18. Os cuidados adotados para procurar-se evitar o fenômeno de cavitação são: 1º → a bomba deve ser instalada o mais perto possível do nível de captação com a finalidade de diminuir Ze, ou, se possível, a bomba deve ser instalada abaixo do nível de captação (bomba “afogada”) com isto Ze< 0 . 2º → a tubulação antes da bomba deve ser a menor possível com a finalidade de diminuir a HpaB. 3º → na tubulação antes da bomba devem ser usados os acessórios estritamente necessários com a finalidade de diminuir a HpaB. 4º → o diâmetro da tubulação antes da bomba deve ser um diâmetro superior ao diâmetro de recalque com a finalidade, tanto de diminuir a carga cinética de entrada da bomba, quanto diminuir HpaB. 5º → o ponto de trabalho da bomba deve estar o mais próximo do ponto de rendimento máximo. Nota: Por questão de economia, sempre que possível, não se considera o cuidado 4º mencionado acima, já que quanto maior o diâmetro maior o custo da tubulação.
  • 19. Primeiro teste do aprendizado. http://www.escoladavida.eng.br/mecfluquimica/teste_seu_aprendizado1.htm
  • 20. Verificação do Fenômeno de Cavitação Como mencionado no item anterior a condição de peabs > pvapor não é suficiente para garantir a não existência fenômeno de cavitação. Por este motivo, introduzi-se um novo parâmetro denominado de N P S H (Net Positive Suction Head), ou A P L S (Altura Positiva Líquida de Sucção, ou Altura de Sucção Absoluta) e que representa a disponibilidade de energia que o líquido penetra na boca de entrada da bomba e que lhe permitirá atingir o bordo da pá do rotor. Existem dois NPSH, um fornecido pelo fabricante que é denominado de NPSHrequerido e o calculado pelo projetista que é o NPSHdisponível.
  • 22. O NPSHdisponível p vapor NPSHdisponive l NPSHd  Heabs   p vapor NPSHd  Hinicial  Hp  abs aB  Supondose çãoinicialcom oníve l de re se rvatór : io NPSHd  Zinicial  pinicial abs  p vapor   faB   L aB   Le qaB Q2ponto de trabalho   DH aB 2g  A2 aB Zinicial  obtidaadotando se o PHR no e ix o da bom ba -
  • 23. O ideal... NPSHdisponível – NPSHrequerido ≥ 1,5 m
  • 24. 7.12.45 A bomba hidráulica utilizada na instalação de recalque, cuja tubulação de sucção é esquematizada abaixo, tem o NPSHr = 2,0 m. Verifique o fenômeno de cavitação. São dados: L m Q  4 ; g  9,8 ; tubulaçãode aço 40 com Dn  2" s s2 fluido águaa 20 C; patm  700 m m Hg ;  Le qaB  44,6 m k gf pm  0,3 cm2
  • 25. Trecho da instalação do exercício 7.12.45