10. Os rios transbordantes e os dentes
rilhados do sofrimento estão à mostra em
toda parte, apresentando um quadro de
aflição.
11. No entanto, o ar está liberado de miasmas,
de tensões, das altas cargas elétricas e
magnéticas que aniquilam os homens, os
animais e as plantas com lentidão.
12. A pouco e pouco, as mãos da renovação
trabalham os painéis destroçados e tudo
retorna à normalidade.
14. Assim também é a vida. A tormenta das
dores, a borrasca dos sofrimentos atinge
as criaturas vez ou outra, mais duramente.
15. É como se tudo se unisse e acontecesse
ao mesmo tempo: a enfermidade no lar, o
desemprego, desentendimentos
familiares, o abandono de alguém amado,
uma traição.
16. As nuvens escuras do desalento toldam o
céu dos sentimentos e a desesperança
castiga a alma.
17. Contudo, por mais rudes sejam os
padecimentos, as dificuldades ou os
problemas, eles passam.
19. Por isso, lembremos as lições de Madre
Teresa de Calcutá que, em bela página,
assim se expressou: Tua força interior e
tuas convicções não têm idade. Teu
espírito é o espanador de qualquer teia de
aranha.
27. E mesmo que a pele enrugue, o cabelo
fique branco, os dias se convertam em
anos, o mais importante em ti somente se
torna melhor: o espírito imortal que és.
28. A poesia de luz que supera a noite
sombria, é convite à renovação.
29. Mesmo que a noite das aflições teime em
colocar trevas em tua alma e a dominar as
tuas aspirações, segue o sol e permite-te
bordar de dia o teu coração.
30. A luz brilha fora de ti, na natureza que
desperta, elevando um hino à vida.