SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Fábio da Silva Vieira Schwarz
Narrativas do Candomblé no Vale
do Mamanguape: Que História nos
é contada a partir de um Olhar
Etnográfico.
Valei-me, meu Pai,
Atotô, Obaluaê
A produção artística indígena dos Tapajós que habitaram as
adjacências do rio Tapajós, à beira da atual Santarém. A cerâmica
tapajônica, também conhecida como Cerâmica de Santarém, foram os
únicos vestígios que sobraram para a posteridade da cultura dos
Tapajós, já que a população indígena foi dizimada pelo homem ,dito
civilizado, em seu projeto de "civilização" e cristianismo em 1542.
CONTEXTO HISTÓRICO
Seguiremos pelo aporte teórico de (GEERTZ, 1997) e (GELL, 2018) com
as obras antropológicas: “A arte como um sistema cultural” edição de
1997, de Clifford James Geertz e “Arte e Agência: Uma teoria
antropológica” edição de 2018, de Alfred Gell.
APORTE TEÓRICO
Busca apresentar a antropologia da arte desvinculando a arte de uma
valoração que acaba excluindo determinadas artes indígenas de seres
analisadas, com isso, maioria das artes indígenas desvalorizadas
devidos a valoração nociva dos historiadores que tentam engessam a
arte indígena a partir de uma estética puramente nociva. A intenção de
GELL (2018) é fazer com que a arte indígena seja respeitada
antropologicamente, assim como as outras artes, pois, a arte
indígena produz ações na sociedade sendo receptora do índice.
ALFRED GELL
A arte expressa o sentimento da sociedade com o equilíbrio e harmonia
que representa a forma da sociedade e não uma forma fixa engessada
com os princípios de uma sociedade capitalista. A arte vai muito além
de uma forma estática, pois “a arte se expressa e o sentimento pela vida
que os estimula são inseparáveis”. (GEERTZ, 1997, p. 148). Todavia,
arte é, sobretudo, a experiência do indivíduo que está atrelada uma
sensibilidade que “é essencialmente uma formação coletiva; e de que as
bases de tal formação são tão amplas e tão profundas como a própria
vida social”. (GEERTZ, 1997, p. 149).
CLIFFORD GEERTZ
ANÁLISE DAS OBRAS DE ARTE
Vaso antropomórfico
VASO ANTROPOMÓRFICO TAPAJÓ
Vaso antropomórfico
Vaso onde costumavam
conservar o corpo de seus chefes
mumificado, e era exposto à
veneração pública em
determinadas festas. As demais
pessoas, após a morte, tinham
seus ossos moídos e misturados
em bebidas, tomadas pela
comunidade em ocasiões
especiais.
It has a beautiful
VASO RITUALÍSTICO- RITUAL DA MORTE
Vaso utilizado para moer os
ossos e colocados em vinho,
que era bebido pelos familiares
do morto e pelo resto da
tribo, por ocasião da festa
ritualística.
VASO ANTROPOMÓRFICO TAPAJÓ
Vaso antropomórfico Vaso antropomórfico
VASO RITUALÍSTICO- RITUAL DA MORTE
Vasos ritualísticos zoo antropomórfico, utilizado para misturar as cinzas de seus mortos a bebidas
fermentadas feitas de milho, arroz-bravo ou jambu, uma planta nativa. Vasos usados para beber os
entes queridos. Outros seriam de uso exclusivo dos sacerdotes, para a ingestão de bebidas alucinógenas,
como a ayahuasca.
CERÂMICA TAPAJÔNICA
CERÂMICA TAPAJÔNICA
A cerâmica Tapajônica,
feita com argila e
cauxixi, uma esponja
de rio. A mistura fica
dura e leve como
porcelana. Utilizavam a
cerâmica em festas e
rituais religiosos. A
cavidade no gargalo
deste vaso servia para
colocar penas
coloridas durante os
rituais. Ele tem 20
centímetros de altura.
CERÂMICA TAPAJÔNICA
A PEDRA MUIRAQUITÃS
muiraquitãs, pedra verde
esculpida em forma de sapo,
eram usados pelas mulheres
tapajós como amuleto para
prevenir doenças e evitar a
infertilidade.
CUIA
CUIA
JAMBU
JAMBU
JAMBU
JAMBU
CONCLUSÃO
Portanto, a Arte deve ser lida pelos os estudiosos e por todos que
apreciam a arte, com um olhar desprendido de vício de uma estética
nociva que engendram juízos de valores. É perceptível que a fruição da
arte transcender essa forma engessada da estética e que o objeto
artístico pode ser ativo e paciente conforme os elementos sejam eles
sociais ou culturais que orbitam a obra. Com isso, não podemos dissociar
a arte da sociedade e nem da cultura que a produz, Pois “tanto o índice
quanto o artista e o próprio receptor, público, podem ser agentes”.
(SPÍNDOLA, 2021, p. 541).
REFERÊNCIAS
GEERTZ, Clifford James. A arte como um sistema cultural. Petrópolis: vozes,
1997.
GELL, Alfred. Arte e Agência: Uma teoria antropológica. São Paulo: Ubu, 2018.
SPÍNDOLA, Marina de Jesus Amaral. Por uma teoria antropológica da arte: Alfred
Gell em Arte e Agência. Revista Espacialidades [online], v. 17, n. 1, 2021.
OBRIGADO!!!

