3. Era do conhecimento
A “Era do Conhecimento”, já proclamada por DRUCKER (2002), coloca
diversos desafios às novas estruturas das universidades e sua relação
com o meio. A necessidade de integração (da universidade) com as
atividades produtivas constitui fator essencial na busca da formação dos
“trabalhadores do conhecimento” e nas formas mais abertas com as
quais as empresas estão se relacionando com a sociedade. Soma-se a
isso a crescente mobilidade da mão-de-obra qualificada.
Etzkowitz (BRISOLLA, 1997) considera que a atual participação da
universidade no desenvolvimento econômico, incorporando-o como
função acadêmica, junto com o ensino e a pesquisa, constitui a Segunda
Revolução Acadêmica, cuja palavra-chave é ‘capitalização do
conhecimento’. A Primeira Revolução, ocorrida no final do século XIX,
tornou a pesquisa uma função universitária, ao lado da tarefa tradicional
do ensino.
3
4. Principais razões para a
cooperação
1. Principais motivadores para a universidade
Realização da função social
Aumento do conhecimento prático sobre os problemas existentes
Incorporação de novas formações no processo de ensino e pesquisa
2. Principais motivadores para as empresas
Acesso a recursos humanos altamente especializados
Resolução de problemas técnicos
3. Principais barreiras para as parcerias
Burocracia da universidade afetando timing dos projetos
Duração muito longa de projetos
Diferença de nível de conhecimento entre as pessoas da universidade e da
empresa envolvida na cooperação
4. Principais facilitadores para as parcerias
Fundos governamentais de apoio à pesquisa
Fonte: adaptado de SEGATTO-MENDES (2002)
4
5. Principais desafios gerenciais
Compartilhar uma visão multidimensional e integrada da cooperação
universidade-empresa, centrada no desenvolvimento de competências
humanas;
Perceber com clareza as missões distintas, mas complementares, da
empresa e da universidade no processo de inovação;
Desenvolver respostas inovativas às diversas necessidades de
cooperação empresa-universidade;
Capacitar para a gestão eficaz da cooperação universidade-empresa.
Fonte: PLONSKI (1999)
5
6. Referências
BRISOLLA, S. N., CORDER, S. M., & MELLO, D. L. Educação & Sociedade,
ano XVIII, nº 61, 201, 1997.
DRUCKER, P.F. O Homem, Nobel, p. 15-23, 2002.
PLONSKI, G. A. Cooperação Universidade-Empresa: Um desafio gerencial
complexo. Revista de Administração , v. 34, p. 46-55, 1999.
SEGATTO-MENDES, A. P.; SBRAGIA, R. O Processo de cooperação
universidade-empresa em universidades brasileiras. São Paulo, v. 37, n.
Número 4, p. 58-71, 2002.
6
8. Centro de Open Innovation
Reunião temática
Parceria Universidade-Empresa
17/07/09
IBOPE – São Paulo
Cristina Theodore Assimakopoulos
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
9. Parceria para Inovação
Tecnológica: PITE
Lançado em 1995
Objetivo
Financiar projetos de pesquisa em
instituições acadêmicas ou institutos de
pesquisa, desenvolvidos em cooperação
com pesquisadores de centros de pesquisa
de empresas localizadas no Brasil ou no
exterior e co-financiados por estas
9
10. Parceria para Inovação
Tecnológica: PITE
Parceria universidades/institutos -
empresas
Pesquisa desenvolvida em parceria;
Fapesp em de 20 a 70%financia a pesquisa na
universidade/instituto;
Empresa aporta contrapartida;
Apresentação de propostas
PITE Demanda espontânea (desde 1995)
PITE Convênio (desde 2006)
10
11. PITE Convênio:
chamadas públicas conjuntas
Fapesp e a empresa lançam uma chamada
conjunta:
Temas propostos pela empresa;
P&D exploratório;
Comitê de orientação conjunto;
Mérito avaliado pela Fapesp;
Natura, Ouro Fino, Laboratórios Fleury, Oxiteno,
Microsoft Research, Telefonica, Dedini, PadTec,
Ci&T, Braskem.....
