“O Trapo”
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Comunicação e Multimédia
2013/14
Produção Audiovisual II
Prof:
Tânia Rocha
Pedro Colaço
Realização:
Ana Tavares #53093
Ivo Mendes #54449
1. “O Trapo”
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Comunicação e Multimédia
2013/14
Produção Audiovisual II
Prof:
Tânia Rocha
Pedro Colaço
Realização:
Ana Tavares #53093
Ivo Mendes #54449
3. Ideia/Conceito
Representação do poema Trapo, de Álvaro de Campos que é um dos
heterónimos de Fernando Pessoa, em vídeo. Composto com imagens descritivas dos
significados do poema.
3
4. Sinopse
O poema Trapo de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa,
transmite-nos a tristeza que ele sente naquele dia, desde o momento que é acordar
para a vida; e o produto final é a ideia de estar sozinho a solidão interna e tudo o que
compõe o interior e o sentimento. O que sentimos devido a certos acontecimentos
marcantes.
O interior da personagem é apresentado por ideias chave que é preciso
associar ao que nos faz mudar de atitudes e ao que é ser um ―trapo‖ na nossa vida.
4
6. Pesquisa Factual
Filme do Desassossego – João Botelho
http://www.fpessoa.com.ar/
http://www.fpessoa.com.ar/poesias.asp?Poesia=271
Poema:
Trapo
O dia deu em chuvoso.
A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.
Antecipação? Tristeza? Coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.
Bem sei: a penumbra da chuva é elegante.
Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Dêem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.
Hoje quero só sossego.
Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.
Carinhos? Afetos? São memórias...
É preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.
Boca bonita da filha do caseiro,
Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...
O dia deu em chuvoso.
6
9. Pesquisa Técnica
Timelapse:processo cinematográfico em que a frequência de cada fotograma
por segundo de filme é muito menor do que aquela em que o filme será
reproduzido. Quando visto a uma velocidade normal, o tempo parece correr
mais depressa e assim parece saltar (lapsing).
Contraluz: Consiste em ter um objeto em frente a uma luz, e então apenas a
silhueta é apresentada.
Travelling: movimento na horizontal ou na vertical, na qual a camara e tudo
que a segura move-se numa direção.
9
10. Guião Literário
Cena 1
EXT. - ALVÃO - AMANHECER
As nuvens do mau tempo aparecem num dia de sol. Apenas as nuvens se mexem
com o vento mudando de forma e a cada vez o dia agradável passa a um dia nublado
e frio.
Nuvens e a luz do amanhecer fazem uma contraluznas folhas de papel a voam com o
vento pela paisagem fora.
Cena 2
EXT. –VILA REAL (RUA DIREITA) - AMANHECER
Trapo de pano mexe juntamento com o pouco vento que lhe é depositado; e tudo que
o rodeia se mexe como se o tempo fosse acelerado.
Plantas mexem-se com o vento e alguém de costas passa, um pouco distante.
Pessoa caminha em direção á sombra (local escuro), pelo paralelo húmido e sujo,
tendo os pés descalços como um pobre.
Mãos enegrecidas e calosas, da pouco feliz vida que levam, esfregam-se devido ao
frio.
Essa pessoa com uma idade por volta dos 20/25 anos, com um aspeto de abandono
(cabelo gadelhudo e barba por fazer), sentado num bando de rua um pouco afastado
de tudo o que o rodeia.
Cena 3
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE Pessoa com idade acima dos 40 anos com ar sério e maduro, a recitar o poema de
Álvaro de Campos, ―Trapo‖. A luz projetada sobre si dá-lhe o contraste total do fundo
negro.
Cena 4
EXT. – FAFE (PARDELHAS) - DIA
A luz ao fundo do túnel vê-se distante e cada vez mais se afasta, e no final v.
Enquanto se ouve o a linha 2 e 3 do poema.
10
11. Cena 5
EXT. – VILA REAL (RUA DIREITA) – DIA
Enquanto a linha 4 do poema é recitada pela voz da pessoa com mais idade, vê-se
que a personagem de rua passa o seu olhar do além para o paralelo negro e gasto.
Cena 6
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE Luz forte projetada no rosto da personagem que recita a linha 5 do poema, da-lhe um
ar sério e dramático á exposição do seu interior.
