Adílson Marcelino Alves, conhecido como "Dequinha", colocou fogo no circo Gran Circus Norte-Americano em vingança após ser demitido. O incêndio matou mais de 500 pessoas, a maioria crianças. Dequinha e seus cúmplices foram presos e condenados.
1. Tragédia do Gran Circus Norte-
Americano
O Gran Circus Norte-Americano estreou em Niterói no dia 15 de dezembro
de 1961. Os anúncios diziam que era o maior e mais completo circo da
América Latina – tinha cerca de sessenta artistas, vinte empregados e 150
animais. O dono do circo, Danilo Stevanovich, havia comprado uma lona nova,
que pesava seis toneladas e seria de náilon - detalhe que fazia parte da
propaganda do circo. O Norte-Americano chegou a Niterói uma semana antes
da estreia e instalou-se na Praça Expedicionário, no centro da cidade1 .
A tragédia
A montagem do circo demandava tempo e muita mão-de-obra. Danilo contratou
perto de cinquenta trabalhadores avulsos para a montagem. Um deles, Adílson
Marcelino Alves, o Dequinha, tinha antecedentes por furto e apresentava
problemas mentais. Ele trabalhou dois dias e foi demitido por Danilo
Stevanovich. Dequinha ficou inconformado e passou a ficar rondando as
imediações do circo.
Adílson, o "Dequinha", colocou fogo no circo em vingança ao proprietário
Danilo Stevanovich.
Walter, o "Bigode", jogou gasolina na lona.
No dia da estreia, 15 de dezembro de 1961, o circo estava tão cheio que Danilo
Stevanovich mandou suspender a venda de ingressos, para frustração de
muitos. Nessa noite, Dequinha tentou entrar no circo sem pagar, mas foi visto e
impedido pelo tratador de elefantes Edmílson Juvêncio.
2. No dia seguinte, 16 de dezembro, um sábado, Dequinha continuava a
perambular pelo circo e começou a provocar o arrumador Maciel Felizardo, que
era constantemente acusado de ser o culpado da demissão de Dequinha.
Seguiu-se uma discussão e Felizardo agrediu o ex-funcionário, que reagiu e
jurou vingança.
Na tarde de 17 de dezembro de 1961, Dequinha se reuniu com José dos
Santos, o Pardal, e Walter Rosa dos Santos, o Bigode, com o plano de colocar
fogo no circo. Eles se encontraram num local denominado Ponto de Cem Réis,
na divisa do bairro Fonseca com o centro, e decidiram botar em prática o plano
de vingança. Um dos comparsas de Dequinha, responsável pela compra da
gasolina, advertiu o chefe da lotação esgotada do circo e iminente risco de
mortes. Porém, Dequinha estava irredutível: queria vingança e dizia que
Stevanovich tinha uma grande dívida com ele.
Com 3000 pessoas na plateia, faltavam vinte minutos para o espetáculo
acabar, quando uma trapezista percebeu o incêndio. Em pouco mais de cinco
minutos, o circo foi completamente devorado pelas chamas. 372 pessoas
morreram na hora e, aos poucos, vários feridos morriam, chegando a mais de
500 o número de mortes, das quais 70% eram crianças. Ironicamente, a fuga
de um elefante da sua jaula, foi o que acabou por salvar imensa gente. O
animal com sua força, arrebentou com parte da lona, abrindo assim caminho
para um maior numero de pessoas fugir para a rua. A lona, que chegou a ser
anunciada como sendo de náilon, era, na verdade, feita de tecido de algodão
revestido de parafina, um material altamente inflamável.2
Por coincidência, nesse dia, a classe médica do estado do Rio de Janeiro
estava em greve. O Hospital António Pedro, o maior de Niterói, estava
encerrado. A população arrombou a porta e, os médicos em greve foram sendo
convocados através da rádio, pelos soldados do exército, os quais
compareceram ao hospital de imediato. Médicos de clínicas privadas também
foram atender ao hospital. Inclusivamente, os cinemas e teatros de Niterói, Rio
de Janeiro e outras cidades vizinhas interromperam seus espetáculos para
averiguar se haveriam médicos entre o público, tal foi a dimensão da
catástrofe. Padres também foram convocados de emergência, para darem a
aextrema-unção às vitimas que já se sabia que não tinham qualquer hipótese
de sobrevivência. Nos dias seguintes, várias personalidades da elite fluminense
e, brasileira no geral, deslocaram-se a Niterói para prestar o máximo de apoio e
auxílio às vitimas. De entre essas personalidades destaca-se o então
Presidente, João Goulart.
