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OPINIÕES PÚBLICAS, ACONTECIMENTO E REDES
                 SOCIAIS




         PROF. AUGUSTO RODRIGUES PARADA
BREVE PANORAMA SOBRE CULTURA


   Cultura é um conceito polissêmico e versátil, adotado por várias áreas
    das ciências
   SANTOS (1989) “Cultura é uma preocupação contemporânea, bem
    viva nos tempos atuais. É uma preocupação em entender os muitos
    caminhos que conduziram os grupos humanos às suas relações
    presentes e suas perspectivas de futuro” (p.7)
   O campo das ciências sociais entende as manifestações populares
    diversas como representações simbólicas da cultura e discute, acima de
    tudo, o papel do Estado como difusor destas múltiplas manifestações
    culturais (CANEDO, 2008).
BREVE PANORAMA SOBRE CULTURA



   Outra percepção sobre a cultura emerge dos estudos da pós-
    modernidade que a entende a partir do enfraquecimento do poder
    regulador das instituições. Assim, o indivíduo se mostra cada vez mais
    aberto e cambiante, fluído e socialmente independente. (Lipovetsky,
    2004 p. 83)
CULTURA NAS ORGANIZAÇÕES

    Trabalhar o conceito de cultura sob o viés do conhecimento e da
     comunicação, abrem o panorama da chamada cultura organizacional



    Cultura são representações e expressões simbólicas por meio das quais
     o homem se comunica (Geertz, 2001)
CULTURA NAS
ORGANIZAÇÕES

    os estudos sobre cultura organizacional tendem a enxergá-la de duas
     formas: a) como uma metáfora, ou seja, considerada a cultura algo que
     a organização é; b) como uma variável, considerando a cultura como
     algo que a organização tem. (SMIRCITH, 1985 p.12)
    Para compreender a organização como uma cultura é preciso perceber
     a função dos sujeitos no desenvolvimento do que é real na organização
     e também de explanações divididas para seus conhecimentos.
CULTURA NAS ORGANIZAÇÕES
   Morgan (2010) compara o fenômeno cultura organizacional
    com a cultura dos indivíduos que possuem diversas
    individualidades e ao mesmo tempo partilham das mesmas
    coisas. Este é um acontecimento comum entre indivíduos,
    grupos e organizações. Para a autora: “Tais padrões de
    crenças ou significados compartilhados, fragmentados ou
    integrados, apoiados em várias normas operacionais e rituais,
    podem exercer influência decisiva na habilidade total da
    organização em lidar com os desafios que enfrenta”
    (MORGAN 2010, p. 125).
Componentes
          Aspectos Formais Abertos              visíveis e
•Estrutura Organizacional                       publicamente
                                                observáveis,
•Títulos e descrições de cargos                 orientados
                                                para aspectos
•Objetivos e Estratégias                        operacionais
                                                e de tarefas
•Tecnologias e práticas operacionais

•Políticas e diretrizes de pessoal

•Métodos e procedimentos

•Medidas de produtividade física e financeira

        Aspectos Informais e Ocultos
•Padrões de Influenciação e de poder
                                                Componentes
•Percepções e atitudes das pessoas              invisíveis e
                                                cobertos,
•Sentimentos e normas de grupos                 afetivos e
                                                emocionais,
•Crenças valores e expectativas                 orientados
                                                para aspectos
•Padrões de interações informais
                                                sociais e
                                                psicológicos
•Normas grupais

•Relações afetivas
Cibercultura: como prática e como área


    A cibercultura é um termo já consagrado no meio
     acadêmico como uma forma de representação de um
     sociedade remetida ao elementos cibernéticos.


    Geralmente, ele se refere (como indica o prefixo) a questões
     culturais relacionadas a “ciber- tópicos”, ou seja, a
     cibernética, a computadorização, a revolução digital, a
     ciborguização do corpo humano, etc, e sempre envolve pelo
     menos uma conexão implícita com uma antecipação do
     futuro (...). (MACEK, 2005)
Cibercultura: como prática e como área


    A cibercultura é um termo já consagrado no meio
     acadêmico como uma forma de representação de um
     sociedade remetida ao elementos cibernéticos.


    Geralmente, ele se refere (como indica o prefixo) a questões
     culturais relacionadas a “ciber- tópicos”, ou seja, a
     cibernética, a computadorização, a revolução digital, a
     ciborguização do corpo humano, etc, e sempre envolve pelo
     menos uma conexão implícita com uma antecipação do
     futuro(MACEK, 2005)
Cibercultura: como prática e como área


    da cibercultura evoca o tema contemporâneo do esfumaçamento das
     fronteiras entre experiência e teoria. (FELINTO, 2007)




    a cibercultura, composta por tecnologias e processos sociais, é a
     responsável por ditar o ritmo das “transformações sociais, culturais e
     políticas (LEMOS e LEVY, 2009)
Cibercultura: como prática e como área

  A cibercultura calca-se em um projeto antropológico: está relacionada
  às práticas culturais e estilos de vida ligadas às tecnologias de
  informação e comunicação (MACEK, 2005).


