O documento discute a importância dos engenheiros para a indústria brasileira, destacando que eles são fundamentais para o desenvolvimento industrial e econômico do país. No entanto, o Brasil enfrenta desafios na formação de engenheiros, como altas taxas de evasão e baixo número de graduados em relação à população, o que limita o potencial de crescimento da indústria.
2. Engenharia e Desenvolvimento Industrial
A Importância do Engenheiro para a Indústria
Formação de Engenheiros
Mercado de Trabalho
Desafios para a Formação de Engenheiros no Brasil
Iniciativas do Sistema FIEB
3. A Importância do Engenheiro para a Indústria
Ator fundamental para o desenvolvimento nas
economias industrializadas
Portador das chaves para o planejamento
industrial, novos investimentos, produção,
manutenção, produtividade, viabilização da
inovação
4. A Importância do Engenheiro para a Indústria
Evolução da Engenharia
Engenharia
• Criação e Moderna
aperfeiçoamento de
dispositivos para • Aplicação generalizada de
aproveitamento dos conhecimentos científicos para
recursos naturais solução de problemas da
indústria e da sociedade
Engenharia
do Passado
Transição
5. A Importância do Engenheiro para a Indústria
A Engenharia Formal
1506 – Veneza – Escola dedicada à formação de engenheiros e artilheiros
1747– França – École et Chaussées
Primeira escola de Engenharia
1774 – Paris – École Polytechnique
Ensinar aplicações da matemática aos problemas da engenharia
1791– Brasil - Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho (atual Escola
Politécnica UFRJ)
1865 – EUA – Massachusetts Institute of Technology
Fonte: Unesp
6. A Importância do Engenheiro para a Indústria
Na Infraestrutura e Logística
• Infraestrutura como fator indutor do
Macroeconomia
desenvolvimento econômico
• Externalidades positivas para as
Microeconomia
empresas
Espaço • Transformação espacial e territorial
7. A Importância do Engenheiro para a Indústria
Investimentos em infraestrutura: países selecionados
(Em % do PIB)
Chile Colômbia Índia China Vietnã Tailândia Filipinas Brasil
Ano/Período 2001 2001 2006-2007 2003 2003 2003 2003 2007
% PIB 6,2 5,8 5,63 7,3 9,9 15,4 3,6 2,03
Fonte: Frischtak, C.R. (2008) O Investimento em Infraestrutura no Brasil: Histórico Recente e Perspectivas.
Pesquisa e Planejamento Econômico, v.38, n.2, p.307-348.
8. A Importância do Engenheiro para a Indústria
Investimento médio em infraestrutura como % do PIB
2001-2010
7,3%
6,2%
5,6%
2,1%
China Chile Índia Brasil
Fonte: CASTELAR, Armando.
"Desafios e oportunidades na infraestrutura" (2011)
8
9. A Importância do Engenheiro para a Indústria
Evolução da execução orçamentária dos investimentos do
Ministério dos Transportes – Valores constantes
(R$ bilhões)
17,7 17,1
14,1 14,4 13,8
12,8 12,8
10,3
9,1 8,4
7,2 7,0 7,1
5,9 6,0
4,3 4,8
3,9
2,7 2,6 2,2
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Autorizado Total pago Pago do Orçamento
Fonte: Elaboração própria com dados do Siafi.
9
10. A Importância do Engenheiro para a Indústria
No Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
Ciência
Inovação
Tecnologia Criatividade
Transformar conhecimento em novos produtos e processos
11. A Importância do Engenheiro para a Indústria
Pedidos de patentes de invenção depositados no escritório de marcas
e patentes dos Estados Unidos - Países selecionados, 2010
Fonte: MCTI
12. A Importância do Engenheiro para a Indústria
Distribuição de pesquisadores em equivalência de tempo integral, por
setores institucionais, de países selecionados, nos anos mais
recentes disponíveis
(em percentual)
Setores
Países
Governo Empresas Ensino superior
EUA (2002, 2007, 1999) 3,6 80,0 14,8
Coréia (2008) 6,6 77,5 14,7
Japão (2008) 4,9 75,0 18,8
China (2008) 15,0 68,6 16,4
Canadá (2007) 6,1 60,4 33,1
Alemanha (2009) 15,7 57,8 26,5
França (2008) 11,9 56,7 30,1
Rússia (2009) 33,1 48,9 17,6
México (2007) 19,3 42,5 35,8
Espanha (2009) 18,1 34,5 47,2
Austrália (2008) 9,0 29,4 58,2
Brasil (2008) 5,6 26,2 67,5
Portugal (2009) 7,3 23,6 61,2
Argentina (2007) 44,1 10,8 43,5
Fonte: MCTI
13. Formação de Engenheiros
Concluintes no ensino superior por área (%), 2010
Educação superior
excessivamente concentrada
nas Ciências Humanas
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/8505.html?ok
14. Formação de Engenheiros
Total de ingressantes nos cursos de Engenharia, 2000-2009
160.000
148.452
140.000
120.000
100.000
Brasil
85.208 Nordeste
80.000 Bahia
60.000
40.000
17.220
20.000 10.707
3.954 5.988
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: Elaborado a partir de EngenhariaData
15. Formação de Engenheiros
Total de concluintes nos cursos de Engenharia, 2000-2009
40.000 37.518
35.000
30.000 Brasil
26.529
25.000 Nordeste
Bahia
20.000
15.000
10.000
4.493
5.000 2.995
818 1.636
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: Elaborado a partir de EngenhariaData
17. Formação de Engenheiros
Taxa média da evasão nos cursos de Engenharia 2001-2009
24,00%
23,35%
23,00%
22,00%
21,00% 20,63%
2001-2009
20,00% 19,48%
19,00%
18,00%
17,00%
Brasil Nordeste Bahia
A taxa média de evasão anual no ensino superior
foi de 22% em todo o Brasil entre 2001 e 2009.