As agências funerárias não tinham mãos a medir, tal era elevado o numero de
caixões que eram necessários, para enterrar as vitimas mortais. O Estádio Caio
Martins, foi transformado numa oficina provisória para a construção rápida de
urnas, com carpinteiros da região a trabalharem dia e noite. Os cemitérios
municipais de Niterói, logo ficaram lotados; assim, uma roça no município de
São Gonçalo, vizinho de Niterói, foi usada de urgência como cemitério para
enterrar os restantes corpos.
3. Com base no depoimento de funcionários do circo que acompanharam as
ameaças de Dequinha, ele foi preso em 22 de dezembro de 1961. Os
cúmplices Bigode e Pardal também foram presos.
Em 24 de outubro de 1962, Dequinha foi condenado a dezesseis anos de
prisão e a mais seis anos de internação em manicômio judiciário, como medida
de segurança. Em 1973, menos de um mês depois de fugir da prisão, ele foi
assassinado. Bigode, por sua vez, recebeu dezesseis anos de condenação e
mais um ano em colônia agrícola. Finalmente, Pardal foi condenado a quatorze
anos de prisão e mais dois anos em colônia agrícola.
Referências
1.
Da alegria ao terror, a tragédia do GranCircus Portal Terra - acessado em 16
de dezembro de 2011
FrankfurterRundschau
Circo Norte-Americano" - São Paulo: Companhia das Letras, 2011. ISBN 978-
85-359-1991-2
EdifícioAndraus
Edifício Andraus é um edifício no centro da cidade de São Paulo que está
localizado no distrito da República, na esquina da avenida São João com a rua
Pedro Américo. Possui 115 metros de altura e 32 andares, tendo sua
4. construção finalizada no ano de 1962. Originalmente, o edifício chamar-se-ia
"Edifício 50", por ser o quinquagésimo a ser erguido pela construtora
Organização Construtora e Incoporadora Andraus (Ocian), mas esta acabou
optando por mudar o nome, em homenagem a seu fundador.1
O edifício foi palco de um incêndio em 24 de fevereiro de 1972, com 16 mortos
e 330 feridos.[carece de fontes]
Incêndio
A possível causa do incêndio em 1972 teria sido uma sobrecarga no sistema
elétrico. O fogo iniciou-se no segundo pavimento e consumiu o prédio, que
reunia escritórios empresariais, entre eles os das multinacionais Henkel e
Siemens. Hoje recuperado, abriga repartições públicas e é ainda conhecido
como "Prédio da Pirani", por à época da tragédia abrigar em seus primeiros
andares, térreo e subsolos uma popular loja hoje não mais em atividade.
Vítimas
Entre as vítimas fatais, dois executivos da Henkel: Paul Jürgen Pondorf,
presidente da empresa, e OttmarFlick. Também foi destruído seu escritório
central. A maioria dos sobreviventes da tragédia, impossibilitados de utilizar as
escadas de emergência, optaram por subir ao último pavimento do edifício,
onde ficaram até que os bombeiros controlassem o fogo. Foram posteriormente
resgatados de helicóptero pelo piloto Olendino de Souza.
Consequências
Neste incêndio, morreram 16 pessoas, porém, graças ao resgate aéreo, houve
vários sobreviventes. No incêndio do Edifício Joelma, em 1974, houve 188
mortos, porque o Joelma não tinha escadas de incêndio nem uma laje no
último andar capaz de suportar o pouso de um helicóptero.2
Referências
1.
