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1
O PAPEL DO FARMACÊUTICO
FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19
2
Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou a
batalha contra a COVID-19 como uma pandemia, profissionais
da saúde de praticamente todas as classes foram convocados a
assumir a linha de frente no embate contra o vírus, mas uma classe
ganhou um destaque especial nesse momento: os farmacêuticos.
Eles têm um papel fundamental na orientação à população sobre
prevenção e sintomas, bem como no combate contra as fake
news que envolvem a doença, além de diagnosticar e notificar
possíveis casos da doença.
Mas como esse profissional pode contribuir na prática para
minimizar os danos da pandemia? Preparamos este e-book com
algumas dicas aplicáveis na rotina de uma farmácia que podem
ajudar você, farmacêutico, a desempenhar seu papel com ainda
mais excelência.
Boa leitura!
O que você vai aprender neste e-book:
	
∙ Triagem de casos suspeitos
	
∙ Testes Laboratoriais Remotos e sua importância no combate
à pandemia
	
∙ Indicações e interpretação do Teste Laboratorial Remoto de
antígeno
	
∙ Indicações e interpretação do Teste Laboratorial Remoto de
sorologia (IgM e IgG)
	
∙ COVID-19 e comorbidades: o que você precisa saber
	
∙ Nova lei sobre a vacinação contra a COVID-19 em farmácias
	
∙ Dúvidas frequentes dos pacientes
3
SUMÁRIO
TRIAGEM DE CASOS SUSPEITOS .................................................... 4
TESTES LABORATORIAIS REMOTOS E SUA IMPORTÂNCIA
NO COMBATE À PANDEMIA .............................................................. 5

TESTE LABORATORIAL REMOTO DE ANTÍGENO HILAB ................. 6
TESTE LABORATORIAL REMOTO DE SOROLOGIA (IGM E IGG)
DA HILAB ............................................................................................ 9
COVID-19 E COMORBIDADES: O QUE VOCÊ PRECISA SABER ....... 11
NOVA LEI SOBRE A VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19
EM FARMÁCIAS ................................................................................ 18
COVID-19: ORIENTAÇÕES AO PACIENTE ......................................... 19
4
TRIAGEM DE CASOS SUSPEITOS
É considerado um caso suspeito de COVID-19 o indivíduo com
quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois
(2) dos seguintes sinais e sintomas: febre (mesmo que referida),
calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios
olfativos ou distúrbios gustativos.
Observações:
Em crianças: além dos itens anteriores considera-se também
obstrução nasal na ausência de outro diagnóstico específico.
Em idosos: devem-se considerar também critérios específicos
de agravamento como sincope, confusão mental, sonolência
excessiva, irritabilidade e inapetência.
Na suspeita de COVID-19, a febre pode estar ausente e sintomas
gastrointestinais, como diarreia, podem estar presentes.
Portanto, os exames que auxiliam no diagnóstico da COVID-19
podem ser indicados para qualquer pessoa que esteja com
suspeita da doença.
5
TESTES LABORATORIAIS REMOTOS
E SUA IMPORTÂNCIA NO COMBATE
À PANDEMIA
Um Teste Laboratorial Remoto, conhecido pela sigla de TLR é,
segundo a RDC 302/2005 da Anvisa, um teste realizado por meio
de um equipamento laboratorial situado fisicamente fora da área
de um laboratório clínico.
O TLR é, muitas vezes, denominado point of care testing (PoCT).
Segundo a RDC 36/2015, entende-se por PoCT a testagem
conduzida próxima ao local de cuidado ao paciente, inclusive em
consultórios e locais fora da área técnica de um laboratório, por
profissionais de saúde ou por pessoal capacitado pelo Ministério
da Saúde e ou Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais. Por
oferecer um resultado em poucos minutos, a procura por esse tipo
de exame tem se tornado mais frequente.
Os TLRs são importantes para a estratégia de testagem em massa,
essencial para evitar a transmissão da COVID-19 e assim minimizar
os impactos da pandemia.
Em relação aos TLRs para COVID-19, existem os exames que
detectam os anticorpos produzidos em resposta à infecção (teste
de sorologia para IgM e IgG) e os exames que detectam antígenos
do SARS-CoV-2. Ambos são oferecidos pela Hilab.
6
TESTE LABORATORIAL REMOTO
DE ANTÍGENO HILAB
O exame de antígeno é mais barato quando comparado ao RT-PCR
e surgiu como uma forma de identificar mais rápido a infecção,
uma vez que, assim como o exame de RT-PCR, é indicado para a
fase inicial da doença.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o exame
de antígeno deve ser priorizado para diagnóstico da infecção pelo
vírus SAR-CoV-2 em casos sintomáticos, sobretudo em ambientes
onde os testes moleculares como o RT-PCR são limitados,
indisponíveis ou disponíveis, mas com longos tempos de resposta.
Em muitos casos, o resultado do exame de RT-PCR fica disponível
em 2 ou 3 dias após a coleta.
Ou seja, como a agilidade do resultado faz toda a diferença na
identificação de infectados, o exame de antígeno pode contribuir
na redução do número de casos de forma considerável, uma vez
que quando uma pessoa com a COVID-19 é identificada, ela entra
em isolamento imediato e interrompe o contágio.
Leia também: Rastreamento de contatos (contact tracing): saiba
como o exame de antígeno pode mudar o cenário da pandemia
7
Indicações exame de antígeno
O exame de antígeno é indicado para o início da infecção, a partir
de 5 dias da exposição ao vírus ou do início dos sintomas. No caso
do exame de antígeno Hilab, este deve ser realizado a partir do 1º
até o 5º dia do início dos sintomas. Fora desse período, a titulação
de antígenos pode ser muito baixa para ser detectada pelo exame.
Uma vez que o exame de antígeno identifica as proteínas virais
e possui alta correlação com o período de transmissibilidade da
doença, é relevante para fins de isolamento, bem como para
investigação de contatos.
