1. O documento apresenta um processo de prospectiva estratégica aplicado ao setor do turismo em Portugal com o horizonte de 2020.
2. São identificadas tendências críticas, incertezas cruciais e variáveis imprevisíveis que podem impactar o setor do turismo.
3. Quatro cenários para 2020 são construídos usando análise morfológica para combinar configurações possíveis das incertezas identificadas.
A Escola Francesa de Prospectiva no Contexto dos Futures StudiesAntónio Alvarenga
Este documento descreve a escola francesa de prospectiva no contexto dos estudos do futuro, desde a Comissão do Ano 2000 até as ferramentas de Michel Godet. Apresenta conceitos e ferramentas-chave da prospectiva como análise estrutural, cenários e jogo de atores. Explora três ferramentas do método integrado de prospectiva estratégica de Godet: análise estrutural MICMAC, análise do jogo de atores MACTOR e construção de cenários MORPHOL.
Este documento fornece um guia metodológico para o projeto Horizon Scanning DPP, que tem como objetivo identificar forças de mudança e antecipar questões críticas e oportunidades. Descreve cinco categorias de forças de mudança: tendências, megatendências, incertezas, sinais fracos e "wild cards". Fornece definições e exemplos para cada categoria, explicando como identificá-las e analisar seus possíveis impactos.
O documento descreve ferramentas de apoio à promoção turística desenvolvidas pela GeoSLab, incluindo uma plataforma integrada de conteúdos e serviços turísticos chamada GeoSisTur e aplicativos móveis para apoiar empresas do setor e promover destinos.
participantes_Economic Strategies for Environment_The Portuguese Green Growth...António Alvarenga
Portugal has high potential for green growth due to abundant renewable energy resources but remains highly energy dependent with a large energy intensity GDP. It has developed infrastructure for water and sanitation but faces issues like high losses in water systems. Coastal areas are economically important but suffer from artificial surfaces and erosion. Green growth strategies aim to realize Portugal's potential while addressing constraints like waste management challenges. Harnessing renewable resources through investment could help drive green jobs and economic growth.
O relatório apresenta o estado do ambiente em Portugal em 2014, destacando evoluções positivas e desafios persistentes nos diversos domínios ambientais. Houve melhorias na qualidade da água para consumo e nas águas balneares, bem como na gestão de resíduos e redução de emissões. No entanto, a dependência energética, intensidade carbónica da economia e pressões sobre recursos naturais permanecem como problemas. O documento fornece também cenários macroeconómicos até 2050 para enquadrar as análises.
Este documento descreve uma ferramenta chamada "Skills for Decisions" que ajuda a desenvolver habilidades para tomada de decisão. A ferramenta é implementada através de um workshop dividido em quatro módulos, começando com uma apresentação teórica e demonstração prática do jogo, seguida por sessões focadas no indivíduo e em grupos. O objetivo é tornar as pessoas mais resilientes às mudanças, identificando padrões de comportamento e encontrando novas abordagens para problemas.
This document describes a two-day workshop on capacity building and future thinking tools. The workshop teaches horizon scanning, trend analysis, scenario planning, and strategic decision-making. Participants will learn to identify trends, uncertainties, implications and opportunities to develop future scenarios. The goal is to help organizations and individuals make robust decisions to deal with various futures. The workshop costs $2,100 and will take place in Dubai on May 27-28, 2017. It is suited for innovation and strategy professionals who want to strengthen foresight and planning skills.
This document presents an approach to analyzing the strategic foresight of places, specifically looking at the future of the Lisbon Metropolitan Area. It discusses key variables like activities and population that influence a place's dynamics over time. Activities are divided into functions of the place, derivative activities, and construction. Population and activities then influence land use and "space consumption." The document outlines factors that make a place attractive to activities and population, like infrastructure, human resources, and costs. It proposes using this framework to understand the recent dynamics of three cases within the Lisbon Metropolitan Area.
A Escola Francesa de Prospectiva no Contexto dos Futures StudiesAntónio Alvarenga
Este documento descreve a escola francesa de prospectiva no contexto dos estudos do futuro, desde a Comissão do Ano 2000 até as ferramentas de Michel Godet. Apresenta conceitos e ferramentas-chave da prospectiva como análise estrutural, cenários e jogo de atores. Explora três ferramentas do método integrado de prospectiva estratégica de Godet: análise estrutural MICMAC, análise do jogo de atores MACTOR e construção de cenários MORPHOL.
Este documento fornece um guia metodológico para o projeto Horizon Scanning DPP, que tem como objetivo identificar forças de mudança e antecipar questões críticas e oportunidades. Descreve cinco categorias de forças de mudança: tendências, megatendências, incertezas, sinais fracos e "wild cards". Fornece definições e exemplos para cada categoria, explicando como identificá-las e analisar seus possíveis impactos.
O documento descreve ferramentas de apoio à promoção turística desenvolvidas pela GeoSLab, incluindo uma plataforma integrada de conteúdos e serviços turísticos chamada GeoSisTur e aplicativos móveis para apoiar empresas do setor e promover destinos.
participantes_Economic Strategies for Environment_The Portuguese Green Growth...António Alvarenga
Portugal has high potential for green growth due to abundant renewable energy resources but remains highly energy dependent with a large energy intensity GDP. It has developed infrastructure for water and sanitation but faces issues like high losses in water systems. Coastal areas are economically important but suffer from artificial surfaces and erosion. Green growth strategies aim to realize Portugal's potential while addressing constraints like waste management challenges. Harnessing renewable resources through investment could help drive green jobs and economic growth.
O relatório apresenta o estado do ambiente em Portugal em 2014, destacando evoluções positivas e desafios persistentes nos diversos domínios ambientais. Houve melhorias na qualidade da água para consumo e nas águas balneares, bem como na gestão de resíduos e redução de emissões. No entanto, a dependência energética, intensidade carbónica da economia e pressões sobre recursos naturais permanecem como problemas. O documento fornece também cenários macroeconómicos até 2050 para enquadrar as análises.
Este documento descreve uma ferramenta chamada "Skills for Decisions" que ajuda a desenvolver habilidades para tomada de decisão. A ferramenta é implementada através de um workshop dividido em quatro módulos, começando com uma apresentação teórica e demonstração prática do jogo, seguida por sessões focadas no indivíduo e em grupos. O objetivo é tornar as pessoas mais resilientes às mudanças, identificando padrões de comportamento e encontrando novas abordagens para problemas.
This document describes a two-day workshop on capacity building and future thinking tools. The workshop teaches horizon scanning, trend analysis, scenario planning, and strategic decision-making. Participants will learn to identify trends, uncertainties, implications and opportunities to develop future scenarios. The goal is to help organizations and individuals make robust decisions to deal with various futures. The workshop costs $2,100 and will take place in Dubai on May 27-28, 2017. It is suited for innovation and strategy professionals who want to strengthen foresight and planning skills.
This document presents an approach to analyzing the strategic foresight of places, specifically looking at the future of the Lisbon Metropolitan Area. It discusses key variables like activities and population that influence a place's dynamics over time. Activities are divided into functions of the place, derivative activities, and construction. Population and activities then influence land use and "space consumption." The document outlines factors that make a place attractive to activities and population, like infrastructure, human resources, and costs. It proposes using this framework to understand the recent dynamics of three cases within the Lisbon Metropolitan Area.
Economia Verde_JornadasATIC_13abr2015_b_s_cl3_AlvarengaAntónio Alvarenga
O documento discute a economia verde como uma alavanca para a competitividade e desenvolvimento. Apresenta conceitos de crescimento verde e economia verde e discute como o verde pode criar valor através de benefícios como produtividade, inovação e novos mercados. Identifica setores-chave como água, resíduos, agricultura e floresta e discute o potencial das cidades sustentáveis para promover a economia verde.
O documento descreve a tendência crescente do investimento mundial em energias renováveis. Apesar da crise econômica, o investimento em fontes renováveis como eólica e solar persiste, principalmente na China. O desenvolvimento de tecnologias renováveis é crucial para construir um novo paradigma energético sustentável, baseado menos em combustíveis fósseis.
Este documento discute a economia do fundo do mar profundo e suas potenciais implicações. Apesar de ser um ambiente hostil, o fundo do mar pode conter grande riqueza ainda desconhecida, como recursos energéticos e biológicos. No entanto, a tecnologia atual limita a exploração das profundidades oceânicas. À medida que a tecnologia avança, novas descobertas podem questionar paradigmas estabelecidos sobre a exploração de petróleo e outros recursos no fundo do mar.
1. O documento discute o fim dos combustíveis fósseis e a transição para energias renováveis, abordando os desafios e oportunidades dessa mudança.
2. É apresentado o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e como ele pode impulsionar investimentos em energias limpas em detrimento dos combustíveis fósseis.
3. O autor argumenta que Portugal deve aproveitar a oportunidade da transição energética para promover o crescimento verde e a sustentabilidade, com foco em setores como as renováveis, eficiência
O uso das Novas Tecnologias nas Rotas TurísticasPedro Cravo
[1] O documento discute o uso de novas tecnologias em rotas turísticas sustentáveis, incluindo sistemas de informação geográfica, Web 2.0, e tecnologias móveis. [2] Define termos como rotas, circuitos e itinerários e descreve tecnologias como GPS, internet e smartphones. [3] Fornece recomendações para analisar custos e benefícios, estabelecer parcerias, envolver a comunidade local e se manter atualizado.