  A Cibercultura é uma dimensão social do compartilhamento
  tecnológico, fazendo da Internet um meio de interação seletiva e de
  integração simbólica (CASTELLS, 2003)
Da Cultura Organizacional à Cibercultura: existe um

caminho?

      Emergem três pressupostos reflexivos para uma abordagem
       nesta linha:
1. Rituais Cotidianos
    As organizações, a fim de potencializar aspectos produtivos e gerenciar
       processos também, com base em rituais cotidianos, levam a criação de
       normas de conduta.
    A cibercultura, enquanto forma sociocultural que dissemina praticas e ritos
       de produção e distribuição de informação, assim como novas formas de
       sociabilidade. As questões políticas e normativas da transição da era
       industrial para a era da informação
Da Cultura Organizacional à Cibercultura: existe um caminho?


2. Narrativas e simbolismos

  A cultura organizacional forma-se das heranças simbólicas por meio das
    quais os homens se comunicam

  Na cibercultura, as narrativas criaram e incorporaram a identidade cultural
    da tecnologia, articulando seus atributos e expectativas relacionadas a
    própria tecnologia.
Da Cultura Organizacional à Cibercultura: existe um caminho?


2. Compartilhamento

 As peculiaridades de uma cultura organizacional passa pela observação das
   maneiras como os sujeitos se relacionam, como se comunicam, quais os
   assuntos de interesse, e quais os diferentes simbolismos que,
   individualmente, compartilham com a organização

 A passagem para a comunicação de todos para todos potencializada pela
   Internet prova que a principal característica da cibercultura é a
   interatividade e a descentralização de informação, ampliando o papel
   social comunicativo e fomentando agregações sociais.
Mas quando falamos em cultura nas organizações/ ou
 cultura das marcas, emergem vértices de uma lógica


                Identidade




                    Cultura nas
                    Organizações/
                    Cultura das
                    Marcas


 Reputação                              Imagem
Identidades


   A experimentação do reconhecimento com o
    outro, traz a primeira perspectiva de
    socialização na construção da identidade
Identidades


   Hall (2005) aponta como construtores do
    entendimento de formação da identidade,
    divididos em sujeito do iluminismo, sujeito
    sociológico e sujeito pós-moderno.
Identidades


   Sujeito do iluminismo:
   A identidade é a sua essência, aquilo que nascia no
    seu interior desde seu surgimento e que se
    desenvolvia, mas permanecendo o mesmo,
    tornando-se um sujeito centrado, unificado que
    tinha plena razão, consciência e atuação.
Identidades

   Sujeito sociológico :
   A identidade influenciada pelo mundo moderno o
    que acarretou na conclusão de que o centro
    essencial do eu não era auto-suficiente
    A identidade era desenvolvida na analogia com
    outros indivíduos, formada na influência mútua
    entre o eu e a coletividade.
Identidades

   Sujeito pós-moderno:
    deixa de ter uma identidade permanente e passa a
    ter uma identidade instável, onde será modificada
    sucessivamente nas formas pelas quais o indivíduo
    é representado nos preceitos culturais da sociedade.

    “Dentro de nós há identidades contraditórias
    (HALL, 2005, p. 13).
Identidade
   A ideia de multiplicidade do sujeito, passa para o
    ambiente dos atores sociais, constituindo uma
    identidade coletivas.
Identidade Organizacional / Marca
    A identidade de uma empresa é a manifestação
     visual de sua realidade, conforme transmitida
     através do nome, logomarca, lema, produtos,
     serviços, instalações, folheteria, uniformes e todas
     as outras peças que possam ser exibidas, criadas
     pela organização e comunicadas a uma grande
     variedade de públicos.
Identidade da Organização
   A representação da organização é expressa por seus
    membros por meio de comportamentos,
    comunicação, e simbolismo
Identidade da Organização
   Um dos elementos mais importantes na identidade
    corporativa é uma visão que abranja os principais
    valores, filosofias, padrões e objetivos da empresa.
    A visão corporativa é um eixo comum com o qual
    os funcionários e, idealmente, todos os outros
    públicos devem se relacionar
   De forma bem resumida, a identidade de uma
    organização ou de uma marca é aquilo que ela é.