8
Interpretação dos resultados
– Não reagente
O resultado indica que não foi detectada a presença de antígenos
(proteínas) do vírus SARS-CoV-2 na amostra de secreção de
nasofaringe analisada. É importante ressaltar que esse resultado
sugere ausência do antígeno e não exclui a possibilidade de
infecção ou exposição ao vírus.
– Reagente
O resultado indica a presença de antígenos do vírus SARS-CoV-2 na
amostra de secreção de nasofaringe analisada.
Vantagens do exame de antígeno para farmácias
Pode ser oferecido para todas
as pessoas (sintomáticas e
assintomáticas)
Pode ser indicado para
os contatos próximos das
pessoas com resultado
reagente (positivo)
Altíssima
demanda
Possibilidade de aumentar
a venda de produtos
complementares como
máscaras e álcool gel
9
TESTE LABORATORIAL REMOTO DE
SOROLOGIA (IGM E IGG) DA HILAB
O exame de coronavírus IgM e IgG Hilab é um imunoensaio
cromatográfico rápido para detecção qualitativa de anticorpos
contra o SARS-CoV-2 em amostras de sangue total, soro ou plasma.
A realização do teste é indicada para auxiliar no diagnóstico da
infecção ou avaliação de contato prévio. Por ser um teste que detecta
anticorpos, é indicado a partir do 7º dia do início dos sintomas.
Interpretação dos resultados
Os possíveis resultados para o exame de sorologia são:
– IgM não reagente e IgG não reagente
Indica possível ausência da infecção. O paciente deve adotar e
manter todas as recomendações do Ministério da Saúde para
evitar o contágio. Além disso, também existe a possibilidade de o
resultado ser um falso negativo, o que pode acontecer quando o
paciente não aguarda o período adequado para realizar o teste.
Por esse motivo, o exame deve ser repetido caso a suspeita clínica
persista. Lembrando que o exame sorológico de coronavírus
Hilab deve ser realizado a partir do 7º dia do início dos sintomas.
O paciente deve entrar em contato com o médico para avaliar a
conduta diagnóstica.
10
– IgM reagente e IgG não reagente
Sugere a presença de anticorpos IgM na amostra analisada. O
paciente deve entrar em contato com o médico para avaliar a
conduta diagnóstica.
– IgM reagente e IgG reagente
O resultado IgM reagente significa que provavelmente o paciente
está com a COVID-19. O fato de o IgG ter sido reagente indica que o
organismo pode estar produzindo os anticorpos da fase mais tardia
da infecção. O paciente deve entrar em contato com o médico para
avaliar a conduta diagnóstica.
– IgM não reagente e IgG reagente
Este resultado indica provável infecção passada. No entanto, os
cuidados com a higiene pessoal e domiciliar devem ser mantidos
mesmo após a recuperação. Lembre-se que a infecção pelo SARS-
CoV-2 pode ocorrer mais de uma vez.
Vantagens do exame de sorologia para farmácias
Pode ser oferecido
para pessoas que
desejam saber se já
tiveram a doença
Altíssima
demanda
Possibilidade de aumentar
a venda de produtos
complementares como
máscaras e álcool gel
11
COVID-19 E COMORBIDADES: O QUE
VOCÊ PRECISA SABER
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), alguns grupos
de risco para agravamento da COVID-19 são as pessoas acima de
60 anos e os portadores de doenças crônicas, como hipertensão e
diabetes. Confira os serviços e as principais orientações que você
pode dar para esse público.
Serviços farmacêuticos que podem ser
oferecidos para idosos
1.	 Rastreamento em Saúde com Testes Laboratoriais Remotos
Idosos são o grupo no qual Doenças Crônicas não
Transmissíveis (DCNT) como hipertensão e diabetes são
frequentes, uma vez que o risco de desenvolver essas doenças
aumenta com o avançar da idade.
Com os Testes Laboratoriais Remotos é possível identificar
pacientes que têm alguma condição crônica mais
rapidamente, o que é essencial para pacientes idosos que,
muitas vezes, são as pessoas que mais necessitam de uma
resposta rápida.
Leia também: Rastreamento em saúde na farmácia:
saiba como fazer
2.	Revisão de medicamentos
Os idosos estão entre os maiores consumidores de fármacos
e são os que mais utilizam múltiplos medicamentos. Os
erros mais comuns de uso de medicamentos por essa faixa
etária envolvem dosagem incorreta, duplicidade terapêutica,
12
frequência e combinação inadequada de medicamentos. Por
meio da conciliação de medicamentos, o farmacêutico faz a
revisão da farmacoterapia, buscando sanar esses problemas.
Assim, o paciente pode obter o benefício máximo do
tratamento.
3.	Seguimento farmacoterapêutico
O seguimento farmacoterapêutico é focado na obtenção e
manutenção de resultados terapêuticos e na continuidade
do cuidado. Nesse serviço, o farmacêutico realiza uma revisão
clínica ampla da farmacoterapia, baseando-se na avaliação
dos resultados terapêuticos e no processo de utilização dos
medicamentos. O serviço é realizado por meio de consultas
farmacêuticas agendadas e é voltado principalmente a
pacientes com condições crônicas, ou seja, diabéticos,
hipertensos, pessoas vivendo com HIV e asmáticos. No
seguimento farmacoterapêutico o profissional deve avaliar o
uso de todos os medicamentos do paciente, incluindo a auto
medicação.
4.	Dispensação especializada de medicamentos
Diferente da dispensação tradicional, que é destinada a
todos os usuários, a dispensação especializada é destinada
a pacientes selecionados - polimedicados ou com condições
crônicas e problemas de adesão, por exemplo - e deve ser
exclusivamente realizada pelo farmacêutico. Para oferecer
esse serviço, o farmacêutico deve revisar a farmacoterapia,
fornecer o produto e aconselhar o paciente. A dispensação
especializada de medicamentos traz inúmeros benefícios aos
pacientes idosos da farmácia, uma vez que eles são os mais
propensos a terem problemas relacionados à não adesão ao
tratamento medicamentoso.