Portugal Profile 6 Qualificacoes Trabalho e Coesao SocialAntónio Alvarenga
Este documento discute os desafios de Portugal em termos de qualificações, emprego e coesão social. Aponta que Portugal tem baixos níveis de qualificação da população ativa e taxas elevadas de emprego precário. Defende ser necessário promover a qualificação ao longo da vida para melhorar a produtividade e a adaptabilidade dos trabalhadores, bem como antecipar e gerir positivamente as reestruturações econômicas para minimizar seus impactos sociais.
Manual Turismo III - Inovação e novas tecnologiasEDconsulting
Este documento discute o potencial das tecnologias de informação e comunicação (TIC) para o setor do turismo. Aborda a origem da sociedade da informação desde os anos 1970 e como isso mudou o comportamento dos consumidores. Também analisa os desafios trazidos por esta sociedade, incluindo a necessidade de acesso à informação e o impacto da digitalização na economia e sociedade.
A Revolução Francesa começou com a Tomada da Bastilha em 1789 e levou à queda da monarquia absoluta e ao estabelecimento de uma república. Sob o governo de Robespierre, instaurou-se o período do Terror com execuções em massa. Napoleão Bonaparte ascendeu ao poder através de um golpe em 1799 e coroou-se imperador em 1804, expandindo militarmente o Império Francês até sofrer uma derrota na invasão da Rússia em 1812.
Turismo 2020 - Apresentacao de um Processo Integrado e Modular de Prospectiva...António Alvarenga
Este documento apresenta um processo de prospectiva estratégica aplicado ao turismo em Portugal com horizonte temporal de 2020. Descreve as cinco fases do processo, identifica tendências críticas, incertezas cruciais e wildcards relevantes, e conclui com a apresentação de quatro cenários possíveis para o setor turístico português em 2020.
This 12-hour course aims to help participants develop an internationalization strategy and tactical plan for a target international market. It will teach them how to research the business environment, understand product/service consumption trends, identify competition/context, define a positioning analysis, and develop an internationalization strategy. The course is intended for professionals looking to participate in a company's internationalization project.
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre os fatores determinantes da atratividade do Grande Porto para o turismo de negócios. A pesquisa identifica cinco grandes fatores - transportes e acessos, alojamento, lazer, serviços básicos e serviços turísticos e cidade - e analisa quais itens se encaixam em cada fator. Os resultados sugerem que esses fatores não explicam totalmente a atratividade e propõem um novo modelo, com base nos itens identificados pelos entrevistados.
Este documento apresenta o programa da disciplina de Economia para cursos profissionais de nível secundário. O programa é composto por 8 módulos que abordam conceitos económicos básicos e sua aplicação à realidade portuguesa e da União Europeia, com foco nas famílias profissionais dos cursos. O objetivo é desenvolver competências dos alunos em economia para melhor compreender o contexto profissional.
Este documento resume três workshops realizados sobre a Estratégia de Lisboa pós-2010. Os workshops discutiram temas como crescimento econômico e sustentabilidade, o modelo social europeu, e a dimensão externa da estratégia. O documento também destaca quatro pontos fundamentais para uma estratégia de sucesso: ser uma estratégia política integrada, ambiciosa e mobilizadora.
Portugal Profile 1 - Enquadramento Externo e Desafios EstrategicosAntónio Alvarenga
Este documento discute as principais tendências globais e desafios estratégicos para Portugal até 2015. Identifica cinco forças motrizes globais, incluindo a emergência de novas economias e competição entre países desenvolvidos. Analisa as oportunidades e ameaças para Portugal em áreas como mercados de bens e serviços, qualificações, energia e ambiente. Finalmente, propõe desafios estratégicos como reforçar a sintonia com o comércio internacional e fixar talentos para qualificar recursos humanos.
Este currículo descreve a experiência profissional e formação acadêmica de Pedro Nuno Marques da Silva. Ele tem experiência em gestão de recursos humanos, tendo trabalhado em projetos de classificação de funções, sistemas salariais e de carreira para empresas petrolíferas em Angola. Seu currículo inclui também experiência como repositor em uma rede de supermercados em Portugal.
Este documento descreve uma pós-graduação em imagem, protocolo e organização de eventos oferecida por uma universidade. O programa fornece conhecimentos técnicos sobre gestão de eventos, comunicação e protocolo através de aulas, estudos de caso e um projeto final de planejamento de evento. O objetivo é preparar os alunos para carreiras no crescente mercado de eventos.
A Economia Portuguesa a Longo Prazo_um Processo de CenarizacaoAntónio Alvarenga
Este documento apresenta o processo de desenvolvimento de dois cenários socioeconômicos para Portugal até 2050 no âmbito de um projeto de pesquisa. Descreve as etapas de pesquisa inicial, workshops com especialistas e quantificação de variáveis-chave para cada cenário, resultando em narrativas para os cenários "Bem-vindos" e "Não Podemos Falhar".
Este documento descreve um simpósio sobre planejamento estratégico aeronáutico/aeroportos para oficiais militares em Angola. O simpósio abordará a importância do planejamento estratégico para o desenvolvimento geoestratégico e geoeconômico de Angola. O documento fornece detalhes sobre os objetivos, metodologia, público-alvo e preletor do simpósio.
Informativo Mês de Junho - Observatório do Desenvolvimento Regional.Jéssica Pinheiro
1) Vários trabalhos de professores e alunos do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB foram aprovados no Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado e Sociedade.
2) O sistema SIGAD, que fornece dados sobre a economia de Blumenau, foi apresentado para o Conselho de Economia da FIESC.
3) Um aluno do programa está realizando parte de seu doutorado sobre produtos com denominação de origem em Portugal.
Informativo Mês de Junho de 2014 - Observatório do Desenvolvimento Regional.ObsDrFurb
1) Vários trabalhos de professores e alunos do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB foram aprovados no Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado e Sociedade.
2) O sistema SIGAD, que fornece dados sobre a economia de Blumenau, foi apresentado para o Conselho de Economia da FIESC.
3) Um aluno do programa está realizando parte de seu doutorado sobre produtos com denominação de origem em Portugal.
Este documento apresenta a construção de cenários para o mercado imobiliário brasileiro em 2020. Inicialmente, descreve o referencial teórico sobre administração estratégica, análise ambiental e planejamento de cenários. Em seguida, analisa as variáveis que influenciam o mercado imobiliário brasileiro e apresenta um banco hipotético para aplicação da metodologia de construção de cenários. Por fim, define quatro cenários plausíveis para o mercado imobiliário brasileiro em 2020 com histórias
Economia Verde_JornadasATIC_13abr2015_b_s_cl3_AlvarengaAntónio Alvarenga
O documento discute a economia verde como uma alavanca para a competitividade e desenvolvimento. Apresenta conceitos de crescimento verde e economia verde e discute como o verde pode criar valor através de benefícios como produtividade, inovação e novos mercados. Identifica setores-chave como água, resíduos, agricultura e floresta e discute o potencial das cidades sustentáveis para promover a economia verde.
O documento descreve a tendência crescente do investimento mundial em energias renováveis. Apesar da crise econômica, o investimento em fontes renováveis como eólica e solar persiste, principalmente na China. O desenvolvimento de tecnologias renováveis é crucial para construir um novo paradigma energético sustentável, baseado menos em combustíveis fósseis.
Este documento discute a economia do fundo do mar profundo e suas potenciais implicações. Apesar de ser um ambiente hostil, o fundo do mar pode conter grande riqueza ainda desconhecida, como recursos energéticos e biológicos. No entanto, a tecnologia atual limita a exploração das profundidades oceânicas. À medida que a tecnologia avança, novas descobertas podem questionar paradigmas estabelecidos sobre a exploração de petróleo e outros recursos no fundo do mar.
1. O documento discute o fim dos combustíveis fósseis e a transição para energias renováveis, abordando os desafios e oportunidades dessa mudança.
2. É apresentado o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e como ele pode impulsionar investimentos em energias limpas em detrimento dos combustíveis fósseis.
3. O autor argumenta que Portugal deve aproveitar a oportunidade da transição energética para promover o crescimento verde e a sustentabilidade, com foco em setores como as renováveis, eficiência
O uso das Novas Tecnologias nas Rotas TurísticasPedro Cravo
[1] O documento discute o uso de novas tecnologias em rotas turísticas sustentáveis, incluindo sistemas de informação geográfica, Web 2.0, e tecnologias móveis. [2] Define termos como rotas, circuitos e itinerários e descreve tecnologias como GPS, internet e smartphones. [3] Fornece recomendações para analisar custos e benefícios, estabelecer parcerias, envolver a comunidade local e se manter atualizado.
Portugal Profile 6 Qualificacoes Trabalho e Coesao SocialAntónio Alvarenga
Este documento discute os desafios de Portugal em termos de qualificações, emprego e coesão social. Aponta que Portugal tem baixos níveis de qualificação da população ativa e taxas elevadas de emprego precário. Defende ser necessário promover a qualificação ao longo da vida para melhorar a produtividade e a adaptabilidade dos trabalhadores, bem como antecipar e gerir positivamente as reestruturações econômicas para minimizar seus impactos sociais.
Manual Turismo III - Inovação e novas tecnologiasEDconsulting
Este documento discute o potencial das tecnologias de informação e comunicação (TIC) para o setor do turismo. Aborda a origem da sociedade da informação desde os anos 1970 e como isso mudou o comportamento dos consumidores. Também analisa os desafios trazidos por esta sociedade, incluindo a necessidade de acesso à informação e o impacto da digitalização na economia e sociedade.
