Este documento fornece informações sobre um DVD educativo sobre fotografia produzido pelo Instituto Arte na Escola. O DVD contém quatro blocos explorando a história da fotografia brasileira, sua função de memória, linguagem e presença no cotidiano, com depoimentos de fotógrafos e especialistas. O documento também fornece detalhes técnicos sobre o DVD.
Fotografia o exercício do olhar - Instituto Arte na Escola; Ana Maria Schultze
1.
2. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)
INSTITUTO ARTE NA ESCOLA
Fotografia: o exercício do olhar / Instituto Arte na Escola ; autoria de Ana
Maria Schultze ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. –
São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2005.
(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 9)
Foco: LA-9/2005 Linguagens Artísticas
Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia
ISBN 85-98009-10-5
1. Artes - Estudo e ensino 2. Artes - Técnicas 3. Fotografia - Brasil - His-tória
I. Schultze, Ana Maria II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa
IV. Título V. Série
Créditos
MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA
Organização: Instituto Arte na Escola
Coordenação: Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação
MAPA RIZOMÁTICO
Copyright: Instituto Arte na Escola
Concepção: Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Concepção gráfica: Bia Fioretti
FOTOGRAFIA: o exercício do olhar
CDD-700.7
Copyright: Instituto Arte na Escola
Autor deste material: Ana Maria Schultze
Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa
Diagramação e arte final: Jorge Monge
Autorização de imagens: Ludmila Picosque Baltazar
Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express
Tiragem: 200 exemplares
3. DVD
FOTOGRAFIA: o exercício do olhar
Ficha técnica
Gênero: Documentário com depoimentos de diferentes profis-sionais
que trabalham com a linguagem fotográfica.
Palavras-chave: Fotografia; história da fotografia; arte; ciên-cia
e tecnologia; luz; poética pessoal.
Foco: Linguagens Artísticas.
Tema: A fotografia brasileira, ao longo de sua história, desde
seus primeiros realizadores até as produções contemporâne-as,
incluindo as imagens digitais.
Artistas abordados: Gioconda Rizzo, D. Pedro II, Chico
Albuquerque, Walter Firmo, Thomaz Farkas, Orson Welles,
entre outros.
Indicação: 5ª a 8a série do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Direção: Tânia Celidônio.
Realização/Produção: Rede SescSenac de Televisão, São Paulo.
Ano de produção: 1997.
Duração: 55’.
Coleção/Série: Documentário.
Sinopse
O documentário oferece, em quatro blocos, um panorama da
fotografia brasileira, com comentários de diferentes realizado-res.
No primeiro bloco, acompanhamos a história da fotografia
brasileira, as técnicas e suportes utilizados desde o seu
surgimento. O aspecto de memória da fotografia está no se-gundo
bloco, sobretudo as técnicas de conservação e restau-ro,
com comentários de críticos de arte/fotografia, fotógrafos
e instituições que apontam a educação do olhar pela imagem
fotográfica. Podemos conhecer, no terceiro bloco, a fotografia
como linguagem, a crítica de arte e o papel das instituições
4. 2
culturais. O último bloco traz a produção fotográfica brasileira
em fotojornalismo e publicidade, fotografia de casamentos, de
esportes, mostrando sua inserção no nosso cotidiano.
Trama inventiva
Falar sem palavras. Falar a si mesmo, ao outro. Arte, lingua-gem
não-verbal de força estranha que ousa, se aventura a to-car
assuntos que podem ser muitos, vários, infinitos, do mundo
das coisas e das gentes. São invenções do persistente ato cri-ador
que elabora e experimenta códigos imantados na articula-ção
de significados. Sua riqueza: ultrapassar limites processu-ais,
técnicos, formais, temáticos, poéticos. Sua ressonância:
provocar, incomodar, abrir fissuras na percepção, arranhar a
sensibilidade. A obra, o artista, a época geram linguagens ou
cruzamentos e hibridismo entre elas. Na cartografia, este
documentário é impulsionado para o território das Linguagens
Artísticas com o intuito de desvendar como elas se produzem.
O passeio da câmera
Imagens se oferecem ao olhar menos apressado. Imagens sur-gem
e desaparecem rapidamente, dialogando com depoimen-tos
e conceitos. O documentário focaliza no bloco 1: o início da
fotografia brasileira; no bloco 2: a memória, o restauro e a edu-cação
do olhar; no bloco 3: a fotografia como linguagem; no bloco
4: a fotografia no cotidiano brasileiro.
Os depoimentos de fotógrafos, críticos de arte, educadores e
coordenadores de instituições culturais apresentam a fotogra-fia
brasileira ao longo de sua história: desde sua introdução no
país pelo Abade Compte, dos retratos de paisagem ou de pes-soas
nos primórdios da fotografia, às composições contempo-râneas
criadas através de computação gráfica.
São discutidos conceitos sobre a fotografia como arte, como
linguagem expressiva e como um recorte intencional e sensí-vel,
extrapolando a idéia sobre o fazer do fotógrafo como um
mero disparador de botão.