Leia também: Dispensação de medicamentos:
como fazer da melhor forma?
13
Hipertensão e COVID-19
Pessoas com hipertensão, especialmente as mais idosas, têm
maior probabilidade de apresentar sintomas graves de COVID-19
do que as pessoas não hipertensas. A taxa de mortalidade por
coronavírus também é maior em pessoas com hipertensão.
Por isso, é imprescindível destacar a importância do controle da
pressão arterial não somente pela continuidade do tratamento
indicado pelo médico como também pela adoção de medidas não
farmacológicas que são tão importantes quanto.
Algumas orientações incluem:
Perda de peso
Alimentação
adequada
Prática de
exercícios físicos
Restrição do
consumo de álcool
Redução da
ingestão de sal
Cessação
tabágica
Leia também: A importância do farmacêutico no combate
ao tabagismo.
14
Serviços que podem ser oferecidos
para pessoas com hipertensão
1.	 Testes Laboratoriais Remotos
Frequentemente a hipertensão arterial acompanha outras
condições que agravam o quadro, como o diabetes e as
dislipidemias. Dentre os exames que podem ser realizados
por pessoas hipertensas estão o exame de Perfil Lipídico
(que avalia os níveis de colesterol total e suas frações e
triglicerídeos), hemoglobina glicada e glicemia.
2.	Seguimento farmacoterapêutico
Como vimos, o seguimento farmacoterapêutico é focado
na obtenção e manutenção de resultados terapêuticos
e na continuidade do cuidado. O serviço é realizado por
meio de consultas farmacêuticas agendadas e é voltado
principalmente a pacientes com condições crônicas como a
hipertensão arterial.
Diabetes e COVID-19
O diabetes mellitus é, assim como a hipertensão arterial, um fator
de risco para formas graves de COVID-19. Esta maior gravidade está
também associada a comorbidades frequentes nos indivíduos que
apresentam a doença (insuficiência cardíaca, doença coronária,
insuficiência renal, obesidade). As recomendações terapêuticas
para as pessoas com diabetes durante o período de pandemia
ressaltam um rigoroso controle da glicemia.
Entretanto, um estudo publicado na revista Diabetes Research
and Clinical Practice, que tinha por objetivo identificar as barreiras
enfrentadas pelas pessoas com Diabetes no Brasil durante a
pandemia de COVID-19, apontou que essas pessoas tiveram
seus hábitos alterados, o que impacta a glicemia. Com isso,
o risco de mortalidade, se infectados pelo SARS-CoV-2, bem
15
como por complicações agudas e crônicas do diabetes, aumenta
potencialmente.
O estudo, que coletou dados de 1701 indivíduos, revelou que:
	
∙ 95,1% dos entrevistados reduziram a frequência de sair de
casa;
	
∙ Entre aqueles que monitoram a glicose no sangue em casa
(91,5%) durante a pandemia:
	
∙ 59,4%) experimentou um aumento, uma diminuição ou
uma maior variabilidade nos níveis de glicose;
	
∙ 38,4% postergaram consultas médicas e/ou exames de
rotina;
	
∙ 59,5% reduziram a atividade física.
Por isso, neste momento, é ainda mais importante que você atue
como um educador em diabetes. Ao atender um paciente com a
doença não deixe de perguntar sobre o controle da glicemia.
Segundo estudos, no mínimo uma vez ao mês, o paciente
com diabetes e seu cuidador frequentam a farmácia em
busca de medicamentos, além dos insumos necessários para
controlar a doença. Por este motivo, o paciente com diabetes
pode ter mais contato com o farmacêutico do que com o
próprio médico.
Serviços que podem ser oferecidos para pessoas
com diabetes
1.	 Educação em saúde
A educação é um processo contínuo e constitui a ferramenta
principal para o controle do diabetes. Para tanto, “o farmacêutico
deve estar qualificado e consciente do seu papel de educador
nesse processo. O propósito da educação é o controle do
diabetes através do cuidado por parte das pessoas, familiares e
cuidadores, tendo como consequência a melhora do estado de
saúde e da qualidade de vida das pessoas”.
16
A Organização Mundial da Saúde destaca a importância da
educação para o autocuidado na prevenção e tratamento de
doenças crônicas como o diabetes mellitus. A pessoa que vive
com a doença é a principal responsável por desempenhar
atividades relacionadas ao tratamento. No entanto, para que
ela possa desempenhar esse papel, é necessário conhecer os
comportamentos que devem ser adotados para o controle do
diabetes. São sete os comportamentos principais:
Alimentação
saudável
Resolução de
problemas
Ser ativo
Enfrentamento
saudável
Monitorização
da glicemia
Tomar
medicamentos
Redução de
riscos
O farmacêutico, como educador em diabetes, pode contribuir para
a adoção de todos esses comportamentos.
2.	 Rastreamento em Saúde com Testes Laboratoriais Remotos
de Glicemia, Hemoglobina Glicada e Perfil Lipídico
Para o rastreamento do diabetes, pode-se utilizar a glicemia
em jejum, a glicemia de 2 horas pós-sobrecarga ou a
hemoglobina glicada, sendo a glicemia de 2 horas pós-
sobrecarga o teste menos utilizado. A glicemia em jejum e a
hemoglobina glicada são exames que podem ser oferecidos
aos clientes que frequentam a farmácia.
17
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, esses testes são
instrumentos tanto para auxiliar no diagnóstico de diabetes
ou pré-diabetes, quanto para avaliar o controle glicêmico do
paciente com diabetes.
Outro exame que precisa ser realizado com frequência por
pessoas com diabetes ou por aquelas que apresentam algum
fator de risco para o desenvolvimento da doença, é o exame
de Perfil Lipídico. Pessoas com diabetes mellitus possuem
duas a três vezes mais chances de apresentar problemas
cardiovasculares do que pessoas não-diabéticas.