    É a forma como a organização/marca se apresenta
    para seus públicos, é o que ela é
Imagem, Imagens das Organizações
   Imagem é como percebemos as coisas. A nossa
    imagem é como somos percebidos pelos outros. E
    como cada um tem a liberdade para perceber cada
    coisa do jeito que lhe aprouver, as alternativas
    imaginativas são infinitas.
Imagem, Imagens das Organizações
   a imagem é o reflexo da identidade de uma
    organização



    Assim compreender a identidade e a imagem é
    conhecer profundamente o que a organização
    realmente é e para onde ela está voltada
Imagem, Imagens das Organizações
   a imagem pode ser vista como elemento de
    diferenciação de mercado

   Gracioso (1995, p. 27), afirma: “Nossa imagem
    depende da maneira como somos percebidos pelo
    mercado e pelo ambiente onde operamos. Esta
    percepção, por sua vez, depende do conteúdo e da
    forma de nossa comunicação interna e externa”.
Imagens de uma Organização
   Trata-se de uma construção social com finalidades
    de interesse, projetada de impressões individuais ou
    grupais dos registros simbólicos (WOOD
    JUNIOR, 2001)

   a imagem é a projeção da identidade.
Imagem corporativa, projetada e percebida



  Corporativa: O retrato de uma organização como ela
   é percebida pelos seus públicos
   Projetada: Auto apresentação da organização



   Percebida: Atributos ou problemas percebidos
    pelos públicos e opinião pública
Mas qual a ideia de Opinião
Pública?
Opinião Pública existe?
Na história

   Mesmo sendo um mistério a origem de opinião
    pública gregos e romanos, já na literatura,
    assim como durante a idade media os filósofos
    tinham inteira consciência da importância da
    opinião das massas.



                         “ VOX POPULI, VOX
    DEI”
Primeira utilização do termo
   Rousseau utilizou dentro do contexto político-
    filosófico e a definiu como: “a vontade geral do
    povo, é o poder do povo contra a monarquia”

   Kant, que apesar de não elabora o conceito de
    ‘uso público da razão’
Primeira utilização do termo

   Kant e Marx atribuem um olhar negativo sobre
    a opinião pública como algo superficial, algo
    desprovido de princípios regimentais de uma
    sociedade, algo passageiro.

   Habermas também tinham esse olhar,
    principalmente quando dizia não existir opinião
    pública em uma sociedade midiática.
   Opinião, idéias do povo, senso comum



   Revisitamos a História Social do
    Conhecimento para entender um pouco desse
    principio
Mas em redes sociais, como
fica a ideia de opinião pública?
E os gerenciamentos de
imagem?
   Jenkins defende a teoria de que os fatos que retêm a
    atenção das pessoas e criam um ambiente diferente
    acionam o funcionamento da inteligência coletiva.
    Neste mundo os conteúdos operam de duas formas:
    atraem e agrupam pessoas com interesses comuns;
    e oferecem a elas algo para resolver, decifrar,
    debater
“As pessoas não acreditam
  mais em propagandas.
      Elas acreditam
   em outras pessoas”.
    (Marcelo Coutinho)
Domino’s Pizzas (EUA)
- Está há 40 anos no mercado e possui 8 mil lojas espalhadas em 56
países. Teve sua imagem prejudicada devido ao ato de dois
funcionários em uma de suas lojas na Carolina do Norte, em 2009
- Num vídeo, os dois realizavam diversos atos que violavam todas as
regras de saúde e higiene e informavam que em 5 minutos aquela pizza
seria enviada a um cliente. O vídeo parou no YouTube
- Em três dias teve 1 milhão de acessos
- Gerou cerca de 200 posts por hora no Twitter
- Os funcionários responsáveis pelas imagens enviaram um email, no
dia seguinte, à organização, se desculpando pelo ocorrido e
informando que era tudo brincadeira.
- A política do “sem comentários” adotada pela Domino`s Pizzas não
funcionou, então a companhia resolveu utilizar o YouTube veiculando
um vídeo com um pedido de desculpas do presidente
- Cerca de 7 meses depois do episódio, o vídeo do pedido de desculpas
possui uma média de 700 mil visualizações
http://www.facebook.com/RufflesOficial?sk=app_208195102528120
http://www.youtube.com/watch?v=jK_h6XiVVbE
No Facebook foi 'curtida' por mais de   2,7 milhões.
No Twitter, conversação atingiu pico de 327.452 tuítes por minuto.
A GENTE SE LIGA EM VOCÊ:
  PANORAMA REFLEXIVO
 SOBRE IDENTIDADES NA
    MÍDIA - FESTIVAL
   PROMESSAS DA REDE
         GLOBO
Objetivos do estudo
   construir um olhar sobre a discussão acerca
    dos dos elementos de identidade e o impacto
    da mídia neste ambiente.
   criar um panorama reflexivo sobre os elos de
    identificação entre uma organização e público.
   perceber a manifestação da audiência do
    segmento evangélico e construir um conjunto
    de hipóteses sobre os aspectos
    identificatorios desta iniciativa.
Organização enquanto cenário
   Rede Globo é a emissora de televisão aberta das
    Organizações Globo, holding de empresas de
    comunicação do jornalista Roberto Marinho.
   Em 2011, a emissora, através de sinal terrestre,
    fez a cobertura de 98,53% do território nacional
    e em parceria com as afiliadas, e com a
    distribuição por meio de antenas parabólicas,
    chega aos 100%.
   A Rede Globo, ocupa a terceira posição mundial
    das emissoras de televisão, ficando atrás das
    americanas ABC4 e CBS5.6
Mídia enquanto objeto