5. material educativo para o professor-propositor
FOTOGRAFIA – EXERCÍCIO DO OLHAR
3
O percurso da fotografia brasileira é mostrado de maneira line-ar.
O documentário permite “clicar” em vários campos:
Materialidade, abordando a poética da fotografia, suas técni-cas
e tecnologia; Forma-Conteúdo, ressaltando a luz e as rela-ções
com a realidade; Saberes Estéticos e Culturais, localizan-do
a história da fotografia e os sistemas simbólicos criados pelo
ser humano; Patrimônio Cultural, dando ênfase à preservação
e memória; Mediação Cultural e Curadoria, transitando pelos
colecionadores, críticos de arte, instituições culturais; Cone-xões
Transdisciplinares, fazendo link com arte, tecnologia e ci-ência
física, química e ótica, além de Processo de Criação, ar-ticulando
a poética pessoal, o espaço do laboratório, o olhar
sobre a realidade, para ir além dela. Neste material, clicamos a
fotografia como uma das Linguagens Artísticas, consideran-do
a especificidade de seus meios e o potencial expressivo do
fotógrafo, revelador do seu olhar sobre o mundo.
Sobre a fotografia
Quem observar os movimentos de um fotógrafo munido de aparelho
(ou de um aparelho munido de fotógrafo) estará observando movi-mento
de caça. O antiqüíssimo gesto do caçador paleolítico que
persegue a caça na tundra. Com a diferença de que fotógrafo não
se movimenta em pradaria aberta, mas na floresta densa da cultura.
Vílem Flusser
Talvez, nós, tão habituados a ver a foto fixada em álbum, emol-durada
e exposta em mesa, pregada na parede ou em outdoor,
publicada em jornal, revista, livro ou em exposição, em museu,
não mais percebamos os impactos sociais, culturais e, sobre-tudo,
artísticos provocados pela invenção da fotografia.
Há uma longa e vagarosa história da incessante aventura huma-na
de encontrar meios de produção de imagem. Segundo um
estudo recente de David Hockney, a óptica, com seus espelhos
e lentes, foi utilizada desde o século 15 pelos artistas. Alguns,
“usavam essas imagens projetadas diretamente para produzir
desenhos e pinturas, e cedo esse novo modo de retratar o mun-do
– esse novo modo de ver – disseminou-se.” 1 .
6. 4
Assim, a câmera escura, descrita por Leonardo da Vinci2 , em
seus cadernos, é um quarto escurecido onde a imagem real de
um objeto é recebida por pequena abertura e projetada para
uma superfície plana. O fenômeno parte do princípio de que a
luz é uma forma de energia eletromagnética que se propaga
em linha reta a partir de uma fonte luminosa. Os raios lumino-sos,
incidentes sobre um objeto, são refletidos em todas as
direções. O orifício da câmera escura3 , quando na frente do
objeto, deixa passar alguns desses raios que se projetarão na
parede branca. Como cada ponto iluminado do objeto reflete
os raios de luz, há uma projeção da imagem, só que de forma
invertida e de cabeça para baixo. A câmera escura, um instru-mento
de captação e pré-figuração de imagens, está na base
do funcionamento físico das câmeras para fotografia, cinema e
vídeo. Mas, como fixar essas imagens?
Entra em cena a química. Em 1727, o alemão Johann Heirich
Schulze descobre, por acaso, que um vidro contendo ácido
nítrico, prata e gesso, se escurece quando exposto à luz vinda
da janela. Porém, a imagem ainda não se fixa.
As pesquisas de Joseph Niépce4 , iniciadas em 1793, buscam
obter imagens gravadas quimicamente. Em 1826, expõe uma
placa preparada, durante aproximadamente 8 horas, na câmera
escura, fazendo uma fotografia do quintal de sua casa. Essa
imagem, apesar de não conter meios tons, é considerada “a
primeira fotografia permanente do mundo” e tal técnica é bati-zada
de Heliografia - gravura com a luz solar - por seu inventor.
Niépce morre em 1833. Deixa sua obra nas mãos do seu sócio,
o pintor Louis Jacques Mande Daguerre, que aperfeiçoa o pro-cesso
de revelação e fixação da imagem, ao qual dá o nome de
daguerreotipia5 . Em 1839, divulga seu processo e a França
adquire a patente da fotografia, tornando-a pública.
Curiosamente, o Brasil é o primeiro país da América Latina
a conhecer a fotografia. Em janeiro de 1840, o Imperador
Pedro II, com quinze anos incompletos, conhece o daguer-reótipo
pelas mãos do abade Louis Compte, que chega ao
Brasil no navio-escola L’Orientale. Fascinado pelo invento,
7. material educativo para o professor-propositor
FOTOGRAFIA – EXERCÍCIO DO OLHAR
5
D. Pedro II logo o adquire, passando a fotografar e a coleci-onar
imagens fotográficas.
O daguerreótipo rapidamente se espalha pelo mundo. Mas, a
imagem ainda é única, frágil e difícil de ser vista, o que motiva
novas pesquisas na busca de um suporte mais versátil, como o
papel. Vários são os pesquisadores que contribuem para os
novos formatos e processos da fotografia: Talbot, Niépce da
Saint-Victor, Ascher, Maddox, até a criação final dos filmes em
celulóide flexível pela Kodak, no final do século 19.