A Revolução Francesa começou com a Tomada da Bastilha em 1789 e levou à queda da monarquia absoluta e ao estabelecimento de uma república. Sob o governo de Robespierre, instaurou-se o período do Terror com execuções em massa. Napoleão Bonaparte ascendeu ao poder através de um golpe em 1799 e coroou-se imperador em 1804, expandindo militarmente o Império Francês até sofrer uma derrota na invasão da Rússia em 1812.
Turismo 2020 - Apresentacao de um Processo Integrado e Modular de Prospectiva...António Alvarenga
Este documento apresenta um processo de prospectiva estratégica aplicado ao turismo em Portugal com horizonte temporal de 2020. Descreve as cinco fases do processo, identifica tendências críticas, incertezas cruciais e wildcards relevantes, e conclui com a apresentação de quatro cenários possíveis para o setor turístico português em 2020.
This 12-hour course aims to help participants develop an internationalization strategy and tactical plan for a target international market. It will teach them how to research the business environment, understand product/service consumption trends, identify competition/context, define a positioning analysis, and develop an internationalization strategy. The course is intended for professionals looking to participate in a company's internationalization project.
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre os fatores determinantes da atratividade do Grande Porto para o turismo de negócios. A pesquisa identifica cinco grandes fatores - transportes e acessos, alojamento, lazer, serviços básicos e serviços turísticos e cidade - e analisa quais itens se encaixam em cada fator. Os resultados sugerem que esses fatores não explicam totalmente a atratividade e propõem um novo modelo, com base nos itens identificados pelos entrevistados.
Este documento apresenta o programa da disciplina de Economia para cursos profissionais de nível secundário. O programa é composto por 8 módulos que abordam conceitos económicos básicos e sua aplicação à realidade portuguesa e da União Europeia, com foco nas famílias profissionais dos cursos. O objetivo é desenvolver competências dos alunos em economia para melhor compreender o contexto profissional.
Este documento resume três workshops realizados sobre a Estratégia de Lisboa pós-2010. Os workshops discutiram temas como crescimento econômico e sustentabilidade, o modelo social europeu, e a dimensão externa da estratégia. O documento também destaca quatro pontos fundamentais para uma estratégia de sucesso: ser uma estratégia política integrada, ambiciosa e mobilizadora.
Portugal Profile 1 - Enquadramento Externo e Desafios EstrategicosAntónio Alvarenga
Este documento discute as principais tendências globais e desafios estratégicos para Portugal até 2015. Identifica cinco forças motrizes globais, incluindo a emergência de novas economias e competição entre países desenvolvidos. Analisa as oportunidades e ameaças para Portugal em áreas como mercados de bens e serviços, qualificações, energia e ambiente. Finalmente, propõe desafios estratégicos como reforçar a sintonia com o comércio internacional e fixar talentos para qualificar recursos humanos.
Este currículo descreve a experiência profissional e formação acadêmica de Pedro Nuno Marques da Silva. Ele tem experiência em gestão de recursos humanos, tendo trabalhado em projetos de classificação de funções, sistemas salariais e de carreira para empresas petrolíferas em Angola. Seu currículo inclui também experiência como repositor em uma rede de supermercados em Portugal.
Este documento descreve uma pós-graduação em imagem, protocolo e organização de eventos oferecida por uma universidade. O programa fornece conhecimentos técnicos sobre gestão de eventos, comunicação e protocolo através de aulas, estudos de caso e um projeto final de planejamento de evento. O objetivo é preparar os alunos para carreiras no crescente mercado de eventos.
A Economia Portuguesa a Longo Prazo_um Processo de CenarizacaoAntónio Alvarenga
Este documento apresenta o processo de desenvolvimento de dois cenários socioeconômicos para Portugal até 2050 no âmbito de um projeto de pesquisa. Descreve as etapas de pesquisa inicial, workshops com especialistas e quantificação de variáveis-chave para cada cenário, resultando em narrativas para os cenários "Bem-vindos" e "Não Podemos Falhar".
Este documento descreve um simpósio sobre planejamento estratégico aeronáutico/aeroportos para oficiais militares em Angola. O simpósio abordará a importância do planejamento estratégico para o desenvolvimento geoestratégico e geoeconômico de Angola. O documento fornece detalhes sobre os objetivos, metodologia, público-alvo e preletor do simpósio.
Informativo Mês de Junho - Observatório do Desenvolvimento Regional.Jéssica Pinheiro
1) Vários trabalhos de professores e alunos do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB foram aprovados no Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado e Sociedade.
2) O sistema SIGAD, que fornece dados sobre a economia de Blumenau, foi apresentado para o Conselho de Economia da FIESC.
3) Um aluno do programa está realizando parte de seu doutorado sobre produtos com denominação de origem em Portugal.
Informativo Mês de Junho de 2014 - Observatório do Desenvolvimento Regional.ObsDrFurb
1) Vários trabalhos de professores e alunos do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB foram aprovados no Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado e Sociedade.
2) O sistema SIGAD, que fornece dados sobre a economia de Blumenau, foi apresentado para o Conselho de Economia da FIESC.
3) Um aluno do programa está realizando parte de seu doutorado sobre produtos com denominação de origem em Portugal.
Este documento apresenta a construção de cenários para o mercado imobiliário brasileiro em 2020. Inicialmente, descreve o referencial teórico sobre administração estratégica, análise ambiental e planejamento de cenários. Em seguida, analisa as variáveis que influenciam o mercado imobiliário brasileiro e apresenta um banco hipotético para aplicação da metodologia de construção de cenários. Por fim, define quatro cenários plausíveis para o mercado imobiliário brasileiro em 2020 com histórias
A importância dos fundos estruturais no desenvolvimento empresarial português...Cláudio Carneiro
Este relatório descreve o estágio de quatro meses no IAPMEI e analisa a importância dos Fundos Estruturais no desenvolvimento empresarial português. Resume a definição e história dos Fundos Estruturais, sua aplicação em Portugal e discussão sobre se constituíram uma oportunidade ou armadilha. Também apresenta o IAPMEI, objetivos do estágio e tarefas desenvolvidas, incluindo análise de casos de empresas beneficiárias.
Este documento anuncia uma conferência sobre a estratégia Europa 2020 e seus desafios para a política e prática de planejamento regional e urbano em Portugal. A conferência ocorrerá em julho de 2013 na Universidade de Aveiro e abordará temas como o balanço do Quadro de Referência Estratégico Nacional, a nova programação 2014-2020 e como a agenda Europa 2020 se relaciona com áreas como políticas públicas, desenvolvimento rural e inovação.
Portugal Profile 3 - Crescimento Sustentado e Carteira de ActividadesAntónio Alvarenga
Este documento discute os desafios competitivos enfrentados pela economia portuguesa e a necessidade de uma transformação na "carteira de atividades" para atividades com maior valor agregado e dinamismo no comércio internacional. Analisa o contexto competitivo, o padrão de especialização, a posição competitiva dos setores transacionáveis e a presença no exterior, concluindo que é fundamental um aumento da produtividade e criação de empregos por meio de uma mudança para atividades de maior tecnologia e conhecimento.
Maria Helena Andrade Godinho Garcia Rollo é uma engenheira civil e consultora portuguesa com experiência em gestão de projetos, comportamento organizacional e coaching. Ela tem uma licenciatura em engenharia civil e certificações em gestão de projetos, coaching e outras áreas. Rollo trabalhou em várias empresas como gestora de projetos e consultora ao longo de sua carreira.
Este documento resume as principais ideias e sugestões discutidas durante uma sessão pública sobre o turismo sustentável em Portugal. A sessão debateu (1) o turismo como um setor estratégico para a economia nacional e (2) formas de promover o turismo sustentável, preservando recursos naturais e culturais. Participaram representantes de empresas, organizações e governo para contribuir com uma visão de longo prazo sobre o crescimento verde no setor do turismo em Portugal.
1) O documento discute o enquadramento regulamentar da Política de Coesão 2014-2020 da UE e os desafios na incorporação da abordagem territorial na programação, como a integração de instrumentos de programação e a mobilização de atores locais.
2) Apresenta os principais marcos no debate sobre a Política de Coesão 2014-2020 e o enquadramento regulamentar comunitário, incluindo objetivos temáticos e instrumentos de programação.
3) Discutem-se as orientações nacionais portuguesas e os desafios em
1. O documento descreve o método Delphi, incluindo sua história, princípios e aplicações.
2. Aplicações notáveis do método Delphi incluem previsões tecnológicas no Japão desde os anos 1970 e estudos na Europa sobre energia e riscos naturais e tecnológicos.
3. O método Delphi envolve múltiplas rodadas de questionários anônimos com especialistas para desenvolver consensos sobre assuntos incertos.
1. O documento discute iniciativas para promover a agricultura e floresta sustentáveis em Portugal como parte do Compromisso para o Crescimento Verde. A maioria das iniciativas estão alinhadas com as políticas agrícolas da UE.
2. Participantes debateram como as iniciativas poderiam ser mais ambiciosas e ir além das políticas atuais, abordando também a diversidade regional da agricultura portuguesa.
3. A água, energia e alterações climáticas foram identificados como áreas cruciais para iniciativas
Este documento resume uma sessão de discussão pública sobre como promover o crescimento sustentável da indústria em Portugal. Foram debatidas ideias como a necessidade de compatibilizar crescimento econômico e sustentabilidade no setor industrial, a importância da fiscalidade verde e da economia circular, e como a inovação pode impulsionar a sustentabilidade e a competitividade das empresas.
1. O documento discute as principais ideias e sugestões apresentadas durante uma sessão pública sobre crescimento verde na área dos resíduos em Leiria, Portugal.