11
12. PITE – ALGUMAS
CARACTERÍSTICAS
Parcerias em sua grande maioria entre pares que já se
conheciam;
Com organizações públicas de um lado (95%) e
empresas de grande porte de outro (67%);
O desenvolvimento dos projetos é em geral
compartilhado;
Os projetos PITE são em sua maioria originados nos
bancos das universidades, ainda que 30% deles tenham
se originado nas empresas;
12
13. OBSERVAÇÕES GERAIS SOBRE AS
PARCERIAS UNIVERSIDADE
EMPRESA - EXPERIÊNCIAS
14. Universidade Como Fonte de Conhecimento
Importante fonte externa: o conhecimento gerado
pelas universidades representa fonte confiável para as
empresas, que, por meio deste, podem preencher
lacunas daquilo já conhecido por seus pesquisadores
internos, otimizando e acelerando o processo de
inovação interno, ou dar início à novas pesquisas que
atendam à demanda interna da empresa.
Para a ICT: parcerias são importantes oportunidades de
disseminar e de adquirir conhecimentos e informações.
Absorção e Implementação da tecnologia pelo Setor
Produtivo.
15. Articulação:
Universidade+Empresa+Governo,
“O sistema que se estabelece a partir desta
articulação tem como objetivo principal a
complementaridade entre os agentes, sendo a
função das universidades a produção do
conhecimento científico e tecnológico, o das
empresas o desenvolvimento da inovação e de
novas tecnologías e do governo a regulação do
fomento desta relação.”
Fonte: Marli Elizabeth Ritter dos Santos
16. EMPRESAS UNIVERSIDADES OUTROS
EUA 80% 13% 7%
CORÉIA do 77% 16% 7%
SUL
ALEMANHA 61% 24% 15%
RÚSSIA 51% 15% 34%
ESPANHA 32% 50% 18%
BRASIL 27% 66% 7%
ARGENTINA 12% 45% 43%
FONTE: REVISTA VEJA – 26 DE MARÇO DE
2008
17. Negociação das Cooperações
Universidade/Empresa
Questões Estruturais:
Nas Universidades: NITs – Núcleos de
Inovação Tecnológica nas universidades:
devem funcionar como interlocutores.
Nas Empresas: criação de cultura (busca de
fontes externas) e formação de
interlocutores (desmistificar a figura do
empresário insensível às questões
acadêmicas).
18. Negociação das Cooperações:
Questões Culturais:
Informalidade;
Publicações X Sigilo;
Titularidade;
Remuneração e Valoração;
Prestação de Serviços x Cooperação
Tecnológica;
Pesquisas de longo prazo;
Integração do corpo de P&D;
Tempo.....
19. UNIVERSIDADES EMPRESAS
Formação de RH (pesquisa é meio) Geração de Produto
Pesquisa Básica (Principalmente) Pesquisa
Aplicada/desenvolvimento
Longo Prazo Curto Prazo
Liberdade para Escolha de Temas Mercado aponta rumos
Motivação Intelectual Estudos de Viabilidade, riscos,
potencialidades
Divulgação de Resultados Sigilo/Patentes
Processo Decisório Lento, Decisões Rápidas
colegiado
Estrutura Complexa Estrutura mais hierarquizada
Equipes Departamentalizadas Equipes Multidisciplinares
Fonte: Stal e Souza Neto, Cooperação
Institucional Universidade-Empresa
20. ALGUNS (dos muitos) CUIDADOS
Segurança Jurídica: ver se quem está assinando
tem legitimidade;
A negociação não pode perder o foco em itens de
menor importância (o processo por si só já é
demorado);
Procurar obter informações sobre o trâmite interno
da outra parte para melhor planejamento
(conhecer para entender);
Propriedade Intelectual: sim, é essencial, mas não
é tudo;
O pesquisador: ele não pode ter a sensação de
que o Projeto será cancelado por questões
negociais. Traz insegurança e prejudica as
negociações. Respeitar o interlocutor nomeado.
Dentre outros..............
21. A empresa não é O pesquisador
assim: não é assim:
24. Experiência Inova Unicamp
Parcerias com Empresas
Reunião Open Innovation
Roberto A Lotufo
SP, 17 de julho de 2009
25. Lei de Inovação
• Lei de Inovação (2004/2005) 5 anos
• Primeira lei de relacionamento Universidade
– Empresa
• Subvenção Econômica
• NIT (Núcleo de Inovação Tecnológica)
criados nas ICT (Instituições de C&T)
• Fortec (mais de 100 NIT filiados)
26. FORTEC –
Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia
• É um órgão de representação dos responsáveis
nas universidades e institutos de pesquisa pelo
gerenciamento das políticas de inovação e das
atividades relacionadas à propriedade
intelectual e à transferência de tecnologia (NIT).