Fonte: Elaborado a partir de EngenhariaData
18. Formação de Engenheiros
Percentual de Egressos em Cursos de Nível Superior em Engenharia
em Relação ao Total de Egressos – Países Selecionados, 2007 (%)
País (%) País (%)
Brasil 5,0% Alemanha 12,4%
Nova Zelândia 5,4% Bélgica 12,8%
Estados Unidos 6,1% Suíça 13,3%
Islândia 6,2% França 13,3%
Irlanda 6,3% Itália 14,0%
Austrália 7,2% México 14,2%
Hungria 7,4% Chile 14,3%
Noruega 7,4% Espanha 14,5%
Holanda 7,7% Rep. Eslovaca 14,9%
Canadá 8,7% Áustria 15,8%
Polônia 8,8% Rep. Checa 17,0%
Reino Unido 8,8% Suécia 17,1%
Turquia 9,1% Japão 19,4%
Israel 10,3% Portugal 19,7%
Estônia 10,4% Finlândia 20,0%
Grécia 10,5% Coréia do Sul 25,0%
Eslovênia 11,1% China 35,6%
Dinamarca 11,9%
Fonte: OCDE, 2010 (apud IEDI, 2010).
19. Formação de Engenheiros
Graduados em Engenharia para cada 10.000 Habitantes
Países Selecionados, 2007 (%)
País Eng/10.000 pessoas País Eng/10.000 pessoas
Brasil 1,95 Suíça 7,17
Turquia 3,28 Bélgica 7,51
Grécia 3,89 Reino Unido 7,57
Chile 4,07 Israel 7,89
Eslovênia 4,34 Austrália 8,03
Hungria 4,48 França 8,68
Estados Unidos 4,60 Itália 9,36
Alemanha 5,10 Dinamarca 9,44
Áustria 5,38 Suécia 10,10
Nova Zelândia 5,39 Japão 10,24
México 5,40 Rep. Checa 11,53
Canadá 5,45 Polônia 12,15
Noruega 5,52 Rep. Eslovaca 12,63
Holanda 5,79 China 13,41
Estônia 6,27 Portugal 13,86
Irlanda 6,50 Finlândia 16,37
Espanha 6,53 Coréia do Sul 16,40
Islândia 6,89
Fonte: OCDE, 2010 (apud IEDI, 2010).
20. Mercado de Trabalho
Contribuição de
cada setor na
demanda total por
engenheiros, Brasil,
2000-2010
Fonte: EngenhariaData
21. Mercado de Trabalho
Engenheiros ocupados, segundo faixa etária, 2000 -2009
169
65 Anos ou mais
3.645
Brasil, 2010
2.202 33% dos
50 a 64 Anos
52.061 engenheiros
ocupados
1.526 estavam entre
40 a 49 Anos
44.022
30 a 39 anos.
2.742
30 a 39 Anos 28% dos
75.338
engenheiros de
25 a 29 Anos
1.856 30 a 39 anos,
45.454 Bahia eram
Brasil engenheiros
429
18 a 24 Anos
8.660 civis e afins
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000
Fonte: Elaborado a partir de EngenhariaData
22. Mercado de Trabalho
Engenheiros ocupados, segundo
gênero, Brasil, 2005
15%
Masculino
Feminino Em 2005, 36% dos ocupados
do sexo feminino eram
engenheiros civis e afins
85%
Em 2005, 30% dos ocupados
do sexo masculino eram
engenheiros civis e afins
Fonte: Elaborado a partir de EngenhariaData
23. Mercado de Trabalho
Engenheiros ocupados, segundo tamanho do estabelecimento, 2010
2.706
1000 ou mais empregados 76.595
De 500 a 999 empregados
De 250 a 499 empregados
De 100 a 249 empregados
Brasil: dos 76.595, 24% eram
De 50 a 99 empregados engenheiros civis e afins.