(18 de dezembro de 1960) "A 'Ocian' entrega primeira parte do Edifício
'Andraus'". Folha de S. Paulo (11 249): Caderno "Assuntos Diversos II", p. 3.
São Paulo: Empresa Folha da Manhã S.A..ISSN14145723.
Mario Cesar Carvalho. (03 de fevereiro de 2013). "Incêndio no edifício
Joelma mudou história da prevenção no Brasil". Folha de S. Paulo. São Paulo:
Empresa Folha
5. Edifício Joelma
O edifício Joelma, atualmente denominado edifício Praça da Bandeira, é um
prédio situado na cidade de São Paulo. Foi inaugurado em 1971.
Com vinte e cinco andares, sendo dez de garagem, localiza-se no número 225
da Avenida Nove de Julho, com outras duas fachadas para a Praça da
Bandeira, na lateral, e para a rua Santo Antonio, nos fundos.
Tornou-se conhecido nacional e internacionalmente quando, em 1 de fevereiro
de 1974, um incêndio provocou a morte de 191 pessoas e deixou mais de 300
feridas.1O prédio começou a ser construído, em 1969, pela Joelma S/A,
Importadora, Comercial e Construtora que "o dotou do mais moderno sistema
de incêndios", conforme afirmou um dos diretores da empresa, Jorge Cassab.2
Na construção foi utilizada uma estrutura de concreto armado, com vedações
externas de tijolos ocos cobertos por reboco e revestidos por ladrilhos na parte
externa. As janelas eram de vidro plano em esquadrias de alumínio, e o telhado
de telhas de cimento amianto sobre estrutura de madeira.3
O subsolo e o térreo seriam destinados à guarda de registros e documentos;
entre o 1° e o 10° andar, ficariam os estacionamentos; e, do 11° ao 25°, as
salas de escritórios3 , divididas em duas Torres, Norte (virada para a Av. Nove
de Julho) e Sul (virada para a Rua Santo Antônio).
6. incêndio
Concluída sua construção em 1972, o edifício foi imediatamente alugado ao
Banco Crefisul de Investimentos.4 No começo de 1974 a empresa ainda
terminava a transferência de seus departamentos quando, no dia 1 de
fevereiro, às 08:54 da manhã de uma sexta-feira, um curto-circuito em um
aparelho de ar condicionado no 12° andar deu início a um incêndio que
rapidamente se espalhou pelos demais pavimentos.1 As salas e escritórios no
Joelma eram configurados por divisórias, com móveis de madeira, pisos
acarpetados, cortinas de tecido e forros internos de fibra sintética, condição
que muito contribuiu para o alastramento incontrolável das chamas.
O Joelma contava com uma única escada central para servir às duas torres de
escritórios. Não havia escadas de emergência nem brigadas de incêndio ou
plano de evacuação. No início do incêndio, muitos conseguiram fugir pelos
elevadores, até que estes pararam de funcionar e também provocaram várias
mortes, incluindo um grupo de treze pessoas encontradas em um dos
elevadores, que nunca puderam ser identificadas, e ficaram conhecidos como
as "Treze Almas do Edifício Joelma". A escada foi rapidamente tomada pela
densa fumaça causada pelo incêndio, impedindo a fuga dos ocupantes que, ao
invés de descer, começaram a subir, na esperança de serem resgatados no
topo do prédio.