2. Foram debatidas seis iniciativas do Compromisso para o Crescimento Verde relacionadas com incentivar a reutilização de resíduos, revisão da taxa de gestão de resíduos, aumento da reciclagem, eficiência no tratamento de resíduos urbanos, valorização de lamas de estações de tratamento de águas residuais, e par
Este documento resume as principais ideias e sugestões discutidas durante uma sessão pública sobre o tema da energia no âmbito do Compromisso para o Crescimento Verde em Portugal. As discussões focaram-se em temas como a eficiência energética, energias renováveis, interligações de redes e investigação e inovação no setor energético. O objetivo foi identificar oportunidades e desafios para promover o desenvolvimento sustentável do país.
1. O documento resume uma sessão de discussão pública sobre o compromisso para o crescimento verde em Portugal, focando na biodiversidade e serviços dos ecossistemas.
2. Foram debatidas várias ideias e sugestões, incluindo a necessidade de valorizar a biodiversidade através de iniciativas como a TEEB, e integrá-la nas políticas econômicas e de desenvolvimento.
3. Também se discutiu a importância de comunicar e implementar efetivamente as iniciativas propostas no compromisso para o crescimento ver
O documento discute as cidades e o território em Portugal no contexto do crescimento verde. Aborda a importância das cidades na globalização e como podem ser alavancadas as conexões, clima, recursos naturais e competências de Portugal. Discutem-se sugestões como aplicar regimes de reabilitação urbana, criar instrumentos de apoio à regeneração urbana e programas de desenvolvimento sustentável para as cidades.
1. O documento resume as principais ideias e sugestões discutidas durante uma sessão pública sobre mobilidade e transportes no âmbito do Compromisso para o Crescimento Verde em Portugal. 2. Foram debatidos temas como processos de participação, instituições e governança, mobilidade elétrica, transportes coletivos, ferrovia, bicicleta e outros modos suaves, urbanismo e gestão da via pública. 3. A sessão contou com contribuições de várias pessoas e entidades para enriquecer o debate técnico sobre o tema e prom
1) O relatório descreve o estado do ambiente em Portugal em 2013, analisando indicadores relacionados com energia, transportes, ar, água, solo, biodiversidade, resíduos, riscos e gestão ambiental.
2) Portugal atingiu altos níveis de qualidade da água para consumo humano e das águas balneares, mas depende fortemente de energia importada e tem um elevado consumo energético nos transportes.
3) Foram reduzidas as emissões de gases com efeito de estufa e de poluentes,
Este documento apresenta dois cenários para a economia portuguesa em 2050 resultantes de um processo iterativo e participativo. Descreve o processo de construção dos cenários que incluiu investigação, workshops e quantificação de variáveis socioeconómicas. O cenário 1 "Bem-vindos" assume um mundo instável onde Portugal se especializa em turismo e serviços. O cenário 2 "Não podemos falhar" assume um mundo em expansão onde Portugal investe em mudanças estruturais profundas para ganhar sustentabilidade.
Este documento apresenta uma timeline da economia portuguesa no contexto global desde o século XX. A timeline foi construída a partir de uma análise de 43 projetos de construção de cenários e planos estratégicos para Portugal. A timeline foi apresentada em workshops para construir cenários para Portugal até 2050 e recebeu contribuições dos participantes. O documento fornece um breve enquadramento histórico da economia portuguesa por períodos.
Este documento discute o setor ambiental em Portugal sob duas perspectivas: a procura, analisando os gastos em gestão e proteção ambiental das administrações públicas e empresas; e a oferta, examinando a posição competitiva do país nesse setor. As administrações públicas representam a maior parte dos gastos ambientais. A gestão de resíduos e a proteção da qualidade do ar são as áreas que recebem mais investimento. O documento também analisa possíveis evoluções futuras para o setor ambiental em Portugal.
(1) O documento analisa as disparidades regionais em Portugal nos domínios da competitividade e coesão, com base em índices sintéticos construídos para cada região.
(2) As disparidades territoriais são muito marcadas no índice de competitividade, concentrando-se a capacidade competitiva em Lisboa e no Porto. Já no índice de coesão, as diferenças entre regiões são menores.
(3) Lisboa e o Porto destacam-se positivamente nos dois índices, abrangendo cerca de um ter
Este documento discute a convergência nominal e real de Portugal com a União Europeia. Analisa os ritmos de convergência dos preços, taxas de câmbio, taxas de juro e finanças públicas de Portugal em relação à média da UE. Embora a convergência nominal tenha sido favorável até 1999, mais recentemente surgiram desafios relacionados com o défice e a dívida pública. A convergência real tem sido mais lenta devido a problemas de produtividade.
Este documento discute como a economia verde pode ser uma alavanca para a competitividade e desenvolvimento. Apresenta conceitos-chave como crescimento verde e economia verde. Argumenta que a sustentabilidade pode ser um motor de crescimento ao criar novas oportunidades de mercado e inovação. Também discute como as tendências dos consumidores e a escassez de recursos estão a impulsionar as empresas a adotarem estratégias mais verdes.
1. MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
TURISMO 2020
APRESENTAÇÃO DE UM PROCESSO
INTEGRADO E MODULAR DE PROSPECTIVA
ESTRATÉGICA APLICADO A PORTUGAL
Documento de Trabalho Nº 2/2007
António Alvarenga
Paulo Soeiro de Carvalho
Lisboa
As ideias expressas nesta publicação são da exclusiva responsabilidade dos respectivos autores, não traduzindo qualquer
posição oficial do Departamento de Prospectiva e Planeamento
2. Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território
e do Desenvolvimento Regional
Departamento de Prospectiva
e Planeamento
Director-Geral
João Eduardo Gata
Subdirectores-Gerais
José Manuel Félix Ribeiro
Manuela Proença
FICHA TÉCNICA
Título: Turismo 2020 – Apresentação de um Processo Integrado e Modular de Prospectiva Estratégica Aplicado a
Portugal1
Autor: António Alvarenga (antonio@dpp.pt)i
Paulo Soeiro de Carvalho (paulo@dpp.pt)ii
Editor: Departamento de Prospectiva e Planeamento
Av. D. Carlos I, 126
1249-073 Lisboa
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Disponível na Internet em www.dpp.pt
1ª edição: Fevereiro de 2007
Capa: Concepção − PIMC
Impressão − SCARPA
Edição Impressão e Acabamento
Núcleo de Informação e Comunicação
Distribuição: Núcleo de Informação e Comunicação
1
Este documento foi elaborado no âmbito de um protocolo de colaboração entre o DPP e o IQF visando a prestação
de serviços técnicos de aconselhamento metodológico e facilitação na construção de cenários sectoriais no âmbito
do Projecto “Evolução das Qualificações e Diagnóstico das Necessidades de Formação”.
3. ÍNDICE
Introdução 3
1. Apresentação do “Processo de Prospectiva Estratégica para o Turismo” 5
2. Tendências Críticas, Incertezas Cruciais e Wildcards 7
3. Análise Morfológica 13
4. Apresentação e Descrição dos Cenários 18
Cenário 1 – Ambição Global 18
Cenário 2 – Sucesso Ibérico 21
Cenário 3 – Investimento sem Retorno 23
Cenário 4 – Espiral Predatória 25
Bibliografia 27
4. i
António Alvarenga (antonio@dpp.pt) é técnico superior do DPP, desempenhando funções na Direcção de Serviços de
Prospectiva (DSP), onde se especializou nas áreas da Prospectiva Estratégica e dos Assuntos Europeus. Da sua
actividade no DPP destaca-se o recente envolvimento em exercícios de Prospectiva e Planeamento de carácter
nacional como o QREN 2007-2013 e a ENDS 2005-2015. Licenciou-se em Economia pela FEP-Porto e concluiu o
Master of Arts em Estudos Económicos Europeus do Colégio da Europa (Bruges), seguindo-se uma Pós-Graduação
em Estratégia (ISCSP). Encontra-se actualmente a trabalhar no Doutoramento na École Doctorale MIF (Université
Jean Moulin Lyon 3) na área da Prospectiva Estratégica (coordenador: Professor Alain Charles Martinet). Tem
experiência profissional numa multinacional (PepsiCo), nas Instituições Europeias (Parlamento Europeu), no ensino
(Instituto Politécnico da Guarda) e na atracção de investimento directo estrangeiro (API). Trabalhou ainda na
Roménia e em Itália. Conta com múltiplas publicações e participações em conferências nacionais e internacionais.
ii
Paulo Soeiro de Carvalho (paulo@dpp.pt) desempenha actualmente as funções de Chefe de Divisão na Direcção de
Serviços de Prospectiva (DSP) do Departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP) Ministério do Ambiente,
Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional (MAOTDR). As suas principais áreas de trabalho são a
Economia Industrial, Tecnologia e Inovação e as metodologias e aplicações de Prospectiva/Foresight. Nasceu em
1969 em Lisboa, licenciou-se em Economia em 1994 no ISEG − Instituto Superior de Economia e Gestão
(Universidade Técnica de Lisboa). Concluiu um Mestrado em Economia e gestão de Ciência e Tecnologia (ISEG) em
1997 e uma pós graduação em Prospectiva e Estratégia das Organizações (IESF − Instituto Superior de Estudos
Financeiros e Fiscais) em 1998. Actualmente é Doutorando em Ciências de Gestão na Universidade Jean Moulin Lyon
3 (École Doctorale MIF). Ao longo da sua carreira também trabalhou no Instituto para a Inovação e Formação
(INOFOR, 1996-1999). Tem várias publicações nas áreas da Economia Industrial, Tecnologia e Prospectiva/Foresight).
