O documento descreve a contracultura e movimentos de protesto da década de 1960, incluindo o movimento hippie e o uso de drogas psicodélicas. Marshall McLuhan introduziu conceitos como "a aldeia global" para descrever a sociedade contemporânea. Designers gráficos da época criaram estilos visuais inspirados em drogas que questionavam valores tradicionais.
2. Anos 60
• Jovens X Consumo vigente
• Arte pop
• Movimento hippie
• (Maio 1968)Os estudantes substituíam a rotina das aulas pela rotina das
greves, das manifestações, dos protestos e das ocupações de
faculdades.
• Contracultura
• Pílula anticoncepcional
• Chegada do homem à lua (Julho 1969)
• Grande show de rock, o “Woodstock Music&Art Fair” (Agosto). 500 mil
pessoas “AMOR, MÚSICA, SEXO e DROGAS”
• Os jovens contestavam a sociedade e essa consumia a contestação
3. O que ficou da contestação mais radical dos jovens ?
• De sua revolta (“a sociedade é uma flor carnívora”), do seu lirismo (“o
tédio está chorando”), de sua poesia (“eu me liberto nas pedras das
ruas”), de sua afirmação (“as liberdades não se exigem;são tomadas”),
de suas ambições (“a imaginação no poder”), de sua liberdade (“é
proibido proibir”, “sim ao não”).
• Antonin Artaud (“nunca estudei, mais tudo vivi e isso me ensinou alguma
coisa”).
4. Jovens (O Retorno)
Formas obsoletas de luta eram
desenterradas (a pedra, a
barricada, o pau). Templos
invadidos.Ídolos de outras
gerações eram vaiados. Carros
incendiados.Teatros tomados.
6. As ruas eram rebatizadas por
centenas de jovens eufóricos
que escolhiam os novos nomes
entre aplausos: Rua do Oriente
Vermelho, do Vietnam Heroico,
Rua Guevara.
8. Seu pai corretor de seguros,sua mãe cosmopolita,culta bem
educada de acendência inglesa foi quem influenciou Mcluhan a
estudar. Com nove anos mudou-se Edmonton la´cursou colegial e
universidade em Manitoba algum tempo depois obteve o bacharelado
em 1932 e mais tarde sua licenciatura em literatura inglesa em
1934.McLuhan introduz as expressões o impacto sensorial, “o meio
é a mensagem” e “aldeia global” como metáforas para a sociedade
contemporânea, Seu foco de interesse não são os efeitos ideológicos
dos meios de comunicação sobre as pessoas, mas a interferência
deles nas sensações humanas, daí o conceito de "meios de
comunicaçao como extensões do homem" (título de uma de suas
obras), ou "prótese técnica".As suas publicações contribuíram para
combater a inércia de um público tanto académico como popular,
numa altura em que o otimismo estava na moda.
9. Definicao
•O termo psicodelia origina-se da composição das palavras gregas
psiké (alma) e delos(manifestação);
•A experiência psicodélica é caracterizada pela percepção de
aspectos da mente anteriormente desconhecidos ou pela exuberância
criativa livre de obstáculos. Estimuladas bem como por substâncias
psicodélicas (daí a associação com o efeito de alguns psicotrópicos e
drogas (ilícitas/legalizadas(medicamentos));
•É uma manifestação da mente que produz efeitos profundos sobre a
experiência consciente;
•Contracultura;
• Os designers psicodélicos da época rejeitavam o modernismo;
10. • Os artistas buscavam inspiração, incorporando aspectos do Art Nouveau;
• Criavam uma linguagem visual inspirada na droga que visava a público
seletivo;
• Os designers desejavam obter esses efeitos de vibração óptica
através das cores e das formas das letras, que tornavam quase
ilegíveis : o espaço existente entre as letras e dentro delas era
contrabalançado pelas próprias letras, da mesma maneira que as
cores contrastavam entre si com igual intensidade. Há quem diga
que o objetivo dessa “falta de clareza” nas letras era “garantir que
ninguém acima de trinta” as lessem;
• Em todo o mundo, as peças gráficas psicodélicas eram bem
aceitas, ainda que utilizassem uma má qualidade de impressão off-
set em papel barato;
11. • Um dos designers mais famosos desse período foi Wes Wilson,
destacando-se na produção de peças gráficas para shows de rock.
Victor Moscoso também realizou trabalhos notáveis, e era o único
com formação em artes. Estudou cores em Yale com Josef Albers,
ex-professor da Bauhaus;
12. Victor Moscoso
Um grande exemplo dos
poster não compreendidos
foram feitos pelo artista Victor
Moscoso (1936). Um poster
tem a função de transmitir
uma mensagem imediata, de
forma simples, o que não
acontece quando olhamos
para algumas das criações de
Moscoso. Para entendermos,
é preciso muita observação!
