2. BIBLIOTECAS ZN
Expediente
A revista eletrônica é uma realização
da Coordenadoria Regional Norte jun-
tamente com os coordenadores das bi-
bliotecas públicas da Zona Norte de São
Paulo.
Contato:
smbnorte@gmail.com
Fone: 3904-1444
Coordenador Regional Norte
Sandro Luiz Coelho
Jovem Monitor Cultural
Nicoli Chiara De Bona
Colaboradores
Domitila Alves de Oliveira Vila Nova
Elaine Telles Rodrigues
Elisabete Ferreira Filipini
Emmanuela Fernandes Arantes
Maria Elizabeth Caldellas Pedrosa
Ormarina Bueno Perondi
Patrícia Muniz Marçal
Raquel Beatriz de Conceição
Regina Helena Lima Monteiro
Sandra Cristina Brasil Silva
Sandra Rodrigues Nascimento
Sandro Luiz Coelho
Thaís da Silva Farias
Agradecimento
Domitila Alves de Oliveira Vila Nova
Diagramação
Thaís da Silva Farias
Idealização
Thaís da Silva Farias
Nicoli Chiara De Bona
SETEMBRO 2016
Sumário
CONVERSANDO SOBRE ACESSIBILIDADE NAS
BIBLIOTECAS DA ZONA NORTE 3
PROGRAMAÇÃO
Biblioteca Pública Érico Veríssimo 6
Biblioteca Pública Menotti Del Picchia 7
Biblioteca Pública Padre José de Anchieta 8
Biblioteca Pública Pedro Nava 9
Biblioteca Pública Sylvia Orthof 10
Biblioteca Pública Thales Castanho de Andrade 11
3. 3
Conversando sobre acessibilidade nas
Bibliotecas da Zona Norte
Por Domitila Alves O. Vila Nova
No mês de setembro tem início um movimento criado pela comunidade surda
com a finalidade de realizar atividades inclusivas em todo o Brasil, denominado Setem-
bro Azul. O nome simboliza a faixa azul que as pessoas com deficiência deveriam fixar
em seus braços na época da Segunda Guerra Mundial para que pudessem ser mortos
pelos nazistas, já que eram considerados incapazes para a sociedade. Aproveitamos esse
contexto tão emblemático para evidenciar as conquistas e as necessidades das pessoas
com deficiências - Pcds, problematizando seu acesso aos equipamentos culturais, em
especial às Bibliotecas.
Só é possível dizer que um local possui acessibilidade quando todos têm livre
acesso a ele, independente de qualquer limitação que possam possuir, seja essa limita-
ção intelectual, física ou sensorial. Essa acessibilidade plena ainda não é uma realidade
nas Bibliotecas da cidade São Paulo, entretanto é necessário discuti-la, colocar o as-
sunto em pauta sempre que possível para que possamos avançar cada dia mais nesse
sentido.
Segundo o Manifesto da Unesco: “A liberdade, a prosperidade e o progresso da
sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais. Só serão atingidos quan-
do os cidadãos estiverem na posse das informações que lhes permitam exercer os seus
direitos democráticos e ter um papel ativo na sociedade. A participação construtiva e
o desenvolvimento da democracia dependem tanto de uma educação satisfatória como
de um acesso livre e sem limites ao conhecimento, ao pensamento, à cultura e à in-
formação.”
As Bibliotecas Públicas são equipamentos culturais, educacionais e informacionais,
que possuem em seu cerne a missão de possibilitar acesso irrestrito a todo e qual-
quer cidadão que o quiser, permitindo uma utilização autônoma e segura. Enquanto
bibliotecários, gestores públicos e profissionais da informação, temos o dever cívico
de lutar por espaços mais inclusivos, que ofereçam serviços que possam ser utilizados
e compreendidos por qualquer pessoa, preparados para a diferença, que não exclua, e
sim, integre.
As ações culturais que acontecem nas Bibliotecas partem do preceito de ser para
todos, mas precisamos refletir sobre qual é a dimensão do nosso “todos”. Muitas ve-
zes temos uma visão limitada do que de fato é acessível, principalmente por falta de
conhecimento das reais necessidades dos nossos usuários, isto acontece por esse público
ser considerado “invisível” mesmo sendo um número tão significativo.