   Youtube:
   Alta adesão dos usuários brasileiros conforme
    Fusco (2008). Já em 2008 o autor alerta que
    pelo menos 11,5 milhões de brasileiros e 300
    milhões de pessoas no mundo acessam o
    youtube mensalmente.
Festival enquanto
acontecimento

    Festival Promessas:
   Festival de música gospel evangélica
    realizado dia 10 de dezembro de 2011 e
    exibido em um compacto de 70 minutos pela
    Rede Globo na tarde de domingo, dia 18 de
    dezembro de 2011.
Identidades midiatizadas
   A identidade = a distinção em analogia ao
    outro e a distinção em analogia à si mesmo, o
    que resulta em um experimento emocional
   Este reconhecimento torna-se o elemento
    decisivo para o estabelecimento de fronteiras
    de uma pessoa, e mais, para o
    estabelecimento da própria identidade
   A ideia de multiplicidade do sujeito, passa
    para o ambiente dos atores sociais,
    constituindo identidade coletivas
   Autores: Cortina(2005), Muszkat (1986) Goffman (2008), Maffesoli
Identidade das Organizações
   compreende as crenças partilhadas pelos
    indivíduos sobre o que na organização é: a)
    central; b) distintivo; c) duradouro
   perspectiva daquilo que é ou deseja
    transmitir,, é aquilo que visualmente causa
    percepções.
   a junção de características essenciais,
    particulares e duradouras, que surgem da, e
    acaba criando uma representação para a
    própria instituição e para os outros
   Autores: Ruão (2005), Argenti (2006), Machado (2003)
Rede Globo: A Gente se liga em
você
Década de 80:
No ar, mais um campeão de audiência; O que pinta de
  novo, pinta na tela da Globo
Década de 90:
Globo e Você, tudo a ver ; Globo vira e mexe, mexe com você
Década de 00:
A gente se vê por aqui; A gente se liga em você
Rede Globo: A Gente se liga em
você
Rede Globo: A Gente se liga em
você

Percebe-se em relação a identidade da emissora,
referências fortes aos elementos culturais e
multiplicidade dos mesmos, assim como fatores
identificatorios sociais conforme Castells (2001),
Martin-Barbeiro (1999).
YOUTUBE: análise categorial Fonseca Júnior
    (2005)



Me Ama- Diante do Trono – Festival promessas, postado pelo perfil
Alcibiades232

Videira – Fernanda Brum – Festival Promessas, postado por
Alcibiades232

Festival Promessas – Pregador Luo, postado pelo perfil jorgebastos
YOUTUBE: análise categorial Fonseca Júnior
(2005)
YOUTUBE: Comentarios Positivos
YOUTUBE: Comentarios Negativos
Panorama Reflexivo
   1 -) Enquanto autores trabalham com a ideia de
    aproximação e multiplicidade de identidades a fim de
    se criar elementos de representação entre grupos e
    atores sociais, por outro lado, existe um espaço de
    massificação e normatização, principalmente no
    universo de midiatização, que faz com que as
    identidades possam ser vistas como algo globais,
    sem especificações, sem particularidades.

       Primeiro pelos produtos da organização serem
        midiatizados, o que sugere um estudo especifico sobre
        identidade de instituições da mídia
       Segundo pelo próprio posicionamento da emissora, criar
        um universo multicultural pode levar a superficialidades e
        questionamentos.
Panorama Reflexivo
   2.) Assim como as manifestações individuais, as
    institucionais passam pelo mesmo processo de significação.
    Mais do que absorver alguma característica ou
    comportamento, ideia ou posicionamento, são fatores
    externos, quase que de uma performance de identidades
    No caso especifico, o segmento gospel começou a ser
    explorado. matérias em jornais da emissora, serviços de
    trânsito, produtos de cunho religioso entraram na
    programação comercial, assim como cantores consagrados
    do ambiente evangélico começaram a ser convidados a
    participar de programas de entretenimento fixos na grade da
    emissora.

   Ou seja, todo o ambiente foi criado para que o público visse
    como a abertura ao segmento foi positiva e benéfica para as
    crenças individuais e grupais dos mais diversos segmentos
    religiosos.
Panorama Reflexivo
   3.) A temporalidade começa a ganhar espaço dentro da
    percepção da identidade individual, coletiva ou
    organizacional. Assim, sugere-se que a percepção da
    identidade a partir do tempo sintoniza-se com a reputação de
    determinada pessoa, grupo ou empresa.

   Entre as críticas feitas nas matérias, e os comentários
    expostos, ficou evidente a desconfiança estratégica e
    mercadológica da iniciativa da Rede Globo. A principal
    concorrente da emissora é a Rede Record, de propriedade a
    Igreja Universal do Reino de Deus, um dos mais fortes
    segmentos religiosos do chamado neopentecostalismo.