13.
14. Niveis da Experiencia
Psicodelica
Nível 1:
Aumento das capacidades sensitivas (principalmente visuais), tornando as
cores mais “brilhantes”. Ligeiras anomalias na memória de curto prazo.
Mudanças na comunicação entre ambos os lados do cérebro, tornando a
música mais expressiva.
Nível 2:
Cores realçadas, ligeiras alucinações visuais (ex. objetos se movimentam ),
desenhos parecem adquirir terceira dimensão. Pensamentos confusos;
considerável aumento das capacidades criativas.
Nível 3:
Alucinações visuais claras, tudo parece curvado ou alterado em outros
aspectos, caleidoscópios ou imagens fractais vistas nas paredes,
paisagens, imagens de pessoas, etc. Alucinações com os olhos fechados
se tornam tridimensionais. Há alguma confusão entre os sentidos (ex. o
indivíduo começa a “ver os sons como cores”). Distorções na percepção
temporal e “momentos eternos”. Movimentação corporal se torna
extremamente difícil (muito esforço necessário).
15. Nível 4:
Alucinações extremamente fortes (ex. objetos se fundem com
outros). Destruição ou divisão múltipla do ego (ex. objetos parecem
conversar com o indivíduo, ou este começa a sentir sensações
contraditórias simultaneamente). Alguma perda da realidade. O
tempo perde seu significado. Experiências extra-corporais. Fusão
dos sentidos.
Nível 5:
Total perda de conexão visual com a realidade. Os sentidos deixam
de funcionar em seu estado normal. Total perda da noção de ego.
Sensação de fusão do indivíduo com o espaço, outros objetos, ou
universo. A perda da realidade torna-se tão severa que desafia sua
expressão verbal. Os primeiros estágios são relativamente fáceis
de se explicar em termos de mudanças mensuráveis de
consciência e padrões cognitivos. Este nível é diferente porque o
universo no qual as coisas são normalmente percebidas deixa de
existir
26. Pôster de Victor Moscoso produzido
para o show de The Steve Miller
Blues Band. – 1967
27.
28. Conclusao
É interessante notar alguns elementos como a forma das letras e
textos assim como o tratamento das imagens e principalmente a cor
podem construir efeitos inusitados.
Nas capas de disco e nos cartazes vistos acima foi possível perceber
a vibração construída através do contraste tonal. Concluímos então
que uma peça gráfica que, teoricamente, é algo estático, pode ter
movimento.
29. “ Em 1968, os Beatles estavam na Índia. A América estava
embrulhada em um cobertor de fúria. A guerra do Vietnã estava
metendo o país em uma depressão profunda. As cidades estavam
em chamas, os cassetetes estavam descendo. Os caras do
sindicato da construção civil surravam garotos com bastões de
beisebol. Um misterioso homem da medicina do México, o fictício
Don Juan, era o novo modismo de consciência, havia trazido um
novo nível de percepção ou força vital e o brandia como um
machete. Os testes de ácido estavam a todo vapor. A nova visão de
mundo estava mudando a sociedade, e tudo estava se movendo
rápido – em ritmo acelerado. Estroboscópios, luz negra –
maluquetes, a onda do futuro. Estudantes tentando apoderar-se
das universidades nacionais, ativistas anti-guerra forçando
barganhas amargas. Maoístas, marxistas, castristas – garotos de
esquerda que leram os manuais de instruções de Che Guevara
estavam lá fora para derrubar a economia. Kerouac havia se
aposentado, a grande imprensa estava incitando coisas, atiçando
as chamas da histeria. Se você visse as notícias, pensaria que a
nação inteira estava em fogo. As coisas que costumavam ser no
tradicional preto e branco agora explodiam em cores plenas,
luminosas.”
Crônicas – Volume 1, de Bob Dylan.
30. Bibliografia
• HELLER, Steven. Graphic Style.
• BERNARD, Malcon. Art, Design and Visual Culture: an introduction.
• OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. 19ª.ed. Rio de Janeiro:
Ed.Campus.
• PEDROSA, Israel. O Universo da Cor. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional,
2004.
• HOLLIS, Richard. Design Gráfico: uma história concisa. São Paulo: Ed.
Martins Fontes.
• HEIMANN, Jim. All American Ads: 60´s. Ed. Taschen.
• OCHS, Michael. 1000 Record Covers. Ed. Taschen.
• TAMBINI, Machael. O Design do Século. São Paulo: Ed. Ática, 1996.
• FIELL, Charlotte. Design Industrial A-Z. Ed. Taschen.
• DYLAN, Bob. Crônicas: volume um. São Paulo: Ed. Planeta, 2005.
• VAN LOON, Hendrik. A História da Humanidade. São Paulo: Ed. Martins
Fontes.