Sem ter como deixar o prédio, muitos tentaram abrigar-se em banheiros e nos
parapeitos das janelas.3 Outros sobreviventes concentraram-se no 25° andar,
que tinha saída para os terraços das Torres Norte e Sul.5 O Corpo de
Bombeiros recebeu a primeira chamada às 09:03 da manhã. Dois minutos
depois, viaturas partiram de quartéis próximos, mas devido a condições
adversas no trânsito só chegaram no local às 09:10.3 Helicópteros foram
acionados para auxiliar no salvamento, mas não conseguiram pousar no teto
do edifício pois este não era provido de heliporto;1 telhas de amianto, escadas,
madeiras e a fumaça do incêndio também impediram o pouso das aeronaves.4
Os bombeiros, muitos deles desprovidos de equipamentos básicos de
segurança, como máscaras de oxigênio, decidiram entrar no prédio para o
resgate, tentando alcançar aqueles que haviam conseguido chegar ao topo do
edifício. Foram apenas parcialmente bem sucedidos; a fumaça e as chamas já
haviam vitimado dezenas de pessoas. Alguns sobreviventes, movidos pelo
desespero, começaram a se atirar do edifício.1 Mais de 20 saltaram; nenhum
sobreviveu. Apenas uma hora e meia após o início do fogo é que o primeiro
bombeiro conseguiu, com a ajuda de um helicóptero do Para-Sar (o único
potente o suficiente para se manter pairando no ar enquanto era feito o
resgate), chegar ao telhado. Já então muitos haviam perecido devido à alta
temperatura no topo do prédio, que chegou a alcançar 100 graus celsius.1 A
maioria dos sobreviventes ali conseguiu se salvar por se abrigarem sob uma
telha de amianto.4 Apenas no telhado da Torre Norte foram resgatados
sobreviventes. No telhado da Torre Sul, não houve sobreviventes.
A investigação sobre as causas da tragédia, concluída e encaminhada à
justiça em julho de 1974, apontava a Crefisul e a Termoclima, empresa
7. responsável pela manutenção elétrica, como principais responsáveis pelo
incêndio. Afirmava que o sistema elétrico do Joelma era precário e estava
sobrecarregado.7 O resultado do julgamento foi divulgado em 30 de abril de
1975: KirilPetrov, gerente-administrativo da Crefisul, foi condenado a três anos
de prisão. Walfrid Georg, proprietário da Termoclima, seu funcionário, o
eletricista Gilberto Araújo Nepomuceno e os eletricistas da Crefisul, Sebastião
da Silva Filho e Alvino Fernandes Martins, receberam condenações de dois
anos.8
Referências
"Tragédia do Joelma foi a pior da cidade" - Folha Online, Jornal do Brasil de
2/02/74, página 12Jornal do Brasil de 2/02/74, página 12, "1974 - O incêndio
do Edifício Joelma" - Jornal do Brasil
Edifício GrandeAvenida
Incêndio em 1981
Edifício Grande Avenida é um prédio localizado no número 1.754 da avenida
Paulista em São Paulo, Brasil. Situado a cerca de 50 metros da rua Peixoto
Gomide, sua arquitetura e uma das mais marcantes da cidade.
O Edifício Grande Avenida foi palco de dois incêndios em sua história, sendo o
primeiro, sem grandes proporções, em 13 de janeiro de 1969, porém, pelas
proporções do segundo incêndio, o fato foi noticiado em todo o mundo.
Na tarde de 14 de fevereiro de 19811 , o fogo iniciado na sobreloja do edifício,
deixou dezessete mortos e 53 feridos2 , destruindo todos os andares do prédio.
O número de vítimas só não foi maior porque o episódio ocorreu num sábado
de carnaval e havia poucas pessoas trabalhando no interior do edifício.
Essas pessoas, a maioria, eram funcionários da Construtora Figueiredo Ferraz,
e estavam com um projeto atrasado, que deveria ser apresentado na quinta-
feira. A corrente de ventania que subia da avenida 9 de julho (pela parte de trás
8. do prédio) funcionou como um verdadeiro fole, alimentando o fogo. Todos os
andares foram consumidos pelo fogo, rapidamente.
As viaturas do Corpo de Bombeiros, provenientes da Praça da Sé, subiram a
avenida Brigadeiro Luís Antônio; as outras viaturas vieram da guarnição da rua
da Consolação. Os helicópteros particulares estavam pousando no Museu de
Arte de São Paulo (MASP), numa área contígua ao vão livre, onde até hoje é
realizada a feira de antiguidades. Na época não existiam heliportos nos prédios
da avenida. Médicos abriam os porta-malas de seus carros, cheios de
medicamentos. Pessoas do povo escreveram com cal no asfalto: Calma!