Da invenção da impressão luminosa, regida pelas leis da física
e da química, ao advento da câmera fotográfica e o negativo
como fonte de infinitas cópias, a linguagem da fotografia se
sofistica cada vez mais. Nos dias atuais, mesmo que a câmera
fotográfica pareça ter ficado para trás como uma espécie de
máquina primitiva diante do surgimento e popularização dos
sistemas digitais de captação e processamento da imagem, o
insaciável olho humano que fotografa continua em movimento
de caça, na densa floresta da cultura. Clic!
Os olhos da arte
O conceito que perseguiu a fotografia nesses últimos 160 anos - que
a fotografia é a realidade - não existe mais. A fotografia nunca foi o
real. A fotografia nunca será o real.(...) Ela nunca foi a realidade, ela
sempre foi uma visão bastante parcial daquilo que a gente entende
por realidade.
Rubens Fernandes Junior
Uma máquina-caixinha. Alguém de espírito irrequieto, criador
e provocador. O olho e o olhar desse alguém: o fotógrafo. Um
disparo. Do processo químico, o ato revelado: a imagem foto-gráfica.
Seria essa imagem uma cópia da realidade como se a
câmera fosse uma máquina copiadora?
A fotografia é um registro perfeito daquilo que chamamos rea-lidade?
Flusser6 comenta o ledo engano: “quem sabe escrever,
sabe ler; logo, quem sabe fotografar sabe decifrar fotografias.
Engano”. E continua: “o fotógrafo amador crê ser o fotografar
gesto automático graças ao qual o mundo vai aparecendo. Im-
8. 6
Pierre Verger
Carnaval, Embaixada Mexicana, Bahia, 1946-52
põe-se a conclusão paradoxal: quanto mais houver gente foto-grafando,
tanto mais difícil se tornará o deciframento de foto-grafias,
já que todos acreditam saber fazê-las”. Essa mesma
preocupação, no documentário, aparece no depoimento do fo-tógrafo
Luis Humberto:
A fotografia tem um dado complicado: o fato dela lidar com o real. E,
como nós vivemos dentro de um tipo de realidade, e ela é um fragmen-to
dessa realidade, todo mundo acha que pode dar palpite, quando na
verdade ela é um trabalho intencionalmente produzido a partir de um
tipo de sensibilidade formada, ou seja, a fotografia não é algo que você
aponta e tira. Quando eu aponto e faço uma foto sua eu estou fazendo
com uma determinada intenção dentro de um determinado tempo.
Entre a câmera e o olho, toda criação fotográfica carrega em si
um processo que envolve uma série de escolhas que vão desde
os equipamentos e materiais, até os enquadramentos e instan-tes
definidos pela intencionalidade e finalidade da visão do
fotógrafo. Portanto, “a fotografia tem uma realidade própria,
que não corresponde necessariamente à realidade que envol-
9. material educativo para o professor-propositor
FOTOGRAFIA – EXERCÍCIO DO OLHAR
7
veu o assunto, objeto de registro, no contexto da vida passada.
Trata-se da realidade do documento, da representação: uma
segunda realidade, construída, codificada”7 .
De fato, à sua maneira para revelar algo da realidade visual, a
fotografia foi construindo um novo código visual. Pela fixação de
instantes de pessoas, coisas ou situações, mediante o close e a
distância, em preto-e-branco ou colorida, a visão fotográfica
rompe com o sistema de representação de imagens do século 19
e instaura uma nova forma de visualidade, ampliando enorme-mente
nosso modo de ver o que é visível.
Se a fotografia faz concorrência com a arte do século 19, tam-bém
instiga os artistas tanto a abandonar o cavalete para colher
flagrantes na rua e da vida cotidiana, como a compor ousando no
enquadramento e no sangramento das figuras nos desenhos e
pinturas. Libera também a arte de seu caráter documental.
No começo do século 20, a fotografia alinha-se aos movimen-tos
artísticos, redefinindo suas bases estéticas. Diversos ar-tistas
do movimento de vanguarda utilizam a fotografia como
linguagem para fins poéticos, explorando o processo de mani-pulação
da técnica como matéria- prima para a criação. Artis-tas-
fotógrafos, como Maholy-Nagy com seus fotogramas ou
Man Ray com as colagens e fotomontagens, experimentam in-tervenções
no processo e na cópia: rasgando, triturando e
mesmo destruindo a imagem.
A construção da linguagem fotográfica origina, sob uma roupa-gem
diferente, a adoção dos recursos da fotografia por diver-sos
movimentos da arte moderna e contemporânea e a exposi-ção
de fotos como obras de arte, em museus e galerias.
O fotógrafo, com sua linguagem, está aí para oferecer interpreta-ções
visuais do mundo e da vida: seja na intenção de saborear a
sensação mágica de explorar a luz/contraluz, de ressaltar o po-tencial
abstrato de um tema, geometrizar as coisas fazendo emer-gir
delas planos e jogos de linhas, revelar árvores, pedra e mares
em preto, branco e cinza, ampliar no laboratório uma foto até sen-tir
o grão, a textura do suporte ou capturar a essência de um acon-
10. 8
tecimento de forma, ou no propósito de comunicar o fato sem a
necessidade de mediação pela legenda, como na foto jornalística.