• Criado em 1º de maio de 2006.
• Site: http://www.fortec-br.org
27. Missão da Universidade
• Disseminação aberta e livre do conhecimento
• Feita através de Ensino, Pesquisa e
Extensão
• Visão recente: inovação e
empreendedorismo como atividades dentro
do contexto universitário e alinhada à missão
educacional da universidade
28. Inovação e Empreendedorismo
na Universidade
• Aumento do conhecimento na economia
• Aumento da interação universidade-empresa:
– Pesquisa colaborativa
– Licenciamento de Propriedade Intelectual
– Estágios em empresas
– Incubadoras de empresas
– Empresas start-up e spin-off
• Trazem novas oportunidades educacionais
para os alunos e a universidade
29. Agência de Inovação da Unicamp
(órgão da Reitoria)
• Missão: Fortalecer as parcerias da Unicamp com
empresas, órgãos de governo e demais
organizações da sociedade, criando
oportunidades para que as atividades de ensino
e pesquisa se beneficiem dessas interações
contribuindo para o desenvolvimento econômico
e social do País.
• Visão: “Ser reconhecida como centro de
competências para a transformação de
conhecimento em inovação gerando benefícios
para a Unicamp e a Sociedade.”
30. Serviços oferecidos pela Inova
• Ser interface entre a Universidade e Empresa
• Gerir e comercializar a Propriedade Industrial da Unicamp
• Negociar projetos colaborativos
• Informar sobre financiamento e incentivos fiscais
• Elaborar minutas de convênios e contratos
• Acompanhar a tramitação dos contratos
• Estimular a criação de novas empresas
• Apoiar o Parque Científico eTecnológico de Campinas
• Incentivar o Sistema Regional de Inovação
31. Inova em Números
Pesquisa Colaborativa 2004 2005 2006 2007 2008
Contratos de Convênios e Termos Aditivos
46 41 75 48 34
Assinados
Valor dos Convênios e Termos Aditivos (R$
6,6 9,0 11,6 8,0 7,6
Milhão)
Propriedade Intelectual
Comunicações de Invenção Nd 65 75 90 72
Patentes Depositadas (INPI) 51 65 54 51 51
Tecnologias Protegidas no Exterior (maioria
3 1 4 13 12
PCT)
Depósitos Internacionais - 10 8 19 1
Contratos de Licenciamento 10 12 2 10 3
Royalties (R$ Mil) nd 65 212 304 301
32. Inova em Números
• Em 5 anos:
• 209 contratos e convênios
• 38 contratos de licenciamento de tecnologia
• 273 patentes depositadas no INPI
• 33 patentes depositadas no PCT
(internacionais)
• 17 empresas graduadas da incubadora
• 30 milhões em projetos de pesquisa
33. Interação universidade-empresa
• Diferentes culturas e missões
– Universidade:
• disseminação e avanço do
conhecimento
– Empresa:
• Competitividade e sustentação
financeira
34. Gargalos Interação U-E
• sigilo
• tempo disponível
• pesquisar ensinando x pesquisar
rápido
• natureza da pesquisa
– desenvolvimento, pq. aplicada e pq
básica
36. Evolução Distribuição Extra-
Orçamentária de Pesquisa na
Unicamp
Extra Orçamentário Pesquisa (R$ milhões)
250
Millions
Inst. Internacionais
200 Finep/Fundos
150 FAPESP
CNPq
100 CAPES
50 Empresas Privadas
Empresas Públicas
0
Espaço para crescer
98
99
00
01
02
03
04
05
06
19
19
20
20
20
20
20
20
20
Orçamento Total da Unicamp em 2006 (ICMS): R$ 931,7 milhões
Fonte: Anuário de Pesquisa da Unicamp, PRP, 2006
37. Importância da Interação
Universidade – Empresa
• Contribuição para a universidade:
– Melhoria do ensino e da pesquisa
– Desafios trazidos pela Sociedade
– Influência nas emendas das disciplinas
e temas de pesquisa
– Experiência dos alunos
• Contribuição para a empresa:
– Acesso a tecnologia de ponta
– Identificação de talentos
38. Institucionalidade
• A Lei de Inovação
– Relacionamento Informal => Rel. Formal
– Regulados por instrumentos jurídicos
– Informalidade traz insegurança jurídica
• Pesquisador não é consultor independente
– Mantido pela instituição
39. Mito do Relacionamento U-E
• Projeto em parceria 100% financiado pela
empresa
– Base de conhecimento prévio
– Infra estrutura de equipamentos
– Custo de negociação/contratação
40. Pontos sensíveis na negociação
• Sigilo dos resultados
• Propriedade Intelectual dos resultados
• Repartição de benefícios
• Overhead (custos indiretos)
41. Titularidade da Propriedade
Intelectual
• Art. 10.