3.	Aferição da pressão arterial
O diabetes mellitus tipo 2, que é o tipo mais comum em
pessoas que estão acima do peso, muitas vezes vem
acompanhado de pressão alta (hipertensão arterial sistêmica).
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 4 entre 10
pacientes diabéticos apresentam pressão acima do normal.
O controle da pressão por parte do paciente diabético é tão
importante quanto o controle da glicemia. Isso porque a
pressão alta aumenta o risco de doenças cardiovasculares
como infarto, além de acelerar o processo de lesão nos rins, já
causado pelo próprio diabetes.
18
NOVA LEI SOBRE A VACINAÇÃO
CONTRA A COVID-19 EM FARMÁCIAS
Segundo Nota Técnica Nº 6/2021/SEI/GRECS/GGTES/DIRE1/ANVISA,
a comercialização e aplicação de vacinas podem ser realizadas
nas farmácias com licenciamento específico para a atividade
de vacinação, nos termos da Resolução RDC n. 197, de 26 de
dezembro de 2017, que dispõe sobre os requisitos mínimos para o
funcionamento dos serviços de vacinação humana, e conforme a
Nota Técnica nº 12/2021, que determina as recomendações para os
serviços de vacinação durante o período da pandemia da COVID-19.
Recentemente, a nova Lei nº 14.125, sancionada pelo governo e
publicada no último dia 10 de março no Diário Oficial da União,
abriu um importante caminho para que farmácias se tornem locais
de vacinação contra a COVID-19.
A lei, que dispõe sobre a responsabilidade civil relativa a eventos
adversos pós-vacinação contra a Covid-19 e sobre a aquisição e
distribuição de vacinas por pessoas jurídicas de direito privado,
definiu que qualquer estabelecimento de saúde com sala para
aplicação de injetáveis está apto a ministrar vacinas.
19
COVID-19: ORIENTAÇÕES AO
PACIENTE
A procura por determinados medicamentos e suplementos
vitamínicos tem aumentado durante a pandemia.
Cuidados para a dispensação de todos esses medicamentos
são necessários, uma vez que, além dos efeitos colaterais,
não previnem a infecção pelo SARS-CoV-2. Na dispensação, é
responsabilidade do farmacêutico identificar, corrigir ou reduzir
possíveis riscos associados à terapia medicamentosa.
Não existe tratamento precoce
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não recomenda
tratamento farmacológico precoce para COVID-19 com qualquer
medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina,
azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas,
anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro).
A SBI destaca que “os estudos clínicos randomizados com grupo
controle existentes até o momento não mostraram benefício e,
além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos
colaterais. Ou seja, não existe comprovação científica de que esses
medicamentos sejam eficazes contra a COVD-19.”
20
Riscos da automedicação com vitamina D
Segundo dados de estudo da consultoria IQVIA, a venda de
vitamina D cresceu cerca de 35% nos primeiros meses de 2020,
quando comparado a 2019.
A suplementação generalizada de vitamina D para toda a
população não é indicada. A principal população de deficientes
é formada por pessoas com baixa insolação. As doses para
tratamento variam de acordo com o grau de deficiência do
paciente e com a meta a ser atingida.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia informa
que a taxa de Vitamina D acima de 100 ng/mL é considerada
elevada, com risco de hipercalcemia e intoxicação. O uso de alta
dose de vitamina D, por tempo prolongado, provoca intoxicação
medicamentosa e diversas complicações.
Relembre as orientações
É importante que todos respeitem as medidas como o uso
de máscaras e o distanciamento social, visando à redução da
sobrecarga dos serviços de saúde. Por isso, sempre que possível,
reforce as medidas de prevenção:
Uso de máscara
cobrindo nariz, boca
e queixo;
Não participar de
aglomerações, como reuniões,
festas de confraternização em
bares e restaurantes;
Distanciamento
físico de 1,5m;
Manter ambientes
ventilados /
arejados;
Higienização
frequente das mãos
com água e sabão ou
álcool gel a 70%;
Paciente com sintomas de
“resfriado” ou “gripe” deve
ficar imediatamente em
isolamento respiratório,
pois pode ser COVID-19.
21
SOBRE A HILAB
Somos um laboratório de análises clínicas que há mais de 17 anos
atua no mercado de tecnologia médica.
Nossos resultados são rápidos e confiáveis porque nós unimos a
Inteligência Artificial e a Internet das Coisas ao conhecimento de
profissionais de saúde altamente capacitados.
Nossos Testes Laboratoriais Remotos estão disponíveis em
farmácias, empresas, clínicas e consultórios de todo o Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Brasil. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
Fascículo VII - Manejo do Tratamento de Pacientes com Diabetes. /
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo:
Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2011.
Barone MTU, Harnik SB, Luca PV, Lima BLS, Wieselberg RJP,
Ngongo B, The impact of COVID-19 on people with diabetes
in Brazil. Diabetes Researchand Clinical Practice. I66: I08304.
Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.diabres.2020.108304
BVS Atenção Primária em Saúde. Quais são os grupos de risco para
agravamento da COVID-19? Disponível em: https://aps.bvs.br/aps/
quais-sao-os-grupos-de-risco-para-agravamento-da-covid-19/.
Acesso em: 18 de março de 2021.
22
CAMPANA, Gustavo Aguiar; OPLUSTIL, Carmen Paz; FARO, Lorena
Brito de. Tendências em medicina laboratorial. J. Bras. Patol. Med.
Lab., Rio de Janeiro , v. 47, n. 4, p. 399-408, Aug. 2011.
CORRER, C. J. Farmácia Clínica e a prestação de serviços
farmacêuticos. 1. ed. Curitiba: Ed. Practice, 2016. 132 p.
CORRER, C. J.; OTUKI, M. A prática farmacêutica na farmácia
comunitária. Porto Alegre: Artmed; 2013. 434 p.
GOMES, H. O.; Caldas, C.P. Uso inapropriado de medicamentos pelo
idoso: polifarmácia e seus efeitos. Revista Hospital Universitário
Pedro Ernesto. 2008;7(1):88-99.