Na criação fotográfica, como disse Carlos Drummond de Andrade,
“é inevitável que de cada procedimento técnico, exercido com amor
e rigor, se desprenda uma poesia específica. Mais ainda no caso
da fotografia, cujo vocabulário já participa da magia poética - a
gelatina, a imagem latente, o pancromático - e cujas operações se
assimilam naturalmente às da criação poética - a sensibilização
pela luz, o banho revelador, o mistério da claridade implícita no
opaco, da sombra representada pelo translúcido - ó Mallarmé!”.
O passeio dos olhos do professor
Convidamos você a ser um leitor do documentário, antes do
planejamento de sua utilização. Neste momento, é interessan-te
registrar suas impressões, durante a exibição, iniciando um
diário de bordo, como um instrumento para o seu pensar peda-gógico,
durante todo o processo de trabalho junto aos alunos.
A seguir, uma pauta do olhar que poderá ajudá-lo.
O que o documentário desperta em você?
O que o documentário mostra sobre a composição fotográ-fica?
De que modo você vê a luz e a sombra como partes das
composições fotográficas?
Você acha que o documentário deixa claro como a fotografia
é composta pelo fotógrafo?
É possível perceber as diferenças nas composições fotográ-ficas,
dependendo de cada contexto (retrato, paisagem,
fotopublicidade, esportes, jornalismo, etc.)?
Sobre o documentário. Por sua longa duração, como poderi-am
ser aproveitados, na sala de aula, os cortes dos blocos?
Você faria outros recortes? De que modo?
O documentário lhe faz perguntas? Quais?
O que você imagina que os alunos gostariam de ver no
documentário? O que causaria atração ou estranhamento?
11. material educativo para o professor-propositor
FOTOGRAFIA – EXERCÍCIO DO OLHAR
9
É interessante rever suas anotações, pois elas revelam o modo
singular de sua percepção e análise. A partir delas e da escolha
do foco de trabalho, quais questões você faria numa pauta do
olhar para o passeio dos olhos dos seus alunos no documentário?
Percursos com desafios estéticos
No mapa, você pode visualizar as diferentes trilhas para o foco
Linguagens Artísticas que consideramos de relevância no
documentário. Apresentamos os possíveis modos de percursos de
trabalho impulsionadores de projetos a partir da contribuição, in-teresse
e motivação que o documentário pode gerar nos alunos.
O passeio dos olhos dos alunos
Três possibilidades:
Uma boa forma de acesso à imagem fotográfica é através
das imagens de família, trazidas para a classe, em álbuns
ou não. Estas fotos serão estimulantes para uma discussão
provocada com/entre os alunos, a partir de questões como:
O que eles podem ler das imagens de família trazidas? O
que contam? O que parece comum entre elas?
Que outros tipos de imagem os alunos conhecem, além
das fotográficas (ilustrações, tatuagens, selos, imagens
mentais, manchas etc.)?
As fotografias são utilizadas de que forma nos meios de
comunicação de massa? São fontes de conteúdo neutras
ou não?
Quais outras aplicações para a imagem fotográfica seus
alunos conhecem?
Em seguida, o primeiro bloco do documentário pode ser exi-bido
para que os alunos possam comparar as imagens que
trouxeram com aquelas do passado.
Fotografias com eixos temáticos diversos – questões de gê-nero,
diversidade cultural, etnia, crianças/jovens/idosos,
por exemplo – podem ser coletadas em fontes variadas.
12. Z
Zarpando
relações entre elementos
da visualidade
meios
novos
elementos da
visualidade
Forma - Conteúdo
movimento, sangramento,
enquadramento
temáticas
luz, cor
figurativa, abstrata
Saberes
Estéticos e
Culturais
história da arte história da fotografia
sistema simbólico linguagem, signos,
para além da aparência
publicidade
linguagens
convergentes
Linguagens
Artísticas
artes
visuais
fotografia - fotografia tradicional,
fotografia digital, linguagens híbridas,
fotograma, fotomontagem, fotojornalismo,
foto publicitária, videoarte
linguagem do cinema
cinema
Processo de
Criação
ação criadora poética pessoal
ambiência do trabalho
laboratório, estúdio, acervo pessoal
s
formação de público
conservação, acervo de memória,
restauro, políticas culturais
poéticas da fotografia,
poética dos procedimentos
agentes
poética da materialidade
processos técnicos, artesanais e industriais
qual FOCO?
qual CONTEÚDO?
o que PESQUISAR?