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Cerâmica Tapajônica: arte indígena dos Tapajós

Introdução à História da Arte
Introdução à História da ArteIntrodução à História da Arte
Introdução à História da Artealinewar
 
Tarsila amaral
Tarsila amaralTarsila amaral
Tarsila amaralLelaUdesc
 
01 arte africana ou artes africanas
01 arte africana ou artes africanas01 arte africana ou artes africanas
01 arte africana ou artes africanasprimeiraopcao
 
Exposição con(s)equência
Exposição con(s)equênciaExposição con(s)equência
Exposição con(s)equênciaClaudio Silva
 
Historia da arte - período da antiguidade - resumo
Historia da arte - período da antiguidade - resumoHistoria da arte - período da antiguidade - resumo
Historia da arte - período da antiguidade - resumoAndrea Dressler
 
Aula 07 Alta Cultura, Cultura Popular e Cultura de Massa
Aula 07   Alta Cultura, Cultura Popular e Cultura de MassaAula 07   Alta Cultura, Cultura Popular e Cultura de Massa
Aula 07 Alta Cultura, Cultura Popular e Cultura de MassaElizeu Nascimento Silva
 
Arte Africana e Afro Brasileira em Sala de Aula - AULA 1.pdf
Arte Africana e Afro Brasileira em Sala de Aula - AULA 1.pdfArte Africana e Afro Brasileira em Sala de Aula - AULA 1.pdf
Arte Africana e Afro Brasileira em Sala de Aula - AULA 1.pdfJoanaDArc163123
 
Trabalho de literatura
Trabalho de literaturaTrabalho de literatura
Trabalho de literaturaValkiria Marks
 
Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1andredejesus
 
A arte na história aula inaugural
A arte na história   aula inauguralA arte na história   aula inaugural
A arte na história aula inauguralDaniella Cincoetti
 
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...
Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...UNEB
 

Semelhante a Cerâmica Tapajônica: arte indígena dos Tapajós (20)

Introdução à História da Arte
Introdução à História da ArteIntrodução à História da Arte
Introdução à História da Arte
 
Arte Egípicia
Arte EgípiciaArte Egípicia
Arte Egípicia
 
Tarsila amaral
Tarsila amaralTarsila amaral
Tarsila amaral
 
01 arte africana ou artes africanas
01 arte africana ou artes africanas01 arte africana ou artes africanas
01 arte africana ou artes africanas
 
Arte
ArteArte
Arte
 
Exposição con(s)equência
Exposição con(s)equênciaExposição con(s)equência
Exposição con(s)equência
 
Historia da arte - período da antiguidade - resumo
Historia da arte - período da antiguidade - resumoHistoria da arte - período da antiguidade - resumo
Historia da arte - período da antiguidade - resumo
 
Pierre bourdieu
Pierre bourdieuPierre bourdieu
Pierre bourdieu
 
Aula 07 Alta Cultura, Cultura Popular e Cultura de Massa
Aula 07   Alta Cultura, Cultura Popular e Cultura de MassaAula 07   Alta Cultura, Cultura Popular e Cultura de Massa
Aula 07 Alta Cultura, Cultura Popular e Cultura de Massa
 
Arte Africana e Afro Brasileira em Sala de Aula - AULA 1.pdf
Arte Africana e Afro Brasileira em Sala de Aula - AULA 1.pdfArte Africana e Afro Brasileira em Sala de Aula - AULA 1.pdf
Arte Africana e Afro Brasileira em Sala de Aula - AULA 1.pdf
 
Trabalho de literatura
Trabalho de literaturaTrabalho de literatura
Trabalho de literatura
 
O que é arte?
O que é arte?O que é arte?
O que é arte?
 
Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1Historia do teatro de rua no brasil finalização1
Historia do teatro de rua no brasil finalização1
 
A arte na história aula inaugural
A arte na história   aula inauguralA arte na história   aula inaugural
A arte na história aula inaugural
 
ELETIVA_ARTE_NA_HISTORIA_11.08.pptx
ELETIVA_ARTE_NA_HISTORIA_11.08.pptxELETIVA_ARTE_NA_HISTORIA_11.08.pptx
ELETIVA_ARTE_NA_HISTORIA_11.08.pptx
 
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...
Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...
 
