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Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto




INFLUÊNCIA DA CURA TÉRMICA NAS PROPRIEDADES
           MECÂNICAS DO CONCRETO




                         Autor: Wilson Ferreira Cândido
                         Mestre em Geotecnia e Construçao Civil (UFG)
                         Controle Tecnológico do Concreto
Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto



SUMÁRIO

  1. Introdução
  2. Cura do concreto
  3. Efeitos da cura térmica no concreto
  4. Considerações finais
  Bibliografias
Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto


1. INTRODUÇÃO
                            Baixa produtividade;

            Construção      Grande desperdício de materiais;
               Civil        Morosidade;
                            Baixo controle de qualidade.




                  Estruturas de concreto pré-moldado


                     Pré-moldado;
  NBR 9062/2007
                                               Processo de cura com
                     Pré-fabricado.
                                              temperatura controlada

                                                               (EL DEBS, 2000)
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2. CURA DO CONCRETO


            Impedir a perda de umidade e controlar a temperatura
  Objetivo: do concreto durante um período suficiente para que esse
            alcance um nível de resistência desejado.



                              Aspersão;

                 Tipos de     Imersão;
                   Cura       Térmica;
                              Película impermeabilizante.




                                                    (BAUER, 2000; EL DEBS, 2000)
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2. CURA DO CONCRETO

 Térmica

 Benefício: Reduz o tempo de cura, permitindo a utilização das formas.




                       Ciclo térmico de cura (SCOARIS, 2005).

  Segundo a NBR 9062/2007 os valores máximos para as fases G 1, T2 e G2
  são 20°C/h, 70°C e 30°C/h, respectivamente.
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2. CURA DO CONCRETO

 Térmica




                                                               (TERZIAN, 2005)
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2. CURA DO CONCRETO

 Térmica




                                                               (SCOARIS, 2005)
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3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO

 A cura térmica funciona como aceleradora das reações de hidratação
do cimento.




                                                                                       Resistência
               Evaporação da água de constituição
 Temperatura




               Aumento da porosidade
               Presença de material não hidratado
               Formação de etringita secundária em idades avançadas



                  Expansão
                  Microfissuração
                  Perda de resistência mecânica


                                                    Temperatura de cura próxima de 100°C
                                                             (TERZIAN, 2005).
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 3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO
(DE MELO et. al., 2000)

 Objetivo: Analisar a resistência à compressão e os compostos hidratados formados
 ao longo do tempo após a cura térmica

         Adições:               Ciclos térmicos:     Temp. máx:        Idades:
  Escória de alto forno (30%)       40 min.             61°C      1, 7, 28 e 91dias
      Sílica ativa (10%)           12 horas
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 3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO
(DE MELO et. al., 2000)




       E - ciclo longo             E - câmara úmida              Presença de AFtS

  Conclusões:
          Quanto maior a duração do ciclo térmico menor é a resistência final.
          A redução na resistência à compressão foi maior para o concreto com
          escória de alto forno.
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 3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO
(CLARO et. al., 2007)

 Objetivo: Avaliar a influência do período da cura térmica sobre a resistência dos
 concretos elaborados com cimentos CP V ARI-Plus e CP II F-32.

         Cimento                 Ciclos térmicos:      Temp. máx:           Idades:
       CP V ARI-Plus                                                    1, 3, 7, 28, 56
        CP II F-32                  4, 6 e 8 horas        60°C
                                                                           e 90 dias


           Material       Qtde. kg/m³
           Cimento           467
            Areia            763
            Brita            1101
            Água             150
           Aditivo       0,55%; 0,6%
                                                        Câmara térmica a vapor
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 3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO
(CLARO et. al., 2007)                                     34%
                                                                                                                                                                 Cimento CP II F-32
                                                                                                                                               70
                                45
   Resist. à compressão (MPa)




                                40                                                                                                             65




                                                                                                                       Resist. à comp. (MPa)
                                35                                                                                                             60
                                                                                                                                                                                           Ref.
                                30                                                                                                             55
                                25                                                         CP II F-32                                                                                      4h
                                                                                                                                               50
                                                                                           CP V ARI-Plus                                                                                   6h
                                20
                                                                                                                                               45
                                15                                                                                                                                                         8h
                                                                                                                                               40
                                10
                                5                                                                                                              35
                                0                                                                                                              30
                                     4           6             8                                                                                         1   3      7     28   56     90
                                     Duração da cura térmica (h)                                                                                                  Idade (dias)