   Uma hipótese que se levanta diz respeito a melhor
    exploração do próprio segmento em produtos de
    teledramaturgia e entretenimento.
Panorama Reflexivo
   4-) Espaços midiatizados com possibilidades de
    compartilhamento de informações entre o público ganham
    um valor de mensuração e estratégico muito fortes. Em
    primeiro lugar, organizações e indivíduos, a partir de suas
    movimentações de identidade, conseguem medir resultados
    dessa identificação dos grupos,

   Assim, espaços de discussão e de participação do público,
    inclusive na própria construção de produtos passam a ser um
    elemento estratégico para a emissora

   Com o monitoramento estratégico desses espaços, novas
    frentes de atuação e mais, elos de identidades mais fieis ao
    universo cristão passam a fazer parte da identidade da
    emissora, colaborando para a construção de laços fortes e
    duradouros com o segmento.

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Especialização - Unisinos - 2012

  • 1. OPINIÕES PÚBLICAS, ACONTECIMENTO E REDES SOCIAIS PROF. AUGUSTO RODRIGUES PARADA
  • 2. BREVE PANORAMA SOBRE CULTURA  Cultura é um conceito polissêmico e versátil, adotado por várias áreas das ciências  SANTOS (1989) “Cultura é uma preocupação contemporânea, bem viva nos tempos atuais. É uma preocupação em entender os muitos caminhos que conduziram os grupos humanos às suas relações presentes e suas perspectivas de futuro” (p.7)  O campo das ciências sociais entende as manifestações populares diversas como representações simbólicas da cultura e discute, acima de tudo, o papel do Estado como difusor destas múltiplas manifestações culturais (CANEDO, 2008).
  • 3. BREVE PANORAMA SOBRE CULTURA  Outra percepção sobre a cultura emerge dos estudos da pós- modernidade que a entende a partir do enfraquecimento do poder regulador das instituições. Assim, o indivíduo se mostra cada vez mais aberto e cambiante, fluído e socialmente independente. (Lipovetsky, 2004 p. 83)
  • 4. CULTURA NAS ORGANIZAÇÕES  Trabalhar o conceito de cultura sob o viés do conhecimento e da comunicação, abrem o panorama da chamada cultura organizacional  Cultura são representações e expressões simbólicas por meio das quais o homem se comunica (Geertz, 2001)
  • 5. CULTURA NAS ORGANIZAÇÕES  os estudos sobre cultura organizacional tendem a enxergá-la de duas formas: a) como uma metáfora, ou seja, considerada a cultura algo que a organização é; b) como uma variável, considerando a cultura como algo que a organização tem. (SMIRCITH, 1985 p.12)  Para compreender a organização como uma cultura é preciso perceber a função dos sujeitos no desenvolvimento do que é real na organização e também de explanações divididas para seus conhecimentos.
  • 6. CULTURA NAS ORGANIZAÇÕES  Morgan (2010) compara o fenômeno cultura organizacional com a cultura dos indivíduos que possuem diversas individualidades e ao mesmo tempo partilham das mesmas coisas. Este é um acontecimento comum entre indivíduos, grupos e organizações. Para a autora: “Tais padrões de crenças ou significados compartilhados, fragmentados ou integrados, apoiados em várias normas operacionais e rituais, podem exercer influência decisiva na habilidade total da organização em lidar com os desafios que enfrenta” (MORGAN 2010, p. 125).
  • 7. Componentes Aspectos Formais Abertos visíveis e •Estrutura Organizacional publicamente observáveis, •Títulos e descrições de cargos orientados para aspectos •Objetivos e Estratégias operacionais e de tarefas •Tecnologias e práticas operacionais •Políticas e diretrizes de pessoal •Métodos e procedimentos •Medidas de produtividade física e financeira Aspectos Informais e Ocultos •Padrões de Influenciação e de poder Componentes •Percepções e atitudes das pessoas invisíveis e cobertos, •Sentimentos e normas de grupos afetivos e emocionais, •Crenças valores e expectativas orientados para aspectos •Padrões de interações informais sociais e psicológicos •Normas grupais •Relações afetivas
  • 8. Cibercultura: como prática e como área  A cibercultura é um termo já consagrado no meio acadêmico como uma forma de representação de um sociedade remetida ao elementos cibernéticos.  Geralmente, ele se refere (como indica o prefixo) a questões culturais relacionadas a “ciber- tópicos”, ou seja, a cibernética, a computadorização, a revolução digital, a ciborguização do corpo humano, etc, e sempre envolve pelo menos uma conexão implícita com uma antecipação do futuro (...). (MACEK, 2005)
  • 9. Cibercultura: como prática e como área  A cibercultura é um termo já consagrado no meio acadêmico como uma forma de representação de um sociedade remetida ao elementos cibernéticos.  Geralmente, ele se refere (como indica o prefixo) a questões culturais relacionadas a “ciber- tópicos”, ou seja, a cibernética, a computadorização, a revolução digital, a ciborguização do corpo humano, etc, e sempre envolve pelo menos uma conexão implícita com uma antecipação do futuro(MACEK, 2005)