Materialidade
procedimentos ferramentas
câmera escura, negativos,
câmera tradicional e digital
suporte
fabricação artesanal, placas de cobre, vidro,
papel, suporte flexível, ruptura do suporte
espaços sociais do saber
colecionadores, críticos de arte
instituições culturais
educação do olhar
Mediação
Cultural
preservação e
memória
Patrimônio
Cultural
Conexões
Transdisciplinares
arte, ciência
e tecnologia
física, química, ótica, imagens técnicas
13. 12
Como uma preparação para a exibição do terceiro bloco,
pode ser interessante perceber os temas propostos, o
enquadramento, as cores, a forma como a luz surge na com-posição,
o uso da cor ou do preto-e-branco, a dramaticidade,
e a forma como tais imagens se apresentam nas diferentes
mídias, destacando ou relegando a um plano menor, desvi-ando
a atenção. O que pode ser encaminhado a partir daí?
Com lápis e papel, os alunos podem se preparar para ver o
último bloco do documentário, com aproximadamente onze
minutos de duração. Como num jogo, os alunos podem le-vantar
todos os usos da fotografia que aparecem no
documentário e outros usos que forem lembrados. Em segui-da,
dê tempo aos alunos para que eles criem uma boa per-gunta
sobre fotografia, que seja ousada e provoque a curio-sidade.
A seguir, em subgrupos, os alunos podem levantar o
que viram e lembraram, ampliando a listagem e analisando
as perguntas criadas. Quais usos da fotografia serão listados?
Quais serão as perguntas interessantes sobre a fotografia?
Qual projeto você pode iniciar a partir daí?
Essas sugestões podem gerar outras ligadas pela intenção de con-vocar
os alunos para assistirem ao documentário, despertando novos
fatos, idéias e sentidos para a reflexão sobre as questões da lingua-gem
fotográfica. Pode-se, ainda, pedir aos alunos que lancem ques-tões
prévias que gostariam de ver respondidas pelo documentário.
Tudo isso faz sentido sempre que, após a exibição, uma conversa
leve à socialização da apreciação do documentário, animada pelas
ações expressivas anteriores e pelas problematizações possíveis.
Desvelando a poética pessoal
A criação através da linguagem da fotografia é o desafio deste per-curso,
que visa o apuramento do trabalho do próprio aluno, na per-cepção
de seu modo singular, de suas escolhas, de sua poética pes-soal.
Como já sugere este percurso, as orientações e motivações
dadas por você direcionarão o aluno para uma atitude investigativa
de seu próprio modo de expressão na linguagem visual.
14. material educativo para o professor-propositor
FOTOGRAFIA – EXERCÍCIO DO OLHAR
13
Oferecemos duas possibilidades que podem ser sugeridas ao
aluno para que ele faça sua escolha. Cada proposta não se re-sume
à realização de um único trabalho, mas à criação de uma
série que possa, depois, ser apreciada e discutida sob a pers-pectiva
da pesquisa pessoal de linguagem.
Fotografar com câmera convencional, instantânea ou digi-tal,
escolhendo uma temática.
Criar composições com fotografia e outras linguagens, como
pintura, desenho, escultura, poesia ou recursos da informática,
em um hibridismo de linguagens.
Seria ótimo que você acompanhasse o percurso pessoal, ali-mentando-
o com leituras dos trabalhos, sugestões e oferecen-do
outras imagens que ampliassem as possibilidades da poéti-ca
de cada aluno.
Ampliando o olhar
É possível montar um visor com cartolina preta - um retân-gulo
de aproximadamente 14 x 13 cm, tendo no centro um
retângulo vazado de 4 x 3 cm. Com esse visor, pode ser
desencadeada uma coleta sensorial e estética pela escola,
pelo bairro, pela casa, que leve ao olhar da estrutura abs-trata
das formas. O visor possibilita fazer enquadramentos
e recortes na paisagem, no cotidiano das pessoas. Se pos-sível,
peça pequenos croquis dessas escolhas. O importan-te
é a observação dos diferentes pontos de vista que cada
aluno faz, a partir do mesmo local.
Jornais e revistas são um excelente material de consulta.
Aguçando os olhos dos alunos para que percebam de que for-ma
a fotografia é utilizada na mídia impressa, você pode cha-mar
a atenção sobre a posição da imagem na página par ou
ímpar (essa última mais nobre), se está destacada ou não,
acompanhada de legenda que reforça ou contradiz a imagem.
A análise de anúncios publicitários merece destaque especial
nesta proposição, envolvendo, também, as revistas, jornais e
outdoors. A fotografia publicitária influencia nossa escolha de
15. 14
produtos de consumo? Se os alunos não viram o último bloco
do documentário, você poderá apresentá-lo nesse momento
para ampliar as discussões, abordando também a visão foto-gráfica
publicitária e jornalística.
O documentário evidencia que não há uma rica tradição de
crítica fotográfica. Os alunos concordam com essas afirma-ções?
Dispõem de informações para discutir essa questão?
Uma boa pesquisa pode ser feita por meio de jornais, revis-tas
e catálogos que trazem exposições de fotografia.
A partir da década de 80, o pintor inglês David Hockney cria
imagens fotográficas que ultrapassam os limites do recorte no
tempo e no espaço da imagem plana. Com muitas fotos do
mesmo lugar, ele cria uma nova composição. Se sua escola dis-puser
de um laboratório de informática, inicie com a apresenta-ção
da obra desse artista: Place Furstenberg8 , Paris, 1985.