5. 3
INTRODUÇÃO1
O processo de Prospectiva Estratégica aqui apresentado e implementado durante o ano
de 2005 ao caso Português combina e adapta ferramentas metodológicas de
Prospectiva/Foresight às especificidades do sector do Turismo e às restrições do exercício
em causa (em particular no que respeita ao factor tempo). A apresentação deste caso
justifica-se sobretudo pela divulgação das potencialidades do processo de Prospectiva
Estratégica (e do exercício de “hibridização metodológica”) e identificação de possíveis
evoluções para o sector do Turismo em Portugal.
A Análise Prospectiva consubstancia-se na construção de cenários para o Turismo em
Portugal, tendo-se definido como horizonte temporal o ano 2020. O objectivo da
construção destes cenários é a exploração de evoluções futuras do sector suficientemente
contrastadas, plausíveis e capazes de colocar em evidência os principais desafios que
este sector enfrentará a médio e longo prazo.
A Análise Prospectiva visou proporcionar aos actores e decisores estratégicos do sector
orientações para o respectivo desempenho competitivo face às evoluções possíveis do
sector, permitindo (no caso concreto) antecipar necessidades de qualificações e
competências requeridas num horizonte temporal de 15 anos2.
Tal como a Figura 1 procura ilustrar, este documento percorre de forma necessariamente
sintética seis tópicos:
1
Os autores agradecem a colaboração do Dr. José M. Félix Ribeiro, Sub-director do Departamento de
Prospectiva e Planeamento no âmbito do qual foi desenvolvido o processo que serviu de base a este texto.
2
Como este artigo tem como objectivo apresentar uma metodologia e um conjunto de forças e incertezas que
“mexem” com o sector do turismo, a questão das necessidades de qualificações e competências não será
aqui desenvolvida.
6. 4
Figura 1: Índice
TENDÊNCIAS CRÍTICAS
(GERADORAS DE RUPTURAS, DESAFIOS, ...)
INCERTEZAS CRUCIAIS
WILDCARDS
APRESENTAÇÃO DO “PROCESSO DE
PROSPECTIVA ESTRATÉGICA PARA O
TURISMO”
ANÁLISE MORFOLÓGICA
APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS
CENÁRIOS
Estes seis tópicos são organizados, neste texto, em quatro capítulos: um primeiro
capítulo direccionado para a apresentação do Processo de Prospectiva Estratégica; um
segundo capítulo onde se apresentam e caracterizam as Tendências Críticas geradoras de
rupturas, as Incertezas Cruciais e os Wildcards; um terceiro capítulo consagrado à
Análise Morfológica, percorrendo os diferentes passos que conduziram à identificação e
selecção dos cenários retidos para este exercício de cenarização; e um quarto e último
capítulo onde são apresentados e descritos de forma sintética os quatro cenários para o
Sector do Turismo em Portugal no Horizonte 2020.
7. 5
1. APRESENTAÇÃO DO “PROCESSO DE PROSPECTIVA ESTRATÉGICA PARA O
TURISMO”
Como já foi referido, devido às particularidades deste sector, optou-se pela concepção de
um Processo de Prospectiva Estratégica específico:
Figura 2: o Processo de Prospectiva Estratégica3
Fase I – Orientar
Fase II – Explorar
Fase III – Estruturar
Fase IV - Sintetizar
Fase V – Descrever
Elementos Pré-determinados
Estrutura na base dos
cenários
Incertezas Críticas e
Configurações
Wildcards
Forças Motrizes
Tendências
Processos
“Emergências”
Temas-Chave
Apresentação
Foco & Horizonte Temporal
“Auscultação Inicial”
Análise Morfológica; Método
MORPHOL
“Ossatura” dos Cenários
Descrição dos cenários
Workshop peritos
Reuniões de trabalho
Reunião preparatória
Monitorização e
feedback
Fase I – Orientar
Fase II – Explorar
Fase III – Estruturar
Fase IV - Sintetizar
Fase V – Descrever
Elementos Pré-determinados
Estrutura na base dos
cenários
Incertezas Críticas e
Configurações
Wildcards
Forças Motrizes
Tendências
Processos
“Emergências”
Temas-Chave
Apresentação
Foco & Horizonte Temporal
“Auscultação Inicial”
Análise Morfológica; Método
MORPHOL
“Ossatura” dos Cenários
Descrição dos cenários
Workshop peritos
Reuniões de trabalho
Reunião preparatória
Monitorização e
feedback
Como se pode constatar o processo concebido envolve 5 fases distintas, as quais se
descrevem de forma muito sumária nos pontos seguintes.
A Fase I − “Orientar” implicou a apresentação do Processo de Prospectiva Estratégica
pela equipa de projecto e a fundamentação das opções metodológicas de acordo com as
especificidades do projecto e do sector de actividade. Nesta fase foi realizada uma
“Auscultação Inicial” a peritos sobre o sector, visando, entre outras questões, a
identificação de um conjunto de dificuldades específicas que o sector comporta para a
realização de um exercício de cenarização (de entre estas, destaque para a elevada
3
Adaptado e alterado a partir de “What If? – The Art of Scenario Thinking for Nonprofits”, Diana Scearce,
Katherine Fulton, and the Global Business Network community, GBN, 2004.
8. 6
amplitude e heterogeneidade interna do sector). Por último, nesta primeira etapa, foi
definido o foco do exercício de cenarização4 e fixado o respectivo horizonte temporal.
A Fase 2 − “Explorar” centrou-se em três domínios de exploração de carácter
marcadamente analítico, respectivamente: a) Realização de uma análise retrospectiva
(direccionada para a identificação e caracterização de Tendências chave e outros
elementos potencialmente relevantes); b) Identificação de Temas-Chave que permitiram
organizar a “arrumação” das Tendências e elementos considerados relevantes para o
exercício de cenarização; c) Levantamento e discussão crítica de Forças Motrizes,
Tendências, Sinais Fracos e outros elementos potencialmente relevantes para a
construção dos cenários.
A Fase 3 − “Estruturar” foi uma etapa onde se aprofundou a análise e o resultado do
trabalho realizado na fase anterior. Neste sentido, é possível afirmar que, de uma fase
analítica, passou-se, nesta fase 3, para uma fase interpretativa, a qual se direccionou
fundamentalmente para a estruturação e categorização de todos os inputs/elementos
identificados e recolhidos na fase anterior. Para a prossecução deste propósitos foram
apresentados, discutidos, categorizados e seleccionados os seguintes tipos de elementos:
Elementos Pré-determinados, Incertezas Críticas e respectivas Configurações e
WildCards. Nesta fase, e após este trabalho (provisório) de categorização de elementos
para a construção de cenários, realizou-se todo o trabalho preparatório do workshop com
especialistas/peritos convidados.
Workshop de Prospectiva “TURISMO 2020 − EXPLORANDO FUTUROS
POSSÍVEIS”. Este workshop de Prospectiva envolveu a participação de um conjunto de
peritos sectoriais visando o enriquecimento do processo e a obtenção de contribuições
para o trabalho de cenarização. Este workshop focalizou-se em duas questões
consideradas determinantes no processo de construção de cenários para o sector do
Turismo em Portugal no horizonte 2020: a) selecção e descrição de um conjunto limitado
de Tendências Críticas; b) identificação e exploração de Incertezas Cruciais.
A Fase 4 − “Sintetizar” centrou-se na realização de uma Análise Morfológica recorrendo
ao software MORPHOL5. Esta ferramenta metodológica permitiu chegar às estruturas-
base dos cenários através da combinação sucessiva das configurações das incertezas
cruciais.
A Fase 5 − “Descrição” respeita à descrição sumária dos Cenários, completando-se as
estruturas-base identificadas na fase 4.
4
Implicou a discussão da delimitação do sector e a clarificação de que estávamos a conceber e a construir
cenários que, como já referimos, visavam, em ultima instância, identificar e explorar as implicações das
evoluções possíveis do Turismo em Portugal sobre as qualificações, as competências e o emprego.
5
Disponibilizado pelo CNAM/LIPSOR em http://www.3ie.org/lipsor/morphol.htm.
9. 7
2. TENDÊNCIAS CRÍTICAS, INCERTEZAS CRUCIAIS E WILDCARDS
Após a realização das etapas que permitiram o levantamento, selecção e análise de todos
os elementos indispensáveis para a construção de um exercício de cenarização
(nomeadamente: a análise de tendências, a selecção de incertezas e correspondentes
configurações possíveis para a respectiva evolução futura e a identificação de um
conjunto limitado de wildcards), apresentamos nos pontos seguintes, de forma muito
sintética, os três tipos de elementos resultantes (Tendências Críticas Geradoras de
Desafios, Incertezas Cruciais e Wildcards). Como foi referido, estes elementos são
fundamentais para a construção e posterior descrição dos cenários do Turismo no
Horizonte 2020.
Tendências Críticas geradoras de desafios
Selecção e descrição de um conjunto limitado de Tendências Críticas capazes de gerar
desafios e rupturas na evolução futura do sector. Estas Tendências foram organizadas em
torno de cinco temas: “Partidas e Chegadas”, “Inputs Básicos”, “Dinâmica da Oferta”,
“Dinâmica das Empresas e Organizações” e “Demografia e Tendências Subjectivas da
Procura” (ver figura 3).
