Armínio nasceu na Holanda em 1559 e perdeu sua família em um massacre. Ele foi educado por benfeitores e se tornou um respeitado pastor em Amsterdã de 1586 a 1603, quando se tornou professor de teologia. Ele morreu em 1609 aos 49 anos, deixando um legado controverso mas dedicado ao ministério pastoral.
2. Retrato do século XVII coloca Armínio entre os antigos reformadores da igreja
O 1º da 2ª fila
3. Nascimento, infância e juventude de
Armínio
Data: 10 de norte de outubro de 1559.
Cidade de Oudewater, sul da Holanda e norte de
Rotterdam.
Pai: Harmaan Jakobs (ferreiro e fabricante de armas).
Morreu provavelmente entre os anos 1553-1558.
Mãe: Angélica.
Sua mãe e irmãos foram assassinados em 1575 no
massacre de Ouderwater realizado por soldados católicos
leais à Espanha.
4. “É muito provável que Armínio não fosse de uma família
desconhecida e, quem sabe, seja esta a razão dele ter
chamado a atenção de vários benfeitores desejosos de
assegurar o acesso a melhor educação possível.”
Carl Bangs
5. Primeira crise: a morte de Aemilius
“Depois da morte de sua família e agora, sozinho, Armínio
ficou sob o cuidado do benfeitor Theodore Aemilius,um
ex-sacerdote católico, alma bondosa, convertido ao
Protestantismo. Segundo o historiador Laurence
M.Vance, Aemilius treinou Armínio em latim, grego e em
teologia. Aemilius, saindo de Ouderwater, levou Armínio
para a cidade de Utrecht. Foi ele quem matriculou
Armínio na Escola de São Jerônimo (De Jong in: Rodrigues p. 47;
Bangs in: Rodriguez, p. 19), p. Quando Armínio tinha quinze anos
de idade, seu benfeitor e amigo, Aemilius, faleceu,
instaurando uma nova crise em sua vida.”
Zwinglio Rodrigues
6. Segunda crise: os anos de estudo (1576-1586)
“Armínio encontra-se mais uma vez sozinho e sem ajuda
para continuar os estudos. Entra em cena Rudolphus
Snellius (1547-1613), matemático e poliglota. Snellius se
condescendeu de Armínio acolhendo-o e enviando-o
para estudar na Universidade de Marburg. Em 1557, seus
estudos são interrompidos por causa do massacre de
Ouderwater realizado pelos espanhóis. Todos os
soldados da cidade que estiveram frente a frente com os
espanhóis, foram mortos. Armínio, ao retornar à sua terra
natal, encontra-a desolada, sua mãe e irmãos mortos.”
Zwinglio Rodrigues
7. Estudos em Genebra: 1582-1586
Concluiu seus estudos em Leyden (Holanda) com a idade
de 22 anos.
Amigos se interessaram pelo avanço acadêmico dele.
Viaja a Amsterdã e ali entra num acordo com autoridades
locais interessadas em bancar seus estudos.
É enviado para a famosa Academia João Calvino.
Inscreve-se nela em 1 de janeiro de 1582.
Na Academia, encontra-se com Teodoro Beza, sucessor
de Calvino.
Um conflito com Beza, faz Armínio ir estudar na Basiléia.
No verão de 1584 retorna a Genebra e se matricula
(novamente) na Academia em 10 de outubro.
8. Seu pastorado (1586-1603)
Ordenado em 1586, assumiu o pastorado em Amsterdã
aos 29 anos de idade.
Pastoreou por 15 anos.
Notoriedade honrosa devido suas prédicas e dedicação
pastoral.
Paroquianos e magistratura nutriam elevada estima por
ele.
“Tão logo ele foi visto no púlpito, é impossível descrever a
graça e o favor extraordinários que ele obtinha dos
homens de todas as classes.”
Peter Bertius
9. “Achando-se o pastor, certa vez, num distrito pobre, ouviu
gemidos fracos, partidos do interior de humilde moradia
Entrou e viu algumas pessoas que pareciam dominadas
pela enfermidade e pela sede. Depois de as socorrerem,
deixou recursos em dinheiro com os vizinhos para lhes
manterem a assistência. Dava assim provas de bom
samaritano.”
Caspar Brandt
10. Um pastorado com forte espírito de cuidado.
Um pastor que pregava com sabedoria e poder.
Totalmente dedicado ao rebanho.
Uma vida piedosa.
“Destacou-se a tal ponto quanto à piedade e ao combate ao
mal que foi chamado de “navalha para ferir os erros da
época” e “filete da verdade.””
Zwinglio Rodrigues
11. Seu matrimônio
Casou-se em 16 de setembro de 1590.
Sua esposa chamava-se Elizabeth Real.
Tiveram 12 filhos. Desses, 3 faleceram prematuramente.
O pai de Elizabeth era um homem de negócios e de
alguma influência na Holanda.
Armínio, via o sogro, passou a fazer parte de um grupo
social influente.
12. Terceira crise: a peste bubônica
Entre 1601 a 1602, a peste devastou Amsterdã.
20 mil pessoas morreram, sendo que em algumas vezes
morreram 1000 pessoas por dia.
Foi um tempo de reflexão profunda.
“Jacó Armínio revelou grande valor e compaixão pastoral
dando dinheiro, levando água e comida para os
enfermos; entrou em casas onde outros pastores não
entravam. Foi um pastor que não abandonou suas
ovelhas na hora da necessidade.”
José C. Rodríguez
13. Seus anos como professor: 1603-1609
Recomendado para assumir a vaga de Franciscus Junius
(1545-1602).
Relutou pelas seguintes razões:
1. O compromisso com a cidade de Amsterdã.
2. O cultivo da santificação espiritual já era difícil no
pastorado e mais ainda com a docência.
3. A excelente relação com os magistrados de Amsterdã.
4. A família era muito importante para ele; o salário era bom
e ele estava seguro que a cidade cuidaria de seus filhos e
esposa depois de sua morte.
14. Seus anos de docência foram:
1. Frutíferos.
2. Controverso no âmbito da teologia e política.
3. Fez muitos amigos e teve muitos inimigos.
“Tudo serviu para definir bem suas posições teológicas.
Seu último ano foi de enfermidade e intensas
controvérsias. Manteve sua dignidade e preocupou-se
em preparar sua esposa para sua morte.”
José C. Rodríguez
15. Sua morte
Em 19 de outubro de 1609, Armínio morre aos 49 anos.
Estava ladeado por familiares e amigos.
Apenas 2 de seus filhos estavam vivos nesse tempo.
“Viveu na Holanda um homem a quem os que não o
conheciam não podiam estimar suficientemente; aqueles
que não o estimavam jamais o haviam conhecido
suficientemente.”
Peter Bertius
“Bona conscientia paradisus”
(Uma boa consciência é o paraíso)
16. RODRIGUES, Zwinglio Alves. Uma Introdução ao
Arminianismo Clássico: história e doutrinas. São Paulo:
Editora Reflexão, 2015.
RODRÍGUEZ,José C. Jacobo Armínio: vida, pensamiento y
legado. Casa Nazarena de Publicaciones USA-Canada,
Lenexa, Kansas, USA, 2013.