Lei da Inovação/Decreto
É facultado à ICT celebrar acordos de parceria para
realização de atividades conjuntas de pesquisa científica e
tecnológica e desenvolvimento de tecnologia, produto ou
processo, com instituições públicas e privadas.
• …
• § 2o As partes deverão prever, em contrato, a titularidade da
propriedade intelectual e a participação nos resultados da
exploração das criações resultantes da parceria, assegurando
aos signatários o direito ao licenciamento, observado o disposto
nos §§ 2o e 3o do art. 6o deste Decreto.
• § 3o A propriedade intelectual e a participação nos resultados
referidas no § 2o serão asseguradas, desde que previsto no
contrato, na proporção equivalente ao montante do valor
agregado do conhecimento já existente no início da parceria e
dos recursos humanos, financeiros e materiais alocados pelas
partes contratantes.
42. Questão do overhead
Lei de Inovação/Decreto
Interpretação dúbia
• Art. 11. Os acordos, convênios e contratos firmados
entre as ICT, as instituições de apoio, agências de
fomento e as entidades nacionais de direito privado
sem fins lucrativos voltadas para as atividades de
pesquisa, cujo objeto seja compatível com os
objetivos da Lei no 10.973, de 2004, poderão prever
a destinação de até cinco por cento do valor total dos
recursos financeiros destinados à execução do
projeto, para cobertura de despesas operacionais e
administrativas incorridas na execução destes
acordos, convênios e contratos.
43. Desentendimentos sobre Overhead
• Alguns pesquisadores e empresas imaginam
que se houvesse menos overhead, haveria
mais verba para a pesquisa em si.
• Este conceito pode funcionar a curto prazo,
entretanto a longo prazo, a universidade terá
menos espaço para pesquisa, infra-estrutura
de pesquisa e poderá ter que cortar custos.
44. Celebração Contratos e Convênios
• Documento formal
• Contratos e Convênios são assinados pelo
Reitor e aprovados pelo Conselho Universitário
– Aprovação por Colegiados
– Recomendação de órgãos técnicos
• Na Unicamp, estamos em processo de melhoria
do processo de assinatura do convênio
45. Chances de Maior Sucesso
na Interação U-E
• Empresa ter departamento de P&D
• Relacionamento de confiança mútua
• Projetos de médio ou longo prazo
• Entendimento de cada parte:
– diferenças,
– similaridades e
– complementariedades
46. Inovação Aberta e interação U-E
• Oportunidade de criação de novos projetos e
novos negócios
• Empresa âncora no fomento da inovação
– Spin-out acadêmicos e empresariais
• Leis de incentivo:
– Informática
– Eficiência energética
– Petróleo
47. Reflexões
• Relacionamento Universidade Empresa é assunto
complexo e precisa ter seu entendimento aprofundado
• A universidade não deve confundir o seu papel com o
de empresas
• Entender e respeitar as diferenças entre a academia e
o mundo empresarial
• Pesquisa científica é baseada em publicações
• Precisamos maximizar a disseminação do
conhecimento e da tecnologia
49. ANPEI Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento
e Engenharia das Empresas Inovadoras
Experiência do Comitê
Temático “Promovendo a
Interação ICTs-Empresas”
Centro de Open Innovation - Brasil
17/jul/2009
Este material poderá ser reproduzido, desde que citada a fonte: Comitê
ANPEI Promovendo a Interação ICTs-Empresas (2008). Experiência do
Comitê Temático Promovendo a Interação ICTs-Empresas”. VIII
Conferência ANPEI de Inovação Tecnológica, Belo Horizonte (MG).