Calma!
O perigo maior era se o fogo se alastrasse para o último andar, onde fica a
torre de transmissão da TV Record, pois estavam armazenadas mais de vinte
latas de tinta para pintar a torre, além do óleo diesel, que mantinha o gerador
da torre funcionando. Um dos novos proprietários da TV Record era o
apresentador de TV e empresário Sílvio Santos, que havia adquirido
recentemente ações da emissora.
Este tipo de construção como a do Edifício Grande Avenida e a do Banco
Real/AMRO, na mesma avenida, foram proibidas pela prefeitura de São Paulo.
Em 1994 e 2001, foram implantadas, por meio de decreto, medidas legais de
segurança no combate a incêndio. Em 2005 foram publicadas 38 instruções
técnicas visando aprimorar a segurança dos edifícios.3
Referências
Incêndio no Grande Avenida deixa 17 mortos Folha de São Paulo - arquivo
do Jornal Notícias Populares
Corpo de Bombeiros São Paulo. Visitado em 21/01/2009.
UNICAMP - Forno simula incêndio com estruturas em tamanho real (8 a
14/09/ 2008). Visitado em 22/01/2009.
Folha de S.Paulo, edição de 15 de fevereiro de 1981
EdifícioAndorinha
O edifício Andorinhas, inaugurado em 1934, foi uma construção brasileira
situada na cidade do Rio de Janeiro, destruído em 1986.
Situava-se na esquina Avenida Graça Aranha com a Avenida Almirante
Barroso no centro do Rio de Janeiro.
9. Incendiou-se, após um curto-circuito no sistema elétrico de um dos andares em
17 de fevereiro de 1986, matando 21 pessoas e ferindo mais de 50.1 .
No edifício havia um painel em mosaico do artista Belmiro de Almeida. Salva
do incêndio, a obra ficou cerca de vinte anos abandonada, até ser recuperada
no começo do século XXI, estando em exposição no bairro da Lapa, na capital
carioca.1
Eram 13h30 minutos de uma segunda-feira quando o ar-condicionado instalado
no escritório da multinacional General Eletric, no nono andar, sofreu uma
sobrecarga de energia. A tomada explodiu e o fogo avançou rapidamente pelo
carpete, atingindo uma potrona, logo queimando as cortinas. Dez horas depois,
restavam os escombros calcinados do prédio, localizado no centro do Rio
(cruzamento da Avenida Almirante Barroso com a rua Graça Aranha) e onde
circulavam diariamente não menos do que 1700 pessoas.
E restava uma outra grande certeza: a de que não somente os prédios não
foram construídos adequadamente para prevenir tais catástrofes como o Corpo
de Bombeiros da Cidade Maravilhosa (e de quase todas as cidades brasileiras,
diga-se) revelou-se pessimamente equipado. Faltou água nas mangueiras, não
havia pressão nos hidrantes, os soldados do fogo dispunham de apenas doze
máscaras de proteção contra a fumaça e não contavam com nenhum colchão
de ar para amortecer o salto dos desesperados. Além disso, uma das suas seis
escadas Magirus estragou logo no início da operação e as demais mostraram-
se incapazes de chegar mais alto do que o décimo andar (quem estava nos
andares abaixo deste pode se salvar sem maiores problemas, descendo pelas
escadas). Foram tantas as deficiências que os Bombeiros receberam sonoras
vaias da população aglomerada que assistia à cena.
Internamente, as coisas não correram melhores: a porta que conduzia ao
terraço, ao final de uma escadaria, havia sido fechado a cadeado pelo síndico
do edifício. As dez pessoas que chegaram ao terraço e que foram salvas
graças a um helicóptero chegaram lá esgueirando-se por uma basculante.
Duas pessoas, queimadas e em desespero - um homem e uma mulher -
jogaram-se do alto para a morte instantânea no chão da rua. Críticas
merecidas sobraram para todo o mundo, inclusive para o então governador
Leonel Brizola - ele acusou a "multinacional" GE e até a "ditadura" como
culpadas pelo ocorrido.
