O documento resume um artigo que analisa o livro "Cantos de Outono" de Ruy Câmara sobre a vida de Lautréamont. O artigo descreve como o livro expõe as reflexões filosóficas, teológicas e literárias de Lautréamont de forma a questionar o leitor e levá-lo a uma ruptura com a banalidade do cotidiano. Também destaca como a leitura pode aprofundar o modo de ser do leitor, seja dilacerando-o ou confortando-o.
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Segunda 25/1/2010
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20/3/2005 Lobão: Brasil pode Pesquisar Pre ços de
importar álcool dos EUA
Quem descobre o mundo, descobre um cadáver,
Empresa preserva meio
mas o mundo não é digno daquele que descobre
ambiente
um cadáver. ´Logion 56´, Evangelho de Tomé
Investidor do Tesouro
São cantos. E é Outono (pelo menos no livro). O Direto mais ativo
canto de outono é próprio da cigarra. A formiga kabum!
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labora, enquanto isso. Entre o fazer e o cantar Despejo passa a ocorrer Mais
põemse a próprio das rasuras e o pr óprio dos mais r ápido GeForce6100PM
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cidade
cimos. Ali a imanência grudada, aqui a política
transcendência desgarrada. Entre ambos, o
espetáculo do existir humanamente. À luz da
espetacular grafia de Ruy Câmara, sobre o tão
breve quanto funda vida de Isidore Ducasse (18461870) em ´Cantos de Outono o kabum!
Mem ória Kingston
romance da vida de Lautréamont´, o leitor pode vivenciar, à cada página, aquela (hoje, 512 MBytes DDR
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tão rara) conjunção espiritual da unidade do saber: a unidade do Bem, do Balo e da
Nem mesmo militância
Cumbuco: cavalos longe
Verdade. prestigia filme de Lula
dos banhistas
Erradicação do trabalho A habilíssima pena de Ruy invade a alma do leitor, arrancao da condição de leitor e o Doações ilegais geram
90 condenações no TRE casas bahia
discutido em fórum eleva ou o desgrada à própria existência, dilacerada entre a genialidade e a loucura, Grill Dellar Magic
entre o ´logos e o ´pathos´. Sob a forma burguesa da existência, que é a nossa, a DSD 115
Decisão de Cid não $39.90
Doenças cardíacas existência realmente digna é imposs ível! Somos então tragados no livro por seculares
interfere
matam mais mulheres
reflexões de natureza filosófica, teológica, sociológica, política, literária, ocasiões em que
o autor nos convida, ou melhor, exigenos a ruptura com a rasura cotidiana do ´made in´, Comunicado: Educação
Diagnóstico tardio
do ´fast food´, do ´marketing´. Denuncia a necessidade de tornar a viv ência menos no escuro
preocupa magazine luiza
indulgente, a mente menos escassa e o próprio desespero Menos banal. Al ém de TV LG LCD 42
internacional Polegadas
respirar, que grandiosos embates acontecem no íntimo dos homens, ´filhos do nada´! Em 12 x de
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regional
São mais de 400 páginas , servindose de Ducasse nas quais d áse o acolhimento do
esp írito vazado por inquirições avessas à expectação dos retos: entre o berço e o túmulo,
a sublimidade e a trag édia derivam da existência como aus ência absoluta, da terrível
experiência libertadora do encontrar se s ó no universo. Sucumbiria à mesmice n ão
'Ali Químico' é executado
fosse a chaga da solid ão´ a supurar as mais requintadas imagens do espírito. São elas
no Iraque
a luzir de metáforas a condenação exemplar, vinda de ontem, aos dias massificados do
Chuvas: recursos
demoram a chegar hoje: não às alturas celestes enviandose, mas as monstruosas cavernas da alma Evo Morales atrai críticas
descendo, empurrando pelas perdas na alma t ênue imprecadas. e elogios
Cidades discutem
medidas preventivas À base dos desfazimentos primeiros da vida de Ducasse, conjugam se à força o Incêndio em avião no Irã
deixa 46 feridos
extenuar raciocinativo da própria comisera ção. São grandes as forças da destruição,
Esporte é atração durante maiores ainda as das rupturas necessárias ao existir. As memórias rompem as
aniversário Chávez quer acabar com
amn ésias e, entre ambas, a necess ária força da imagina ção inventa as possibilidades
capitalismo
da vivência. O tranceado literário da vida biografada é de fundo melanc ólico e possui
Voz do municípios:
inseguran ça no Maciço culmin ância trágica: abandono, desespero, suic ídio. Há no recurso romanceado a
severidade interrogativa que à consciência do leitor expõe, jacta visceralmente o que
nela háde Terse corrompido e sobre cuja apatia o próprio eu jaz esquecido, quiçá! O
nacional que há entre as duas Mortes a que abre e a que suspende ´o romance da vida de
Lautréamont´ é a Vida que cada um terá de autobiografar.
Ainda acrescentese à fina ironia do autor, a quem cabe o privilégio inteligente de
2. inseguran ça no Maciço culmin ância trágica: abandono, desespero, suic ídio. Há no recurso romanceado a
severidade interrogativa que à consciência do leitor expõe, jacta visceralmente o que
nela háde Terse corrompido e sobre cuja apatia o próprio eu jaz esquecido, quiçá! O
nacional que há entre as duas Mortes a que abre e a que suspende ´o romance da vida de
Lautréamont´ é a Vida que cada um terá de autobiografar.
Ainda acrescentese à fina ironia do autor, a quem cabe o privilégio inteligente de
reconhecer o falseamento, a hipocrisia da ´haute culture´ e, por ela, exercer a crítica ao
mais soberbo fruto da separa ção entre trabalho manual e intelectual a raça dos
intelectuais! Quanto mais desgraçados os tempos, mas se multiplicam os idiotismos, j á
Dilma: Brasil e Chile em
situações diferentes nos advertira Diderot! Contra a fúria hodierna, alimentadora da confusão desmedida
entre informação e conhecimento, ler o ´Cantos de Outono´ assemelha se àquela
Suspeita de radiação em diligente consulta oracular hoje em desuso o exercício sem desfa çatez do ´conhecete
município baiano a si mesmo ´.
Fórum abre espa ço para
Através daquilo que poderiam Ter sido os dias de Isidore Ducasse, deslinda se aquilo
o PT
que os nossos dias. A leitura, afinal, presta se a vários alcances do Olhar: o leitor
hematófago se compraz em sugar das letras humanas a lição da brevidade da própria
Eleitor pobre quer
redução de impostos carne; o leitorcoruja háde argüir o estatuto da humanidade, prescindindo ou n ão de um
Absoluto transcendente; o leitor águia, baixará seu vôo nas partes podres da existência
tos humana.
Seja como for, ler os ´Cantos´ faz o leitor lembrarse de que possui c érebro e fígado.
Quer dizer: ler Ruy Câmara, o Conde de Mecejana, e não apenas o Conde de
Lautréamont! Aquelas linhas, reais a prop ósito do leitor e fictícia a propósito de Isidore
Ducasse, podem no leitor alargar e aprofundar o modo de ser, ora dilacerandoo, ora
afagandoo, em boa medida, como bem compete ao exercício verdadeiro e nobre da
Escrita, sobre cujos caminhos o ´Olhar´ se exercita no mais verdadeiro ver, ao menos
cegar do essencial.
Sylvia Leão
professora de Filosofia da Uece e Unifor.
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4/7/2009 17h17 Cultura Se têm o direito de votar, também podem ler, diz escritor
sobre livro censurado