Medscape. Type 2 Diabetes Mellitus. Disponível em:
https://emedicine.medscape.com/article/117853-overview#a2.
Acesso em: 18 de março de 2021.
Sociedade Brasileira de Infectologia. Atualizações e recomendações
sobre a COVID-19. Disponível em: https://infectologia.org.br/wp-
content/uploads/2020/12/atualizacoes-e-recomendacoes-covid-19.
pdf. Acesso: 18 de março de 2021.
Unidos pelo diabetes. Manual do Curso. APRIFARMA:
Aprimoramento em Diabetes para Farmacêuticos.
23
Hi Technologies LTDA
Rua Eduardo Sprada, 6.400B, Cidade
Industrial, Curitiba, PR | CEP: 81290-110
Comercial
+55 41 3022-3461
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  • 1. 1 O PAPEL DO FARMACÊUTICO FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19
  • 2. 2 Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou a batalha contra a COVID-19 como uma pandemia, profissionais da saúde de praticamente todas as classes foram convocados a assumir a linha de frente no embate contra o vírus, mas uma classe ganhou um destaque especial nesse momento: os farmacêuticos. Eles têm um papel fundamental na orientação à população sobre prevenção e sintomas, bem como no combate contra as fake news que envolvem a doença, além de diagnosticar e notificar possíveis casos da doença. Mas como esse profissional pode contribuir na prática para minimizar os danos da pandemia? Preparamos este e-book com algumas dicas aplicáveis na rotina de uma farmácia que podem ajudar você, farmacêutico, a desempenhar seu papel com ainda mais excelência. Boa leitura! O que você vai aprender neste e-book: ∙ Triagem de casos suspeitos ∙ Testes Laboratoriais Remotos e sua importância no combate à pandemia ∙ Indicações e interpretação do Teste Laboratorial Remoto de antígeno ∙ Indicações e interpretação do Teste Laboratorial Remoto de sorologia (IgM e IgG) ∙ COVID-19 e comorbidades: o que você precisa saber ∙ Nova lei sobre a vacinação contra a COVID-19 em farmácias ∙ Dúvidas frequentes dos pacientes
  • 3. 3 SUMÁRIO TRIAGEM DE CASOS SUSPEITOS .................................................... 4 TESTES LABORATORIAIS REMOTOS E SUA IMPORTÂNCIA NO COMBATE À PANDEMIA .............................................................. 5 TESTE LABORATORIAL REMOTO DE ANTÍGENO HILAB ................. 6 TESTE LABORATORIAL REMOTO DE SOROLOGIA (IGM E IGG) DA HILAB ............................................................................................ 9 COVID-19 E COMORBIDADES: O QUE VOCÊ PRECISA SABER ....... 11 NOVA LEI SOBRE A VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 EM FARMÁCIAS ................................................................................ 18 COVID-19: ORIENTAÇÕES AO PACIENTE ......................................... 19
  • 4. 4 TRIAGEM DE CASOS SUSPEITOS É considerado um caso suspeito de COVID-19 o indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois (2) dos seguintes sinais e sintomas: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos. Observações: Em crianças: além dos itens anteriores considera-se também obstrução nasal na ausência de outro diagnóstico específico. Em idosos: devem-se considerar também critérios específicos de agravamento como sincope, confusão mental, sonolência excessiva, irritabilidade e inapetência. Na suspeita de COVID-19, a febre pode estar ausente e sintomas gastrointestinais, como diarreia, podem estar presentes. Portanto, os exames que auxiliam no diagnóstico da COVID-19 podem ser indicados para qualquer pessoa que esteja com suspeita da doença.
  • 5. 5 TESTES LABORATORIAIS REMOTOS E SUA IMPORTÂNCIA NO COMBATE À PANDEMIA Um Teste Laboratorial Remoto, conhecido pela sigla de TLR é, segundo a RDC 302/2005 da Anvisa, um teste realizado por meio de um equipamento laboratorial situado fisicamente fora da área de um laboratório clínico. O TLR é, muitas vezes, denominado point of care testing (PoCT). Segundo a RDC 36/2015, entende-se por PoCT a testagem conduzida próxima ao local de cuidado ao paciente, inclusive em consultórios e locais fora da área técnica de um laboratório, por profissionais de saúde ou por pessoal capacitado pelo Ministério da Saúde e ou Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais. Por oferecer um resultado em poucos minutos, a procura por esse tipo de exame tem se tornado mais frequente. Os TLRs são importantes para a estratégia de testagem em massa, essencial para evitar a transmissão da COVID-19 e assim minimizar os impactos da pandemia. Em relação aos TLRs para COVID-19, existem os exames que detectam os anticorpos produzidos em resposta à infecção (teste de sorologia para IgM e IgG) e os exames que detectam antígenos do SARS-CoV-2. Ambos são oferecidos pela Hilab.
  • 6. 6 TESTE LABORATORIAL REMOTO DE ANTÍGENO HILAB O exame de antígeno é mais barato quando comparado ao RT-PCR e surgiu como uma forma de identificar mais rápido a infecção, uma vez que, assim como o exame de RT-PCR, é indicado para a fase inicial da doença. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o exame de antígeno deve ser priorizado para diagnóstico da infecção pelo vírus SAR-CoV-2 em casos sintomáticos, sobretudo em ambientes onde os testes moleculares como o RT-PCR são limitados, indisponíveis ou disponíveis, mas com longos tempos de resposta. Em muitos casos, o resultado do exame de RT-PCR fica disponível em 2 ou 3 dias após a coleta. Ou seja, como a agilidade do resultado faz toda a diferença na identificação de infectados, o exame de antígeno pode contribuir na redução do número de casos de forma considerável, uma vez que quando uma pessoa com a COVID-19 é identificada, ela entra em isolamento imediato e interrompe o contágio. Leia também: Rastreamento de contatos (contact tracing): saiba como o exame de antígeno pode mudar o cenário da pandemia
  • 7. 7 Indicações exame de antígeno O exame de antígeno é indicado para o início da infecção, a partir de 5 dias da exposição ao vírus ou do início dos sintomas. No caso do exame de antígeno Hilab, este deve ser realizado a partir do 1º até o 5º dia do início dos sintomas. Fora desse período, a titulação de antígenos pode ser muito baixa para ser detectada pelo exame. Uma vez que o exame de antígeno identifica as proteínas virais e possui alta correlação com o período de transmissibilidade da doença, é relevante para fins de isolamento, bem como para investigação de contatos.