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
50. Sobre a ANPEI - www.anpei.org.br
• criada em 1984
• associação de direito privado, sem fins lucrativos
• sede em São Paulo
• congrega empresas e instituições de setores variados
da economia, com foco na busca da competitividade
através da Inovação Tecnológica
Missão: estimular a Inovação Tecnológica
nas Empresas
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
52. Comitê ANPEI Promovendo a Interação
ICTs-Empresas
Objetivos
• caracterizar as interações entre ICTs* e empresas
no país
• identificar as práticas, oportunidades e desafios às
interações
• consolidar e difundir macro-diretrizes para a
promoção da interação ICTs-Empresas
*ICT= Instituição de Ciência e Tecnologia
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
53. Ações do Comitê
pesquisa Interação ICT-Empresa (2008)
Fase I: mapeamento, organização do
conhecimento e aprendizados (2008-
2009)
Fase II: redação de um “guia de boas-
práticas” para interação ICT-empresas no
Brasil (2009-2010)
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
54. Pesquisa ICT-Empresa 2008
• respondentes
• ICTs: 92 (mapeamento do FORTEC)
• Empresas: 22 (mapeamento da ANPEI)
• aspectos avaliados
• tipo, intensidade e impacto da interação
• estruturas organizacionais e funções existentes
• facilitadores e barreiras à interação
• gestão da interação – políticas e práticas
• partilha e uso dos resultados (propriedade
intelectual, royalties, etc.)
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
55. Principais destaques da pesquisa
• interação de P&D predominante das empresas ocorre com
entidades públicas (2005-2007)
• 159 projetos com ICTs
• 60 projetos com CTs privados
• concentração em projetos de até R$ 100 mil (2005-2007)
• fonte dos recursos para projetos de P&D em parceria
• antes da Lei de Inovação: apenas empresa (16) / com
recursos FINEP (10)
• pós-Lei de Inovação: apenas empresa (14) / com
recursos FINEP (14)
• pouco se comenta sobre a remuneração da interação
• 1 declara valor fixo
• 2 declaram pagamento de royalties
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
56. Principais destaques da pesquisa
• ponto de entrada na ICT ainda é confuso
1º em acesso Pró-Reitoria de Pesquisa
2º em acesso NIT
3º em acesso Fundações
4º em acesso Departamento (risco +)
5º em acesso Pesquisadores (risco ++)
• principais dificuldades à interação
1º falta de flexibilidade das áreas jurídicas dos ICTs e das
empresas durante as negociações
2º dificuldade da obtenção de recursos públicos para
financiamento de projetos de interação
3º falta de estruturas organizacionais nas ICT´s e nas
empresas para conduzir o processo de interação de P&D
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
57. Principais destaques da pesquisa
• empresas e ICT´s precisam estabelecer políticas formais
para interação
32% têm política para
remuneração/partilha dos
50% das empresas têm
ganhos obtidos na interação
política para a interação
18% têm política de
propriedade intelectual
• questão da propriedade intelectual continua crítica
(cultura Brasil?)
• 32% das empresas respondentes partilham a
propriedade intelectual dos desenvolvimentos realizados
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
58. Principais destaques da pesquisa
Elementos que restringem a interação (declarações)
“... Burocracia; time-to-market; “... Falta maturidade
visão preconceituosa em relação coorporativa; incertezas nas
às indústrias” Leis de Inovação”
“... Alguns grupos de pesquisa “... Burocracia das agências reguladoras
possuem mentalidade puramente e instituições; falta qualidade das
acadêmica; falta mentalidade de instalações das instituições; sobrecarga
aplicação real dos resultados de trabalho”
obtidos; não há empreendedorismo
e inovação; P&D não é fonte “... Burocracia; custo de equipamentos
principal de renda” elevado (impostos); lentidão CONEP e
ANVISA; material para pesquisa é
tratado como um acordo comercial”
“... Dificuldade, por parte da universidade, em
entender e negociar projetos que possam gerar
patentes; desconhecem os trâmites legais; parte dos
profissionais das universidades ainda resistem à idéia
de a uma maior proximidade com a empresa; barreira
cultural ainda é grande”
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
59. Fase I
Interação ICT-Empresa: passo-a-passo
Por que interagir?
