2. A Guerra
Guerra do Yom Kippur também conhecida como a
Guerra Arabe-israelense de 1973, Guerra de
Outubro, Guerra do Ramadão (Ramadã, na forma
brasileira), ou ainda, Quarta guerra Árabe-Israelense, foi
um conflito militar ocorrido de 6 a 26 de Outubro de 1973,
entre uma coalizão de estados árabes liderados pelo
Egito e Síria contra Israel.
3. Fatos Relevantes
Após a guerra de seis dias, o governo israelense tomou
providências no sentido de proteger as terras
conquistadas e o controle obtido sobre o Canal de
Suez. Por isso, construíram uma linha de fortificações
ligadas a estradas como linha Bar- Lev. Por outro lado,
as nações árabes derrotadas nesse primeiro conflito,
por ainda se sentirem desrespeitadas com tal situação,
logo organizaram uma resposta contra Israel.
No dia 6 de outubro a nação judaíca se encontrava
ocupada com os preparativos para o Yom Kippur.
4. Feriado do Yon Kippur
Yon Kippur é o dia do perdão judeu. Dez dias após o ano
novo, os judeus comemoraram o Yon Kippur, considerado o
dia mais santo do seu calendário. Segundo a tradição o
povo judeu, após ter saído do Egito, fez um bezerro de ouro
e o adorou, comportamento proibido pelos mandamentos
do judaísmo que não permite adoração de imagens.
Para os judeus, esse é um dia em que todas as promessas de
arrependimentos, amor e amizade são seladas no plano
divino. É nesse dia que os judeus tem a chance de se
desculparem pelos seus atos e pedir perdão.
5. Planos do Egito
O Presidente Gamal Abdel Nasser do Egito, morreu em Setembro de 1970.
Foi sucedido por Anwar Sadat, considerado mais moderado e pragmático
que Nasser. Como meta de seu governo, resolve neutralizar a política
expansionista do Estado de Israel e ao mesmo tempo assegurar sua
posição de liderança no mundo árabe. Decide, então, retomar
a península do Sinai.
O plano para um ataque a Israel, sem aviso, em conjunto com a Síria,
recebeu o nome de código Operação Badr (palavra árabe que significa
"lua cheia"), sugerindo usar a maré de sizígia (fenômeno da atração
gravitacional exercido entre a lua e a terra) para transpor os obstáculos
bélicos instalados por israelenses ao longo do canal de Suez.
Para tanto, os egípcios, recorrem a utilização de possantes bombas de
sucção e usam as águas do canal como agente de erosão hídrica,
destruindo as fundações da, até então, intransponível e elaborada
barreira de 50 metros de altura, construída pelos israelenses com a areia
do deserto, para guarnecer toda a margem ao norte do canal de Suez
contra os exércitos árabes.
6. Início do Conflito
O episódio começou com um ataque inesperado do
Egito e da Síria, coincidindo com o dia do feriado
judaico Yom Kippur.
Egito e Síria cruzaram as linhas de cessar-fogo no Sinai e
na Colinas do Golã, respectivamente, que haviam sido
conquistadas, por Israel, em 1967 durante a Guerra dos
Seis Dias.
Inversamente ao fator surpresa usado pelos israelenses
na guerra dos seis dias, durante os primeiros dias
egípcios e sírios avançaram recuperando partes dos
seus territórios.
7. Desenvolvimento
Enquanto o Egito atacava as posições israelenses desprotegidas na
Península do Sinai, as forças Sírias atacaram os baluartes das Colinas de
Golã. Nessa investida, graves perdas foram infligidas ao exército israelense.
O cenário começou a se inverter para o lado de Israel na segunda semana
de lutas, quando os israelenses fizeram os sírios retrocederem nas colinas de
Golã, enquanto o Egito mantinha sua posição no Sinai, fechando a
comunicação entre a linha Bar-Lev e Israel, porém, este também sem
comunicação com o Egito.
Contudo, após três semanas de luta, as Forças de Defesa de Israel
(FDI) obrigaram as tropas árabes a retroceder, e as fronteiras iniciais
reconfiguraram-se.
8. Desenvolvimento (cont.)
Ao sul do Sinai, os israelenses encontraram uma "brecha" entre
os exércitos egípcios e conseguiram cruzar para o lado oeste do canal
de Suez, no local onde a grande muralha Bar-Lev não havia sido
tomada e ameaçaram a cidade egípcia de Ismaília.
O conflito levou as duas superpotências da época, os EUA, que
defendia os interesses de Israel, e a URSS, dos países árabes, a uma
tensão diplomática. Mas um cessar-fogo das Nações Unidas entrou em
vigor de forma cooperativa, em 25 de outubro de 1973.
9. Implicações
A guerra teve implicações profundas para muitas nações.
O Mundo Árabe, que havia sido humilhado pela derrota
desproporcional da aliança Egípcio-Sírio-Jordaniana durante a
Guerra dos Seis Dias, se sentiu psicologicamente vingado por seu
momento de vitórias no início do conflito, apesar do resultado final.
Esse sentimento de vingança pavimentou o caminho para o
processo de paz que se seguiu, assim como liberalizações como a
política de infitah do Egito.
Os Acordos de Camp David (1978), que vieram logo depois,
levaram a relações normalizadas entre Egito e Israel - a primeira vez
que um país árabe reconheceu o Estado israelense. O Egito, que já
vinha se afastando da União Soviética, deixou a esfera de
influência soviética completamente.
10. Consequências do Conflito
Uma das consequências desta guerra foi a crise do petróleo, já
que os estados árabes, membros da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep), boicotaram os Estados Unidos e
os países europeus que apoiavam a sobrevivência de Israel.
Se a curto prazo, a medida agravou a crise econômica mundial, a
longo prazo, a comunidade internacional aprendeu a usar fontes
alternativas de energia, e inclusive, algumas áreas do planeta
começaram a descobrir que também possuíam petróleo, como foi
o caso da região do Mar do Norte, da Europa, do Alasca, dos
Estados Unidos, da Venezuela, do México, da África do Sul,
da União Soviética e, também do Brasil.
11. Créditos:
Grupo: Juliana Coimbra,Rayane Ferreira, Caroline Hossaka,Luiza Terra e
Antônio Vieira
Professor: Daniel
Turma: 415/1ºano