Atlas Geográfico de Santa Catarina - Estado de Santa Catarina/SEPLAN
1. aESTADO DE SANTA CATARINA
- SECRETARIA DE ESTADO DE COORDENAÇÃO
GERAL E PLANEJAMENTO-SEPLAN / SC
ATLAS ESCOLAR
DE SANTA CATARINA
2. •
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: ATLAS ESCOLAR
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3. S231a Santa Catarina. Secretaria de Estado de Coorde-
nação Geral e Planejamento. Subsecretaria de
Estudos Geográficos e Estatísticos
Atlas escolar de Santa Catarina/Secretaria de
Estado de Coordenação Geral e Planejame nto,
Subsecretaria de Estudos Geográficos e Estatísticos.
- - Rio de Janeiro, Aerofoto Cruzeiro, 1991
96p. tab. gráf.
1. Atlas geral - Santa Catarina. I. Título
912(816.4)
Tiragem: 50.000 exemplares
Permitida a reproduçáo total ou parcial deste trabalho desde que citada a fonte.
PEDIDOS E CORRESPONDÊNCIA:
Secretaria de Estado de Coordenação Geral e Planejamento
Subsecretaria de Estudos Geográficos e Estatísticos
Av. Osmar Cunha, 15 - Bloco B - 6~ andar
Caixa Postal 1551
88019 Florianópolis - SC
Fone (0482) 24-6166 - Ramal 38
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Casildo Maldaner - Governador
SECRETARIA DE ESTADO DE COORDENAÇÃO GERAL E PLANEJAMENTO
Danilo Aronovich Cunha - Secretário
Melzi Cavazzola - Diretor Geral
EQUIPE TÉCNICA
Ademir Koerich (Subsecretário de Estudos Geográficos e Estatísticos - SUEGE e
Coordenador do Planejamento Cartográfico), Amilton do Nascimento, Carlos Tramontin,
Cleide Torquato Silveira, Elizabete Luiza Fernandes Baesso (Avaliaçáo e Crítica dos
Conteúdos), Fernando João da Silva, João Serafim Tusi da Silveira (Avaliação e Crítica dos
Conteúdos), Irio Pedrinho Caron, Isa de Oliveira Rocha, Lilian Jussara Lopes, Luilene Barros
Danielewicz, Maria Teresinha de Rese nes Marcoo, Marice Kikue Yokoi Bardio (Revisora
da Redação), Mario Cezar Ramos, Renato Francisco Lebarbenchon (Consultor dos Temas
Econômicos), Rita de Cássia Martins, Stella Vieira da Rosa Fernandes, Valdir José Peres,
Victor José Philippi Luz (Chefe da Divisão de Geografia e Cartografia).
EQUIPE DE DESENHO
Alexandre Boleslau Wisintainer, Antonio Anselmo Coe lho, David Vieira da Rosa Fernandes,
Pedro Agripino Sagaz, Valdir Goulart, Luciana Burati, Rosangela Refosco.
EQUIPE DO SERVIÇO DE EDITORAÇÃO
Amélia Maria Torres Nunes, Cleusa Martins Correia Salgado, lete Arruda Salomé, Luiz
Alberto Braga da Silva, Marco Aurélio Leite, Maria Helena Milani Bento, Valmor Serafim.
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Coordenadorias dos Currículos de 1~ e de 2~ graus (Avaliação e Crítica dos Conteúdos).
DEPARTAMENTO REGIONAL DE GEOCIÊNCIAS DO IBGE EM SANTA CATARINA
João Batista Lins Coitinho (Geologia), José Marcos Moser (Solos - Tipos e Aptidões), Pedro
Furtado Leite (Vegetação), Rogério de Oliveira Rosa (Relevo), Ulisses Pastore.
SANTA CATARINA TURISMO - SANTUR
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Pedro Ivo Figueiredo de Campos ("In Memoriam" - Ex-Governador)
Roberto Ferreira Filho (Secretário da SEPLAN/SC de 15.03.87 a 20.03.89)
Paulo Macarini (Secretário da SEPI..AN/SC de 20.03.89 a 19.01.90) .
Jamir Abreu (Secretário da SEPLAN/SC de 19.01.90 a 28.03.90)
Apoio financeiro parcial:
Ministério da Educaçáo
Fundação de Assistência ao Estudante - FAE
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4. •
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APRESENTAÇÃO
o Governo do Estado tem a satisfação de apresentar à sociedade catarinense
o primeiro "Atlas Escolar de Santa Catarina", elaborada no âmbito da Secre-
taria de Estada de Coordenação Geral e Planejamento - SEPLAN/SC, através
da Subsecretaria de Estudos Geográficos e Estatísticos.
Trata-se de mais uma iniciativa do Governo de Santa Catarina de promover
a melhoria do ensino, através da produção e do fornecimento às escolas e
aos seus alunos de meios necessários ao estudo e à pesquisa.
O trabalho aborda aspectos administrativos, geográficos, demográficos,
econômicos e organizacionais do Estado, ilustrados com textos e mapas didatica-
mente distribuídos.
Esta obra tem como objetivo principal atender à demanda do estudo de
aspectos geo-sócio-econômicos de Santa Catarina, no ensino de 1 ~ e 2~ graus.
Para tanto, adequou-se a redação às características daqueles a quem a obra
se destina, de forma a tomar seu estudo fácil e agradável.
Contudo, devida à riqueza e à qualidade das informações, o "Atlas Escolar
de Santa Catarina" extrapola seu objetivo básico e apresenta-se, também,como
um importante instrumento de estudo e pesquisa a todos aqueles que desejarem
aprofundar seus conhecimentos sobre o espaço catarinense.
Casildo Maldaner
Governador do Estado
INTRODUÇÃO
O "Atlas Escolar de Sania Catarina" é um volume que contém um conjunto
corrente e completo de mapas, gráficos, quadros e tabelas, acompanhado
de textos elucidativos que descrevem o território catarinense, seus acidentes
físicos, clima, solo, vegetação, suas atividades econômicas, sua organização
político-administrativa e as relações entre o meio natural e os grupos que
nele habitam .
A obra é composta de sete unidades, enfocando os aspectos geográficos,
demográficos, econômicos e organizacionais do Estado de Santa Catarina.
A primeira unidade, Quadro Administrativo, descreve a posição geográfica,
os limites e os pontos extremos de Santa Catarina e sua evolução político-admi-
nistrativa.
No Quadro Natural, apresentado na segunda unidade, faz-se a apreciação
da formação geológica do solo catarinense, da morfologia, dos elementos líqui-
dos, da representação cartográfica do relevo de cada região, dos tipos climáticos
e suas características, da cobertura vegetal, dos solos e suas aptidões e do
meio ambiente onde se insere o homem catarinense.
Os aspectos demográficos e sociais estão contemplados na terceira unidade,
no Quadro Humano, onde são abordados a história da ocupação do solo
catarinense pelas diversas etnias, os movimentos migratórios, a evolução popu-
lacional e a situação da educação e da saúde.
O Quadro Econômico, na quarta unidade, apresenta a economia sob a
abordagem dos setores primário, secundário e ~erciário, onde constam comen-
tários sucintos a respeito da evolução das diferentes atividades em cada região.
A quinta unidade, Estrutura Urbana, apresenta a evolução dos aspectos
urbanos de algumas das principais cidades catarinenses.
Consta da sexta unidade, Microrregiões Geográficas, um resumo dos aspec-
tos geográficos, demográficos, econômicos e organizacionais das 20 micror-
regiões geográficas do Estado.
Faz parte da última unidade, Organização do Estado, a conformação políti-
co-administrativa do Estado e dos Poderes, bem como, os símbolos estaduais.
Para tornar mais fácil o entendimento dos textos distribuídos ao .longo
da Atlas, colocou-se à disposição do leitor um breve vocabulário onde estão
apresentados os principais termos utilizados .
Oanilo Aronovich Cunha
Secretário da SEPLAN/SC
5. •
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SUMÁRIO
UNIDADE 1- QUADRO ADMINISTRATIVO
Posição Geográfica................ .
Evolução da Divisão Político-Administrativa
UNIDADE 11- QUADRO NATURAL
Geologia............. .
Re levo .............. .
Hidrografia.
Hipsome tria....
Clima
vegetação...................................
Solos - Tipos de Aptidões
Meio Ambiente..
UNIDADE lll- QUADRO HUMANO
Povoamento e Colonização .. ............... .
População Total Residente e De nsidade Demográfica .......... 0 . 0 .
População Urbana e Rural.. .....
População Economicamente Ativa..
População - Natalidade e Mortalidade...
População - Pirâm ides Etárias e Migrações... .
Educação.. ..............
Sa~de .... ..... .. .. .. ... .. . ...... .................. .
UNIDADE IV - QUADRO ECONÓMICO
Agricultura ............ .
Pecuária.. .
Indústria.. ...
Recursos Naturais e Extrativismo.
Comércio. ... ... ... ... ...
Meios de Transporte ....... ...... ..
Comu nicações e Energia Elétrica..
Saneamento Básico...
Turismo...
UNIDADE V - ESTRUTURA URBANA
Evolução Urbana ........... ... ....... ..
Evolução dos Aspectos Urbanos de Algumas Cidades
UNIDADE VI - M1CRORREGIÓES GEOGRÁFICAS
Divisão Microrregional Geográfica
Microrregião Geográfica de São Miguel d'Oeste - 452
Microrregião Geográfica de Chapecó - 453.................. .
Microrregião Geográfica de Xanxerê - 454... . ............... .....
Microrregião Geográfica de Joaçaba - 455. . ... .... .... ........... ..
Microrregião Geográfica de Concórdia - 456. . ...........•.
Microrregião Geográfica de Canoinhas - 457...
Microrregião Geográfica de São Sento do Sul - 458.
Microrregião Geográfica de JOinville - 459... ...
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..... 10 12
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Microrregião Geográfica Curitibanos - 460..
Microrregião Geográfica de Campos de Lages - 461 ..... .
Microrregião Geográfica de Rio do Sul - 462...
Microrregião Geográfica de Slume nall - 463..
Microrregião Geográfica Itajaí - 464..... '.
Microrregião Geográfica de Ituporanga - 465................ .
Microrregião Geográfica de Tijllcas - 466
Microrregião Geográfica de Florianópolis - 467 ....... ...... ........ ..... ..... .. .... .
Microrregião Geográfica do Tabuleiro - 468 ...... ......... .. . .............. ...
Microrregião Geográfica de Tubarão - 469........................... ........ ..... ..
Microrregião Geográfica de Cricitíma - 470 ................... .. ... .......... .. ..
Microrregião Geográfica de Araranguá - 471 .
UNIDADE VII - ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
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Símbolos Estaduais
Organização Político·Administrativa do Estado e dos Poderes..
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130
VOCABULÃRIO.....
BIBLIOGRAFIA
USTA DE TABELAS
132 133 134
135
Tabela 1 - Área total e participação percentual, segundo os Estados da Região Sul... 8
Tabela 2 - Limites de Santa Catarina, segundo a posição geográfica e conrrontantcs.. 8
Tabela 3- Ano de criação e origem dos municípios de Santa Catarina. . ..... .. . 10, 12
Tabela 4 - Escala do Tempo Geológico, segundo a era e o pe ríodo de formação..... ..... ... ... ... ..... 16
Tabela 5 - Área e comprimento dos cursos das principais bacias hidrográficas de Santa Catarina.. 20
Tabela 6 - Altitude e localização por município dos pontos culminantes e m Santa Catarina -
1986... ............. ... ................ 22
Tabela 7 - População residente por sexo e participação percentual no total e m Santa Catarina
- 1940-1989.. ... .......... ... ... .. ..... ...... 38
Tabela 8 - Área física e projeção da l>opulação total e densidade demográfica, segundo as microrre·
giões geográficas em Santa Catarina - 1989.. ....... ..... . .. .. 38
Tabela 9 - Proporção da população rural e urbana, - segundo as Regiões do Srasil - lD70·1980.... 40
Tabela 10 - População rural e urbana e participação percentual em Santa Catarina - 1940·1990...... 40
Tabela 11 - Projeção da população rural e urbana, por microrregiões geográficas em Santa Catarina
- 1989....... ............. .... ......... ........ ............ 40
Tabe la 12 - População rural e urbana e participação perce ntual por sexo, e m Santa Catarina
1940-1990................................... .
Tabela 13 - Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por condição de atividade, segundo o setor
de atividade em Santa Catarina - 1980 .............. .