Cena 7
INT. – JANELA – DIA
Gotas de chuva escorrem pela janela como lágrimas de uma pessoa que sofre no seu
interior. E a voz profunda e sentimental expõe a linha 6 e 7 do poema ―Trapo‖
Cena 8
INT. – FUNDO NEGRO – NOITE
Pessoa leva um cigarro á boca, acende-o e fuma-o realçando a ideia de que o seu
fumo é o ar que todos nós respiramos normalmente, (inspirar e expirar
sequencialmente). Assim é acompanhado pelas linhas 8, 9 e 10.
Cena 9
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
Frontalmente e personagem recita a linha 11 e 12, dramatizada pela sua composição.
Apagando-se as luzes no final da frase.
Cena 10
– NEGRO Após a escuridão da luz apagada, ouve-se a linha 13, com a imposição do dramatismo
presente pela voz madura.
11
12. Cena 11
EXT. – FAFE (LAGOA) – DIA
Pessoa com a sua solidão e sofrimento encontra-se sentada num sofá roto e furado do
seu uso e sacrifício dos anos passados, num descampado onde apenas só se vê o
poder da angústia do mesmo.
A presença da personagem é substituída pelasua ausência.
Toda esta ação sobrenatural é acompanhada pela recitação das linhas 14 e 15.
Cena 12
EXT. – FAFE (BARRAGEM DE QUEIMADELA) – DIA
Águas calmas e serenas são acompanhadas pela forte presença das linhas 16 e 17 do
poema. De repente sai uma pessoa da água, como alguém que se quisesse expor,
mudar o que o rodeava e recomeçar tudo.
A nossa personagem está acordada a ver o ―passado‖, junto de um riacho que passa
entre a dura que é a vida, os penedos, sendo acompanhado pela linha 18 e 19.
Cena 13
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
Recitador, dramático expõe a linha 20 e 21 como se viesse do seu sentimento interior
e que o marca e marcou no passado; sentado e cansado do passado.
Cena 14
EXT. – FAFE (CASA DO PENEDO) – DIA
De frente para o sol, escrevendo, a personagem de rua está frustrada por nada lhe
correr bem rica e anula o que tinha exposto do seu interior.
Cena 15
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
A expressão facial de cerca de 10 a 15 mulheres com idades entre os 60 e os 6 anos,
a levar uma maçã vermelha á boca e a dar uma trica. A sua apresentação vai
decrescendo dando a ideia de que o que tinha acontecido foi no passado, infância. É
acompanhado pelo som das linhas 24, 25, 26 e 27 do poema.
12
13. Cena 16
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
A personagem encontra-se a pé e a recitar a ultima frase do poema, em que após ter
acabado sai para a sua esquerda desanimado e a olhar para o chão.
13
19. Guião Técnico
Data
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Ext
Natural
Camara de
filmar/teleobjet
iva/tripé
Contrapicado
Plano
Geral
Fixo
Começam
a aparecer
nuvens no
céu; mau
tempo
Vento
suave
de
fundo
Ext
Natural
(Contra-luz)
Camara de
filmar/Grande
angular/tripé
Normal
Plano
Geral
Fixo
Folhas de
papel
voam pela
paisagem
Vento
suave
de
fundo
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
1
Data
Cena 1
Iluminação
2
Cena 2
Int/
Ext
1
19
Nº
Plan
o
Texto
Ext
Natural
Camara de
filmar/Grande
angular/tripé
normal
Plano
conjunt
o
Fixo
Trapo
velho
mexe-se
com o
vento
Texto
Som
Som
Som do
movime
nto de
pessoa
s numa
cidade
ao
amanh
ecer
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
Apenas
se vê o
céu e a
mudança
temporal;
timelaps
e
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
O trapo
deve
estar no
primeiro
plano e
deve
mostrar o
que o
rodeia
em
timelaps
e
20. Camara de
filmar/Grande
angular/tripé
normal
Primeir
o plano
Travelli
ng na
lateral
Plantas a
mexer com
o vento e
um vulto
passa de
costas em
frente as
plantas
Ext
Natural
Camara de
filmar/Grande
angular/tripé
Contrapicado
Plano
Medio
Fixo
Ext
Natural
Camara de
filmar/tele
objetiva
Picado
Plano
Pormen
or
Fixo
Pessoa
caminha
pelo
paralelo
húmido,
em direção
a zona
com
sombra
Mão com
calos e
negras
esfregamse
5
Data
Natural
4
20
Ext
3
Cena 3
2
Ext
Natural
Camara de
filmar/Grande
angular/tripé
Contrapicado
Plano
Conjunt
o
Travelli
ng na