  • 10. Cibercultura: como prática e como área  da cibercultura evoca o tema contemporâneo do esfumaçamento das fronteiras entre experiência e teoria. (FELINTO, 2007)  a cibercultura, composta por tecnologias e processos sociais, é a responsável por ditar o ritmo das “transformações sociais, culturais e políticas (LEMOS e LEVY, 2009)
  • 11. Cibercultura: como prática e como área A cibercultura calca-se em um projeto antropológico: está relacionada às práticas culturais e estilos de vida ligadas às tecnologias de informação e comunicação (MACEK, 2005). A Cibercultura é uma dimensão social do compartilhamento tecnológico, fazendo da Internet um meio de interação seletiva e de integração simbólica (CASTELLS, 2003)
  • 12. Da Cultura Organizacional à Cibercultura: existe um caminho?  Emergem três pressupostos reflexivos para uma abordagem nesta linha: 1. Rituais Cotidianos As organizações, a fim de potencializar aspectos produtivos e gerenciar processos também, com base em rituais cotidianos, levam a criação de normas de conduta. A cibercultura, enquanto forma sociocultural que dissemina praticas e ritos de produção e distribuição de informação, assim como novas formas de sociabilidade. As questões políticas e normativas da transição da era industrial para a era da informação
  • 13. Da Cultura Organizacional à Cibercultura: existe um caminho? 2. Narrativas e simbolismos A cultura organizacional forma-se das heranças simbólicas por meio das quais os homens se comunicam Na cibercultura, as narrativas criaram e incorporaram a identidade cultural da tecnologia, articulando seus atributos e expectativas relacionadas a própria tecnologia.
  • 14. Da Cultura Organizacional à Cibercultura: existe um caminho? 2. Compartilhamento As peculiaridades de uma cultura organizacional passa pela observação das maneiras como os sujeitos se relacionam, como se comunicam, quais os assuntos de interesse, e quais os diferentes simbolismos que, individualmente, compartilham com a organização A passagem para a comunicação de todos para todos potencializada pela Internet prova que a principal característica da cibercultura é a interatividade e a descentralização de informação, ampliando o papel social comunicativo e fomentando agregações sociais.
  • 15. Mas quando falamos em cultura nas organizações/ ou cultura das marcas, emergem vértices de uma lógica Identidade Cultura nas Organizações/ Cultura das Marcas Reputação Imagem
  • 16. Identidades  A experimentação do reconhecimento com o outro, traz a primeira perspectiva de socialização na construção da identidade
  • 17. Identidades  Hall (2005) aponta como construtores do entendimento de formação da identidade, divididos em sujeito do iluminismo, sujeito sociológico e sujeito pós-moderno.
  • 18. Identidades  Sujeito do iluminismo:  A identidade é a sua essência, aquilo que nascia no seu interior desde seu surgimento e que se desenvolvia, mas permanecendo o mesmo, tornando-se um sujeito centrado, unificado que tinha plena razão, consciência e atuação.
  • 19. Identidades  Sujeito sociológico :  A identidade influenciada pelo mundo moderno o que acarretou na conclusão de que o centro essencial do eu não era auto-suficiente  A identidade era desenvolvida na analogia com outros indivíduos, formada na influência mútua entre o eu e a coletividade.
  • 20. Identidades  Sujeito pós-moderno:  deixa de ter uma identidade permanente e passa a ter uma identidade instável, onde será modificada sucessivamente nas formas pelas quais o indivíduo é representado nos preceitos culturais da sociedade. “Dentro de nós há identidades contraditórias (HALL, 2005, p. 13).
  • 21. Identidade  A ideia de multiplicidade do sujeito, passa para o ambiente dos atores sociais, constituindo uma identidade coletivas.
  • 22. Identidade Organizacional / Marca  A identidade de uma empresa é a manifestação visual de sua realidade, conforme transmitida através do nome, logomarca, lema, produtos, serviços, instalações, folheteria, uniformes e todas as outras peças que possam ser exibidas, criadas pela organização e comunicadas a uma grande variedade de públicos.
  • 23. Identidade da Organização  A representação da organização é expressa por seus membros por meio de comportamentos, comunicação, e simbolismo
  • 24. Identidade da Organização  Um dos elementos mais importantes na identidade corporativa é uma visão que abranja os principais valores, filosofias, padrões e objetivos da empresa. A visão corporativa é um eixo comum com o qual os funcionários e, idealmente, todos os outros públicos devem se relacionar
  • 25. De forma bem resumida, a identidade de uma organização ou de uma marca é aquilo que ela é.  É a forma como a organização/marca se apresenta para seus públicos, é o que ela é
  • 26. Imagem, Imagens das Organizações  Imagem é como percebemos as coisas. A nossa imagem é como somos percebidos pelos outros. E como cada um tem a liberdade para perceber cada coisa do jeito que lhe aprouver, as alternativas imaginativas são infinitas.