Tabe la 14 - População economicame nte ativa do Estado de. Santa Catarina, por microrregiões
geográficas e setores de atividade econômica - 1980........ ... ... ......... ................... .
Tabela 15 - Taxa de mortalidade, natalidade e crescimento vegetativo, segundo as microrregiões
geográficas em Santa Catarina -1987
Tabela 16 - Alunos matriculados no l~e 2?graus e m Santa Catarina - 1978·1989
Tabela 17 - Estabelecimentos de satíde, por dependê ncia administrativa e tipo em Santa Catarina
- 1989 ............ . ............... .... ................... ..... .
Tabela 18 - Percentual da cobertura vacinal com doses ' consideradas imunizantes e m menores
de 1 ano, em gestantes, por tipo de vacina, segundo os CARS em Santa Catarina
- 1989/1.000 ............ ......... ........... .
Tabe la 19 - Estrutura Fundiária de Santa Catarina - 1980..
Tabela 20 - Principais produtos exportados por Santa Catarina - 1987.
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50
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6. LISTA DE MAPAS
Posição Geográfica..
Evolução da Divisão Político-Administrativo ... .. ... .... .. ......... ... .. .. .. ... ... ........... 0 . 0 • • •
Divisão Político-Administrativa. .
Geologia .. ... .... ... .
Relevo.. ... .. .... ... ...... .. .... ,'
Hidrografia
Hipsometria.
Clima ... .... ... .. .. .... ... .. ... ..
Vegetação ......... ..... .. .
Tipos de Solos..
Aptidão Agrícola dos Solos ... .. ... .... •••
Maio Ambiente.
Povoamento e Colonização .. ...... ... .. ........ ... .
População Total Residente e Densidade Demográfica..
População Urbana e Rural .... .... .. ... .... ... ...... ... ... ...... .. ..... ....
População Economicamente Ativa.. .... ... ... ... .0 .0 . . . . . . . . . . . . . . . . .
População-Natalidade e Mortalidade. ... 0 . 0 • • • • • • • • • •
População-Pirâmides Etárias e Migrações
Educação .... .. ........ .
Saúde ..
Agricultura - Milho, Soja, Arroz e Feijão..
Agricultura - Fumo, Cebola, Maçã e Banana..
Pecuária - Suínos, Bovinos, Aves e Derivados ..
Indústria - Principais Ramos.
Recursos Naturais e Extrativismo..
Comércio - Varejista e Atacadista
Meios de Transporte...
Comunicações e Energia Elétrica
Saneamento Básico .... ..... .... .... ... ..
Turismo... .
Evolução Urbana... . .... .. .. .. .. ..
Evolução dos Aspectos Urbanos de Algumas Cidades...
Divisão Microrregional Geográfica.. ... .. ... .. .... .....
Microrregião Geográfica de São Miguel D 'Oeste - 452..
Microrregião Geográfica de Chapecó - 453 ...................... ...... ... ..... ... .... ..
Microrregião Geográfica de Xanxerê - 454.. .
Microrregião Geográfica de Joaçaba - 455...
Microrregião Geográfica de Concórdia - 456.... .
Microrregião Geográfica de Canoinhas - 457..
Microrregião.Geográficade São Bento do Sul - 458..
Microrregião Geográfica de Joinville - 459.
Microrregião Geográfica de Cu ritibanos - 460 .............. ..•
Microrregião Geográfica dos Campos de Lages - 461
Microrregião Geográfica de Rio do Sul - 462...
Microrregião Geográfica de Blumenau - 463 .... ........•
Microrregião Geográfica de Itajaí - 464 .. ... .. .... ....... .. ... ..
Microrregião Geográfica de Ituporanga - 465.. ... ...... .. ... ... ... ... ••.
Microrregião Geográfica de Tijucas - 466. . ...... .... ...... .. ... . .... ...... .. ...
Microrregião Geográfica de Florianópolis - 467 ... .... .. ..... ....... .... .. .••
Microrregião Geográfica do Tabuleiro - 468.. ... ... .... .. ...
Microrregião Geográfica de Tubarão - 469.. ..
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Microrregião Geográfica de Criciúma - 470 ... ....... .. ....
Microrregião Geográfica de Araranguá - 47l.
Bandeira do Estado de Santa Catarina..
Armas do Estado de Santa Catarina........... .
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POSIÇÃO GEOGRÁFICA
Para localizar o Estado de Santa Catarina é importante verificar primeiro a posição geográfica do
Brasil. A República Federativa do Brasil está localizada na América do Sul e é cortada pelas linhas
do Equador. no norte, e pelo Trópico de Capricórnio, no sul. Como se observa no mapa da América
do Sul, o Brasil está situado Quase que totalmente no hemisfério Sul, ocupando a parte centro-oriental
do continente sul-americano.
O Estado de Santa Catarina, que é uma das unidades da República Federativa do Brasil, está
localizado no sul do território brasileiro e juntamente com os Estados do Paraná e do Rio Grande
do Sul formam a Grande Região Sul. Santa Catarina é o menor Estado dessa Região c, ainda assim,
tem extensão territorial quase equivalente à de países corno a Áustria, Hungria, Irlanda e Portugal,
e quase três vezes maior do que a da Holanda e a da Bélgica.
Santa Catarina possui urna área oficial de 95318,30 quilômetros quadrados(km~. Portanto, ocupa
1,11% da área territorial brasileira e 16,57% da área da Região Sul.
Tabela 1 - Área Total e Participação Percentual, segundo os Estados da Região Sul
ESTADO ÁREA '
Km2
%
Rio Grande do Sul 280.674,00 48,79
Santa Catarina 95.3 18,30 16,57
Paraná 199.323,90 34,64
TOTAL 575.316,20 100,00
FONTE: Fundação Instituto Bras ileirode Geografia e Estatística - IBGE; Secretaria de Estadode Coordenação Ceral e Planejamento
- SEPLAN/SC/Subsecretaria de Estudos CeogTáfl.cos e Estatísticos - SUECE.
o território catarinense encontra-se entre os paralelos 25°57'41" e 29"23'55" de latitude Sul e entre
os meridianos 48°19'37" e 53°50'00" de longitude Oeste.
A linha litorânea catarinense inicia na foz do rio Saí-Guaçu, na divisa com o Estado do Paraná,
seguindo até a foz do rio Mampituba, na divisa com o Estado do Rio Grande do Sul, numa extensão
de 561,4km. A costa catarinense corresponde a 7% do litoral brasileiro.
Limites
Norte - com o Estado do Paraná: a partir do marco divisório entre Santa Catarina, Paraná e
República Argentina, na nascente do rio Peperi-Guaçu, segue pelo divisor de águas das bacias hidrográ-
ficas dos rios Iguaçu e Uruguai, rumo leste, até a nascente do rio Jangada; desce por este até encontrar
a BR-153; continua por esta rodovia, pelo traçado antigo de 1917, até encontrar o cruzamento da
estrada de ferro da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima - RFFSA; segue por esta ferrovia
até a ponte sobre o rio Iguaçu; continua pelo rio Iguaçu acima até a foz do rio Negro e por este
acima até a foz do rio Cachoeira; por este acima até a foz do rio Campo de Cima; por este acima
até sua nascente; a partir daí segue pelos marcos divisórios, em linha geodésica, até encontrar o rio
Saí-Guaçu e por ele até o marco próximo a sua foz no oceano Atlântico e daí segue, em linha geodésica,
até o marco na ilha de Saí-Guaçu.
Leste - com o oceano Atlântico: a partir do marco da ilha de Saí-Guaçu, em direção sul, até
a foz do rio Mampituba.
Sul - com o Estado do Rio Grande do Sul: a partir da foz do rio Mampituba, no oceano Atlântico,
segue por aquele acima até a foz do arroio Josafá e por este acima até a sua nascente; daí segue
pelos taimbés da Serra Geral, até a nascente do rio das Contas; pelo mesmo abaixo até a sua foz
no rio Pelotas e por este abaixo até o rio Uruguai; segue por este até a foz do rio Peperi-Guaçu
na fronteira com a República Argentina.
Oeste - com a República Argentina: iniciando na foz do rio Peperi-Guaçu, no rio Uruguai, segue
o rio Peperi-Guaçu acima até a sua nascente, no marco divisório entre os Estados de Santa Catarina
e do Paraná e a República Argentina.
Tabela 2 - Limites de Santa Catarina, segundo a Posição Geográfica e Confrontantes,
POSiÇÃO EM se
Norte
Leste
Sul
Oeste
e ONFRONTANTES
Paraná
oceano Atlântico
Rio Grande do Sul
República Argentina
LIM ITES
- divisor de águas (serras da Capanema e da Fartura)
- rio: Jangada
- BR-I53
- Rede Ferroviária Federal S.A. - RFFSA
- rios: Iguaçu, Negro, Cachoeira e Campo de Cima
- marcos divisórios em linha geodésica
- rio: Saí-Guaçu
- linha litoninea
- rio: Mampituba
- arroio Josafá.
- taimbés da Serra Geral
- rios: das Contas, Pelotas e Uruguai
- rio: Peperi-Guaçu
FONTE: Secretaria de Estado de Coordenação Ceral e Planejamento - SEPL'N/SC - Atlas de Santa Catarina 1986.
Pontos Extremos
Nordeste - no limite com o Estado do Paraná, o ponto extremo é a ilha de Saí-Guaçu, cujas
coordenadas geográficas são: 25°58'37" de latitude Sul e 48"35'24" de longitude Oeste.
Noroeste - entre os Estados de Santa Catarina e do Paraná e a República Argentina, o ponto
extremo é o marco divisório, cujas coordenadas geográficas são: 26°12'25" de latitude Sul e 53"38'49"
de longitude Oeste.
Sudoeste - o ponto extremo é a foz do rio Peperi-Guaçu, no rio Uruguai, cujas coordenadas
geográficas são: 27°10'01" de latitude Sul e 53"49'58" de longitude Oeste.
Sudeste - o ponto extremo é a foz do rio Mampituba, no oceano Atlântico, cujas coordenadas
geográficas são: 29"18'18" de latitude Sul e 49"42'02" de longitude Oeste.
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9. • ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA POSiÇÃO GEOGRÁFICA
• NA AMÉRICA DO SUL NO BRASIL
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9
10. 10
EVOLUÇÃO DA DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Evolução Municipal
O primeiro município a ser criado na Capita nia de Santa Catarina fo i o dI..' Nossa Senhora da
Graça do Rio Sii.O Francisco do Sul. hoje São Francisco do Sul. no alio de 1660; 1..'111 l7I-I , era criado
o st~gllndo município. Santo Antônio dos Anjos da Laguna, atual Laguna.
Em 1726, des!Ilcmbra'a-se dL' Laguna o município de Nossa do lJeslerro, hoje Florianópoli ...
Pelos caminhos de Lages foram -,,(' fixando povoações em direção ao Hio Grande do Sul c, l' 1ll
1770, Lages e mancipava-se da Capitan ia de S.10 Pall lo, anexando-se à Capitania de Santa Catarina.
Por volta de 1832, emancipavam -se de Florianópolis: Porto Be lo. São M igUl' l (hoje Biguaç'1I1 ('
São José. Após 27 3nos. Porlo BL'lo perdia sua au tonomia, retomando-a em 1925. Em 1859 fo i a
vez da e manci paçt"io de São Sehastião da Foz do Rio Tijucas, atual Tijucas.
Em 1839, o Gov('rno da H.e p líblica Farroupilha decretava a cidade de L.1.guna como a capital de
Santa Catarina. com o nomc de Juliana, é poca movimentada que terminou em março de 1845.
A vinda de imigrantes europe us para colonizar terras de Santa Catarina contribuiu para a ('x pall s~"io
dos povoados e conseqüente aume nto da populaç·ão.
O mapa de 1907 mostra os contornos imprecisos do Estado, devido a questões d e limites com
os Estados do Rio G rande do Su l t.' do Paraná. Em 1917, fo i estabelecido o "Acordo de Limites"
entre o Paraná c Santa Catarina , passando o lim ite desses Estados pelo di"i'iOf" d e águas e lltH' a..
bacias hidrográficas d os rios 1!~1I<1~'1I (.' Uruguai, incorporando-se definitivamt' ntc a Santa Catariml todo
o OC'ite e os municípios de ~-1afra e Porto U ni~"io, ao norte.
No ano de 1930, ficou resolvido o proble ma divisório e ntre Santa Catarina f..' o Rio Grande do
Sul, anexando-se ao território catarinen:;c o trecho da nascenl(' do rio ~·t aTllpitllba , ent re o arroio
Josafá e a encosta da Serra Ge ral. Nessa é po('a, Santa Catarina contava com 34 Tllunicípios.