  • 8. 8 Interpretação dos resultados – Não reagente O resultado indica que não foi detectada a presença de antígenos (proteínas) do vírus SARS-CoV-2 na amostra de secreção de nasofaringe analisada. É importante ressaltar que esse resultado sugere ausência do antígeno e não exclui a possibilidade de infecção ou exposição ao vírus. – Reagente O resultado indica a presença de antígenos do vírus SARS-CoV-2 na amostra de secreção de nasofaringe analisada. Vantagens do exame de antígeno para farmácias Pode ser oferecido para todas as pessoas (sintomáticas e assintomáticas) Pode ser indicado para os contatos próximos das pessoas com resultado reagente (positivo) Altíssima demanda Possibilidade de aumentar a venda de produtos complementares como máscaras e álcool gel
  • 9. 9 TESTE LABORATORIAL REMOTO DE SOROLOGIA (IGM E IGG) DA HILAB O exame de coronavírus IgM e IgG Hilab é um imunoensaio cromatográfico rápido para detecção qualitativa de anticorpos contra o SARS-CoV-2 em amostras de sangue total, soro ou plasma. A realização do teste é indicada para auxiliar no diagnóstico da infecção ou avaliação de contato prévio. Por ser um teste que detecta anticorpos, é indicado a partir do 7º dia do início dos sintomas. Interpretação dos resultados Os possíveis resultados para o exame de sorologia são: – IgM não reagente e IgG não reagente Indica possível ausência da infecção. O paciente deve adotar e manter todas as recomendações do Ministério da Saúde para evitar o contágio. Além disso, também existe a possibilidade de o resultado ser um falso negativo, o que pode acontecer quando o paciente não aguarda o período adequado para realizar o teste. Por esse motivo, o exame deve ser repetido caso a suspeita clínica persista. Lembrando que o exame sorológico de coronavírus Hilab deve ser realizado a partir do 7º dia do início dos sintomas. O paciente deve entrar em contato com o médico para avaliar a conduta diagnóstica.
  • 10. 10 – IgM reagente e IgG não reagente Sugere a presença de anticorpos IgM na amostra analisada. O paciente deve entrar em contato com o médico para avaliar a conduta diagnóstica. – IgM reagente e IgG reagente O resultado IgM reagente significa que provavelmente o paciente está com a COVID-19. O fato de o IgG ter sido reagente indica que o organismo pode estar produzindo os anticorpos da fase mais tardia da infecção. O paciente deve entrar em contato com o médico para avaliar a conduta diagnóstica. – IgM não reagente e IgG reagente Este resultado indica provável infecção passada. No entanto, os cuidados com a higiene pessoal e domiciliar devem ser mantidos mesmo após a recuperação. Lembre-se que a infecção pelo SARS- CoV-2 pode ocorrer mais de uma vez. Vantagens do exame de sorologia para farmácias Pode ser oferecido para pessoas que desejam saber se já tiveram a doença Altíssima demanda Possibilidade de aumentar a venda de produtos complementares como máscaras e álcool gel
  • 11. 11 COVID-19 E COMORBIDADES: O QUE VOCÊ PRECISA SABER Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), alguns grupos de risco para agravamento da COVID-19 são as pessoas acima de 60 anos e os portadores de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Confira os serviços e as principais orientações que você pode dar para esse público. Serviços farmacêuticos que podem ser oferecidos para idosos 1. Rastreamento em Saúde com Testes Laboratoriais Remotos Idosos são o grupo no qual Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) como hipertensão e diabetes são frequentes, uma vez que o risco de desenvolver essas doenças aumenta com o avançar da idade. Com os Testes Laboratoriais Remotos é possível identificar pacientes que têm alguma condição crônica mais rapidamente, o que é essencial para pacientes idosos que, muitas vezes, são as pessoas que mais necessitam de uma resposta rápida. Leia também: Rastreamento em saúde na farmácia: saiba como fazer 2. Revisão de medicamentos Os idosos estão entre os maiores consumidores de fármacos e são os que mais utilizam múltiplos medicamentos. Os erros mais comuns de uso de medicamentos por essa faixa etária envolvem dosagem incorreta, duplicidade terapêutica,
  • 12. 12 frequência e combinação inadequada de medicamentos. Por meio da conciliação de medicamentos, o farmacêutico faz a revisão da farmacoterapia, buscando sanar esses problemas. Assim, o paciente pode obter o benefício máximo do tratamento. 3. Seguimento farmacoterapêutico O seguimento farmacoterapêutico é focado na obtenção e manutenção de resultados terapêuticos e na continuidade do cuidado. Nesse serviço, o farmacêutico realiza uma revisão clínica ampla da farmacoterapia, baseando-se na avaliação dos resultados terapêuticos e no processo de utilização dos medicamentos. O serviço é realizado por meio de consultas farmacêuticas agendadas e é voltado principalmente a pacientes com condições crônicas, ou seja, diabéticos, hipertensos, pessoas vivendo com HIV e asmáticos. No seguimento farmacoterapêutico o profissional deve avaliar o uso de todos os medicamentos do paciente, incluindo a auto medicação. 4. Dispensação especializada de medicamentos Diferente da dispensação tradicional, que é destinada a todos os usuários, a dispensação especializada é destinada a pacientes selecionados - polimedicados ou com condições crônicas e problemas de adesão, por exemplo - e deve ser exclusivamente realizada pelo farmacêutico. Para oferecer esse serviço, o farmacêutico deve revisar a farmacoterapia, fornecer o produto e aconselhar o paciente. A dispensação especializada de medicamentos traz inúmeros benefícios aos pacientes idosos da farmácia, uma vez que eles são os mais propensos a terem problemas relacionados à não adesão ao tratamento medicamentoso. Leia também: Dispensação de medicamentos: como fazer da melhor forma?