Compare com a obra de Athos Bulcão, um mestre brasileiro na
arte das montagens fotográficas - A inundação num sonho9 ,
1952-53. Depois, convide-os para que a comparem com a obra
de Umberto Boccioni: The city rises10 , 1910 e com outras obras.
De quem lembrarão? O que podem criar a partir daí?
No laboratório de informática, os alunos podem experienciar
processos de manipulação de imagens fotográficas, esco-lhendo
fotografias para digitalizar. O desafio será investi-gar
as infinitas possibilidades de alterar uma mesma ima-gem,
utilizando um programa de desenho ou outros que dão
possibilidades maiores de alterar as imagens por meio de
diversos filtros e efeitos especiais. A parceria com o res-ponsável
pelo laboratório pode ser de grande ajuda nessa
investigação. Isso também poderá desencadear uma pes-quisa
sobre efeitos especiais utilizados no cinema.
Conhecendo pela pesquisa
No bloco 2 do documentário, é apresentada uma atividade
realizada na Casa da Fotografia Fuji/São Paulo. De que
forma essa atividade contribui para mostrar aos alunos que
16. material educativo para o professor-propositor
FOTOGRAFIA – EXERCÍCIO DO OLHAR
15
a fotografia é uma composição, um recorte intencional? Po-deriam
perceber problemas mais comuns na composição fo-tográfica,
como cabeças cortadas ou fotos tremidas? De que
forma você, junto com seus alunos, poderia realizar ativida-des
semelhantes, na sala de aula, com máquinas digitais ou
instantâneas? Algumas idéias possíveis: fazer fotos “com
desacertos”, analisar fotografias coletadas em fontes diver-sas
(internet, jornais, álbuns de família), ou realizar monta-gens
criando novas composições e sentidos para as ima-gens.
Em grupos pequenos ou com a turma toda, essas
atividades propõem que os alunos percebam os problemas
nas composições, e que apresentem sugestões de como
compor uma imagem fotográfica. Uma pequena exposição
na classe pode alimentar discussões sobre o real na foto-grafia,
e como a foto é elaborada intencionalmente pelo
fotógrafo, que escolhe o melhor ou pior ângulo.
O impressionismo era um movimento de vanguarda, quando
seus artistas também se envolveram na nova percepção que
a fotografia evocava. O sangramento da imagem aparece
nesse momento. Se antes o retratado tinha de aparecer, por
exemplo, de corpo inteiro ou busto, o sangramento trouxe o
corte da imagem. Você pode encaminhar uma pesquisa so-bre
o sangramento da imagem e sua utilização nas obras de
arte, nas revistas e jornais, nas produções da turma.
A luz, na fotografia, é um importante elemento da visua-lidade.
Os contrastes entre luz e sombra, entre claros e
escuros se apresentam como uma forte qualidade formal,
que implica no adensamento do conteúdo, de sua expressi-vidade.
Fotos e filmes em preto-e-branco convocam sensa-ções/
sugestões ao nosso olhar, vinculadas à significação
que atribuímos à imagem, mesmo que não tenhamos toma-do
consciência desses recursos. O que os alunos podem
pesquisar sobre isso?
A investigação sobre a poética de um fotógrafo pode vir a
ser interessante para cada aluno descobrir a sua própria po-ética,
especialmente se você está trabalhando com o Ensi-
17. 16
no Médio. Já foi sugerido (em O passeio dos olhos dos alu-nos)
que os alunos escolham uma temática e observem a
linguagem da fotografia. A proposição é dar continuidade a
essa pesquisa, investigando a produção de fotógrafos, no-meados
ou não no documentário. Eles podem rever algu-mas
partes ou as que ainda não foram assistidas para esco-lherem
qual linguagem de fotografia gostariam de
aprofundar, como por exemplo: estética surrealista (Man Ray
e Laszlo Maholy-Nagy), minimalista (Geraldo de Barros,
José Oiticica Filho, entre outros), ou ainda fotógrafos bra-sileiros
vinculados às questões sociais (Sebastião Salgado,
Levindo Carneiro), às fotomontagens (Vik Muniz, Odires
Mlászho etc.), à moda (JR Duran, Miro (Luis Crispino), Clicio
etc.), fotojornalismo (o próprio Walter Firmo, Orlando Brito)
ou de caráter estético (Antonio Saggese, Renata Castelo
Branco, Paulo Angerami com suas fotografias de câmera de
buraco-de-agulha etc.).
Julio Plaza, um artista que usou muitas linguagens em sua
poética singular, trabalhou também com fotografia, realizan-do
montagens instigantes11 . Outros fotógrafos realizaram
fotomontagens. Além daqueles citados nesse material, quais
outros podemos pesquisar? Quais as possibilidades técni-cas
atuais para realizar uma fotomontagem? O que os alu-nos
podem criar com elas?
Há muitas técnicas alternativas em fotografia, que podem
facilmente ser realizadas na escola, com baixo investimen-to:
fotografia de buraco-de-agulha e fotograma, por exem-plo.