Em 19:14, desmembravam-se de Blume nau : Timhó, Indaial. Ihirama c Gaspar: de Joaçaba: Concórd ia:
de Campos Novos e Joa~'aba : Caçador; e de Joinville : Jaraguá do Sul.
Em 1944. o Estado de Santa Catarina sofreu uma redução com a criação do Território de Iguaçu.
porém por pouco tempo. pois em 1946 Santa Catarina retomava este território.
No ano de 1953. 8 municípios con seguiam sua autonomia: Dionísio Cerque ira . Itapiranga. Mondaí.
Palmitos, São Carlos, São Miguel d ·Ocste, Xanxc rê e Xaxim , fragmentando , pela primeira vez, ()
Illunicípio de C hapccó.
Em 1958, mais de 30 municípios fo ram criados; e de 1961 a 1967 foram criados mais 91.
Após um intervalo de 15 anos, e m 1982, e manciparam -se de Lages, os municípios de Otacílio
Costa e de Correia Pinto,
O maior ntímero de desme mbramento ocorreu nas zonas coloniais de maior densidade populacional.
como nos vales dos rios Itajaí, do Peixe, Tuban"io e C hapecó.
Situação Atual
Santa Catarina. até o ano de 1987, possuía 199 municípios. No transcorre r do ano de 1988, foram
criados 7 mun icípios L' , em abril de 1989. mais 1I municípios, totalizando, assim , 217 municípim .
Tabela 3 - Ano de C riação e Origem dos Municípios de Santa Cntarina
1l!~· lc ípI O
Abdon Bat i.~ ta
Abelardo Luz
Agrolândia
~g ronômica
~gua Doce
1-gU3S de Chapecó
Aguas Mornas
Alfredo Vagner
Anchie ta
Angelina
Anita Caribaldi
Anitápo lis
A:O DE
CRIAÇt.O
1989
1958
1962
1964
1958
1002
1961
1961
1963
1961
1961
1961
OHIGEI
Campos Novo..
Xanxe rê
Tromhudo Central
Hio do Su l
J ()a~·aba
C hapccó
San to Amaro da Impe ratriz
Bom Retiro
Gtlaraciaba
São José
Lages
Sant o Anutro da Impf..'ratriz
MUN iC íPIO
Antônio Carl()~
Apilina
Araquari
Ar;lranguj
Arll lazérn
Arroio Trinta
A"Cllrra
Atalanta
Aurora
BalnL':.í.rio Can lborili
Barra Vt:'lh.l
(3t;!llcc.lito Novo
Uig uaç·u
Blumt..' nau
Bom Jardim da S.'na
Bom Retiro
Uotu verá
Br:1ç·o do Norh '
Bru..quc
Caç·ador
Caibi
Ca mho,·ilí
Campo Alegre
Ca mpo 13e lo do Su l
Campo Erê
Ca mpos Novos
Canc linha
Canoinhas
Capinzal
C atanduvas
Caxambu do Su l
Cc l..o Ramos
C hapecó
Concórdia
Coronel Freilalo
Correia Pinto
Corupá
C ricitima
Cu nha Porá
C uritibanos
IJt..'!>canso
Dionísio Cerq ueira
Dona Emma
Doutor Ped rinho
Erval Velho
F~lchinal d05 C II L'dL'~
Florianópolis
Fonluilhinha
Frai )urgo
Cal,,;"i.o
Caropaba
Caruva
Gaspar
Co't'rnador C(·I'lo Ramos
Cr:"i.o Pará
Gravatal
CllUIJiruba
Cuaraciaba
C uaramirim
Guarujá d o Sul
Il c rval d'Oeste
Ibicaré
Ihirama
Iça ra
Ilhota
I rnaruí
ANO DE
C RIA Ç ÃO
1963
1988
1876
1880
1958
1961
1963
196-t
1964
1964
1961
196 1
1833
1880
1967
1922
1925
1955
188 1
193-t
1965
1884
1896
19fil
1958
188 1
1962
1911
L9-t8
1963
1962
1989
19 17
1934
196 1
1982
1958
1925
1958
18fi9
1956
1953
1962
1988
1963
1958
1726
1989
1961
1962
1961
1963
1934
1963
1958
1961
1962
1961
1948
1961
1953
1962
193-t
1961
1958
1890
OH IG EM
Biguaç'u
[lIdai,,1
S~I() Franc i'iCo do Sul
Tubar.jo
T llbaróo
Videira
lndaial
Ituporanga
Rio do Sul
Camboriti
Araquari
Hocle io
Florianópoli'l
Itajaí
S:"i.o Joaquim
Lages (' I'alhm,:a
Brusclue
Tuhan.u
ltajaí
Campo!> N"o"os t ' JO<I(,:"IIIa
Palmitos
It ajaí
S,"i.o Bt..'nto do SIlI
L:.lgt.·~
C ha pt..'oo
C uritiballO'l
Tijucalo
Curitibanos
Joaç·aba e Campos No "u~
Joaç'aba
C hapecó
Anila Caribaldi
Des<lnl:xado do Paraná (A{·ordo de I.imites)
Joaç·aba
C hapccó
I ..agt's
Jaraguá do Sul
Aramllguá
Palmitos
Lage'l
Mo ndaí
C hapecó
Pr('sidt"nte Getülio
Bell('dilo Novo
Campo!> Novos
Xanxerê
Lag una
C ricitima
Cu ritibanos e Videira
Xaxim
Palhoç·a
São Frallci 'lco do Sul
Blumcnau
Biguaç·u
Orl....lIns
'rubarão
Brusquc
São Miguel d 'O estl:.·
Joinville
Dionísio Cerqueira
Joaç·aba
Ilerval (rOeste c Tangará
Blumcnau
C ricitÍma
Itajaí
l ,agunll
•
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•
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11. •
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•
ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA
1872
LEGENDA
ORIGENS
S50 FranciSCO do Sul
Laguna
Lages
1944
LEGENDA
ORIGENS
Silo FrancISCO do St.il
Laguna
Lages
Acordo de limites
I'onle' Secreta". de ESlado de Coordeniçlo Geral e PIaoejemenIO-SEPlAN/ SC
Altas de s.,,~ Catarm.. 1986
O
D
1907
LEGE NDA
ORIGENS
$ao FranciSCO do Sul
Laguna
Lag~
TemlÓrlQ em LitígiO com o Paraná
1954
LEGEN DA
ORIGENS
São FranciSCO do Sul
O Laguna
D Lages
Acordo de limites
EVOLUÇÃO DA DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
1930
LEGENDA
ORIGENS
550 FranciSCo do Sul
Laguna
Lages
Acordo de limites
1967
LEGENDA
ORIGENS
S!O FranciSCO do Sul
laguna
D Lages
Acordo de Limites
11
12. MUN IC fPI O ANO DE
•C RIAÇ ÃO ORIGEM M UN IC fPIO ANO DE
ORIGEMC RIAÇ ÃO
•Imbituha 1958 Laguna Praia Grande 1958 Turvo
•Imbuia 1962 Itu poranga Presid e nte Caste lo Bmnco 1963 Ouro
Indaial 1934 Blumenau Presidente Ge túlio 1953 lbirama
Ipira 1963 Piratuba Preside nte Nercu 1961 Vidal Ramos
•Iporã d o Oeste 1988 Mondaí Quilombo 196 1 C hapec6
Ipumirim 1963 Concórdia Rancho Queimado 1962 São José
l raceminha 1989 C unha Porá: Rio das Antas 1958 Caçador
•Ira n ( 1964 Joaçaba Rio d o Campo 1961 Tai6
Irinc6polis 1962 Porto U nião Rio do O este 1958 Rio do Sul
Itá 1956 Seara Rio dos Cedros 1961 Timb6
•ltai6polis 1918 Mafra Rio do Su l 1930 81ume n au
ltajaí 1859 São Francisco do Sul e Porto Be lo Rio Fo rtuna 1958 Braço do Norte
•Itapem a 1962 Porto Be lo Rio Negrinho 1953 São Be nto do Sul
ltapiranga 1953 C hapec6 Rode io 1936 Timbó
ltapoá 1989 Caruva Rome lândia 1963 São Mig uel d 'O este
•Ituporanga 1948 Bo m Re tiro Salcte 1961 Tai6
jaborá 1963 j oaçaba Salto Vcloso 1961 Vide ira
jacinto Mach ado 1958 Turvo Santa Cecília 1958 C uritibanos
•Jaguaruna 1891 Tubarão Santa Rosa d e Lima 1962 Rio Fortuna
Jaraguá d o Sul 1934 Joinvillc Santa Rosa do Sul 1988 So mbrio
Joaçaba 1917 C uritibanos San to Amaro d a Imperatriz 1958 Palhoya
•Jo inville 1866 São Francisco do Su l São Be nto d o Su l 1883 Joinvi le
José Boitc lIx 1989 Ibirama São Bo nifácio 1962 Palhoça
•Lacerd6polis 1963 Ouro São Carlos 1953 C hapecó
Lages lí70 Capitania d e São Pa ulo São Do mingos 1962 Xaxim
Laguna 1714 Criad o po r Ato São Francisco d o Sul 1660 C riado por Carta Régia
•Laure n tino 1962 Rio do Sul São João Batista 1958 Tijucas
Lauro Müller 1956 Orleans São João do Sul 1961 Sombrio
Lebon Régis 1958 Curitiba nos São Joaq uim 1886 Lages
•Leobe rto Leal 1962 Nova Tre nto São José 1833 F lo rianópolis
Lind6ia d o Sul 1989 Concórdia e Irani São José do Cedro 1958 Dio nísio Cerquc ira
•Lontras 1961 Rio d o Sul São José d o Cerrito 1961 Lages
Luís Alves 1958 Itajaí São Loure nço d 'Ocste 1958 C hapecó
Mafra 1870 Rio Negro (PR) São Ludgero 1962 Braço do No rte
•Majo r Cercino 1961 São João Batista São Martinho 1962 Imaruí
Major Vie ira 1960 Canoinhas São Migue l d 'Oestc 1953 Chapecó
MaraCajá 1967 Araranguá Saud ades 1961 São Carlos
•Maravi ha 1958 Palmitos Schroed e r 1964 G uaramirim
Mare ma 1988 Xaxim Seara 1953 Concórdia
Massaranduba 1961 C uaramirim Serra Alta 1989 Mod e lo
•Matos Costa 1962 Porto União Side rópolis 1958 Urussanga
Meleiro 1961 T urvo Sombrio 1953 Araranguá
•Modelo 1961 São Carlos Taió 1948 Rio do Sul
Mo ndaí 1953 C hapec6 Tangará 1948 Vide ira
Monte C astelo 1962 Papandu va Tijucas 1859 Porto Be lo
•Mo rro d a Fumaça 1962 Urussanga Timbé do Sul 1967 T u rvo
Navegantes 1962 Itajaí Timbó 1934 Blume nau
Nova Erechim 1964 Saudades Timb6 Grande 1989 Santa Coo1ia, Matos Costa, Lebon Régis lrincópolis
•Nova Tre nto 1892 Tijucas Três Barras 1960 Canoinhas
Nova Ve neza 1958 C riciúma Treze d e Maio 1961 Tubarão
O rleans 1913 Tubarão Treze Tílias 1963 Ib icaré
•O tacílio Costa 1982 Lages Trombudo Central 1958 Rio do Sul
Ouro 1963 C apinzal Tubarão 1870 Laguna
•Palhoça 1894 São José Tunápolis 1989 Itapiranga
Palma Sola 1961 Dionísio Cerque ira Turvo 1948 Araranguá
Palmitos 1953 C hapecó União d o Oeste 1988 Coronel Freitas
•Papanduva 1953 C anoinhas Urubici 1956 São Joaquim
Paulo Lopes 1961 Palhoça Urupe m a 1988 São Joaquim
Pe dras G randes 1961 Tubarão Urussanga 1900 Tubarão
•Pe nha 1958 Itajaí Vargcão 1964 Fachinal d os Guedes
Pe ritiba J963 Piratuba Vidal Ramos 1956 BnJsque
•Pe trolândia 1962 Ituporanga Vide ira 1943 Campos Novos, Caçado r e Joaçaba
Piçarras 1963 Pe nha Victor Mc irc1es 1989 lbirama
Pinhab.inho 1961 São Carlos Witmarsum 1962 Preside nte Getúlio
•Pinhe iro Preto 1962 Vide ira Xanxe rê 1953 Chapecó
Piratuba 1948 Concórdia e Campos Novos Xavan tina 1963 Seara
Pome rode 1958 Blume nau Xaxim 1953 Chapecó
•Ponte Alta 1964 C uritibanos
Po nte Se rrad a 1958 Joaçaba e C hapecó FONTE: Secretaria de Estado de Coordenação Gt;!ral c Planejamento - SEPLAN/SC/Subsecrt;!taria de Estudos GeográfICos c
•Porto Belo 1832 F lorianóãolis e C ambo riú Estatísticos - SU EGE.