Segundo o Censo do IBGE (2010) 23,05% da população da Cidade de São Paulo
tem alguma deficiência, e devemos considerar que este dado é impreciso, já
4. 4
que sabe mos que muitas pessoas possuem deficiências transitórias, por curtos ou
longos períodos de tempo. Em escala mundial as Pcds são a maior minoria existente e
segundo a ONU (2013), estão mais vulneráveis a abusos, mais propensas a sofrerem
violências e têm menos probabilidade de conseguirem ajuda policial, jurídica ou cuidados
preventivos. Assim como todas as outras pessoas, as Pcds têm direito a trabalho,
moradia, lazer, educação, saúde e cultura, direitos esses promulgados na nossa Cons-
tituição Federal e que cobram ações mais conclusivas.
É importante reconhecermos que muito já foi feito nas Bibliotecas Públicas de
São Paulo nos últimos anos. Através de um convênio com a Fundação Dorina Nowill as
bibliotecas recebem livros falados e publicações em Braille, 5 bibliotecas possuem piso
tátil, 5 foram contemplados com equipamentos de tecnologia assistiva que serão ins-
talados em uma biblioteca de cada região da cidade e mais de 30 bibliotecas possuem
acessibilidade arquitetônica. Outro grande avanço é a Biblioteca Luis Braille, planejada
para atender pessoas com deficiência visual, e a Biblioteca de Culturas Surdas (Bicus),
que oferece atendimento bilíngue feita pela funcionária surda Lara Gomes, ambas as
bibliotecas no Centro Cultural São Paulo.
Muito foi feito, mas ainda há mais a ser conquistado e ampliado. É necessário
pensar a acessibilidade em todas as suas ramificações se quisermos instituir ambientes
realmente inclusivos. Hoje em dia, discuti-se muito a acessibilidade arquitetônica, es-
paços sem nenhum tipo de barreira física, seja interna ou externa, mas como gestores
de equipamentos culturais temos que pensar também na acessibilidade comunicacional,
que consiste em atendimentos em língua de sinais, materiais e sinalização em Braille,
equipamentos de tecnologia assistiva, e que toda e qualquer atividade seja comunicável
a todos, na acessibilidade metodológica, pensando em métodos inclusivos baseados nas
inteligências múltiplas, na acessibilidade instrumental, com aquisição de instrumentos
e mobiliários que não ofereçam barreiras, na programática, criando políticas públicas
inclusivas, e na atitudinal, buscando sensibilizar as pessoas em relação à diversidade
humana.
Bibliotecas são ambientes geradores de conhecimento, mediadores informacionais
e culturais, que têm um compromisso com a comunidade de promover ações trans-
formadoras de ordem social e cultural, e precisam assegurar que essas ações sejam
oferecidas de forma igualitária, de modo que todos tenham a mesma oportunidade de
conhecimento e apropriação.
No mês de Setembro as Bibliotecas da Zona Norte trazem duas atividades de
destaque:
. Contação de Histórias em Libras – Grupo mãos de Fada
02 de setembro (sex) – 14h
Biblioteca Pedro Nava – Rua Helena do Sacramento, 1000 - Mandaqui
. Oficina de Libras
Todas as quartas-feiras – 18h30 às 20h30
Biblioteca Pe. José de Anchieta – Rua Antonio Maia, 650 - Perus
5. 5
Referências Bibliográficas:
SANTOS, M. P.; DINIZ, C. N.; SÁ, N. A.. A importância da acessibilidade nas biblio-
tecas públicas. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 10,
ago. 2014. ISSN 1980-6949. Disponível em: <https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/
view/330/306>. Acesso em: 8 ago. 2016.
FONSECA, C. C. R.; GOMES, G. F.; VANZ, S. A. S. Acessibilidade e inclusão em bibliote-
cas: um estudo de caso. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS,
17., 2012, Porto Alegre. Anais eletrônicos... Porto Alegre: UFRS, 2012. Disponível em:
<http://www.snbu2012.com.br/anais/pdf/4QJX.pdf>. Acesso em: 8 ago. 2016.
GRAEFF, Lucas; FERNANDES, Rosa Maria Castilhos; CLOSS, Arnajara Carbonell. Acessibili-
dade em ambientes culturais: explorando o potencial cidadão do Plano Nacional de Cultura.
Ser Social, Brasília, v. 32, n. 15, p.117-140, jan/jun. 2013.
Domitila Alves O. Vila Nova
Graduada em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Faculdade de Biblioteconomia e
Ciência da Informação de São Paulo – FabciSP (2006). Atualmente é Coordenadora da Bi-
blioteca Pública Pedro Nava, pertencente ao Sistema Municipal de Bibliotecas da Cidade de
São Paulo.