Não é possível explicá-las neste material, mas há vári-os
sites na internet que disponibilizam informações.
A fotografia, com um olhar contemporâneo, aparece larga-mente
em bienais, salões de arte e concursos. É possível
estabelecer relações entre a forma como a fotografia é uti-lizada
atualmente e outros usos ao longo de sua história? O
que os alunos podem descobrir sobre isso?
Em relação à estética do cotidiano: em quais situações e
contextos a fotografia se insere em nossa sociedade? Nos-
18. material educativo para o professor-propositor
FOTOGRAFIA – EXERCÍCIO DO OLHAR
17
sos alunos conseguem imaginar um mundo sem imagens fo-tográficas?
Quais suas funções atualmente (registrar, vigi-ar,
controlar, armazenar, impor,...). Planeje a apresentação
das pesquisas como pequenas cenas montadas.
Os percursos sugeridos não correspondem a uma ordem se-qüencial.
Qualquer um deles pode vir a ser o início, ou ser pro-posto
paralelamente.
Amarrações de sentidos: portfólio
Um momento especial: o que foi estudado? O portfólio pode
ganhar a marca pessoal e gerar novos sentidos para aquilo
que foi estudado numa proposta de apresentação estética.
Como, por exemplo, criar uma coleção pessoal das imagens
coletadas e criadas a partir das proposições, organizando-as
em um álbum de fotos. A montagem pode ser feita com
caixas, com cartolinas, papel pardo, pode-se usar canto-neiras
comerciais ou feitas pelo próprio aluno. Nessa for-ma
de sistematização, no ir-e-vir constante às imagens,
olha-se o caminho percorrido. Como uma bagagem estéti-ca,
o conteúdo não se resume apenas às imagens, mas,
também, às idéias, conceitos, opiniões, que podem ser
colocadas em um texto síntese sobre a trajetória de estu-do,
os trabalhos de discussão, de pesquisas, de fazer-ar-tístico
e da criação poética pessoal.
Valorizando a processualidade
Houve transformação? O que os alunos percebem que conheceram?
A apresentação e discussão, a partir do portfólio, podem de-sencadear
boas reflexões sobre essas questões. Outro movi-mento
de avaliação pode ocorrer por meio de entrevistas entre
os alunos. Elas poderão ser feitas individualmente ou em pe-quenos
grupos, levantando questões sobre as experiências vi-vidas,
o que foi mais importante, o que levam do projeto, o que
faltou etc. O convite é para que das entrevistas produza-se uma
reportagem sobre o projeto vivido.
19. 18
É momento também de você refletir como professor-pesquisa-dor,
a partir do seu diário de bordo. O que foi inédito para você
nesse projeto? Quais os achados dessa experiência para trans-formação
de sua ação pedagógica? O projeto germinou novas
idéias em você? Que outros vídeos você poderia buscar para
continuar o contato com a arte?
Glossário
Ambrotipia – considerada a sucessora da daguerreotipia (veja abaixo), era
um processo fotográfico de imagem única que empregava negativos de vi-dro
de colódio úmido, sub-expostos e montados sobre fundo negro para
produzir o efeito visual de positivos. Fonte: <www.itaucultural.org.br>.
Daguerreotipia – primeiro processo fotográfico, no qual uma imagem única
formava-se sobre uma fina camada de prata polida, aplicada sobre uma
placa de cobre e sensibilizada em vapor de iodo e prata. Fonte:
<www.itaucultural.org.br>.
Colódio úmido – processo fotográfico de imagem única, era assim cha-mado
porque empregava o colódio (composto de éter e álcool numa solu-ção
de nitrato de celulose) como substância ligante para fazer aderir o
nitrato de prata fotossensível à chapa de vidro que constituía a base do
negativo. A exposição devia ser realizada com o negativo ainda úmido,
sendo revelado imediatamente. Fonte: <www.itaucultural.org.br>.
Composição fotográfica – é a arte de escolher pautada pela seleção do
tema, na qual o fotógrafo avalia a contribuição dos diversos componentes
da imagem. Fonte: BUSSELLE, Michael.Tudo sobre fotografia. São Pau-lo:
Pioneira, 1990.
Ferrotipia – imagem fotográfica única produzida pelo processo de colódio
úmido sobre uma fina plaqueta de ferro esmaltada com laca preta ou
marrom, como uma derivação do processo de colódio úmido. Fonte:
<www.itaucultural.org.br>.
Foto albuminada – processo fotográfico de negativo de papel sensibiliza-do
a partir do albúmen – extraído da clara de ovos de galinha – empregado
como camada adesiva transparente destinada a fazer aderir os sais de prata
fotossensíveis à base de papel. Fonte: <www.itaucultural.org.br>.
Fotomontagem – a imagem criada a partir de partes de outras fotografi-as
cortadas e reunidas. Esse processo pode ser feito no momento da am-pliação
e revelação da fotografia, no próprio laboratório fotográfico, ou
com o auxílio do computador. Fonte: JANSON, H. W. História da arte. São
Paulo: Martins Fontes, 1992.