lateral
Pessoa
sentada
num
banco,
sozinha
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Som do
movime
nto de
pessoa
s numa
cidade
ao
amanh
ecer
Persona
gem leva
os pés
descalço
s
Ouvese a
respira
ção de
uma
pessoa
A pessoa
está
sentada
no
segundo
banco
Texto
Som
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
21. Cena 5
Data
Data
21
Int
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Grande
angular/tripé
Normal
Plano
Americ
ano
fixo
Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 1 do
poema
―Trapo‖
―O dia deu em
chuvoso.‖
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
1
Cena 4
1
Ext
Natural
Camara de
filmar/Grande
angular
Normal
Plano
Geral
Travelli
ng
(frente
para
trás)
Vê-se luz
ao fundo
do túnel, e
no final um
vulto
atravessa
a fonte de
luz (túnel)
―A manhã,
contudo, esteve
bastante azul.
O dia deu em
chuvoso.‖
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Fundo
negro
Som
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
Som
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
22. Data
Data
Cena 7
Natural
Camara de
filmar/Grande
angular
Normal
Plano
Geral
Camar
a
subjetiv
a
Personage
m passa o
olhar do
além para
o chão em
paralelo
―Desde manhã
eu estava um
pouco triste.‖
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Int
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
PAP
fixo
Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 5 do
poema
―Trapo‖
―Antecipação?‖
Fundo
negro
2
22
Ext
1
Cena 6
1
Int
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
Close
Up
Fixo
Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 5 do
poema
―Trapo‖
―Tristeza? Coisa
nenhuma?‖
Fundo
negro
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Som
Som
Tempo
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
Obs.
23. Data
Data
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
Plano
Geral
Fixo
Janela
com gotas
de chuva
escorrem
como se
fossem
lágrimas
―Não sei: já ao
acordar estava
triste.
O dia deu em
chuvoso.‖
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Int
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
Plano
Pormen
or
Fixo
Pessoa
leva
cigarro á
boca
―Bem sei: a
penumbra da
chuva é
elegante. ‖
Fundo
negro
Int
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
Plano
Pormen
or
Fixo
Acende o
cigarro
Int
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
Plano
Pormen
or
Fixo
Fuma o
cigarro
como se
fosse o
seu ar
puro.
―Bem sei: o sol
oprime, por ser
tão ordinário,
um elegante. ‖
―Bem sei: ser
susceptível às
mudanças de
luz não é
elegante.
‖
Fundo
negro
3
Cena 9
Natural
2
23
Int
1
Cena 8
1
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Som
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
Fundo
negro
Som
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
24. Int
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
Plano
Medio
fixo
Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 11 e
12 do
poema
―Trapo‖.
No final de
recitar
apagam-se
as luzes
―Mas quem
disse ao sol ou
aos outros que
eu quero ser
elegante?
Dêem-me o céu
azul e o sol
visível.‖
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Camara de
filmar/Grande
angular/tripé
Normal
fixo
Apenas se
houve a
linha 13 do
poema.
―Mas quem
disse ao sol ou
aos outros que
eu quero ser
elegante?
Dêem-me o céu
azul e o sol
visível.‖
Data
1
Cena 11
Fundo
negro
Som
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
Data
Cena 10
1
24
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Fundo
negro
Houvese um
interrup
tor.
Som
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
25. 1
Ext
Natural
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/Tripé
Normal
Plano
Geral
Fixo
(ou
travellin
g)
Sentado
num sofá
velho e
roto,
sozinho
num
descampa
do.
―Hoje quero só
sossego.
Até amaria o
lar,(…)‖
2
Ext
Natural
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/Tripé
Normal
Plano
Geral
Fixo
(ou
travellin
g)
Sofá velho
e roto, num
descampa
do.