De 20 a 49 empregados
De 10 a 19 empregados Bahia
Brasil
De 5 a 9 empregados
Até 4 empregados
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 90.000
Fonte: Elaborado a partir de EngenhariaData
24. Mercado de Trabalho
Engenheiros ocupados segundo natureza jurídica do
estabelecimento, 2005
Pessoas Físicas e Outras Formas 45
de Organização Legal 773
Brasil: Em 2005, o setor
342
Entidades Sem Fins Lucrativos privado empregou 62%
10.588
dos engenheiros.
3.785
Entidades Empresariais Privadas 98.653 Desses, 27% em
engenharia civil e afins
1.607
Entidades Empresariais Estatais 27.145
308
Setor Público Municipal 9.443
130 Bahia
Setor Público Estadual 9.836 Brasil
113
Setor Público Federal 3.602
0 50.000 100.000 150.000
Fonte: Elaborado a partir de EngenhariaData
25. Mercado de Trabalho
Engenheiros ocupados, segundo faixa de remuneração em dezembro,
2010
126
Ignorado
5.126
1.785
Mais de 20,00 salários mínimos
45.979
1.480
De 15,01 a 20,00 salários mínimos
33.847
2.169
De 10,01 a 15,00 salários mínimos
55.456
1.740
De 7,01 a 10,00 salários mínimos
44.235
Bahia
654 Brasil
De 5,01 a 7,00 salários mínimos
20.118
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000
Fonte: Elaborado a partir de EngenhariaData
26. Mercado de Trabalho
Engenheiros ocupados, segundo faixa de remuneração em
dezembro, Brasil, 2010 (11 grupos de Engenharia)
Engenheiros em Computação
Engenheiros de Minas e afins
Engenheiros Metalurgistas, de Materiais e afins
Professores de Arquitetura e Urbanismo,
Engenharia, Geofísica e Geologia do Ensino
Engenheiros Químicos e afins
Pesquisadores de Engenharia e Tecnologia
Engenheiros Agrossilvipecuários
Engenheiros Mecânicos e afins
Engenheiros Eletricistas, Eletrônicos e afins
Engenheiros de Produção, Qualidade,
Segurança e afins
Engenheiros Civis e afins
0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000
Mais de 20,00 salários mínimos De 15,01 a 20,00 salários mínimos De 10,01 a 15,00 salários mínimos
Fonte: Elaborado a partir de EngenhariaData
27. Desafios para formação de Engenheiros
1. Adequar (flexibilizar) a formação de engenheiros às
necessidades da indústria;
2. Interiorizar o ensino da Engenharia;
3. Estimular a formação de profissionais com perfil para a
pesquisa e inovação;
4. Promover e estimular programas que insiram estudantes e
pesquisadores nas empresas, auxiliando na formação de
profissionais mais conectados com a realidade do mercado de
trabalho.
28. Iniciativas do Sistema FIEB
Programa de Incentivo à Formação e à Atuação de Engenheiros na Bahia
Componente 3:
Componente 2:
Componente 1:
Redução da Evasão e
Interiorização e Estímulo Empreendedorismo, Inova
Melhoria da Qualidade dos
ao Ingresso na Graduação ção e Pesquisa Aplicada
Egressos
em Engenharia
Projeto 1:
Interiorização e
Diversificação de Vagas Projeto 4:
Projeto 3: Inclusão da Cultura
Redução da Evasão e Empreendedora e de
Melhoria da Qualidade Inovação na
do Ensino da Graduação e Pós
Projeto 2: Graduação Graduação em
Incentivo ao Ingresso nas Engenharia
Engenharias e Melhoria da
Qualidade do Ensino
Médio em Exatas
29. Iniciativas do Sistema FIEB
Educação
• Curso de Bacharelado em Engenharia Mecânica no SENAI, desde 2011,
com currículo inovador;
• Em fase de autorização do MEC: cursos de engenharia elétrica, de
materiais, de produção, automação e controle, para possível início em
2013;
• Cursos de Especialização: Engenharia Automotiva, Engenharia de
Confiabilidade e Engenharia de Soldagem;
• Mestrados: Modelagem Computacional e Tecnologias Industriais; Gestão
e Tecnologias Industriais, desde 2008;
• Doutorado: Modelagem Computacional e Tecnologia Industrial, desde
2011.
30. Iniciativas do Sistema FIEB
Tecnologia
(Pesquisa, Inovação e Serviços Tecnológicos):
- Serviços tecnológicos e pesquisa em: engenharia de materiais, de
automação, de energia térmica e elétrica, eletrônica, desenvolvimento de
produto, modelagem computacional, de produção, automotiva, química e
petroquímica e construção civil;
- Projetos de pesquisa em fluidodinâmica computacional
(CFD), desenvolvimento materiais compósitos com fibras naturais
(polímeros com sisal, casca de arroz, resíduo madeira, entre
outros), desenvolvimento de softwares para aplicações de engenharia
biomédica, entre outras.