20. material educativo para o professor-propositor
FOTOGRAFIA – EXERCÍCIO DO OLHAR
19
Gelatina de prata – material usado como suporte para a emulsão sensí-vel
do papel fotográfico ou do filme. Expressão utilizada também para de-signar
a técnica de fotografia ampliada do filme para o papel fotográfico.
É composta por sais de prata, também conhecidos por haletos de prata,
que são fotossensíveis e formarão a imagem latente quando expostos à
luz. Fonte: SCHULTZE, Ana Maria. Fotografias na escola: leituras sensí-veis
do mundo. Porto Alegre: Mediação, 2005.
Negativo – tipo de filme com a imagem formada contrária nas cores ou
tons. Também pode referir-se à imagem negativa feita com papel fotográ-fico
ou vidro como suporte. Fonte: SCHULTZE, Ana Maria. Fotografias na
escola: leituras sensíveis do mundo. Porto Alegre: Mediação, 2005.
Sais de prata – também conhecidos por haletos de prata. Fotossensíveis, for-marão
a imagem latente quando expostos à luz. Fonte: SCHULTZE, Ana Maria.
Fotografias na escola: leituras sensíveis do mundo. Porto Alegre: Mediação, 2005.
Bibliografia
COSTA, Helouise; SILVA, Renato Rodrigues da. A fotografia moderna no
Brasil. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
FLUSSER, Vílem. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filoso-fia
da fotografia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
KELLNER, Douglas. Lendo imagens criticamente: em direção a uma pe-dagogia
pós-moderna. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (org.) Alienígenas
na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1995, p. 106-129.
KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. Cotia, SP: Ateliê
Editorial, 2000.
MONFORTE, Luiz Guimarães. Fotografia pensante. São Paulo: Senac, 1997.
SAMAIN, Etienne (org.). O fotográfico. São Paulo: Hucitec, 1998.
SCHULTZE, Ana Maria. Mapas sensíveis: percursos de leituras do mundo
através de imagens fotográficas, 2003. Dissertação (Mestrado em Artes
Visuais). Instituto de Artes/Unesp, São Paulo.
Seleção de endereços de artistas e sobre arte na rede Internet
Os sites abaixo foram acessados em 28 fev. 2005.
BOCCIONI, Umberto. Disponível em: <www.artchive.com/artchive/B/
boccioni/boccioni_city.jpg.html>.
FOTOGRAFIA. Disponível em: <www.cotianet.com.br/photo/>.
___. Disponível em: <www.clicio.com.br/>.
___. Disponível em: <www.masters-of-photography.com/> .
FOTÓGRAFOS-ARTISTAS. Disponível em: <www.artchive.com/>.
21. 20
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA, verbetes e artistas. Disponível em:
<www.itaucultural.org.br>.
MUNIZ, Vik. Disponível em: <www.vikmuniz.net/main.html>.
MUYBRIDGE, Eadweard. Disponível em: <www.cotianet.com.br/photo/
great/Muybridge.htm>.
RAY, Man. Disponível em: <www.geh.org/amico2000/htmlsrc/>.
PLAZA, Julio. Disponível em: <www.geocities.com/a_fonte_2000/
montagem.htm>.
Notas
1 HOCKNEY, David. O conhecimento secreto: redescobrindo as técnicas
perdidas dos grandes mestres. São Paulo: Cosac & Naify, 2001, p.12.
2 Boa descrição sobre a câmera escura disponível em: <geocities.yahoo.com.br/
saladefisica6/optica/camaraescura.htm>. Acesso em 28 de fev. 05.
3 Sobre a câmera escura e a origem da fotografia, visite a página da internet:
<www.cotianet.com.br/photo/hist/camesc.htm>. Acesso em 28 fev. 05.
4 Sobre a gravação de imagens com a câmera escura, visite a página dis-ponível
em: <www.cotianet.com.br/photo/hist/niepce.htm>. Acesso em
28 fev. 05.
5 O daguerreótipo produzia uma imagem única sobre chapa de cobre
folheada com uma camada de prata. A chapa era sensibilizada com vapo-res
de iodo e colocada em uma câmara. Depois de feita a tomada da ima-gem
– com longo tempo de exposição –, a chapa era revelada por vapores
de mercúrio e, depois de fixada, era lavada e seca. Em seguida, era cober-ta
por uma lâmina de vidro e fechada num estojo, para não oxidar em con-tato
com o ar.
6 Vílem FLUSSER, Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filo-sofia
da fotografia, p. 53.
7 Boris KOSSOY, Realidades e ficções na trama fotográfica, p. 22.
8 Veja a obra, disponível em:<www.artchive.com/artchive/H/hockney/
furstnbg.jpg.html>. Acesso em 28 fev. 05.
9 Veja a obra, disponível em: <www.fundathos.org.br/obras/index_obras.htm>.
Acesso em 28 fev. 05.
10 Veja a obra, disponível em: <www.artchive.com/artchive/B/boccioni/
boccioni_city.jpg.html>. Acesso em 28 fev. 5.
11 Veja sua obra, disponível em: <www.geocities.com/a_fonte_2000/
montagem.htm.>. Acesso em 28 fev. 5.