                                                                                                   Cimento CP V ARI-Plus
                                                                                      90
                                                              Resist. à comp. (MPa)




                                                                                      80

                                                                                      70                                                                     Ref.
                                                                                                                                                             4h
                                                                                      60
                                                                                                                                                             6h
                                                                                      50                                                                     8h

                                                                                      40

                                                                                      30
                                                                                           1      3       7     28        56                        90
                                                                                                        Idade (dias)
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS



         Com base nos resultados obtidos na pesquisa do De Melo et. al., parece
não ser adequado fixar o valor máximo da temperatura constante de cura
(70°C), conforme especificado pela NBR 9062/2007, uma vez que a temperatura
depende de vários fatores, como o tipo de cimento, do uso de adições minerais,
do tipo de aditivo, da relação água/cimento, da duração do ciclo térmico, etc.

         O processo de cura térmica em elementos pré-fabricados se mostra
bastante vantajoso economicamente. Entretanto devem-se tomar cuidados
especiais para que os elementos sejam aquecidos uniformemente e não
ultrapassem a temperatura máxima especificada.


                 USE COM MODERAÇÃO
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  BIBLIOGRAFIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9062: Projeto e execução de estruturas de
concreto pré-moldado. Rio de Janeiro, 2007.

BAUER, L. A. F. Materiais de Construção. 5ª ed. rev. Rio de Janeiro:LTC, 2000.

CLARO, W. A. et. al. Avaliação da influência do período da cura térmica sobre a resistência dos concretos
elaborados com cimentos CPV ARI Plus e CPII F-32, através do Método da Maturidade. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DO CONCRETO, 49., 2007, Bento Gonçalves. Setembro. Anais... São Paulo: IBRACON, 2007.

DE MELO, A. B., LIBÓRIO, J. B. L., SILVA, I. J. Evidências da perda de resistência mecânica final devido à cura
térmica observadas através de imagens de microscopia eletrônica de varredura. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DO CONCRETO, 42., 2000, Fortaleza. Anais... Fortaleza: IBRACON, 2000.

EL DEBS, M. K. Concreto pré-moldado: fundamentos e aplicações. São Carlos:EESC-USP, 2000.

SCOARIS, M. R. Concretos reforçados com fibras: avaliação das propriedades mecânicas através do método da
maturidade, Ilha Solteira: 2005 xiv, 260 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista. Faculdade de
Engenharia de Ilha Solteira, 2005.

TERZIAN, P. Concreto: ensino pesquisa e realizações. 1. v. São Paulo:G. C. Isaia, 2005.

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Influência da cura térmica nas propiedades mecânicas do concreto