  • 13. 13 Hipertensão e COVID-19 Pessoas com hipertensão, especialmente as mais idosas, têm maior probabilidade de apresentar sintomas graves de COVID-19 do que as pessoas não hipertensas. A taxa de mortalidade por coronavírus também é maior em pessoas com hipertensão. Por isso, é imprescindível destacar a importância do controle da pressão arterial não somente pela continuidade do tratamento indicado pelo médico como também pela adoção de medidas não farmacológicas que são tão importantes quanto. Algumas orientações incluem: Perda de peso Alimentação adequada Prática de exercícios físicos Restrição do consumo de álcool Redução da ingestão de sal Cessação tabágica Leia também: A importância do farmacêutico no combate ao tabagismo.
  • 14. 14 Serviços que podem ser oferecidos para pessoas com hipertensão 1. Testes Laboratoriais Remotos Frequentemente a hipertensão arterial acompanha outras condições que agravam o quadro, como o diabetes e as dislipidemias. Dentre os exames que podem ser realizados por pessoas hipertensas estão o exame de Perfil Lipídico (que avalia os níveis de colesterol total e suas frações e triglicerídeos), hemoglobina glicada e glicemia. 2. Seguimento farmacoterapêutico Como vimos, o seguimento farmacoterapêutico é focado na obtenção e manutenção de resultados terapêuticos e na continuidade do cuidado. O serviço é realizado por meio de consultas farmacêuticas agendadas e é voltado principalmente a pacientes com condições crônicas como a hipertensão arterial. Diabetes e COVID-19 O diabetes mellitus é, assim como a hipertensão arterial, um fator de risco para formas graves de COVID-19. Esta maior gravidade está também associada a comorbidades frequentes nos indivíduos que apresentam a doença (insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal, obesidade). As recomendações terapêuticas para as pessoas com diabetes durante o período de pandemia ressaltam um rigoroso controle da glicemia. Entretanto, um estudo publicado na revista Diabetes Research and Clinical Practice, que tinha por objetivo identificar as barreiras enfrentadas pelas pessoas com Diabetes no Brasil durante a pandemia de COVID-19, apontou que essas pessoas tiveram seus hábitos alterados, o que impacta a glicemia. Com isso, o risco de mortalidade, se infectados pelo SARS-CoV-2, bem
  • 15. 15 como por complicações agudas e crônicas do diabetes, aumenta potencialmente. O estudo, que coletou dados de 1701 indivíduos, revelou que: ∙ 95,1% dos entrevistados reduziram a frequência de sair de casa; ∙ Entre aqueles que monitoram a glicose no sangue em casa (91,5%) durante a pandemia: ∙ 59,4%) experimentou um aumento, uma diminuição ou uma maior variabilidade nos níveis de glicose; ∙ 38,4% postergaram consultas médicas e/ou exames de rotina; ∙ 59,5% reduziram a atividade física. Por isso, neste momento, é ainda mais importante que você atue como um educador em diabetes. Ao atender um paciente com a doença não deixe de perguntar sobre o controle da glicemia. Segundo estudos, no mínimo uma vez ao mês, o paciente com diabetes e seu cuidador frequentam a farmácia em busca de medicamentos, além dos insumos necessários para controlar a doença. Por este motivo, o paciente com diabetes pode ter mais contato com o farmacêutico do que com o próprio médico. Serviços que podem ser oferecidos para pessoas com diabetes 1. Educação em saúde A educação é um processo contínuo e constitui a ferramenta principal para o controle do diabetes. Para tanto, “o farmacêutico deve estar qualificado e consciente do seu papel de educador nesse processo. O propósito da educação é o controle do diabetes através do cuidado por parte das pessoas, familiares e cuidadores, tendo como consequência a melhora do estado de saúde e da qualidade de vida das pessoas”.
  • 16. 16 A Organização Mundial da Saúde destaca a importância da educação para o autocuidado na prevenção e tratamento de doenças crônicas como o diabetes mellitus. A pessoa que vive com a doença é a principal responsável por desempenhar atividades relacionadas ao tratamento. No entanto, para que ela possa desempenhar esse papel, é necessário conhecer os comportamentos que devem ser adotados para o controle do diabetes. São sete os comportamentos principais: Alimentação saudável Resolução de problemas Ser ativo Enfrentamento saudável Monitorização da glicemia Tomar medicamentos Redução de riscos O farmacêutico, como educador em diabetes, pode contribuir para a adoção de todos esses comportamentos. 2. Rastreamento em Saúde com Testes Laboratoriais Remotos de Glicemia, Hemoglobina Glicada e Perfil Lipídico Para o rastreamento do diabetes, pode-se utilizar a glicemia em jejum, a glicemia de 2 horas pós-sobrecarga ou a hemoglobina glicada, sendo a glicemia de 2 horas pós- sobrecarga o teste menos utilizado. A glicemia em jejum e a hemoglobina glicada são exames que podem ser oferecidos aos clientes que frequentam a farmácia.
  • 17. 17 Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, esses testes são instrumentos tanto para auxiliar no diagnóstico de diabetes ou pré-diabetes, quanto para avaliar o controle glicêmico do paciente com diabetes. Outro exame que precisa ser realizado com frequência por pessoas com diabetes ou por aquelas que apresentam algum fator de risco para o desenvolvimento da doença, é o exame de Perfil Lipídico. Pessoas com diabetes mellitus possuem duas a três vezes mais chances de apresentar problemas cardiovasculares do que pessoas não-diabéticas. 3. Aferição da pressão arterial O diabetes mellitus tipo 2, que é o tipo mais comum em pessoas que estão acima do peso, muitas vezes vem acompanhado de pressão alta (hipertensão arterial sistêmica). Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 4 entre 10 pacientes diabéticos apresentam pressão acima do normal. O controle da pressão por parte do paciente diabético é tão importante quanto o controle da glicemia. Isso porque a pressão alta aumenta o risco de doenças cardiovasculares como infarto, além de acelerar o processo de lesão nos rins, já causado pelo próprio diabetes.