1. ampliar a capacidade de inovação das empresas
agregando conhecimentos complementares
2. promover pesquisas aplicadas que agregam valor às
empresas
3. contribuir com a geração do conhecimento científico e
tecnológico
4. compartilhar recursos e minimizar riscos
5. alavancar fontes adicionais de fomento à inovação
6. formar recursos humanos de excelência para as ICTs e
para as empresas
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
60. Tipos de Interação e Instrumentos
Projetos e programas conjuntos de P&D (convênio)
FOCO • Geração potencial de
TECNOLÓGICO • patente (co-titularidade)
• know-how (solução)
Licenciamento de tecnologia: (contrato)
• Patente
• com ou sem desenvolvimento complementar
• Know-how
• com desenvolvimento complementar
• Consultoria (caracterização e diagnóstico) (contrato)
• Prestação de Serviço Tecnológico (ensaios, testes)
FOCO EM • Cursos e treinamentos
CAPACITAÇÃO • Iniciação científica, Mestrado, Doutorados e Pós-doc
(conveniados ou não)
• Patrocínios a eventos, workshops, etc.
• Projetos culturais (Lei Rouanet) e de esportes (Lei de
OUTROS Incentivo ao Esporte)
• Doação de recursos para infra-estrutura na ICT
(construção de laboratórios, equipamentos, etc.)
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
61. INTERAÇÃO ICT e EMPRESA: Passo-a-passo
1 2 3 4 5 6
1 Análise e Autoconhecimento
2 Desenvolvimento de Interesse
3 Negociação
4 Planejamento, Execução e
Controle do Programa
5 Encerramento do Programa e
Aprendizado
6 Manutenção da Parceria
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
62. ANÁLISE E 1
AUTOCONHECIMENTO
Diretrizes de sucesso:
1. Definir e entender a estratégia tecnológica da empresa alinhada à
estratégia do negócio
2. Identificar as áreas de competência e grau de excelência da ICT
3. Identificar os recursos, estruturas, processos e interlocutores voltados
à interação ICT – empresa
4. Desenvolver modelos para a análise de ganhos obtidos pela inserção
de novas tecnologias
5. Entender e respeitar as diferenças de cultura, valores e missão das
partes
• ICT: formar profissionais, gerar e difundir conhecimento
• Empresa: gerar inovações em produtos, serviços e negócios
6. Entender o impacto e oportunidades das políticas governamentais
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
63. DESENVOLVIMENTO 2
DE INTERESSE
Diretrizes de sucesso:
1. Desenvolver mecanismos ativos de prospecção e divulgação
de ofertas e demandas tecnológicas
2. Mapear e analisar a compatibilidade de competências e
recursos disponíveis nos potenciais parceiros
3. Identificar as políticas e interlocutores para a interação entre
a ICT e a empresa
4. Identificar e alinhar as demandas e restrições dos projetos
de parceria, incluindo grau de sigilo
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
64. NEGOCIAÇÃO 3
Diretrizes de sucesso: Premissa: Ganha - Ganha
1. Definir times integrados de negociação, com participação de
pesquisadores (aspecto técnico), assessores jurídicos (legal)
e gestores de inovação (articulação)
2. Conhecer os marcos regulatórios brasileiros e explicitar as
normas e os trâmites internos das organizações
• Direito Administrativo e Privado
• Regulamentação setorial e internacional
• Políticas de incentivo
3. Alinhar conceitos, definir o tipo de interação e o modelo
contratual
• Termo de Sigilo/Confidencialidade
• Contratos de Licenciamento, Serviço e Consultoria
• Convênio de Pesquisa e Desenvolvimento
• Termos Aditivos e outros
(1/2)
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
65. NEGOCIAÇÃO
3
Diretrizes de sucesso:
4. Elaborar esboço do projeto de interação
5. Estabelecer instrumentos jurídicos, com atenção para
cláusulas de sigilo, macro-etapas, propriedade intelectual,
exploração dos resultados, remuneração e rescisão
6. Contemplar os ganhos intangíveis da interação
7. Entender o papel das Fundações de Apoio, NITs ou outros
órgãos como intervenientes administrativos e financeiros
8. Entender o papel e exigências das agências de fomento
(BNDES, FAPs, FINEP)
(2/2)
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
66. PLANEJAMENTO, 4
EXECUÇÃO E CONTROLE
DO PROGRAMA
Diretrizes de sucesso:
1. Detalhar as equipes técnicas e administrativas para execução
e controle do projeto
• Plano de trabalho detalhado e pontos de controle
• Matriz de autoridades e responsabilidades
• Capacitação em gestão de projetos - suporte aos pesquisadores
2. Definir e implementar o modelo de governança do projeto
• Acompanhamento periódico e indicadores de performance
• Formalização de mudanças - ajuste do contrato
• Participação dos gestores de inovação (NIT - Núcleo de Inovação
Tecnológica - e empresa) em reuniões-chave do time de projeto
• Rigor no controle fiscal e financeiro (pontos críticos em projetos com
incentivo fiscal e subvenção)
• Atenção à proteção dos resultados (patentes)
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
67. ENCERRAMENTO DO 5
PROGRAMA E
APRENDIZADOS
Diretrizes de sucesso:
1. Emitir relatório final do projeto
• Balanço do realizado vs. planejado
• Produção decorrente do projeto: publicações, pedidos de patente,
prêmios, etc.