Porto U nião 1917 Desanexa o do Paraná (Acordo de Limites)
Pouso Redond o 1958 Rio d o Sul
•12
13. •
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••
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•
ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA
UJ
4: '
z
ESTADO
DIVISÃO MUNICIPAL
1990
NUCLEOS
Capital
Cidade
LEGENDA
HIDROGRAFIA
Curso d Agua
Lagoa
Represa
RODOVIAS
Com Pavimentação
Sem Pavimentação
LIMITES
IntermuniCipal
Interestadual
InternaCional
D ~ O
Fonte' Secrelllfl. de ESlado de CoordeMçJo Geral e PI<lneIBmento
SEPlANJ SC - ~I>' 1'01'1100 de Sionla CéltBr!l'lI 1990.
friO
REP PASSO FUNOO
,
D o
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.... 0
O
DIVI SÃO POLíTICO-ADM INISTRATIVA
a
ESCALA 1 2 000 000
10~ ", o la '10 10 .0 &O~ m
1ixIl='=-I ~-'
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA
DE MERCATOR . UTM
a
13
15. 16
GEOLOGIA
Gcologia é a ciê ncia que estuda a hist6r~a da Terra c suas sucessivas transformações.
A história geológica da Terra é representada por lima escala de tempo, com as principais divisões
e respectivos intervalos, conforme tabela 4.
Tabela 4 - Escala do Tempo Geológico, segundo a Era c o Período de Formação
ERA PERÍODO MILHÓES DE A1DS (APROXI~IADOS)
Cenozóica Quaternário 2,5______
Terciário
65- - - - - -
Mesozóica Cretáceo
136-- - - - -
cJ'~,'~á~ss~i~co~______________________________ 190--------------__
Triássico
----------------------- 2~------
Paleozóica Pc rmiano
~~~------------ 2~-------Carbonírero
~~~~------------ 345 -----
Devoniano
~~~------------ 395 ------
Siluriano
~~~------------- 430 ------
Ordoviciano
'?-'=="'---- ----------- 500--- - - -
Carnbriano
------~~~~---------- 570 ------
Proterozóica_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ ___ 2.500_ _ _ _ __
Arq ucoz6ica---'-_ _ _ _ _ _ __ _ _ __ _ _ _ _ _ _ 4.600___________
FQf"TE: Fundação Instituto 8 rasileiro de Geografia e Estatística - IBGE .
A geologia de Santa Catarina pode ser claSSificada em cinco grandes domínios: Embasamento Crista-
lino, Coberturas Vulcano-Sedimentares Eo-Paleozóicas, Cobertura Sedime ntar Gonduânica, Rochas
Efusivas (Formação Serra Geral) e Cobertura Sedimentar Quaternária.
Embasamento Cristalino
Engloba o conjunto de rochas mais antigas do Estado de Santa Catarina, incluindo dife re ntes til>OS
de litologias, cujas idades vão desde o Arqueano (mais de 2,5 bilhões de anos) até o final do Proterozóico
(cerca de 570 milhões de anos).
As principais associações litológicas, representadas no mapa, são constituídas por granulitos; gnaisses
e migmatitos; xistos e filitos; e granitos.
Granulitos - Ocorrem no Nordeste do Estado. Incluem uma variedade de rochas, tais como:
noritos, enderbitos, charnoquitos, com freqüentes associações com ultramafitos, gnaisses, migmatitos,
anortositos e quartzitos ferríferos.
Gnaisses e Migmatitos - Ocorrem na porção Sudeste do Estado. Além dos gnaisses e migmatitos,
esta associação inclui metagranitos, metadioritos, metatonalitos, etc.
Xistos e Filitos - Localizam-se na porção centro-leste do Estado, na região de Brusque. Estão
balizados pelas cidades de Blumenau, ao norte; Itajaí, a leste; Vidal Ramos e Leoberto Leal, a oeste;
e Major Gercino, ao sul.
Granitos - Distribuem-se em toda a porção leste do Estado, desde as imediações de Joinville
até a região ao sul de Tubarão. Geralmente, as rochas graníticas constituem altos topográficos, destacan-
do-se das litologias adjacentes, devido a sua maior resistência ao intemperismo.
Coberturas Vulcano-Sedimentares Eo-Paleozóicas
Ocorrem em quatro bacias isoladas, nas regiões de Campo Alegre; Corupá, Itajaí, Queçaba; Cambirela
e Ilha de Santa Catarina. São constituídas, predominantemente, por rochas sedimentares com metamorfismo
incipiente, pouco dobradas, representadas por arenitos (arcósios), cong1omerados, siltitos, ardósias e filHos,
com freqüente associação com rochas vulcânicas extrusivas. Estas podem ser de car:iter ácido, intennediário
ou básico. A5 rochas :icidas são as mais co~uns, predominando nas regiões de Campo Alegre, Corupá,
-Cámbirela e ilha de Santa Catarina. Petrograficamente, são riolitos, riodacitos, dacitos e rochas piroclásticas
(tufos).
Cobertura Sedimentar Gonduânica
Schneide r et alii (1974) estabeleceram a seguinte coluna estratigráfica para a bacia do Paraná.
{
Formação Se rra Ge ral
Grupo São Be nto Formação Botucatu
Grupo Passa Dois
Grupo Cuatá
Supe rgrupo Tubarão
Grupo Itararé
Formação Piramb6ia
{
Formação H.io do Rastro
Formação Teresina
Formação Serra Alta
Formação Irati
{Formação Palermo
Formação Hio Bonito
{
Formação Hio do Sul
Formação Mafra
Formação Campo do Tenente
A base da sedimentação gonduânica em Santa Catarina iniciou-se no Permiano Médio com deposição
de argilitos, diamictitos, ritmitos, arenitos finos, siltitos, folhelhos e conglomerados do Crupo Itararé,
em ambiente contine ntal a marinho, com innuência glacial.
No Pe rmiano Médio e Superior, ocorreu a deposição do Grupo Guatá, em ambiente litorâneo,
núvio-deltáico e, progressivamente, marinho de águas rasas. Os depÓSitos correspondentes a esse ambien-
te são arenitos finos e grosseiros, siltitos, folhelhos carbonosos, camadas de carvão e siltitos argilosos.
No Pe rmiano Superior, inicialmente, predominou o ambiente marinho, passando após a fluvial.
Sob essas condições ocorreu deposição de folhelhos pirobetuminosos, níveis de calcário, argilitos, siltitos,
folhelhos e arenitos finos do Grupo Passa Dois.
No Mesozóico, ocorre u a deposição dos sedimentos da Formação Pirambóia, representada por
argilitos, siltitos e arenitos conglomerados em ambiente fluvial. Poste riormente, ocorreu a deposição
dos arenitos da Formação Botucatu, em ambiente desértico.
Rochas Efusivas (Formação Serra Geral)
Sob esta designação são descritas as rochas vulcânicas efusivas (ou cxtrusivas) da bacia do Paraná,
representadas por uma sucessão de derrames que cobrem quase cinqüenta por cento da superfície
do Estado de Santa Catarina.
Duas seqüências são destacadas: a Seqüência Básica, predominante nos níveis mais inferiores, é
representada por basaltos e fe nobasaltos, com diques e corpos tabulares de diabásio, com ocorrências
ocasionais de lentes de arenitos interderrames, brechas vulcânicas e vulcano-sedimentares, alé m de
andesitos e vidros vulcânicos;e a Seqüência Ácida, predominando em direção ab topo do pacote vulcânico,
está representada por riolitos, riodacitos e dacitos.
A idade destas rochas é atribuída do Jurássico Superior ao Cretáceo Inferior (Ver Tabela 4).
Cobertura Sedimentar Quaternária
A Cobertura Sedimentar Quaternária é constituída por depÓSitos inconsolidados ou fracamente
consolidados de areias, de sittes, de argilas ou conglomerados, distribuídos ao longo da planície costeira,
nos vales dos principais cursos d'água, ao longo de antigas lagunas ou prÓximos às e ncostas. De acordo
com sua origem podem ser classificadas como: depósitos marinhos, aluvionares, lagu nares, e6licos
(dunas) e coluvionares.
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16. •
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ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA
...
ESTADO
LEGENDA
Cobertura Sedimentar Ouaternárla
Rochas EfusIVas (Formação Serra Geral)
(, . Sequênc,a Basica
(f • $equénc;:13 AClda
Cobertura Sedimentar Gonduãnlca
Cobertura Vulçano -Sedlmentar Eo Paleozóica
Embasamento Cnstalmo
r -Granllos
., • Xlstosf,!ttosCalcárIOS, QuarlZltos e MetavulcâOlcas
l/f1 - Gna,sses e Mlgmatttos
91 - Granulltos
.....
_ _ Contato
Am. Agua M lneral
bx· Bauxita
___ Falha e/ou Fratura Geológica C... • Carvão
• Co - Calcáno
'1
li
Ocorrência Mmeral
Mina ou Jazida Mineral
Mina ou Jazida Abandonada
cc· Conche'f:> Natural
f - Fluonta
Fonte: Sec:reuor" de E511do de Coordenaçk> Gerai e PI~ento SEPlAN/SC- AIIM de s.nuo Cauo,..... 1986
e F~ i9GE.DepIr~ RegoooaI de ~s em 5.n1a Catar......1989
te - Talco
Av· Ouro
pb . Chumbo
Cu - Cobre
w Tungstênio
Fe - Ferro
...
..
GEOLOGIA
'
o
o
ESCALA 1 2000000
100 , 10 lO :10 4 [} 1>(''''
b t.. J I==! I=d:. j
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA
DE MEFtCATOR UTM
o
17
17. 18
RELEVO
Relevo é o conjunto de irregularidades da supe rfície terrestre, sendo constituído por muitas e
variadas formas (modelados), agrupadas segundo sua semelhança em unidades. As principais unidades
de relevo encontradas e m Santa Catarina são:
Planícies Costeiras
Corresponde m a uma estreita faixa situada na porção mais oriental do Estado, junto ao oceano
Atlântico, onde existem inúmeras praias arenosas e dunas, que evidenciam a predominância de ações
e processos marinhos e eólicos. Além das praias arenosas c das dunas, aparecem com freqüência,
ao longo de todo o litoral catarinensc, penínsulas, ilhas, pontas, pontais, enseadas, baías c lagunas.
As altitudes médias registradas situam·se em torno de 10m, atingindo até 30m em alguns pontos
mais afastados do mar, junto às serras e montanhas. O contato e ntre as planícies costeiras e estes
relevos elevados ocasiona contrastes altimétricos acentuados.
Planícies Fluviais
Correspondem às áreas planas situadas junto aos rios, periodicamente inundadas e frcqücntemente
utilizadas por lavouras. Por sua localização particular ocorrem, ao contrário das demais unidades, de
forma descontínua e em pequenas extensões. As mais expressivas localizam-se na divisa com o Paraná
(rios Iguaçu e Negro), no norte (bacia do ltapocu), na porção central do território (vários pontos da
bacia do ltajaí), bem como na Unidade de Relevo Planalto de Lages (rios Canoas e João Paulo).
Planalto Dissecado Rio Iguaçu/Rio Uruguai
Sua principal característica é a forte dissecação a que foi submetido o relevo, com vales profundos
e encostas em patamares.
As maiores altitudes são registradas na borda leste e ultrapassam 1.00001; para oeste e noroeste
as cotas altimétricas decaem para menos de 300m, sendo que este caimento topográfico caracteriza
o relevo da área como um planalto monoclinal.
Planalto dos Campos Gerais
Apresenta-se distribuído em blocos de relevos isolados pelo Planalto Dissecado rio Iguaçulrio Uruguai.
Os blocos que constituem esta unidade são conhecidos como planalto de Palmas, planalto de Capanema,
planalto de Campos Novos e planalto de Chapec6. E stes blocos estão situados topograficamente acima
das áreas circundantes.