  • 27. Imagem, Imagens das Organizações  a imagem é o reflexo da identidade de uma organização  Assim compreender a identidade e a imagem é conhecer profundamente o que a organização realmente é e para onde ela está voltada
  • 28. Imagem, Imagens das Organizações  a imagem pode ser vista como elemento de diferenciação de mercado  Gracioso (1995, p. 27), afirma: “Nossa imagem depende da maneira como somos percebidos pelo mercado e pelo ambiente onde operamos. Esta percepção, por sua vez, depende do conteúdo e da forma de nossa comunicação interna e externa”.
  • 29. Imagens de uma Organização  Trata-se de uma construção social com finalidades de interesse, projetada de impressões individuais ou grupais dos registros simbólicos (WOOD JUNIOR, 2001)  a imagem é a projeção da identidade.
  • 30. Imagem corporativa, projetada e percebida Corporativa: O retrato de uma organização como ela é percebida pelos seus públicos
  • 31. Projetada: Auto apresentação da organização  Percebida: Atributos ou problemas percebidos pelos públicos e opinião pública
  • 32. Mas qual a ideia de Opinião Pública?
  • 34. Na história  Mesmo sendo um mistério a origem de opinião pública gregos e romanos, já na literatura, assim como durante a idade media os filósofos tinham inteira consciência da importância da opinião das massas. “ VOX POPULI, VOX DEI”
  • 35. Primeira utilização do termo  Rousseau utilizou dentro do contexto político- filosófico e a definiu como: “a vontade geral do povo, é o poder do povo contra a monarquia”  Kant, que apesar de não elabora o conceito de ‘uso público da razão’
  • 36. Primeira utilização do termo  Kant e Marx atribuem um olhar negativo sobre a opinião pública como algo superficial, algo desprovido de princípios regimentais de uma sociedade, algo passageiro.  Habermas também tinham esse olhar, principalmente quando dizia não existir opinião pública em uma sociedade midiática.
  • 37. Opinião, idéias do povo, senso comum  Revisitamos a História Social do Conhecimento para entender um pouco desse principio
  • 38. Mas em redes sociais, como fica a ideia de opinião pública? E os gerenciamentos de imagem?
  • 39. Jenkins defende a teoria de que os fatos que retêm a atenção das pessoas e criam um ambiente diferente acionam o funcionamento da inteligência coletiva. Neste mundo os conteúdos operam de duas formas: atraem e agrupam pessoas com interesses comuns; e oferecem a elas algo para resolver, decifrar, debater
  • 40. “As pessoas não acreditam mais em propagandas. Elas acreditam em outras pessoas”. (Marcelo Coutinho)
  • 42. - Está há 40 anos no mercado e possui 8 mil lojas espalhadas em 56 países. Teve sua imagem prejudicada devido ao ato de dois funcionários em uma de suas lojas na Carolina do Norte, em 2009 - Num vídeo, os dois realizavam diversos atos que violavam todas as regras de saúde e higiene e informavam que em 5 minutos aquela pizza seria enviada a um cliente. O vídeo parou no YouTube - Em três dias teve 1 milhão de acessos - Gerou cerca de 200 posts por hora no Twitter - Os funcionários responsáveis pelas imagens enviaram um email, no dia seguinte, à organização, se desculpando pelo ocorrido e informando que era tudo brincadeira. - A política do “sem comentários” adotada pela Domino`s Pizzas não funcionou, então a companhia resolveu utilizar o YouTube veiculando um vídeo com um pedido de desculpas do presidente - Cerca de 7 meses depois do episódio, o vídeo do pedido de desculpas possui uma média de 700 mil visualizações
  • 43.
  • 44.
  • 47. No Facebook foi 'curtida' por mais de 2,7 milhões. No Twitter, conversação atingiu pico de 327.452 tuítes por minuto.
  • 48.
  • 49. A GENTE SE LIGA EM VOCÊ: PANORAMA REFLEXIVO SOBRE IDENTIDADES NA MÍDIA - FESTIVAL PROMESSAS DA REDE GLOBO
  • 50. Objetivos do estudo  construir um olhar sobre a discussão acerca dos dos elementos de identidade e o impacto da mídia neste ambiente.  criar um panorama reflexivo sobre os elos de identificação entre uma organização e público.  perceber a manifestação da audiência do segmento evangélico e construir um conjunto de hipóteses sobre os aspectos identificatorios desta iniciativa.
  • 51. Organização enquanto cenário  Rede Globo é a emissora de televisão aberta das Organizações Globo, holding de empresas de comunicação do jornalista Roberto Marinho.  Em 2011, a emissora, através de sinal terrestre, fez a cobertura de 98,53% do território nacional e em parceria com as afiliadas, e com a distribuição por meio de antenas parabólicas, chega aos 100%.  A Rede Globo, ocupa a terceira posição mundial das emissoras de televisão, ficando atrás das americanas ABC4 e CBS5.6
  • 52. Mídia enquanto objeto  Youtube:  Alta adesão dos usuários brasileiros conforme Fusco (2008). Já em 2008 o autor alerta que pelo menos 11,5 milhões de brasileiros e 300 milhões de pessoas no mundo acessam o youtube mensalmente.