―(…) desde que
o não tivesse.‖
Linha 14,
e metade
da 15
Som de
uma
rajada
de
vento
quando
ele
desapa
rece
A mesma
posição
do plano
1, mas
agora
sem a
personag
em.
25
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Som
1
Data
Cena 12
O resto
da linha
15
Ext
Natural
Camara de
filmar/Grande
angular/Tripé
Normal
Plano
Conjunt
o
Fixo
Águas de
barragem
calmas e
serenas
―Chego a ter
sono de vontade
de ter sossego. ‖
Som
natural
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
Linha 16
26. Data
Natural
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/Tripé
Normal
Plano
medio
Fixo
Nas
mesmas
águas sai
uma
pessoa
como se
fosse um
peixe a
saltar da
água,
sentir-se
livre
―Não
exageremos!‖
Ext
Natural
Camara de
filmar/ Tele
Objetiva /Tripé
Normal
Cose
Up
Fixo
Linha 18
Ext
Natural
Camara de
filmar/Grande
angular/Tripé
Picado
Plano
Conjunt
o
Fixo
Personage
m a pensar
na vida, a
olhar em
frente
Personage
m no
mesmo
local mas
de costas,
e vê-se o
riacho e as
pedras
―Tenho
efetivamente
sono, sem
explicação.‖
4
26
Ext
3
Cena 13
2
―O dia deu em
chuvoso.‖
Linha 19
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Som
dele a
sair da
água
Som
Linha 17
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
27. Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 20 e
121 do
poema
―Trapo‖.
No final de
recitar
apagam-se
as luzes
Pessoa
acima dos
40 anos
recita a
linha 20 e
21 do
poema
―Trapo‖.
No final de
recitar
apagam-se
as luzes
―Carinhos?
Afetos? São
memórias...‖
Fundo
negro;
linha 20
―É preciso serse criança para
os ter...‖
Fundo
negro;
linha 21
Movim
ento
Acção
Texto
Som
Fixo
Personage
m sentado
na casa do
penedo,
escreve
em folhas
de papel.
―Minha
madrugada
perdida, meu
céu azul
verdadeiro!‖
Som
natural;
naturez
a
Data
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
PAT
fixo
Int
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
Close
Up
fixo
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
1
27
Int
2
Cena 14
1
Ext
Natural
Camara de
filmar/Grande
angular/Tripé
Normal
Plano
Conjunt
o
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
Persona
gem em
contraluz
; Linha
22
28. 28
Ext
Natural
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/Tripé
Normal
PAT
Fixo
Personage
m risca e
rasga as
folhas que
tinha
escrito
―O dia deu em
chuvoso.‖
Som de
uma
tempes
tade
Nº
Plan
o
Int/
Ext
Iluminação
Equipamento
Angulo
Escala
Movim
ento
Acção
Texto
Som
1
Data
Cena 15
2
Int
Artificial; luz
direta
Camara de
filmar/Tele
Objetiva/tripé
Normal
Close
Up
fixo
Mulheres
desde os
60 até aos
6 anos a
morder
uma maça
―Boca bonita da
filha do caseiro,
Polpa de fruta
de um coração
por comer...
Quando foi
isso? Não sei...
No azul da
manhã...‖
Persona
gem em
contraluz
; Linha
23
Tempo
Tempo
Acomulativ
o
Obs.
Deve ser
rítmico,
começar
lentamen
te; no
final,
acaba
com a
imagem
fixa da
menina
de 6
anos a
mascar a
maça
;Fundo
negro;
linha 24,
25, 26,
27
30. Mapa de Rodagem
Data
Outubro/Novembro
Local
Alvão
Cena
1
Iluminação
Natural
Equipamento
Camara de
filmar/Teleobjetiva/Grande
Angular/tripé
Novembro
Vila Real (Rua
Direta)
2
Natural
Camara de filmar/Tele
Objetiva/Grande
Angular/tripé
Novembro
Estúdio
3
Artificial; luz
direta
Camara de filmar/Grande
Angular/tripé
Novembro
Fafe
(Pardelhas)
4
Natural
Camara de filmar/Grande
angular
Novembro
Vila Real (Rua
direita)
5
Natural
Camara de filmar/Grande
angular
Novembro
Estúdio
6
Artificial; luz
direta
Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé
Outubro
Janela de uma
casa
7
Natural
Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé
30
Equipa
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Personagens
Logística
Carro, Lanche,
PC, folhas de
papel
Personagem de
Rua
Personagem de
Estúdio
Personagem de
Rua
Personagem de
Rua
Personagem de
Estúdio
Personagem de
Rua
Carro
Obs.