  • 18. 18 NOVA LEI SOBRE A VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 EM FARMÁCIAS Segundo Nota Técnica Nº 6/2021/SEI/GRECS/GGTES/DIRE1/ANVISA, a comercialização e aplicação de vacinas podem ser realizadas nas farmácias com licenciamento específico para a atividade de vacinação, nos termos da Resolução RDC n. 197, de 26 de dezembro de 2017, que dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana, e conforme a Nota Técnica nº 12/2021, que determina as recomendações para os serviços de vacinação durante o período da pandemia da COVID-19. Recentemente, a nova Lei nº 14.125, sancionada pelo governo e publicada no último dia 10 de março no Diário Oficial da União, abriu um importante caminho para que farmácias se tornem locais de vacinação contra a COVID-19. A lei, que dispõe sobre a responsabilidade civil relativa a eventos adversos pós-vacinação contra a Covid-19 e sobre a aquisição e distribuição de vacinas por pessoas jurídicas de direito privado, definiu que qualquer estabelecimento de saúde com sala para aplicação de injetáveis está apto a ministrar vacinas.
  • 19. 19 COVID-19: ORIENTAÇÕES AO PACIENTE A procura por determinados medicamentos e suplementos vitamínicos tem aumentado durante a pandemia. Cuidados para a dispensação de todos esses medicamentos são necessários, uma vez que, além dos efeitos colaterais, não previnem a infecção pelo SARS-CoV-2. Na dispensação, é responsabilidade do farmacêutico identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à terapia medicamentosa. Não existe tratamento precoce A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não recomenda tratamento farmacológico precoce para COVID-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro). A SBI destaca que “os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais. Ou seja, não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVD-19.”
  • 20. 20 Riscos da automedicação com vitamina D Segundo dados de estudo da consultoria IQVIA, a venda de vitamina D cresceu cerca de 35% nos primeiros meses de 2020, quando comparado a 2019. A suplementação generalizada de vitamina D para toda a população não é indicada. A principal população de deficientes é formada por pessoas com baixa insolação. As doses para tratamento variam de acordo com o grau de deficiência do paciente e com a meta a ser atingida. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia informa que a taxa de Vitamina D acima de 100 ng/mL é considerada elevada, com risco de hipercalcemia e intoxicação. O uso de alta dose de vitamina D, por tempo prolongado, provoca intoxicação medicamentosa e diversas complicações. Relembre as orientações É importante que todos respeitem as medidas como o uso de máscaras e o distanciamento social, visando à redução da sobrecarga dos serviços de saúde. Por isso, sempre que possível, reforce as medidas de prevenção: Uso de máscara cobrindo nariz, boca e queixo; Não participar de aglomerações, como reuniões, festas de confraternização em bares e restaurantes; Distanciamento físico de 1,5m; Manter ambientes ventilados / arejados; Higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel a 70%; Paciente com sintomas de “resfriado” ou “gripe” deve ficar imediatamente em isolamento respiratório, pois pode ser COVID-19.
  • 21. 21 SOBRE A HILAB Somos um laboratório de análises clínicas que há mais de 17 anos atua no mercado de tecnologia médica. Nossos resultados são rápidos e confiáveis porque nós unimos a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas ao conhecimento de profissionais de saúde altamente capacitados. Nossos Testes Laboratoriais Remotos estão disponíveis em farmácias, empresas, clínicas e consultórios de todo o Brasil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Brasil. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Fascículo VII - Manejo do Tratamento de Pacientes com Diabetes. / Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2011. Barone MTU, Harnik SB, Luca PV, Lima BLS, Wieselberg RJP, Ngongo B, The impact of COVID-19 on people with diabetes in Brazil. Diabetes Researchand Clinical Practice. I66: I08304. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.diabres.2020.108304 BVS Atenção Primária em Saúde. Quais são os grupos de risco para agravamento da COVID-19? Disponível em: https://aps.bvs.br/aps/ quais-sao-os-grupos-de-risco-para-agravamento-da-covid-19/. Acesso em: 18 de março de 2021.
  • 22. 22 CAMPANA, Gustavo Aguiar; OPLUSTIL, Carmen Paz; FARO, Lorena Brito de. Tendências em medicina laboratorial. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro , v. 47, n. 4, p. 399-408, Aug. 2011. CORRER, C. J. Farmácia Clínica e a prestação de serviços farmacêuticos. 1. ed. Curitiba: Ed. Practice, 2016. 132 p. CORRER, C. J.; OTUKI, M. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: Artmed; 2013. 434 p. GOMES, H. O.; Caldas, C.P. Uso inapropriado de medicamentos pelo idoso: polifarmácia e seus efeitos. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2008;7(1):88-99. Medscape. Type 2 Diabetes Mellitus. Disponível em: https://emedicine.medscape.com/article/117853-overview#a2. Acesso em: 18 de março de 2021. Sociedade Brasileira de Infectologia. Atualizações e recomendações sobre a COVID-19. Disponível em: https://infectologia.org.br/wp- content/uploads/2020/12/atualizacoes-e-recomendacoes-covid-19. pdf. Acesso: 18 de março de 2021. Unidos pelo diabetes. Manual do Curso. APRIFARMA: Aprimoramento em Diabetes para Farmacêuticos.
  • 23. 23 Hi Technologies LTDA Rua Eduardo Sprada, 6.400B, Cidade Industrial, Curitiba, PR | CEP: 81290-110 Comercial +55 41 3022-3461 +55 41 3022-3271 Laboratório +55 41 3285-3170 +55 41 3285-8185 www.hilab.com.br