As cotas altimétricas mais elevadas ocorre m na porção leste da unidade, ultrapassando 1.2oom ,
nas proximidades da "cuesta" da Se rra Geral, enquanto as menores são encontradas no planalto de
Chapecó, atingindo 600m.
Serra Geral
É formada pelas escarpas do planalto dos Campos Gerais, com desníveis acentuados de até I.OOOm.
A direção geral deste escarpamento é N- S, sendo porém, a direção NNE - SSW a mais freqüente
e a que corresponde à serra do Rio do Rasto. As formas de relevo abruptas apresentam vales fluviais
com aprofundamentos superiores a 500m em suas nascentes, formando verdadeiros "canyons".
Patamares da Serra Geral
Aparecem como uma faixa estreita e descontínua no extremo sul de Santa Catarina e representam
testemunhos do recuo da linha de escarpa conhecida como Serra Geral. As formas de relevo alongadas
e irregulares avançam sobre as planícies costeiras.
A alta capacidade erosiva dos principais rios fragmenta a unidade, interrompe ndo-a e m alguns
trechos, como ocorre ao longo do vale do rio Mam pituba e de seus afluentes da margem esquerda.
Depressão da Zona Carbonífera Catarinense
Posicionada no extre mo sul de Santa Catarina, esta unidade configura uma faixa alongada na direção
N- S. As características de relevo são diversificadas: da cidade de Siderópolis para o norte, predominam
as formas colinosas com os vales encaixados e as vertentes íngremes; de Siclerópolis para o sul, as
formas de relevo são côncavo-convexas com vales abertos. Disseminados nesta última área encontmm-se
relevos residuais de topo plano (mesas), mantidos por rochas mais resistentes, e que faze m parte
dos Patamares da Serra Geral.
Patamares do Alto Rio ltajaí
Dispondo-se em uma faixa de direção geral NW - SE que se estreita para o sul, esta unidade
é caracterizada pela intensa dissecação do relevo, com patamares e vales estruturais, cujo melhor
exemplo é o vale do rio Itajaí do Norte ou Hercílio. A presença de extensos patamares, alcançando
dezenas de quilômetros, e de relevos residuais de topo p.ano (mesas), limitados por escarpas, deve-se
às rochas de diferentes resistências à erosão, como os arenitos mais resiste ntes c os falhelhos menos
resistentes.
O relevo apresenta grandes contrastes altimétricos, sendo que as maiores altitudes , que atingem
1.220m, são encontradas na serra da Boa Vista, localizada no sudeste da unidade. As menores altitudes
estão nos vales dos rios, sendo grande a amplitude altimétrica entre os topos dos morros e os fundos
dos vales.
Planalto de Lages
Caracteriza-se, e m quase toda a sua extensão, como um degrau entre os Patamares do alto rio
ltajaí e o planalto dos Campos Gerais, com exceção da área da nascente do rio Canoas.
O relevo do planalto d e Lages é ('omposto basicamente por formas colinosas, sendo comum a
presença de relevos residuais (morros teste munhos), com destaque para o morro do Tributo que se
eleva a 1.200m de altitude, nas de mais porções do planalto, as cotas altimétricas estão e m torno de
850 a 900m. Além das colinas e dos relevos residuais, observa-se também a ocorrência de ressaltas
topográficos, com a frente voltada geralmente para sudeste .
Patamar de Mafra
Localiza-se no extremo norte de Santa Catarina, apresentando um relevo de colinas com pequena
amplitude altimétrica, formando uma superfície regular, quase plana.
A "cuesta" da Serra Geral , que serve de limite em alguns setOres entre o Patamar de Mafra e
o planalto dos Cam pos Gerais, corresponde a um desnível de 300m em média. As altitudes médias
desta unidade são de aproximadamente 750m, sendo que as menores cotas são registradas junto ao
sopé da "cuesta" da Serra Geral e se situam em torno dos 650m.
Serra do Mar
Constitui-se num prolongamento para o sul da escarpa do planalto Paulistano, conhecida também
pelo nome de Se rra do Mar. No extre mo norte de Santa Catarina, o relevo apresenta-se como uma
se rra propriamente dita, com vertentes voltadas para leste e para oeste; a vertente leste (atlântica)
é a de maior declividade. Esta unidade se apresenta como um conjun to de cristas c picos, separados
por vales profundos, com vertentes de forte declividade . A grande amplitude altimétrica deve-se à
profundidade dos vales, podendo atingir 4oom. Na Serra do Mar, registram· se as segundas maiores
altitudes encontradas e m Santa Catarina, atingindo 1.500m e m alguns picos.
Planalto de São Bento do Sul
Uma pequena parte desta unidade locali7..a-se no extremo norte de Santa Catarina, entre as unidades
Serra do Mar e o Patamar de Mafra, ocorrendo a sua maior extensão no Estado do Paraná, onde
é melhor caracterizado. O re levo apresenta formas colinosas, posicionando-se altimetricamente en tre
850 e 950m.
Serras do Leste Catarinense
Estendem-se na direção N - S, desde as proximidades de Joinville até Laguna. A principal caracte-
rística do relevo é dada pela seqüência de serras dispostas de forma subparalela. Estas serras se dispõem.
predominantemente, no sentido NE - SW, e se apresentam gradativamente mais baixas e m direção
ao litoral, terminando em pontais, penínsulas e ilhas. Nas proximidades da linha de costa, as altitudes
situam-se e m torno dos 100m, enquanto no limite ocidental da unidade, na área de contato com
os Patamares do alto rio ltajaL as mesmas atingem 9OOm . Nas serras do Tabulei ro e de Anitápolis,
ocorrem as maiores elevações, ultrapassando 1.200m em alguns pontos.
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ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA
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Planícies CosteIras
Planícies FluviaIs
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LEGENDA
UNIDADES DE RELEVO
-Planalto DIssecado AIo Iguaçu/ RIo Uruguai
Planalto dos Campos Gerais
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Patamares do Alto Rro Itajai
Planalto de Lages
Patamar de Mafra
Planalto de São Bento do Sul
_ Serra Geral _ Serra do Mar
D Patamares da Serra Geral Serras do Leste Catarmense
D Depressão da Zona Carbonifera Catannense
Fonte" Secrelllna de Estado de Coordenaçlo Geral " PIa~mento-SEPLAN / SC-ArIM de 5Mlta Catarina 1986 li Fundaçlo IBGE.
[)epIorwnenlO fleglClMl de Geoxofnc,as em Santa Catarlf3.1989
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SíMBOLOS
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Ressalto
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Borda de Patamar Estrutural
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PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA
DE MERCATOR UTM
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19. 20
HIDROGRAFIA
Hidrografia é o estudo do ele mento líquido, como oceanos, mares, lagos, rios, etc.
A hidrografia do E stado d e Santa Catarina é representada por dois sistemas independentes de
drenagem: o sistema integrado da vertente do interior (bacia do Prata), comandado pelas bacias dos
rios Paraná c Uruguai, e o siste ma da vertente do Atlântico (litoral de Santa Catarina), formado por
um conjunto de bacias isoladas.
A Serra Geral é o grande divisor das águas q ue drenam para os rios Uruguai e Iguaçu , e das
que se dirige m para o litoral catarinensc, no oceano Atlântico. No norte do Estado, a Serra do Mar
també m serve como divisor entre a bacia do rio Iguaçu e as bacias da verte nte atlântica.
O sistema de d renagem da vertente do interior ocupa uma área aproximada de 60.185km2
, equivalente
a 63% do território catarin ense. Neste sistema se destaca a bacia d o rio Uruguai com 49.573kmz,
cujo curso do rio apresenta uma extensão de 2.300km, da cabeceira principal à foz do rio Peperi-Guaçu .
Esta bacia apresenta aflu entes importantes como os rios Peperi-Guaçu, das Antas, Chapecó (com seu
afluente Chapecozinho, formando o maior aflu en te do rio Uruguai), lrani , Jacutinga, do Peixe, Canoas
e Pelotas. Outra bacia que faz parte do mesmo siste ma é a do rio Iguaçu, com uma área aproximada
de 1O.612km2
; seus principais afluentes são o~ rios Jangada e Negro (limite com o Estado do Paraná),
Timbó e Paciência.
O sistema de dre nagem da vertente d o Atlântico co mpreende uma área de aproximadamente
35.298km2
, ou seja, 37% da área total do Estado, onde se destaca a bacia do rio Itajaí com 15.500km2
de área aproximada. Esta bacia tem como rio principal o ltajaí-Açu, que conta com dois grandes
formadores: os rios Itajaí do Su l e Itajaí do Oeste; e com dois grandes tributários: os rios ltajaí do
Norte ou Hercílio e Itajaí-Mirim, fo rmando, assim , a maior bacia inteiramente catarinense.
Ai nda na vertente do Atlântico, existe m outras bacias como a do rio Tubarão, com 5.100km
2
; a
do rio Araranguá, com 3.020km 2
; a do rio Itapocll, com 2.930km2
; a do rio Tijucas, com 2.420km
2
;
a do rio Mampituba (divisa com o Estado do Rio G rande do Sul), com 1. 224km 2
; a do rio Urussanga,
com 580km 2; a do rio Cubatão (do norte), com 472km2
; a do rio C ubatão (do sul), com 900km2
; e
a do rio d 'Una, com 540km2
.
Tabela 5 - Área e Comprimento dos Cursos das Principais Bacias Hidrográficas de
Santa Catarina
BAC IAS H IDH.OG H.ÁFlCAS
Vertente do Interior
(bacia do Prata)
bacia do rio Uruguai
sub-bacias
rio Peperi-Guaçu
rio das Antas
rio Chapecó
rio Irani
rio Jacutinga
rio do Peixe
rio Canoas
rio Pelotas
bacia do rio Iguaçu
sub-bacias
rio jangada
rio Tirnb6
rio Paciência
rio Kegro
rio Canoinhas
riu São João
rio Preto
Vertente do Atlântico
(Litoral de Santa Catarina)
bacia do rio ltajaí-Açu
1.043
2.655
8. 180
1. 227
992
5.2 16
15.016
7.268
10.612
495
2.682
574
5.944
1. 443
879
1.032
15.500
CO1PRIME:"TO DOS
CU RSO S (km)
250
154
12.716
209
154
8.304
24.992
12.824
19.092
82
129
78
347
144
83
99
24 .171
BAC IAS HIDROG RÁFICAS
bacia do rio Tubarão
bacia do rio Araranguá
bacia do rio Itapocu
bacia do rio Tijucas
bacia do rio Mampituba
bacia do rio Urussanga
bacia do rio C ubatão (do :'orte)
bacia do rio Cubatão (do Sul)
bacia do rio d'Unal
bacia do rio Bigllal,~u
bacia do rio .1 adre
ÁREA
( K m ~
5. 100
3.020
2.930
2. 420
1.224
580
472
900
540
382
305
COMPRIM E NTO DOS
CU RSOS (km)
7. 172
5.916
4.684
4.088
1.864
1.064
792
1.284
1.028
582
608
FONTE: Secretaria de Estado de Coordenação Geral c Planejamento - SE PLAN/SC - Atlas dt' Santa Catarina 1986.
Na vertente do interior, os rios apresentam , via de regra, um perfil longitudinal com longo percurso
e ocorrência de inüme ras quedas d 'água, representando importante riqueza em pote ncial hidre létrico.
Os rios da vertente atlântica apresentam um perfil longitudinal bastante acidentado no curso superior,
onde a topografia é muito movimentada; no curso inferior, os rios geralmente formam meandros,
e os perfis longitudinais assinalam baixas declividades, caracterizando-se como rios de planície.
Os rios de Santa Catarina são normalmente comandados pelo regime pluviométrico , caracterizado
pelas chuvas distribuídas o ano inteiro, garantindo, assim , o abastecime nto normal dos mananciais.
O comportamento da grande maioria dos rios, de acordo com a distribuição das chuvas, é representado
por dois máximos (um na primavera e outro no fi nal do ve rão) e dois mínimos (um no início do
verão e outro nooutono, com prolongamento no inverno), revelando características do regime subtropical .
Em Santa Catarina, os recursos hídricos encontram-se e m situação deplorável. Segundo a Fundação
de Amparo à Tecnologia e ao Meio Ambie nte - F ATMA, cerca de 80% dos recursos hídricos do
território catarincllse estão comprometidos pelos metais pesados, agrotóxicos, efluentes urbanos e indus-
triais e lixo urbano. Além da poluição das águas, há o desmatamento irracional (mais d e 80% da
cobertura veg tal nativa do Estado já foi destruída), as que imadas e o assoream ento dos rios, das
lagunas e das lagoas.