Incertezas Cruciais
Identificação e exploração de Incertezas Cruciais, isto é, elementos com um elevado grau
de incerteza e independência relativa e um forte impacto potencial para o sector (ver
figura 4). As Incertezas Cruciais foram organizadas em torno de três domínios:
“Organização e Gestão”, “Mercados Motores” e “Factores de Atracção”.
Wildcards
Apresentam-se os quatro Wildcards considerados como mais relevantes ao longo do
Processo de Prospectiva Estratégica (ver figura 5).
10. 8
Figura 3: Tendências Críticas geradoras de Desafios
M igrações na
Europa rum o ao Sul
Personalização,
diversificação da
oferta (estim ulando
o aparecimento de
novos m ercados)
Transform ação da
fam ília (avós e
crianças como
decisores)
Difusão de
TIC/Internet
(alteração na oferta
e procura)
Facilitação (fisica)
da m obilidade:
liberalização
transportes e outros
processos de
desregulam entação
De Produtos/
Serviços para
“experiências”
(tribing,
autenticidade,
aprendizagem , etc.)
Im portância
crescente das
questões
am bientais
(sustentabilidade)
Preocupações com
a segurança
(entraves
psicológicos à
m obilidade)
N ovo turism o
emissor do Leste
europeu
Alteração das
form as de
interm ediação no
sentido da
personalização /
diversificação
Crescim ento dos
“reform ados
activos” e dos
“baby boom ers”
(active young
seniors)
Crescim ento dos
single travellers
Crescente
valorização
(subjectiva) do
tem po de férias
Explosão do turism o
asiático (com
destino à Europa)
Virtualização da
prom oção (Internet)
Em ergência/
consolidação de
novos destinos extra
europeus (vd.
exóticos)
Deslocalização dos
eventos de EMN s
para destinos
baratos e amenos
Multiplicação de
eventos ligados a
“com unidades /
redes”
“PARTIDA S E CHEGADA S”
INPUTS BÁSICOS
DINÂMICA DA OFERTA
DINÂMICA DAS EMPRESAS
E ORGANIZAÇÕES
DEM OGRAFIA E
TEN DÊNCIAS SUBJECTIVA S
DA PROCURA
11. 9
Figura 4: Incertezas Cruciais
Organização e Gestão
Modo de
Organização do
Sector e Qualidade
da Oferta
Competição
Anárquica e
Problemas /
Fragmentação da
Oferta
Competição
Regulada e
Qualidade na Oferta
Gestão do Território
Imobiliário
Descontrolado
Imobiliário Controlado
Tensão sobre os
Recursos Hídricos
Disponibilidade de
Recursos Hídricos
Gestão de Recursos
Acessibilidades e
ComunicaçõesEspaço de
Proximidade
Espaço
Global
Serviços de Saúde e
de ProximidadeEscassos e deficientes Qualidade
12. 10
Figura 4: Incertezas Cruciais (continuação)
Mercados Motores
Gama
Baixa, Média/Baixa Alta, Média/Alta
Visitantes Tradicionais Curta Duração
Residentes
Tempo de
Permanência
Origem
Proximidade Globais
13. 11
Figura 4: Incertezas Cruciais (continuação)
Factores de Atracção
Sol & Praia no Litoral Diversidade
Gestão da História
Recursos Não
Renováveis
Oferta Lúdica
Assente no Património
Assente nas Conexões
e nos Símbolos
Variedade
Golf
14. 12
Figura 5: Wildcards
W I LD C A R D S
TE R R O R I S M O
E P I D E M I A S
A LTE R A Ç Ã O
C LI M Á TI C A
P E TR Ó LE O
W I LD C A R D S
TE R R O R I S M O
E P I D E M I A S
A LTE R A Ç Ã O
C LI M Á TI C A
P E TR Ó LE O
TE R R O R I S M O
E P I D E M I A S
A LTE R A Ç Ã O
C LI M Á TI C A
P E TR Ó LE O
15. 13
3. ANÁLISE MORFOLÓGICA
O Processo de Prospectiva Estratégica para o Sector do Turismo em Portugal incorporou
uma etapa centrada na realização de uma Análise Morfológica, recorrendo-se para o
efeito ao software MORPHOL, desenvolvido pelo CNAM/LIPSOR.
A Análise Morfológica tem subjacente que um sistema global pode ser decomposto em
dimensões ou componentes (por exemplo, demográficas, económicas, tecnológicas,
sociais ou organizacional), cada um destes componentes tendo um certo número de
estados possíveis (configurações).
Um encaminhamento dentro das combinações que associam uma configuração de cada
componente não é senão uma “ossatura” de cenário.
Partindo deste princípio orientador, a Análise Morfológica foi realizada tendo como
matéria-prima todo o trabalho realizado a montante, em particular o processo que
permitiu identificar e seleccionar as incertezas cruciais (as quais também se podem
denominar de “variáveis de cenário”).
Como já vimos, as 11 Incertezas Cruciais foram organizadas em torno de 3 Domínios (ver
figura 4). Para cada uma das Incertezas Cruciais foram definidas possíveis configurações
de evolução (ver figura 6).
Figura 6: Domínios, Incertezas Cruciais (Variáveis de Cenário) e Configurações
CONFIGURAÇÕES
DOMÍNIO
VARIÁVEL
(INCERTEZA CRUCIAL)
CONF. A CONF. B CONF. C
Organização
e Gestão
1 - Gestão do Território Imobiliário Descontrolado Imobiliário Controlado
2 - Gestão de Recursos
Tensão sobre os Recursos
Hídricos
Disponibilidade de
Recursos Hídricos
3 - Acessibilidades e
Comunicações
Espaço de Proximidade Espaço Global
4 - Modo de Organização
do Sector e Qualidade
da Oferta
Competição Anárquica e
Problemas/Fragmentação
da Oferta
Competição Regulada e
Qualidade na Oferta
5 - Serviços de Saúde e
de Proximidade
Escassos e deficientes Qualidade
Mercados
Motores
6 - Tempo de
Permanência
Visitantes Tradicionais Curta Duração Residentes
7 - Gama Baixa, Média/Baixa Alta, Média/Alta
8 - Origem Proximidade Globais
Factores de
Atracção
9 - Recursos Não
Renováveis
Sol&Praia no Litoral Diversidade
10 - Gestão da História Assente no Património
Assente nas Conexões
e nos Símbolos
11 - Oferta Lúdica Golf Variedade
16. 14
A Análise Morfológica de todas as Configurações associadas a estas 11 Variáveis de
Cenário, sem qualquer tipo de restrição ou preferência, gerou 3072 combinações
possíveis, as quais formam aquilo que podemos denominar como sendo o Espaço
Morfológico ou o Espaço dos Futuros Possíveis.
A partir deste Espaço Morfológico, identificaram-se 15 restrições de exclusões (exclusão
de combinações de configurações), tendo-se igualmente excluído duas variáveis de
cenário6 em virtude de se ter concluído que não eram suficientemente significativas para
a Análise Morfológica. Estes dois procedimentos permitiram reduzir de forma significativa
o espaço dos futuros possíveis, tornando-o manuseável e útil.
Este espaço morfológico reduzido é constituído por 44 cenários (“ossaturas” de cenário),
tendo sido a partir da análise das relações de proximidade entre estes cenários e os
cenários pré-retidos que se seleccionaram os quatro cenários contrastados para o sector
do turismo em 2020.
Assim, de três cenários inicialmente pré-retidos, foram desenvolvidos dois cenários
extremos (“Ambição Global” e “Espiral Predatória”), tendo-se adaptado o cenário
intermédio (“Sucesso Ibérico”) à percepção de novas relações surgida durante a Análise
Morfológica. Esta análise tornou igualmente mais clara a importância da apresentação de
um outro cenário intermédio (“Investimento sem Retorno”).
As três figuras seguintes permitem evidenciar as relações de proximidade entre os
cenários do espaço morfológico reduzido, tendo-se destacado os quatro cenários retidos7.
Como se pode constatar pela localização dos quatro cenários seleccionados nas figuras
apresentadas, eles são significativamente contrastados entre si, cobrindo um espectro
suficientemente amplo do espaço morfológico reduzido.
No sentido de facilitar a compreensão dos quatro cenários explorados, antes da descrição
sumária de cada um destes é apresentada a respectiva combinatória de configurações
das 11 variáveis.
6
Esta última opção de exclusão apenas foi realizada aquando da combinação de configurações. Estas duas
variáveis são incluídas na estrutura final de cada um dos cenários construídos.
7
Foi desenhado um círculo em redor dos quatro cenários seleccionados.
17. 15
Figura 7: Plano de Proximidade dos Cenários do Espaço Morfológico Reduzido
18. 16
Figura 8: Grafo das Proximidades entre os Cenários do Espaço Morfológico Reduzido
(visualização de 25% das proximidades mais fortes)
19. 17
Figura 9: Grafo das Proximidades entre os Cenários do Espaço Morfológico Reduzido
(visualização de 50% das proximidades mais fortes)
20. 18
4. APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS CENÁRIOS
No sentido de facilitar a compreensão dos quatro cenários explorados, antes da descrição
sumária de cada um destes é apresentada a respectiva combinatória de configurações
das 11 variáveis.