Arte
ArteArte
Arte
 
Arte de áfrica
Arte de áfricaArte de áfrica
Arte de áfrica
 
Arte Africana
Arte Africana Arte Africana
Arte Africana
 
Art.egip
Art.egipArt.egip
Art.egip
 

Último

Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......suporte24hcamin
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 

Último (20)

Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 

Cerâmica Tapajônica: arte indígena dos Tapajós

  • 1. Fábio da Silva Vieira Schwarz Narrativas do Candomblé no Vale do Mamanguape: Que História nos é contada a partir de um Olhar Etnográfico. Valei-me, meu Pai, Atotô, Obaluaê
  • 2. A produção artística indígena dos Tapajós que habitaram as adjacências do rio Tapajós, à beira da atual Santarém. A cerâmica tapajônica, também conhecida como Cerâmica de Santarém, foram os únicos vestígios que sobraram para a posteridade da cultura dos Tapajós, já que a população indígena foi dizimada pelo homem ,dito civilizado, em seu projeto de "civilização" e cristianismo em 1542. CONTEXTO HISTÓRICO
  • 3. Seguiremos pelo aporte teórico de (GEERTZ, 1997) e (GELL, 2018) com as obras antropológicas: “A arte como um sistema cultural” edição de 1997, de Clifford James Geertz e “Arte e Agência: Uma teoria antropológica” edição de 2018, de Alfred Gell. APORTE TEÓRICO
  • 4. Busca apresentar a antropologia da arte desvinculando a arte de uma valoração que acaba excluindo determinadas artes indígenas de seres analisadas, com isso, maioria das artes indígenas desvalorizadas devidos a valoração nociva dos historiadores que tentam engessam a arte indígena a partir de uma estética puramente nociva. A intenção de GELL (2018) é fazer com que a arte indígena seja respeitada antropologicamente, assim como as outras artes, pois, a arte indígena produz ações na sociedade sendo receptora do índice. ALFRED GELL
  • 5. A arte expressa o sentimento da sociedade com o equilíbrio e harmonia que representa a forma da sociedade e não uma forma fixa engessada com os princípios de uma sociedade capitalista. A arte vai muito além de uma forma estática, pois “a arte se expressa e o sentimento pela vida que os estimula são inseparáveis”. (GEERTZ, 1997, p. 148). Todavia, arte é, sobretudo, a experiência do indivíduo que está atrelada uma sensibilidade que “é essencialmente uma formação coletiva; e de que as bases de tal formação são tão amplas e tão profundas como a própria vida social”. (GEERTZ, 1997, p. 149). CLIFFORD GEERTZ
  • 7. Vaso antropomórfico VASO ANTROPOMÓRFICO TAPAJÓ Vaso antropomórfico Vaso onde costumavam conservar o corpo de seus chefes mumificado, e era exposto à veneração pública em determinadas festas. As demais pessoas, após a morte, tinham seus ossos moídos e misturados em bebidas, tomadas pela comunidade em ocasiões especiais.
  • 8. It has a beautiful VASO RITUALÍSTICO- RITUAL DA MORTE Vaso utilizado para moer os ossos e colocados em vinho, que era bebido pelos familiares do morto e pelo resto da tribo, por ocasião da festa ritualística.
  • 9. VASO ANTROPOMÓRFICO TAPAJÓ Vaso antropomórfico Vaso antropomórfico
  • 10. VASO RITUALÍSTICO- RITUAL DA MORTE Vasos ritualísticos zoo antropomórfico, utilizado para misturar as cinzas de seus mortos a bebidas fermentadas feitas de milho, arroz-bravo ou jambu, uma planta nativa. Vasos usados para beber os entes queridos. Outros seriam de uso exclusivo dos sacerdotes, para a ingestão de bebidas alucinógenas, como a ayahuasca.
  • 11. CERÂMICA TAPAJÔNICA CERÂMICA TAPAJÔNICA A cerâmica Tapajônica, feita com argila e cauxixi, uma esponja de rio. A mistura fica dura e leve como porcelana. Utilizavam a cerâmica em festas e rituais religiosos. A cavidade no gargalo deste vaso servia para colocar penas coloridas durante os rituais. Ele tem 20 centímetros de altura. CERÂMICA TAPAJÔNICA
  • 12. A PEDRA MUIRAQUITÃS muiraquitãs, pedra verde esculpida em forma de sapo, eram usados pelas mulheres tapajós como amuleto para prevenir doenças e evitar a infertilidade.
  • 15. CONCLUSÃO Portanto, a Arte deve ser lida pelos os estudiosos e por todos que apreciam a arte, com um olhar desprendido de vício de uma estética nociva que engendram juízos de valores. É perceptível que a fruição da arte transcender essa forma engessada da estética e que o objeto artístico pode ser ativo e paciente conforme os elementos sejam eles sociais ou culturais que orbitam a obra. Com isso, não podemos dissociar a arte da sociedade e nem da cultura que a produz, Pois “tanto o índice quanto o artista e o próprio receptor, público, podem ser agentes”. (SPÍNDOLA, 2021, p. 541).
  • 16. REFERÊNCIAS GEERTZ, Clifford James. A arte como um sistema cultural. Petrópolis: vozes, 1997. GELL, Alfred. Arte e Agência: Uma teoria antropológica. São Paulo: Ubu, 2018. SPÍNDOLA, Marina de Jesus Amaral. Por uma teoria antropológica da arte: Alfred Gell em Arte e Agência. Revista Espacialidades [online], v. 17, n. 1, 2021.