O processo de degradação dos recursos hídricos no território catarinense vem se dese nvolvendo
de form a alarmante e, provavelmente, irreversível em três regiões consideradas críticas.
O sul do Estado, onde a mineração de carvão é a principal responsável pela poluição da~ águas,
coloca-se em 14'? lugar entre as regiões mais poluídas do Brasil. As bacias hidrográficas dos rios Tubarão,
Araranguá e Urussanga tê m suas águas comprometidas em qualidade, ameaçando seriamente o abasteci-
mento de água e m diversas cidades.
O norte do Estado constitui a segunda área crítica estadual em termos de degradação ambiental.
Somente em Joinville, importante centro industrial, 19 indústrias de galvanoplásticos lançam diariamente
grande quantidade de metais pesados, especialmente chumbo e mercúrio, no rio Cachoeira e seus
aflu entes, provocando elevado índice de poluição no referido rio e na lagoa de Saguaçu (situação talvez
irreversível), além de comprometer seriame nte toda a área de mangues e a baía de Babitonga.
No Meio-Oeste do Estado, a bacia hidrográfica do rio do Pe ixe representa a terceira área seriamente
ameaçada pela degradação ambiental, através das indüstrias de celulose e papel, frigoríficos, curtumes,
indüstrias de pasta mecânica, de óleo vegetal e de vinho. Essa situação se agrava ainda mais com
O lançame nto de eflu entes urbanos diretamente aos rios e com o uso indiscriminado de agrotóxicos
e fertilizantes químicos. Por outro lad o, a área coberta pela vegetação nativa da bacia hidrográfica
do rio Uruguai está resumida a aproximadamente 12%.
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LEGENDA
VERTENTE DO ATLÂNTICO
(Litoral de Santa Catarina)
RIo Ifalai-Açu
2 RlO Tubarão
3 RIo Araranguá
4 RIo Itapocu
5 RIO lrJucas
6 RIo Mampltuba
7 RIo Urussanga
8 RIO Cubatão (do Norte)
9 RIO Cubatao (do Sul)
VERTENTE DO INTERIOR
(Bacia do Prata)
RIO Uruguai
1 1 RIO Pepen-Guaçu
, 2 RIO das Antas
1 3 RIO Chapeco
'4 RIO Irani
1 5 AIO Jacutmga
16 RIO do Peixe
1 7 AIO Canoas
18 Ala Pelotas
2 RIO Iguaçu
2 1 AIO Jangada
22 RIO T,mbó
2 3 RIO PaCiênCia
24 RIO Negro
2 4 1 RIO Canomhas
24 2 RIO São João
243 AIO Preto
Fonte. Seae1illl'.. de ENdo óe Coordenaçio GeBI e ~IO-SEPl.AN/SC·
AIIft óe s.m. C.1a"1~ 1986
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DIVisor das Vertentes
DIvisor das BaCias
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DIVisor das Sub BaCias
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BaCias do Atlântico
BaCias Sub-BaCias
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Vertente do A tlântico
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HIDROGRAFIA
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21. 22
HIPSOMETRIA
A hipsolllctria trata da representação cartográfica do relevo de uma região em faixas altitudinais.
delimitadas através de curvas de nível.
Como se observa no mapa hipsométrico de Santa Catarina, a representação é fcita através d e
cores convencionais. Dessa forma, nota-se a distribuição do relevo segundo suas diferentes classes
de altitudes a partir da cota O (zero), ou seja. o nível do mar.
As menores altitudes de Santa Catarina, representadas pela faixa de O - 200 m, encontram-se
ao longo do litoral, formando as planícies Costeiras. e num pequeno trecho do extre mo oeste catarinense,
no vale do rio Uruguai , entre os rios das Antas e Pepe ri-Guaçu.
As planícies costeiras são formadas por sedimentos marinhos, fluviomarinhos e aluviais, correspon-
dendo ao baixo curso dos principais rios da vertente atlântica. Apresentam te rrenos planos ou levemente
ondulados , de limitados por aclives, com largura variável.
No Norte do Estado, no município de Garuva, a largura dessas planícies costeiras é de 26km
até a encosta da Serra do Mar. Já a sua maior largura, aproximadamente 85km, se encontra no val('
do rio Itajaí, quando a cota 200 m se adentra até o limite entre os municípios de Ibirama e Indaia.
A me nor largura. aproximadamente 500 m, situa-se no sopé do morro do Cambirela, na baía sul,
defront e à ilha de Santa Catarina. Mais ao sul, a cota 200 m afasta-se novamente. formando d uas
grandes planícies: a do rio Tubarão e a do rio Araranguá.
A faixa de 200 - 400 m ocupa menor porção no Estado. Esta faixa se estende e ntre as planícies
costeiras e as serras litorâneas, constituindo-se numa área intermediária. No Sul do Estado, esta faixa
corresponde ao sopé da Serra Geral. Ocorre també m ao longo dos principais afluentes do rio Uruguai.
Na faixa de 400 - 800 111, encontram-se as serras litorâneas e grande parte do planalto Ocide ntal.
As Serras Litorâneas são formadas por antigas estruturas cristalinas e metamórficas do Pré-Cambriano.
Dispostas. em sua maioria, obl iquamente à costa, elas vão em média até 600 m, porém, algumas
serras e morros ultrapassam esta cota, como as serras do Itajaí, do Tijucas e do Tabuleiro e os morros
do Bali. do Spitzkopf e do Cam bire la.
Esta faixa ocupa grande parte da zona basáltica (que integra o planalto Ocidental), principalme nte
no extremo oeste. e acompanhando os vales dos rios do Peixe, Canoas e outros.
A faixa de 800 - 1.200 m é a de maior ocorrência no Estado, (..'Orrespondendo a grande parte
do planalto Ocidental e às áreas mais elevadas das serras litorâneas.
A maior parte da Serra Geral , que não passa de borda de planalto,ou escarpa, eneontra·se nesta
faixa, delimitando o planalto Ocidental.
Dentro desta faixa encontramos. no Norte do Estado, trechos das serras do Mar, de Jaraguá e
da Moema. Enquanto que no oeste, tem-se as serras do Gregório. do Irani, do Ariranha, do Pedrão,
do Bonito, do Sertãozinho, da Anta, do Capanema e da Fartura, sendo que as duas últimas delimitam
os Estados de San ta Catarina e do Paraná. Ainda nesta faixa, encontram-se, nos altos do rio Itajaí
do sul, as serras da Boa Vista e dos Faxinais.
A faixa de 1200 - 1.600 m constitui as maiores altitudes da serra do Chapecó. da Taquara, do
Espigão, da Pedra Branca. da Farofa, da Anta Gorda, do Mar e Geral.
O trecho me ridional da Se rra Geral é a única região do Estado onde as altitudes ultrapassam
a cota de 1.600 m, como por exe mplo, no morro da Boa Vista, O mais elevado do Estado com 1.827
m, e no Bela Vista do Guizoni, que possui 1.823,49 m de altitude. Além destes. tê m-se os morros
da 19reja e Campo dos Padres, com 1.822 m e L 790 m. respectivamente, ambos na Serra Geral.
Tabela 6 - Altitude e Localização por Município dos Pontos Culminantes em Santa Catarina _1986
DEjO~H :'AÇÃO
morro da Boo Vista
morro Bela Vista do Guizoni
morro da Igreja
morro Campo dos Padres
morro do Quiriri
morro do Capão Doc('
llIorro do Tributo
morro da Pedra Branca
morro do Funil
morro do Cambil'ela
morro do Taió
morro do Spit7.kopf
morro do Baú
ALTITUDE (111)
1.82i,OO
(I) 1.823.49
1.822.00
l .i90.00
(I) 1. 430.66
1.340.00
li ) 1.260, 12
1.128,00
1.062,00
1.043,00
950,00
(I ) 913.00
(1) 819,47
LOCAUZAÇÃO/'IU:'ICÍPIO
Bom Retiro c Urubici
Bom Retiro
Bom Jardim da Serra. Orlealls c Urub.ci
Bom Retiro e Anitápolis
Garuva
Água Doce
Lages
I.ages
Taió
Palhoça
Itaiópolis
BIUlllcnau c Indaial
Ilhota
FONTE. SecrNaria de Estado de Coordenação G~'ral e Planejamento - SEPL'-l'/SC - At las de Santa Catarina 19"6
(1) Cota compro'ada.
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ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA
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ESTADO
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LEGENDA
ALTITUDES EM METROS
ACima de 1600
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f---1 400
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PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA
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23. 24
CLIMA
Entende-se por clima a sucessão habitual de tipos de tempos. Te mpo é o estado da atmosfera
de um lugar num dado momento. Para definir o clima de uma região é necessário considerar a atuação
de seus fatores: radiação solar, latitude, continentalidadc, massas de ar c correntes oceânicas. Tais
fatores condicionam os elementos climáticos como: te mperatura, precipitação, umidade do ar e pressão
atmosférica, que, por sua vez, definirão os tipos climáticos.
Circulação Atmosférica
Os sistemas atmosfé ricos que atuam no Sul do Brasil são controlados pela ação das massas de
ar intertropicais (que ntes) c polares (frias), sendo estas últimas responsáveis pelo caráter mesotérmico
do clima.
Na região Sul do Brasil, as condições de tempo dependem da atuação da Massa Tropical Atlântica
(MTA) e da Massa Polar Atlântica (MPA). A primeira atua o ano inteiro, destacando-se na primavera
e no verão, enquanto que a Massa Polar Atlântica at ua com maior freqüência no outono e no inverno.
A Frente Polar Atlântica, resultado do contato entre a Massa Tropical Atlântica com a Massa Polar
Atlântica, é a responsável pela boa distribuição das chuvas durante o ano.
A atuação destes sistemas atmosféricos, que se dá com maior ou menor freqüência, é que proporciona
o estado de te mpo na região Sul e, conseqüentemente. no território catarinense. A Massa Tropical
Atlântica, originária do Anticiclone Semifixo do Atlântico, caracteriza-se pelos ventos do quadrante
norte e apresenta-se com elevadas te mperaturas e forte umidade. A Massa Polar Atlântica, originária
da zona Subantártica, caracteriza-se por ventos do quadrante sul e por temperaturas baixas. O encontro
da Massa Polar Atlântica com a Massa Tropical Atlântica forma a Frente Polar Atlântica (FPA), resultando
na ocorrência de chuvas com a passagem desta frente em direção ao norte. Após a passagem da Frente
Polar Atlântica, o tempo torna-se estável, com te mpe raturas mais baixas.
Pressão Atmosférica
A pressão atmosférica é o peso da camada de ar que está sobre a superfície te rrestre. variando
de lugar para lugar. Esta variação é causada principalme nte pela altitude e pela temperatura. Quanto
maior a altitude, menor será a pressão atmosférica. Quanto mais baixa a te mpe ratura, maior será
a pressão.
As áreas frias são consideradas de alta pressão atmosfé rica e constituem áreas de depressão de
massas de ar. Tais tipos de áreas recebem o nome de áreas anticiclonais. As áreas quentes, de nominadas
ciclonais, são de baixa pressão atmosfé rica e recebem massas de ar. Conclui-se, então, que os desloca-
mentos de massas de ar dependem da temperatura e, conseqüentemente, da pressão atmosférica.
Temperatura
A temperatura atmosférica é definida como o estado térmico do ar atmosférico, ou seja, o estado
de frio ou calor da atmosfera.
A análise do mapa de temperaturas médias anuais revela que as isote rmas de 22°C aparecem na
região Nordeste do Estado, compreendendo a área de Joinville, São Francisco do Sul, Garuva e Itapoá.
Já as isotermas de 2Ü"C aparecem no litoral centro-norte e no oeste catarinense; as de 19"C e 18°C,
aparecem no litoral centro-sul, acompanhando as bordas das Se rras do Mar e Geral, e áreas do oeste
do Estado. As isotermas de menor valor aparecem nas regiões mais elevadas, que correspondem ao
planalto, onde se destaca o m OrTO da Boa Vista, na serra da Anta Corda, com o menor valor do
Estado (7°C).
Nas te mperaturas médias do mês mais quente. janeiro, as isotermas de maior valor (24°C e 25°C)
aparecem no Nordeste do Estado. Na região Centro-S ul, o valor térmico é um pouco menor (23°C),
decrescendo na borda oriental das Serras do Mar e Geral, cujas temperaturas médias variam de 22°C
a 19"G Nas áreas do planalto, as temperaturas médias são menores devido às cotas altimétricas serem
maiores. No Oeste do Estado, as isotermas apresentam médias mais elevadas nos meses mais quentes.