  • 1. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto INFLUÊNCIA DA CURA TÉRMICA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CONCRETO Autor: Wilson Ferreira Cândido Mestre em Geotecnia e Construçao Civil (UFG) Controle Tecnológico do Concreto
  • 2. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto SUMÁRIO 1. Introdução 2. Cura do concreto 3. Efeitos da cura térmica no concreto 4. Considerações finais Bibliografias
  • 3. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 1. INTRODUÇÃO Baixa produtividade; Construção Grande desperdício de materiais; Civil Morosidade; Baixo controle de qualidade. Estruturas de concreto pré-moldado Pré-moldado; NBR 9062/2007 Processo de cura com Pré-fabricado. temperatura controlada (EL DEBS, 2000)
  • 4. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 2. CURA DO CONCRETO Impedir a perda de umidade e controlar a temperatura Objetivo: do concreto durante um período suficiente para que esse alcance um nível de resistência desejado. Aspersão; Tipos de Imersão; Cura Térmica; Película impermeabilizante. (BAUER, 2000; EL DEBS, 2000)
  • 5. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 2. CURA DO CONCRETO Térmica Benefício: Reduz o tempo de cura, permitindo a utilização das formas. Ciclo térmico de cura (SCOARIS, 2005). Segundo a NBR 9062/2007 os valores máximos para as fases G 1, T2 e G2 são 20°C/h, 70°C e 30°C/h, respectivamente.
  • 6. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 2. CURA DO CONCRETO Térmica (TERZIAN, 2005)
  • 7. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 2. CURA DO CONCRETO Térmica (SCOARIS, 2005)
  • 8. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO  A cura térmica funciona como aceleradora das reações de hidratação do cimento. Resistência Evaporação da água de constituição Temperatura Aumento da porosidade Presença de material não hidratado Formação de etringita secundária em idades avançadas Expansão Microfissuração Perda de resistência mecânica Temperatura de cura próxima de 100°C (TERZIAN, 2005).
  • 9. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO (DE MELO et. al., 2000) Objetivo: Analisar a resistência à compressão e os compostos hidratados formados ao longo do tempo após a cura térmica Adições: Ciclos térmicos: Temp. máx: Idades: Escória de alto forno (30%) 40 min. 61°C 1, 7, 28 e 91dias Sílica ativa (10%) 12 horas
  • 10. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO (DE MELO et. al., 2000) E - ciclo longo E - câmara úmida Presença de AFtS Conclusões: Quanto maior a duração do ciclo térmico menor é a resistência final. A redução na resistência à compressão foi maior para o concreto com escória de alto forno.
  • 11. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO (CLARO et. al., 2007) Objetivo: Avaliar a influência do período da cura térmica sobre a resistência dos concretos elaborados com cimentos CP V ARI-Plus e CP II F-32. Cimento Ciclos térmicos: Temp. máx: Idades: CP V ARI-Plus 1, 3, 7, 28, 56 CP II F-32 4, 6 e 8 horas 60°C e 90 dias Material Qtde. kg/m³ Cimento 467 Areia 763 Brita 1101 Água 150 Aditivo 0,55%; 0,6% Câmara térmica a vapor
  • 12. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 3. EFEITOS DA CURA TÉRMICA NO CONCRETO (CLARO et. al., 2007) 34% Cimento CP II F-32 70 45 Resist. à compressão (MPa) 40 65 Resist. à comp. (MPa) 35 60 Ref. 30 55 25 CP II F-32 4h 50 CP V ARI-Plus 6h 20 45 15 8h 40 10 5 35 0 30 4 6 8 1 3 7 28 56 90 Duração da cura térmica (h) Idade (dias) Cimento CP V ARI-Plus 90 Resist. à comp. (MPa) 80 70 Ref. 4h 60 6h 50 8h 40 30 1 3 7 28 56 90 Idade (dias)
  • 13. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nos resultados obtidos na pesquisa do De Melo et. al., parece não ser adequado fixar o valor máximo da temperatura constante de cura (70°C), conforme especificado pela NBR 9062/2007, uma vez que a temperatura depende de vários fatores, como o tipo de cimento, do uso de adições minerais, do tipo de aditivo, da relação água/cimento, da duração do ciclo térmico, etc. O processo de cura térmica em elementos pré-fabricados se mostra bastante vantajoso economicamente. Entretanto devem-se tomar cuidados especiais para que os elementos sejam aquecidos uniformemente e não ultrapassem a temperatura máxima especificada. USE COM MODERAÇÃO
  • 14. Influência da Cura Térmica nas Propriedades Mecânicas do Concreto BIBLIOGRAFIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9062: Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado. Rio de Janeiro, 2007. BAUER, L. A. F. Materiais de Construção. 5ª ed. rev. Rio de Janeiro:LTC, 2000. CLARO, W. A. et. al. Avaliação da influência do período da cura térmica sobre a resistência dos concretos elaborados com cimentos CPV ARI Plus e CPII F-32, através do Método da Maturidade. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO, 49., 2007, Bento Gonçalves. Setembro. Anais... São Paulo: IBRACON, 2007. DE MELO, A. B., LIBÓRIO, J. B. L., SILVA, I. J. Evidências da perda de resistência mecânica final devido à cura térmica observadas através de imagens de microscopia eletrônica de varredura. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO, 42., 2000, Fortaleza. Anais... Fortaleza: IBRACON, 2000. EL DEBS, M. K. Concreto pré-moldado: fundamentos e aplicações. São Carlos:EESC-USP, 2000. SCOARIS, M. R. Concretos reforçados com fibras: avaliação das propriedades mecânicas através do método da maturidade, Ilha Solteira: 2005 xiv, 260 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, 2005. TERZIAN, P. Concreto: ensino pesquisa e realizações. 1. v. São Paulo:G. C. Isaia, 2005.