2. Compilar e disseminar as lições aprendidas
• Dimensão técnica, gerencial, financeira
• Envolvimento dos gestores de inovação (empresa e NIT) e time do
projeto
3. Implementar ações de reconhecimento
• Valorização da interação e dos resultados na ICT e na empresa
• Publicação conjunta de cases e artigos técnicos/científicos
• Manutenção de canal aberto para novas parcerias
• Absorção dos recursos humanos capacitados na interação
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
68. MANUTENÇÃO 6
DA PARCERIA
Diretrizes de sucesso:
1. Manter canais de relacionamento entre a empresa e ICT
• Comunicação freqüente de ofertas e demandas - intercâmbio de
informações e intenções futuras em P&D, análise contínua de
oportunidades para novos projetos
2. Ferramentas de gestão do conhecimento
• Documentação dos resultados de parcerias realizadas
• Prospecção de novas oportunidades
3. Intercâmbio e recrutamento de pesquisadores e alunos
• Maior vivência de profissionais da empresa na ICT e dos
pesquisadores da ICT na empresa
• Maior entendimento das culturas e fortalecimento da relação de
confiança
4. Entender empresas e ICTs como parceiros estratégicos para
inovação tecnológica
• Sinergia de competências e otimização de ativos de pesquisa
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESAS
69. Próximos passos
pesquisa Interação ICT-Empresa (2008)
Fase I: organização do conhecimento e
aprendizados (2008-2009)
• Fase II: redação de um “guia de boas-
práticas” para interação ICT-empresas no
Brasil
• capítulos referenciados
• orientações práticas e modelos
• versão impressa e digital (pdf/site ANPEI)
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70. COMITÊ ANPEI: PROMOVENDO A INTERAÇÃO ICTs - EMPRESA
Naldo Medeiros Dantas - Coordenador 2007-2009
Gilson Manfio - Coordenador 2009-2010
Empresas e Instituições que contribuiram/acompanharam Fases I e II
ANPEI INMETRO Sabó
ARACRUZ INOVARES Serasa Experian
BRASKEM S.A. Instituto Inovação S.A. TECPAR - Instituto de
C.E.S.A.R. M.Tuccori Inovação Tecnologia do Paraná
CITS - Centro Internacional Tecnológica Ltda. UFMG
de Tecnologia de Software Merck Sharp & Dohme UFSCAR - Agência de
ELETROBRAS/Eletronorte Munte Inovação
EMBRAER Natura Inovação e UNICAMP - INOVA
EMGPRON - Empresa Tecnologia de Produtos Ltda. UNIFACS
Gerencial de Projetos Navais NITRIO USP - Agência Inova USP
FAI - Faculdade de PETROBRAS - CENPES V&M
Administração e Informática Pieracciani Vale - Companhia Vale do
FAPESP Pirelli Pneus Ltda. Rio Doce
FORTEC PUC-RS - ETT (Escritório de Venturus - Centro de
INATEL - Instituto Nacional de Transferência de Tecnologia) Inovação Tecnológica
Telecomunicações Quattor VLADOS
Contatos: www.anpei.org.br
silvia@anpei.org.br / gilsonmanfio@natura.net
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