Cenário 1 – Ambição Global
CONFIGURAÇÕES
DOMÍNIO
VARIÁVEL
(INCERTEZA CRUCIAL)
CONF. A CONF. B CONF. C
Organização
e Gestão
1 - Gestão do Território
Imobiliário
Descontrolado
Imobiliário Controlado
2 - Gestão de Recursos
Tensão sobre os
Recursos Hídricos
Disponibilidade de
Recursos Hídricos
3 - Acessibilidades e
Comunicações
Espaço de Proximidade Espaço Global
4 - Modo de Organização
do Sector e Qualidade
da Oferta
Competição Anárquica e
Problemas/Fragmentação
da Oferta
Competição Regulada
e Qualidade na Oferta
5 - Serviços de Saúde e
de Proximidade
Escassos e deficientes Qualidade
Mercados
Motores
6 - Tempo de
Permanência
Visitantes Tradicionais Curta Duração
Residentes,
Curta Duração
7 - Gama Baixa, Média/Baixa Alta, Média/Alta
8 - Origem Proximidade Globais
Factores de
Atracção
9 - Recursos Não
Renováveis
Sol&Praia no Litoral Diversidade
10 - Gestão da História Assente no Património
Assente nas Conexões
e nos Símbolos
11 - Oferta Lúdica Golf Variedade
O sector do Turismo em Portugal sofreu em quinze anos uma transformação profunda
derivada da evolução muito significativa num conjunto de áreas ou factores críticos que
se podem estruturar em torno de três forças motrizes, respectivamente: Organização e
Gestão do Sector; Mercados e Segmentos Motores; e Factores de Atracção.
Assim, Portugal assistiu a uma alteração profunda do perfil de especialização do sector do
Turismo, no sentido de uma maior diversificação de segmentos de actividade turística e
mercados emissores, e uma ascensão ao nível da gama de turistas/visitantes e
correspondentes níveis de exigência em termos de qualidade, personalização, diversidade
e integração de serviços e de factores de atracção.
Uma das mudanças da estrutura de actividades turísticas dominantes em Portugal
centrou-se na elevação em termos de gama e de distanciamento (geográfico e cultural)
dos mercados de origem dos turistas/visitantes nos segmentos mais tradicionais do
turismo de sol e praia e do turismo de negócios (tendo-se assistido a uma crescente
21. 19
diversificação para outros segmentos incluídos nas denominadas estadias de curta
duração: short breaks, eventos associados a EMN e a redes ou comunidades de interesse,
etc.).
A aposta bem sucedida na promoção e valorização da História de Portugal, privilegiando
os símbolos e as conexões (vd. os Templários e a presença islâmica), e não tanto o
património edificado, aumentou a exposição mediática do país a uma escala global,
permitindo-lhe aproveitar a tendência de crescente valorização e atracção por tudo o que
suscita curiosidade, mistério e fascínio. Esta situação teve uma influência transversal em
vários segmentos turísticos, tendo em particular transformado de forma substancial o
segmento do turismo cultural.
Assente numa contínua disponibilidade de recursos hídricos e no dinamismo de actores
(investidores, promotores e operadores) de dimensão e qualidade, existiu a capacidade
de diversificar a oferta turística dependente dos recursos naturais, nomeadamente com o
sucesso dos projectos estruturantes de grande qualidade e sustentabilidade do Douro, do
Alqueva e da Costa Alentejana.
A estas tendências de reforço, elevação do valor acrescentado oferecido e de gama de
turistas/visitantes, e nível superior de integração e complementaridade ao nível da oferta
(que atravessaram aqueles que eram os segmentos mais importantes do sector turístico
de Portugal no início do século), juntou-se a emergência e afirmação de uma
multiplicidade de segmentos turísticos que permitiram diversificar e enriquecer a oferta
turística nacional. No âmbito deste movimento destacou-se, pela sua dimensão, carácter
motriz e nível de exigência em termos de serviços de elevado valor acrescentado, o
segmento dos residentes com elevado poder de compra.
Esta dinâmica ao nível dos mercados e segmentos motores foi possível devido a uma
evolução extremamente favorável (resultante de uma acção reformadora) de um
conjunto fundamental de variáveis integradas na força motriz “Organização e Gestão do
Sector”.
Neste sentido, a já referida subida generalizada da gama de turistas/visitantes (que
atravessou a maioria dos segmentos turísticas mas teve um enfoque particular naqueles
que se encontram mais direccionados para os mercados externos) resultou, em grande
medida, da capacidade demonstrada pelos diferentes tipos de entidades responsáveis
pelo controlo da construção imobiliária direccionada para a actividade turística em zonas
de elevado potencial (em termos de amenidades e recursos naturais), em conjunto com o
esforço bem sucedido no que respeita à regulação da competição e reorientação de
políticas capazes de estimular a oferta turística de qualidade, permitindo diminuir de
forma substancial a parcela da oferta paralela de alojamento turístico (vd questão muito
evidente em determinadas zonas do Algarve).
22. 20
O controlo do imobiliário em zonas de elevado potencial turístico e a regulação da
competição, em conjunto com o investimento localizado de serviços de saúde e de
assistência especializada a idosos e a grupos com necessidades específicas e com a
expansão dos serviços de proximidade (vd. ligados ao conforto, ...), foram determinantes
para a expansão de segmentos turísticos muito exigentes em termos de qualidade e
diversidade de serviços (vd. residentes).
A construção de um novo aeroporto passível de assumir as funções de hub internacional
de um dos consórcios aéreos de amplitude global, foi um elemento decisivo para a
capacidade de atracção de turistas e visitantes oriundos de mercados distantes,
conferindo desta forma uma amplitude global a este cenário. Permitiu igualmente a
exploração de uma oportunidade centrada na capacidade de passar a desempenhar as
funções de plataforma de distribuição de turistas europeus e asiáticos para o Brasil.
Finalmente, importa sublinhar que a evolução do sector do Turismo retractada apenas foi
possível devido a uma dinâmica muito positiva verificada ao nível dos factores de
atracção, destacando-se em particular, o dinamismo e a crescente variedade ao nível da
oferta lúdica (que passou pelo investimento em parques temáticos e equipamentos de
entretenimento que potenciaram a vocação específica das regiões/locais onde se
localizaram) e a promoção da animação cultural, reforçada pela referida aposta na
“promoção da História” com base nos símbolos e nas conexões e não apenas no
património edificado.
23. 21
Cenário 2 – Sucesso Ibérico
CONFIGURAÇÕES
DOMÍNIO
VARIÁVEL
(INCERTEZA CRUCIAL)
CONF. A CONF. B CONF. C
Organizaçã
o e Gestão
1 - Gestão do Território
Imobiliário
Descontrolado
Imobiliário
Controlado
2 - Gestão de Recursos
Tensão sobre os
Recursos Hídricos
Disponibilidade de
Recursos Hídricos
3 - Acessibilidades e
Comunicações
Espaço de Proximidade Espaço Global
4 - Modo de Organização
do Sector e Qualidade
da Oferta
Competição Anárquica e
Problemas/Fragmentação
da Oferta
Competição Regulada
e Qualidade na Oferta
5 - Serviços de Saúde e de
Proximidade
Escassos e deficientes Qualidade
Mercados
Motores
6 - Tempo de Permanência Visitantes Tradicionais Curta Duração
Residentes, Curta
Duração
7 - Gama Baixa, Média/Baixa Alta, Média/Alta
8 - Origem Proximidade Globais
Factores de
Atracção
9 - Recursos Não
Renováveis
Sol&Praia no Litoral Diversidade
10 - Gestão da História Assente no Património
Assente nas
Conexões e nos
Símbolos
11 - Oferta Lúdica Golf Variedade
A transformação do sector do Turismo em Portugal foi marcada por três
vectores/elementos estruturantes:
A promoção do Turismo e do país em mercados de proximidade (geográfica,
histórica e cultural), com uma forte integração no espaço ibérico quer ao nível dos
turistas quer dos principais actores do sector (vd. a fortíssima actividade em
Portugal de operadores e promotores turísticos espanhóis).
A elevação da qualidade da oferta turística e da gama de turistas e visitantes em
segmentos relativamente tradicionais em Portugal, através da resolução de um
conjunto importante de estrangulamentos, e de apostas estratégicas centradas na
diversificação da oferta (sucesso do desenvolvimento do Turismo no Vale do Douro,
no Alqueva e na Costa Alentejana).
A incapacidade de resolver algumas questões ligadas à inadequação dos serviços de
saúde e de proximidade, à aposta em acessibilidades “de proximidade” e a recursos
elásticos assentes no património e no golfe, as quais colocaram uma limitação à
dinâmica de transformação do sector, em particular na diversificação de segmentos
turísticos com capacidade e dimensão suficientes para assumirem um papel motor
no turismo nacional (vd. residentes).
24. 22
Como já foi referido, no contexto de uma aposta clara nos mercados de proximidade,
destacou-se claramente o mercado espanhol (de longe o mercado emissor dominante da
actividade turística em Portugal em 2020). A referida “proximidade” resultou, em grande
parte, da opção tomada no sentido de construir um novo aeroporto que não foi destinado
a ser um hub internacional nesta região da Europa. O reforço da ligação a Espanha
derivou igualmente, entre outros factores, das opções tomadas em termos de
acessibilidades ao país vizinho, destacando-se a construção em tempo útil da linha de
TGV Lisboa-Madrid (com a duração das viagens a rondar as três horas) e ainda das boas
ligações ferroviárias com outras regiões de Espanha.
Ao nível dos segmentos turísticos, embora não tenha havido alterações muito
significativas na tipologia dos segmentos motores, houve uma clara subida na gama de
turistas em alguns dos mais importantes segmentos, respectivamente, os visitantes
tradicionais e os segmentos que se podem inserir nas estadias de curta duração
vocacionadas para actividades de lazer.