Nos meses de inverno, quando as temperaturas são mais baixas, as médias mais elevadas aparecem
no Nordeste do Estado, com temperaturas médias de 16"<:. Do litoral norte até a ilha de Santa Catarina
predominam temperaturas médias de 15"<:. No litoral, em direção sul, as médias declinam, chegando
a 12"C. Em direção ao interior do Estado, as temperaturas diminuem ainda mais, atingindo médias
de goC. A me nor média do Estado ocorre no morro da Boa Vista, na serra da Anta Gorda, com
7OC. No Oeste do Estado, as te mperaturas médias aumentam novamente, atingindo 15°C.
Precipitação
É o fenômeno pelo qual a água retorna à superfície terrestre sob a forma líquida ou sólida.
A distribuição espacial dos totais anuais de precipitação no Estado revela que as Isoietas de maiores
valores ocorrem no Oeste e as de menores valores, no Sul do Estado.
Aamplitude pluviométrica no Estado é de 1. 154mm, diferença entre a estação de Xanxe rê (2.373m01),
no oeste, e a de Araranguá (1.219mm), no litoral.
Em geral, a pluviosidade está be m distribuída no território catarinense devido às atuações do
relevo, da Massa Polar Atlântica e da Massa Tropical Atlântica que, por sua constância, fazem com
que não ocorra uma estação chuvosa e uma estação seca. Pela distribuição das chuvas durante todo
o ano, fica definido o regime tropical.
Umidade Relativa do Ar
O ar, geralmente, não está saturado, contém apenas uma fração do valor de água possível. Esta
fração, expressa em percentagem, é a umidade relativa. Observando os valores médios da umidade
relativa no Estado, nota-se que eles ficam, geralmente, entre 73,4% e 85%, tendo assim uma amplitude
de 11 ,6%.
Na distribuição espacial das isoígras, o extremo oeste catarinense registra valores médios de 75%,
o oeste e o planalto, com valores de 80%, havendo um aumento em direção ao litoral, onde ocorrem
valores de 85%. De um modo geral, as isoígras decrescem do litoral para o interior.
Tipos Climáticos
Segundo a classificação climática de Thornthwaite, o Estado de Santa Catarina é dotado de um
clima mesotérmico, com precipitação distribuída durante todo ano.
A própria posição do Estado, o enquadra nas regiões temperadas úmidas, possuindo, assim, o
tipo supe rúmido, que ocorre na região Oeste do Estado, na região próxima a São Joaquim e em
torno da cidade de Joinville, em direção a nordeste; e o tipo úmido, que predomina no restante
do Estado.
Aplicando o sistema de Kõppen, o te rritório catarine nse se enquadra nos climas do Grupo C -
Mesotérmico, uma vez que as temperaturas médias do mês mais frio estão abaixo de 18°C e superior
a 3°C. Perte nce ao tipo úmido (O, sem estação seca definida, pois não há índices pluviométricos inferiores
a 60mm mensais. Dentro deste tipo é ainda possível distinguir, graças ao fator altitude, dois subtipos:
de verão que nte (a) encontrado no litoral e no oeste, onde as temperaturas médias de verão são
mais elevadas; e de verão fresco (b), nas zonas mais elevadas do planalto. Portanto, segundo Kõppen,
predominam no Estado os climas Cfa - com verão quente e Cfu - com verão fresco.
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ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA
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25. 26
VEGETAÇÃO
Vegetação é o conjunto de plantas ou vegetais que se estabelecem numa área.
O d esenvolvimento vegetal está intimamen te vinculado às caracte rísticas do ambiente onde se
encont ram, depende dos índices de umidade, luminosidade, calor, fertilidade c de outros fatores do
substrato. Em ou tras palavras. a cobertura vegetal é sempre O reflexo das condições ambientais (clima,
solo, relevo, etc.). O processo natu ral de seleção/adaptação per mite identificar espécies c formas de
vida próprias de ambie ntes diversos: úmidos (higrófitas), alagados (hidrófitas), áridos ou semi-áridos
(xerólltas), pobres e m nut rientes (oligotróficas. xerom6rficas), sujeitos ã alt ernância de pe ríodos climáticos
tímidos c secos (trorx')n.tas). salinos (halóntas), etc. Como conseqüência deste processo. ocorre o dese nvol-
vime nto de diversas formações vegetais arbóreas, arbustivas, herbáceas ou gramíneo-Ienhosas, bem
como densas, abertas , estacionais, ombrófi las c outras.
O Estado de San ta Catarina, pela sit uação geográfica, formas d e relevo, natureza de suas rochás
e diversificação dos solos, apresenta ampla variedade ambie ntal, traduzida na multiplicidade das paisagens
naturais e das fo rmações vegetais, distribuídas pelas suas várias regiôes fltogeográficas.
Região da F loresta Ambrófila Densa (Mata Atlãntica)
Com preende as planícies e serras da costa catarine nse, com ambientes marcados in te nsamente
pela influência oceânica, traduzida e m elevado índice de umidade e baixa amplitude té rmica.
As excepcionais condições ambientais da região permitiram o desenvolvimento de uma floresta
com fisionomia e estrutura peculiares, grande variedade de formas de vida e elevado contingente
de espécies endêmicas. As canelas, os guamirins, a bicuíba, a peróba-vermelha, o ced ro, o pau-d'óleo,
a figueira, o olandi, o palmitciro, e outras espécies de árvores, arvoretas, arbustos, palmeiras, ervas,
epífitas e lianas compõem as suas comunidades vegetais.
Região da Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucária)
Transpondo as serras coste iras para o interior, penetra-se no planalto catarinense, de clima mais
ameno, onde se observa a coexistência das flora.s tropical c temperada, compondo a floresta de Araucária.
A coexistê ncia de floras adversas dete rmina o padrão estrutural e fi tofisionômico da Floresta Ombr6fila
Mista, cujo domínio desce aos 500/600 metros de altitude.
A araucária desempenha papel principal na fisionomia florestal do planalto. Seu valor paisagístico,
poré m foi descartado face ao valor econômico. Hoje, esta espécie, juntamente com outras andinas
e principalmente a de origem tropical, está desaparecendo diante da expansão da fron teira agrícola
e da exploração madeire ira.
Nos ambientes ainda preservados é possível, hoje, observar-se a imponente araucária sobre a copagem
de outras espécies, onde se destacam principalme nte as cane las c, em particular, a imbuia, ao lado
dos camboatás, da sapopcma, da e rva-mate, da b racatinga e tantas outras arbóreas, arbustivas e herbáceas
típicas do planalto.
Região da Floresta Estacionai Decidual (Mata Caducifólia)
No oeste catarinense, descendo o planalto, penetra-se na bacia do rio Uruguai. por onde se estende
o domínio da Floresta EstacionaI Decidual, dos 500/600 metros para baixo, em cujas formações já
não se observa naturalme nte a araucária.
Nesses ambientes, freqüentemente marcados por forte d issecação do relevo, vales e ncaixados e
pendentes íngre mes, o clima caracteriza-se por acentuada variação térmica e por temperaturas médias
mais elevadas do que no planalto. Esses e outros gradientes ecológicos permitem o desenvolvime nto
de urna flora típica e de uma flo resta particularmente inte ressante pelo seu dinâmico aspecto fi tofisio-
nômico. A dinarnicidade é refletida magnificamente no estrato superior da floresta que, anualmente,
no inverno pe rde suas folhas, recuperando-as na primavera e permanecendo verdes durante o verão
e o outono. Como exemplo deste tipo de vegetação, pode-se citar a grápia, o angico vermelho, o
louro-pardo, a canafístula e a guajuvira.
A Floresta Decidual apresenta também grande número de espécies perenifoliadas, poré m, de baixa
representatividade fisionómica. Deste grupo fazem parte o pau-marfim, as canelas, os camboatás,
o tanheiro, etc. , q ue junto com as espécies arbustivas e he rbáceas dão conteúdo interior à floresta.
Região da Savana (Campos do Planalto)
No planalto catarinense, face as suas características ambientais, encontram-se diversas formações
campest res acompanhando geralmente as supe rfícies de relcvo mais suave, em cuja fisionomia distin-
guem-se, esparsalllente , as florestas-de-galeria e os capões-d e-mata, marcando o avanço das comun idades
arbóreas sobre a Savana (Campos), fruto principalmente dos processos dinâmicos de cxpans:."io natural
das florestas, acionados pcla evolução climática.
O clima ameno do planalto ve m, há milhares de anos , evoluindo de tem pe rado para tropical,
promovendo a natural ampliação das flo restas sobre os campos.
As savanas (Campos) compõem-se de grande quantidade de espécies de gramíneas, sobretudo o
capim -caninha, o capilll -colchão, a grama-forquilha, a grama-scmpre-verde e a grama-missioneira, além
de outras, que se misturam a uma grande variedade de espécies de diversas famílias COIllO cipe ráccas,
leguminosas, verbc náceas c compostas. .
Área das Formações Pioneiras
A expressão Formação Pioneira é usada para designar a vegetação constituída de espécies colonizadoras
de ambientes in stáveis ou e m fase de estabelecimento, isto 6, áreas subtraídas naturalme nte a outros
ecossiste mas ou surgidas e m fu nçâo da atuação recen te Oll atual dos agentes morfodinâmicos e pcdoge-
nét icos.
As espécies pioneiras desempenham importante papel na preparação do meio à instalação subseqüe nte
de espécies mais exigentes ou menos adaptadas às condiçôes de instabilidade. Conforme o ambiente
em q ue se desenvolvem, as formações pione iras pode m ser classificadas em: fo rmaçôcs de influência
marinha, fl uvio marinha e flu vial.
As de influência marinha são chamadas restingas. Cobrem as dunas, as depressües interdunares
c out ros ambientes sob influência do mar c , e m geral, têm IXlrte arbustivo c herbáceo. Nestas fo rmações
se destacam as aroeiras, os guam irins, as capororocas, as macegas, a salsa-da-praia, o capim-d as-dunas,
o feijão-da-praia, o mangue-da-praia e outras espécies.
A fo rmação fluvio-marinha compreende a vegetação de mangue, que ocorre em contato com os
ambientes salinos c lodosos. As espécies características são a siriüba, o mangue-verme lho e o mangue-
branco. Também se observa nestes ambientes o capim-praturá, a guaxuma e Outras espécies me nos
freqüentes.
As formações de influência flu vial desenvolvem-se sobre planícies aluviais e Fluvio-Iaeustres, podendo
ser de arbu stivas e herbáceas, com ou sem agrupamentos significativos de palmeiras. Geralmente ,
são dominadas por cipe ráceas e gram íneas altas, alé m de compostas e verbenáceas, estabelecidas e m
locais melhor drenados.
Considerações Finais
O Estado de Santa Catarina, apesar de possuir hoje a maior área de floresta nativa da região
Sul, está com seu património vegetal natural e m adiantado estágio de exte rm ín io. Os campos naturais,
como as florestas, ced em espaço à agricultura. A expansão das áreas agrícolas e pecuárias mudou
a fisionomia geral das paisagens catarinenses, devastando o patrimônio florestal do Estado. Some nte
na região costeira as reservas alcançam maior expressão, entretanto, a grande maioria do verde natural
que se observa são fo rmações secundárias pobres, reflexo da dinâmica de reconstit uição da cobertura
vegetal.
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ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA
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LEGENDA
DISTRIBUiÇÃO REGIONAL
SAVANA (CAMPOS DO PLANALTO)
t=J Áreas Remanescentes
C==:J Atividades Agrícolas
FLORESTA QMBA6FiLA DENSA (MATA ATLÂNTICA)
Áreas Remanescentes
Vegetação Secundária e Atividades Agrícolas
friO
(MATA DE ARAUCÁRIA)
Áreas Remanescentes
Atividades Agrícolas e Vegetação Secundária
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL (MATA CADUCIFÓLlA)
E::J Áreas Remanescentes
C==:J Atividades Agrícolas e Vegetação Secundária
FORMAÇÕES PIONEIRAS (HERBACEA FLUVIAL,AESTINGA E MANGUE)
Áreas Originais
Áreas Remanescentes
Atividades Agrícolas
Fonte: Secretar,a de Esüdo de CoordenaçJo Geral e f'laOE!jamento-SEPLAN / SC·AIIas de Sanuo CatawlI 1986
e Fl.IfIdação IBGE. Depart8mento RegIOnal de Geoclênc,as 1101 Santa Calarina.1989
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PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA
DE MERCATQR - UTM
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27. 28
SOLOS - TIPOS E APTIDÕES
Introdução
O homem depende do solo e, até certo ponto, bons solos dependem do homem c do uso que
ele faz. Seu padrão de vida é muitas vezes determinado pela qualidade de seus solos c pelos tipo.',
de espécies de plantas c animais que neles se desenvolvem.