31. Novembro
Fundo Negro
8
Artificial; luz
direta
Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé
Novembro
Estúdio
9
Artificial; luz
direta
Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé
Fundo Negro
10
Novembro
Fafe (Lagoa)
11
Natural
Novembro
Fafe (Barragem
de
Queimadela)
12
Natural
Camara de filmar/Tele
objetiva/Grande
Angular/tripé
Novembro
Estúdio
13
Artificial; luz
direta
Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé
Novembro
Fafe (Casa do
penedo)
14
Natural
Camara de filmar/Tele
Objetiva/Tripé
Novembro
Estúdio
15
Artificial; luz
direta
Camara de filmar/Tele
Objetiva/tripé
Novembro
Estúdio
16
Artificial; luz
direta
Camara de filmar/Grande
angular/tripé
31
Camara de filmar/Grande
angular/tripé
Camara de
filmar/TeleObjetiva/Tripé
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Personagem de
Rua
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Diretores de
Fotografia
Realizadores,
Operadores de
Camara,
Personagem de
Rua
Carro, Lanche
Personagem de
Rua
Carro, Lanche,
Toalhas
Personagem de
Estúdio
Personagem de
Estúdio
Personagem de
Rua
Mulheres desde
os 60 até aos 6
anos
Personagem de
Estúdio
Carro, Lanche
33. Anexos
Análise do poema
É notável que o sujeito poético se sente cansado, e o estado do tempo parece exprimir
o seu estado de espírito: tal como o dia está chuvoso, também o sujeito poético parece
triste e carregado de mágoa;
Todavia denotamos que o estado do tempo não foi chuvoso o dia todo – de manhã
estava sol – quiçá esta manhã e este dia sejam uma alusão ao sujeito poético: o dia é
a vida do sujeito poético, e a manhã tal como é o início do dia, será também o início da
vida do sujeito poético, remetendo-nos para a sua infância, e as saudades que o
mesmo sente desta;
Percebemos ainda que o sujeito poético pretende ficar na sua própria sombra,
discreto, sem grandes alusões em torno da sua imagem, provavelmente devido ao
desânimo que sente dentro de si mesmo;
A confirmação do estado de espírito do sujeito poético é dada pela enunciação de que
em si tem elementos com conotação negativa tal como o nevoeiro; é aqui também que
o sujeito lança o apelo de lhe ser dada luz, sol e o céu – o belo, o claro, a luz, o
infinito. Esta última ideia leva-nos a crer que o sujeito poético tenta mudar o estado em
que se encontra, ou pelo menos, pretende fazê-lo.
Nota-se ainda que há inquietação na alma do sujeito poético, levando-o a procurar o
sossego, e o conforto que poderia ser dado por um lar – contudo não deseja a
pertença – como se esta impedisse o seu bem estar.
Entende-se o tédio que o sujeito sente, o sono, que poderá ser a sua tentativa de
evasão terrena, alienação quase.
O sujeito poético remete-nos agora para uma parte da sua vida onde parece ter sido
feliz e amado: a sua infância, recordando-a com nostalgia.
Contudo, demonstra que a infância é a ―madrugada perdida‖, ou seja, não voltará a
esse período áureo da sua vida, onde foi, efetivamente, feliz.
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34. Há aqui referência a uma figura feminina, talvez enquanto criança/adolescente, devido
á simplicidade e carinho com que é descrita ―a filha do caseiro‖, quiçá um amor na vida
do sujeito poético, amor esse, contudo, também irremediavelmente perdido a seus
olhos.
O poema é então concluído com o sujeito poético a afirmar que o dia deu em chuvoso,
o que nos pode remeter para o facto de, apesar de ter tido uma infância alegre, com
amor, da qual tem saudade, o que é certo é que no momento presente sente-se
desolado, triste, com sono, como se o facto de viver o cansasse.
Analisado por: Daniela Leal, estudante de Psicologia da FLUP
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