Esta subida da gama de turistas/visitantes resultou de um conjunto de transformações
importantes, entre as quais se destacam o controlo efectivo do imobiliário direccionado
para a actividade turística (situação que permitiu estancar o carácter predatório que este
tipo de expansão imobiliária tende a exercer em regiões ou zonas de elevado potencial
turístico) e o sucesso na regulação da competição no sector (conduzindo a uma redução
do peso da oferta de alojamento paralelo, e subsequente concorrência “desleal” no
mercado nacional, e a um incremento da qualidade da oferta).
Finalmente, a permanência de deficiências importantes ao nível dos serviços de saúde, de
assistência e de proximidade funcionou como um obstáculo muito importante à atracção
de residentes com elevado poder de compra e de segmentos de mercado de seniores e
outros grupos com necessidades especiais/específicas.
25. 23
Cenário 3 – Investimento sem Retorno
CONFIGURAÇÕES
DOMÍNIO
VARIÁVEL
(INCERTEZA CRUCIAL)
CONF. A CONF. B CONF. C
Organização
e Gestão
1 - Gestão do Território
Imobiliário
Descontrolado
Imobiliário
Controlado
2 - Gestão de Recursos
Tensão sobre os
Recursos Hídricos
Disponibilidade de
Recursos Hídricos
3 - Acessibilidades e
Comunicações
Espaço de Proximidade Espaço Global
4 - Modo de Organização
do Sector e Qualidade
da Oferta
Competição Anárquica e
Problemas/Fragmentação
da Oferta
Competição Regulada
e Qualidade na Oferta
5 - Serviços de Saúde e de
Proximidade
Escassos e deficientes Qualidade
Mercados
Motores
6 - Tempo de
Permanência
Visitantes Tradicionais Curta Duração Residentes
7 - Gama Baixa, Média/Baixa Alta, Média/Alta
8 - Origem Proximidade Globais
Factores de
Atracção
9 - Recursos Não
Renováveis
Sol&Praia no Litoral Diversidade
10 - Gestão da História Assente no Património
Assente nas
Conexões e nos
Símbolos
11 - Oferta Lúdica Golf Variedade
O sector do Turismo em Portugal, apesar de todas as expectativas criadas, não se
conseguiu transformar significativamente. E não foi por falta de investimento. Por
exemplo, no que toca às acessibilidades, foi construído um novo aeroporto com
possibilidades de se transformar num hub internacional. No entanto, se é verdade que a
infra-estrutura foi construída, os seus resultados ficaram muito aquém do esperado
(devido, entre outros factores, a uma política de alianças que se revelou errada por parte
da transportadora nacional e que fez com que o novo aeroporto nunca se conseguisse
posicionar no mercado face a Barajas), revelando-se a opção como duplamente
penalizadora (pelo investimento que exigiu e pelos resultados que não alcançou).
Por outro lado, ao longo dos últimos 15 anos, o sector da saúde e dos serviços de
proximidade teve um grande crescimento em Portugal (alicerçado na procura interna mas
sempre na expectativa de responder a fluxos externos – de novos residentes, por
exemplo – que nunca apareceram), potenciado pelo investimento quer de grupos
portugueses (provenientes fundamentalmente dos sectores financeiro e da construção)
quer de grupos estrangeiros. No entanto, novamente, os novos residentes nunca
chegaram de forma significativa.
A que se deveu este falhanço, principalmente tendo em conta que a situação de
descontrolo no imobiliário foi sendo paulatinamente limitada com base em medidas como
26. 24
a alteração profunda da forma de financiamento das autarquias? Uma razão é apontada
por todos: o insucesso das tentativas de regular a oferta. De facto, apesar de existirem
um conjunto de condições para a transformação e a “subida de gama” do sector do
turismo (acessibilidades e comunicações, controlo sobre o imobiliário, qualidade e
quantidade nos serviços de saúde e proximidade, a que se juntou uma diminuição na
tensão sobre os recursos hídricos), os actores do sector e o seu modo de organização
foram incapazes de se transformar. A competição continuou a ser fragmentada e
anárquica, incapaz de actuar de forma integrada e de competir globalmente. A regra
continuou a ser o pequeno operador, de dimensão insuficiente e de competências
limitadas, incapaz de integrar e organizar a oferta. A oferta paralela continuou a crescer,
expandindo-se para novas áreas (vd. costa alentejana), e as tentativas de organizar
territorialmente a oferta turística (vd. Alqueva e Douro) revelaram-se, por falta de
coordenação, infrutíferas. A fortíssima concorrência de novos destinos (que atraíram
turistas, investidores e operadores) também não facilitou o processo de estruturação da
oferta nas regiões portuguesas mencionadas.
É ainda de referir o falhanço da tentativa de fomento da atractividade de Portugal
(principalmente junto de segmentos de gama mais elevada e de nichos) através de um
potenciar das conexões e dos símbolos presentes na nossa História. Mais uma vez, esta
incapacidade resultou fundamentalmente da acumulação de dois factores: recorrente
insuficiência de coordenação entre actores e grande concorrência internacional.
Assim, o turista que visita Portugal continua a ser fundamentalmente um turista de
proximidade (assistiu-se a uma quase permanência da origem dos fluxos) de gama
baixa/média baixa que procura sol e praia no litoral durante o seu período de férias.
27. 25
Cenário 4 – Espiral Predatória
CONFIGURAÇÕES
DOMÍNIO
VARIÁVEL
(INCERTEZA CRUCIAL)
CONF. A CONF. B CONF. C
Organização
e Gestão
1 - Gestão do Território
Imobiliário
Descontrolado
Imobiliário
Controlado
2 - Gestão de Recursos
Tensão sobre os
Recursos Hídricos
Disponibilidade de
Recursos Hídricos
3 - Acessibilidades e
Comunicações
Espaço de Proximidade Espaço Global
4 - Modo de Organização
do Sector e Qualidade
da Oferta
Competição Anárquica e
Problemas/Fragmentação
da Oferta
Competição Regulada
e Qualidade na Oferta
5 - Serviços de Saúde e de
Proximidade
Escassos e deficientes Qualidade
Mercados
Motores
6 - Tempo de
Permanência
Visitantes Tradicionais Curta Duração Residentes
7 - Gama Baixa, Média/Baixa Alta, Média/Alta
8 - Origem Proximidade Globais
Factores de
Atracção
9 - Recursos Não
Renováveis
Sol&Praia no Litoral Diversidade
10 - Gestão da História Assente no Património
Assente nas
Conexões e nos
Símbolos
11 - Oferta Lúdica Golf Variedade
Embora o mercado turístico em Portugal apresente um conjunto variado de segmentos,
estes não têm massa crítica nem um nível de sofisticação suficientes para alterarem o
peso dominante do segmento mais tradicional do sol e praia de visitantes “tradicionais”
oriundos de mercados emissores próximos (geográfica e historicamente em termos de
fluxos turísticos) e com um poder de compra relativamente baixo.
Por outro lado, alguns dos segmentos em que Portugal (e em particular a cidade de
Lisboa), apresentava no início do século um forte potencial de crescimento − destacando-
se os short-breaks e o turismo de negócios e de eventos − registaram uma evolução que
ficou aquém do esperado. Razões: forte competição entre cidades europeias na atracção
e captação de feiras e congressos internacionais e eventos de EMN e de
comunidades/redes.
Um outro factor limitador foi a incapacidade em conter o carácter predatório do
imobiliário direccionado para a actividade turística, o qual, em 2015, se estendeu por um
conjunto significativo de novas áreas do litoral português. Os erros do passado
alargaram-se, como uma mancha de óleo, a novas áreas vítimas do descontrolo
imobiliário, da competição anárquica e da fragmentação da oferta (vd. Costa Alentejana).
De facto, existiram grandes dificuldades e lentidão nos processos implementados pelas
autoridades públicas de âmbito nacional e regional no sentido da regulação da
28. 26
competição e certificação (controlo da qualidade) da oferta turística em Portugal, o que
faz com que, em 2020, ainda exista uma oferta paralela muito substancial ao nível do
alojamento (a qual, como foi referido, se estendeu a novas áreas). Esta fragmentação
piorou a já difícil situação no que concerne às crescentes tensões sobre os recursos
hídricos, input fundamental (e cada vez mais escasso e caro) para o desenvolvimento
turístico.
Neste contexto, a subida na gama de turistas e a atracção de novos residentes exigentes
revelaram-se impossíveis.
A tudo isto, juntaram-se os sucessivos atrasos na construção de um novo aeroporto
internacional e da rede de alta velocidade com ligação a Madrid (a ligação, inaugurada já
bem próximo do ano 2020, revelou-se bem mais lenta do que as três horas apontadas
como referência).
A referida incapacidade ao nível da regulação da competição foi complementada pela
ausência de operadores de dimensão e competências suficientes para integrarem e
organizarem a oferta e pela colocação do enfoque, nas duas últimas décadas, na
construção de acessibilidades internas para uma multiplicidade de regiões turísticas
(conduzindo a uma crescente dispersão e destruição de recursos não renováveis e à
impossibilidade de diversificar a oferta lúdica e potenciar a “gestão” integrada das
conexões e símbolos do imaginário histórico português).
A fragmentação e desregulação do sector conduziu igualmente à impossibilidade de
debelar as deficiência graves ao nível dos serviços de saúde e de assistência a idosos em
regiões ou zonas com uma forte apetência turística, tornando ainda mais difícil a atracção
quer de residentes de uma gama alta/média alta quer de segmentos de turistas mais
idosos.
29. 27
BIBLIOGRAFIA
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Reforma Institucional”, Prospectiva e Planeamento, volume 7, 2001, DPP (MP), Lisboa, Maio
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December, Nº6, 1985.