6. 6
Biblioteca Pública ÉRICO VERÍSSIMO
Encontro entre as amigas da biblitoteca para
ações de leitura, reflexão, troca de experiên-
cias, informação, oficina e busca de soluções
para as questões da biblioteca e da comuni-
dade.
Oficina de literatura que busca despertar o
leitor e o escritor que existe em cada pes-
soa, através de atividades diversas e troca de
informações e impressões entre os participan-
tes.
Proposta de apresentar a Biblioteca Pública
Érico Veríssimo em todas as suas dimensões,
complexidades e possibilidades.
*Mediante agendamento prévio
Workshops de Grafite, DJ, MC, Break e apre-
sentações musicais com muita reflexão sobre
o tema: Juventude Negra
Com as mediadoras de leituras Denize e Pa-
trícia
(Mediante agendamento prévio)
“Vivência Musical” busca difundir, integrar e
viabilizar o acesso ao universo musical, atra-
vés de experimentações de sons e instrumen-
tos pelos participantes na construção de uma
identidade musical. O projeto é direcionado
para crianças e adolescentes com ou sem de-
ficiência intelectual, com foco na convivência
da diversidade e garantia de direitos de todos
os cidadãos.
Através de oficinas práticas, será criada uma
horta orgânica na Biblioteca Pública Érico Ve-
ríssimo junto à comunidade. Preparando a
terra e plantando, histórias e conhecimentos
vão brotando e se transformando em Encon-
tros e Contos da Terra.
Através da memória e da leitura de vida e
de livros, estimular a socialização, a troca de
experiências e a autoestima, promover a in-
clusão cultural e social aliada ao bem-estar
dos participantes e a elaboração de um “diário
coletivo”.
PROGRAMACÃO CULTURAL
7. 7
Biblioteca Pública MENOTTI DEL PICCHIA
Com Mestre Avelar
Com Thaís Morais
O Projeto conta com oficinas, apresenta-
ções e debates na intenção de valorizar
o hip hop como ferramenta e veículo de
transformação e desenvolvimento sócio
cultural.
As temáticas serão dividas em 4 encon-
tros que se iniciará em setembro e ter-
minará em novembro.
PROGRAMACÃO CULTURAL
8. 8
Biblioteca Pública PE. JOSÉ DE ANCHIETA
Brincadeiras e conversas sobre preconcei-
tos
3 bandas de rock se apresentam na bi-
blioteca
Durante a oficina será realizada uma me-
diação de leitura com história que con-
versa com a oficina
PROGRAMACÃO CULTURAL
9. 9
Biblioteca Pública PEDRO NAVA
Narração de histórias simultâneas em Libras
- Língua Brasileira de Sinais e Língua Portu-
guesa (contação visual e oral), proporcionando
ao espectador, tanto deficiente auditivo/sur-
do quanto ouvinte, infinitas possibilidades de
vivenciar as histórias de uma forma diferente.
Com Lilian Soares
Utilizando o bordado como linguagem artís-
tica, visa favorecer o resgate de memórias e
saberes antigos, tanto culturais, quanto pes-
soais, que serão ressignificados e atualizados
através de um olhar que permite abertura
para criação e expansão de novos conhecimen-
tos.
Com João Godoy e Sonia Perazzolo
Exibição de filme seguido de um debate redi-
gido por especialistas, gerando uma discussão
sobre a questão levantada no filme e seu
respectivo tema.
Com Liana Yuri Shimabukuro
Criação de livros com as técnicas de engenha-
ria de papel incluindo o Kirigami e o Origami.
Livros interativos pop-ups são aqueles livros
cujas figuras saltam das páginas. Abrir, fe-
char, girar, descobrir portas e páginas escon-
didas, retém a atenção do leitor e assegura a
interatividade com a história.
PROGRAMACÃO CULTURAL
10. 10
Biblioteca Pública SYLVIA ORTHOF
PROGRAMACÃO CULTURAL
Leitura mediada de pequenos textos, narrativas, contos, poesias para crianças, jovens,
adultos, melhor idade....
*Para agendamento prévio da atividade falar com Sandra e/ou Roseli tel: 2981-6263
11. 11
Biblioteca Pública Thales Castanho de
Andrade
PROGRAMACÃO CULTURAL
Com Beth Filipini
Com Beth Filipini
Venham conhecer os “Dez sacizinhos”, uma viagem pela magia e encanto de
um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro: o saci.
*Ambas atividades podem ser realizadas com agendamento prévio.