Os solos, porém, sign ificam para o homem mais do que um meio ambiente para o dcscnvokimt'nto
de culturas. Ap6iam os alicerces de casas e fábricas, são usados como leitos para estradas, exercem
grande influência sohre a vida útil dessas estruturas, além de impresci ndíveis para a produção de
alimentos.
As grandes civilizações, quase sempre, dispuseram clt' bons solos como uma d e suas principais
fontes naturais de produção. As antigas dinastias do .filo só existiram graças à capacidade de produção
de alimentos nos férteis solos do vale e aos seus sistemas associados de irrigação. Igualmente, os
~o l os do vale do Tigre e do Eu fra tes, na Mesopotânia, c dos rios [ndus, Yangtse e H uang-ho, na
[ndia e na China, foram berços de civilizações florescentes. Submetidos a freqüentes renovações na
sua fertilidade por inundações naturais, esses solos assegu ram abundante e contínuo suprimento de
alime ntos .
A d estruição do solo ou exploração desordenada esteve associada à queda de algumas daquelas
civilizações, cujos solos ajudaram a construí-las.
A história fo rnece lições que o homem moderno nem sempre aproveita. Um exemplo é o uso
imprevidente dos recursos do solo nos Estados Unidos durante o primeiro século de inte nsiva produção
agrícola do homem branco. Mes mo hoje, muitos não dão o devido apreço aos solos, em termos de
exploração a longo prazo. o que é. em parte, conseqüência da ignorância generalizada dos problemas
de solos, do que representavam para ge rações passadas e do que significanl para as atuais e as futuras.
A falta de preocupação com o solo é devida. principalmente. a conceitos e pontos de vista divcr.~os
em relação a este importante produto da natureza.
Tipos de Solo
Solo é a camada superficial da crosta terrestre, contendo matéria viva e suportando ou sendo capaz
de suportar as plantas. Essa tênue camada é composta por partículas de rochas em diferentes estágios
de desagregação, água. substâncias químicas em dissolução, ar, organismos vivos c matéria orgânica
em distintas fases de decomposição. É desta camada que se sustentam e se nutrem as plantas, sendo
lima das maiores fontes de energia que atua na terra , geração após ge ração de homem, plantas e
animais.
De modo geral, o uso e a potenCialidade agrícola dos solos estão estreitamente relacionados às
suas características físicas e químicas, como também ao clima e ao relevo de cada região.
Para se ter uma visão geral dos solos do Estado de Santa Catarina, serão comentadas a seguir
as suas principais características:
- Latossolo Bruno H úmico, Latossolo Bruno, Latossolo Bruno Intermediário para Latossolo Roxo
e Latossolo Vermelho-Escuro - São solos profundos (em média 2 a 3m), porosos e bem drenados,
com estrutura predominante mente granular e situados em relevo suave ondulado c ondulado. Quando
muito ricos em matéria orgânica são chamados de HlÍmicos. Normalmcnte, são de uaixa fertilidade
natural , necessitando de calagem e adubação para se obter boa produção agrícola. Entretanto, por
se situarem em relevo que facilita a mecanização. sâo solos muito utilizados para o plantio da soja
e do trigo, para a pastagem e para a cultura de maçã.
Ocupam, aproximadamente, 7,5% da área total do Estado.
- Terra Bruna Estrutu rada H límica, Terra Bruna Estruturada, Terra Bruna Intermediária para
Terra Roxa Estrutu rada e Terra Roxa Estruturada - São solos profundos (1 a 2m) e bem drenados,
com estrutura normalmente em blocos suhangulares e situados preferencialmente em relevo suave
ondulado e ondulado, ocorrendo também em relevo fo rte ondulado, principalmente a Terra Roxa
Estruturada. Na sua superfície podem ocorrer pedras de tamanhos variados.
Com exceção da Terra Roxa E struturada que possui fe rtilidade alta ou média, as demais variedades
são d e baixa fertilidade natural, necessitando de adubação e calagem para obter produção agrícola
satisfatória. São utilizados principalmente para o plantio da soja, do trigo e do milho, para pastagem
e fruticultura.
Ocupam. aproximadamente, 12,5% da área total do Estado.
- Podzólico Vermelho-Amarelo - São solos profundos (l a 2m) e bem drenados, cuja característica
principal é a marcante diferenciação entre a camada supe rficial (horizonte A) mais are nosa ou menos
argilosa e a camada subsllperficial (horizonte H) !"nais argilosa, devido à migração da argila de A para
B. Situam-se em relevo ondulado e forte ondulado, necessitando de cuidados para evitar a crosão
quando utilizados. Normalmente, possuem fertilidade natural baixa e são utilizados, principalmen te.
para pastagem natural e para culturas de subsistência.
- Podzol - São solos profundos (1 a 3m) e arenosos, com acumulação dc matéria orgânica ou
de ferro na camada subsu perficial. Quando ocorrem em ambiente encharcado são denominados de
Podzol Hidromórfico. Estes solos não devem ser utilizados para a produção aglicola por serem muito
arenosos, com lllUitO baixa fertilidade natural; nos Hidromórficos existe o proble ma de e.xcesso de
água.
Ocupam, aproximadamente, 1% da área total do Estado.
- Cambissolo BmllO I-Iúmico, Cambissolo Bruno, Cambissolo e Cambissolo I-llÍmico - São solos
com menor profundidade (0,5 a (,5m), ainda em processo de desenvolvimento c com material de
origem na lllassa do solo. Quando possuem teor muito elevado de matéria orgânica são denominados
Húmicos. Situam-se nos mais variados tipos de relevo, desde o suave ondulado até o montanhoso,
podendo ou não apresentar pedras em sua superfície. Sua fertilidade natural é muito variável, de
baixa a alta. São utilizados principalmente para o plantio de milho, feijão, batatinha, arroz. banana,
huno, soja c trigo, para pastagem e reflorestamento.
Ocupam, aproximadamente. 52% da área total do Estado.
- Glei Húm ico e G lei Pouco Húmico - São solos com elevado teor de matéria orgânica, desenvol-
vidos num ambiente com excesso de umidade ternporál'ia ou permancnte, fazendo com que possuam
cores acinzentadas. Possuem média e alta fertilidade natural e ocorrem em relevo praticamente plano,
margeando os rios ou locais de depressão, sujeitos a inllndayões. A principal limitação para seu uso
é a má drenagem. São utilizados para o plantio de arroz irrigado, hortaliças c cana-de-açúcar.
Ocupam, aproximadamente, 1,5% da área total do Estado.
- Solos Orgânicos - São solos de coloração preta ou cinza muito escura, resultantes de depósitos
vegetais em grau variável de decomposição, em ambiente com excesso de água. Para serem aproveitados
necessitam de dre nagem artificial e são utilizados para o plantio de cana-de-açúear, hortaliças e arroz
irrigado.
- Are ias Quartzosas - São solos profundos (l a 3m), arenosos e excessivamente drenados . Sua
utilização é limitada devido a baixa fertilidade natllTal e baixa capacidade de retenção de água .
Ocupam, aproximadamente, 1,5% da área total do Estado.
- Solos Litólicos - São solos rasos (0, 15 a 0,40m), de fertilidade natural variável. O relevo bastante
acidentado em que ocorrem, a pequena espessura que condiciona lima deficiência de água, e a presença
de pedras na superncie. são fato res que limitam a sua utilizayão agrícola, principalmente. em relação
à mecanização. São utilizados para o plantio de milho, feijão e para as demais culturas de subsistência.
Ocupam, aproximadamente, 9,5% da área total do Estado.
- Solos [ndiscrim inados de Mangue - São solos predominantemente alagados que se localizam
nas partes baixas do litoral, nas proximidades da desembocadura cios rios, nas reentrâncias da costa
e margens de lagoas. diretamente influenciados pelo movimento das marés. Devem ser mant idm.
como ambientes de preservação ecológica.
Características Gerais
Aproximadamente 60% dos solos do Estado apresentam baixa fe rtilidade natural, necessitando de
calagem e adubação para lima produção agrícola satisfatória.
Os solos de fertilidade natural elevada ocupam uma área de 21% da superfície do Estado, mas
grande parte deles se situam em relevo muito aciden tado, não recomendando sua utilização para a
agricultura.
Apesar do relevo scr um fator limitante para a utilização dos solos de boa parte do território catarincnse,
prinCipalmente com culturas anuais. na maioria das vezes esta limitação não está sendo respeitada,
ocasionando grandes perdas por erosão e reduzindo drasticamente o tempo de utilização do solo.
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LEGENDA
latossolo Bruno HúmICO. latossolo Bruno Latossolo Bruno Intermediário
Para Latossolo Roxo Latossolo Vermelho-Escuro
Terra Bruna Estruturada Húmlca,Terra Bruna Estruturada.Terra Bruna Estruturada
Intermediária Para Terra Roxa Estruturada Terra Roxa Estruturada
Podzólico Vermelho-Amarelo
D Podzol
Camblssolo Bruno Húmica Camblssolo BrunoCamblssolo,Camblssolo Húmlco
D Glel HúmlCO e Glel Pouco HúrnlCO
_ Solos Orgânicos
D Areias Quartzosas
D Solos L,lóllcos
_ Solos Ind l~crlminados de Mangue
Fonte" Secrtlfl"" de ESI.oo de CoordenaçJo Gtr~ t Plantfl'Tl!<llo-SEPLAN/ SC "AlI" de s.nu. Cal...... 1986
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PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA
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29
29. 30
Isto faz com que haja uma tendência natural de compensar a perda de produtividade do solo aumentando
a área cultivada. Com isso, ocorrem novos des matame ntos que alteram sensivel mente () regime hídrico
dos córregos t' rios.
Aptidão Agrícola dos Solos
Foram consideradas 4 classes de aptidão agrícola, denominadas boa, regular, restrita e inapta,
para utiliza~'ão com culturas, pastagem e silvicu ltu ra.
Classe Boa - solos sem limitações significativas para produção sustentada de um determinado
tipo de utilização, observando as condições de manejo considerado. As restrições são mínimas, de
tal forma que nâo reduzem a produtividade, sem aumentar os insumos acima de UIll nível ace itável.
Classe Hegular - solos que apresentam limitações moderadas para a produção sustentada de um
determinado tipo de utilização, observando as condições de manejo considerado. Essas limitações redu-
zem a produtividade, elevando a necessidade de insllmos para se obte r lima boa produção.
Classe Restrita ~ solos que apresentam limitações fortes para a produção sustentada de um determi-
nado tipo de utilização, observando as condições de manejo considerado. Essas lim itações reduzem
a produtividade de tal forma que exigem lima aplicaç:ão de insu mos a nível muito elevado.
Classe lnapta - solos que não apresentam condições de utilização para agricu ltu ra, podendo ser
indicados para a preservaç:ão da flora (' da fauna, recreação ou algum outro tipo de li SO não agrícola.
Os fatores de limitação mais significativos utilizados para J efinição das classes de apt idão são: d efi-
ciência de fert ilidadt:" deficiência de águá: excesso de água ou de ficiência de oxigênio, susceptibilidade
à erosão e im pedimentos à mecanização.
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ATLAS ESCOLAR DE SANTA CATARINA
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lEGENDA
GRUPOS DE APTIDÃO AGRíCOLA
_ Aptidão Boa Para Culturas
_ Aptidão Regular Para Culturas
Aptidão Restrita Para Culturas
Apttdão Boa para Pastagem Plantada
Aptidão Regular Para Pastagem Plantada
Aplldão Restnta Para Pastagem Plantada
Aptidão Boa Para Silvicultura
Aptidão Regular Para SilVicultura
D Aptidão Restnta Para Silvicultura
CJ Aptidão Regular Para Pastagem Natural
Sem Aptidão Para Uso Agricola
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Fonte, Secrel~na de Estado de Coo<OOJl8Çao Geral e f'IltnelatTle'nlo-SEPlAN/ SC AII~ de Santa Cata"", 1986 ~~
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APTIDÃO AGRíCOLA DOS SOLOS
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PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA
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