  • 53. Festival enquanto acontecimento  Festival Promessas:  Festival de música gospel evangélica realizado dia 10 de dezembro de 2011 e exibido em um compacto de 70 minutos pela Rede Globo na tarde de domingo, dia 18 de dezembro de 2011.
  • 54. Identidades midiatizadas  A identidade = a distinção em analogia ao outro e a distinção em analogia à si mesmo, o que resulta em um experimento emocional  Este reconhecimento torna-se o elemento decisivo para o estabelecimento de fronteiras de uma pessoa, e mais, para o estabelecimento da própria identidade  A ideia de multiplicidade do sujeito, passa para o ambiente dos atores sociais, constituindo identidade coletivas  Autores: Cortina(2005), Muszkat (1986) Goffman (2008), Maffesoli
  • 55. Identidade das Organizações  compreende as crenças partilhadas pelos indivíduos sobre o que na organização é: a) central; b) distintivo; c) duradouro  perspectiva daquilo que é ou deseja transmitir,, é aquilo que visualmente causa percepções.  a junção de características essenciais, particulares e duradouras, que surgem da, e acaba criando uma representação para a própria instituição e para os outros  Autores: Ruão (2005), Argenti (2006), Machado (2003)
  • 56. Rede Globo: A Gente se liga em você Década de 80: No ar, mais um campeão de audiência; O que pinta de novo, pinta na tela da Globo Década de 90: Globo e Você, tudo a ver ; Globo vira e mexe, mexe com você Década de 00: A gente se vê por aqui; A gente se liga em você
  • 57. Rede Globo: A Gente se liga em você
  • 58. Rede Globo: A Gente se liga em você Percebe-se em relação a identidade da emissora, referências fortes aos elementos culturais e multiplicidade dos mesmos, assim como fatores identificatorios sociais conforme Castells (2001), Martin-Barbeiro (1999).
  • 59. YOUTUBE: análise categorial Fonseca Júnior (2005) Me Ama- Diante do Trono – Festival promessas, postado pelo perfil Alcibiades232 Videira – Fernanda Brum – Festival Promessas, postado por Alcibiades232 Festival Promessas – Pregador Luo, postado pelo perfil jorgebastos
  • 60. YOUTUBE: análise categorial Fonseca Júnior (2005)
  • 63. Panorama Reflexivo  1 -) Enquanto autores trabalham com a ideia de aproximação e multiplicidade de identidades a fim de se criar elementos de representação entre grupos e atores sociais, por outro lado, existe um espaço de massificação e normatização, principalmente no universo de midiatização, que faz com que as identidades possam ser vistas como algo globais, sem especificações, sem particularidades.  Primeiro pelos produtos da organização serem midiatizados, o que sugere um estudo especifico sobre identidade de instituições da mídia  Segundo pelo próprio posicionamento da emissora, criar um universo multicultural pode levar a superficialidades e questionamentos.
  • 64. Panorama Reflexivo  2.) Assim como as manifestações individuais, as institucionais passam pelo mesmo processo de significação. Mais do que absorver alguma característica ou comportamento, ideia ou posicionamento, são fatores externos, quase que de uma performance de identidades No caso especifico, o segmento gospel começou a ser explorado. matérias em jornais da emissora, serviços de trânsito, produtos de cunho religioso entraram na programação comercial, assim como cantores consagrados do ambiente evangélico começaram a ser convidados a participar de programas de entretenimento fixos na grade da emissora.  Ou seja, todo o ambiente foi criado para que o público visse como a abertura ao segmento foi positiva e benéfica para as crenças individuais e grupais dos mais diversos segmentos religiosos.
  • 65. Panorama Reflexivo  3.) A temporalidade começa a ganhar espaço dentro da percepção da identidade individual, coletiva ou organizacional. Assim, sugere-se que a percepção da identidade a partir do tempo sintoniza-se com a reputação de determinada pessoa, grupo ou empresa.  Entre as críticas feitas nas matérias, e os comentários expostos, ficou evidente a desconfiança estratégica e mercadológica da iniciativa da Rede Globo. A principal concorrente da emissora é a Rede Record, de propriedade a Igreja Universal do Reino de Deus, um dos mais fortes segmentos religiosos do chamado neopentecostalismo.  Uma hipótese que se levanta diz respeito a melhor exploração do próprio segmento em produtos de teledramaturgia e entretenimento.
  • 66. Panorama Reflexivo  4-) Espaços midiatizados com possibilidades de compartilhamento de informações entre o público ganham um valor de mensuração e estratégico muito fortes. Em primeiro lugar, organizações e indivíduos, a partir de suas movimentações de identidade, conseguem medir resultados dessa identificação dos grupos,  Assim, espaços de discussão e de participação do público, inclusive na própria construção de produtos passam a ser um elemento estratégico para a emissora  Com o monitoramento estratégico desses espaços, novas frentes de atuação e mais, elos de identidades mais fieis ao universo cristão passam a fazer parte da identidade da emissora, colaborando para a construção de laços fortes e duradouros com o segmento.