Depois da tragédia do Andorinha, muito se falou, algumas coisas foram
melhoradas e muitas outras continuam exatamente como estavam - à espera
de um novo acontecido. Uma certeza ficou: se a prevenção tivesse sido feita
conforme mandam as regras nada daquilo teria ocorrido e duas dezenas de
vidas, no mínimo, teriam sido salvas.
Referências
1. * JBlog Hoje na Historia: 17 de fevereiro de 1986: Fogo e desespero no
Andorinhas
10. Incêndio na boate Kiss
O incêndio na boate Kiss matou 242 pessoas3 e feriu 680 outras numa
discoteca da cidade de Santa Maria, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul.
O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado
pelo acendimento de um sinalizador por um integrante de uma banda que se
apresentava na casa noturna. A imprudência e as más condições de segurança
ocasionaram a morte de mais de duas centenas de pessoas.
O sinistro foi considerado a segunda maior tragédia no Brasil em número de
vítimas em um incêndio, sendo superado apenas pela tragédia do Gran Circus
Norte-Americano, ocorrida em 1961, em Niterói, que vitimou 503 pessoas;45 e
teve características semelhantes às do incêndio ocorrido na Argentina, em
2004, na discoteca República Cromañón.6 Classificou-se também como a
quinta maior tragédia da história do Brasil,7 a maior do Rio Grande do Sul,8 a
de maior número de mortos nos últimos cinquenta anos no Brasil9 e o terceiro
maior desastre em casas noturnas no mundo.10
Procedeu-se a uma investigação para a apuração das responsabilidades dos
envolvidos, dentre eles os integrantes da banda, os donos da casa noturna e o
poder público. O incêndio iniciou um debate no Brasil sobre a segurança e o
uso de efeitos pirotécnicos em ambientes fechados com grande quantidade de
pessoas. A responsabilidade da fiscalização dos locais também foi debatida na
mídia. Houve manifestações nas imprensas nacional e mundial, que variaram
de mensagens de solidariedade a críticas sobre as condições das boates no
país e a omissão das autoridades.
O inquérito policial apontou muitos responsáveis pelo acidente, mas poucos
foram denunciados pelo Ministério Público à Justiça. O inquérito policial-militar,
por sua vez, foi condescendente com os bombeiros envolvidos no caso. A
Justiça instaurou um processo e começou a ouvir depoimentos como
preparação para o julgamento, porém os sobreviventes e parentes dos mortos
receavam que a impunidade fosse a tônica do evento criminoso. De fato, os
servidores civis e militares, bem como as autoridades públicas, corriam pouco
risco de sofrerem punições.
O incêndio
A festa "Agromerados" iniciou-se às 23 horas (UTC-2) de 26 de janeiro de
2013, sábado, na boate Kiss, localizada na rua dos Andradas, 1925, no centro
da cidade de Santa Maria. A reunião foi organizada por estudantes de seis
cursos universitários e técnicos da Universidade Federal de Santa Maria. Duas
bandas estavam programadas para se apresentarem à noite.1112 Estimou-se
que entre quinhentas a mil pessoas estavam na boate. Eram na maioria
estudantes uma vez que, como descrito, ocorria uma festa da UFSM, dos
cursos de Pedagogia, Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia.13
11. Por volta das 2h30min de 27 de janeiro, durante a apresentação da banda
Gurizada Fandangueira, a segunda banda a se apresentar na noite, um
sinalizador de uso externo foi utilizado pelo vocalista da banda. O sinalizador
soltou faíscas que atingiram o teto da boate, incendiando a espuma de
isolamento acústico, que não tinha proteção contra fogo. Os integrantes da
banda e um segurança Rodrigo Ruoso, tentaram apagar as chamas com água
e extintores, mas não obtiveram sucesso. Em cerca de três minutos, uma
fumaça espessa se espalhou por toda a boate.14
No início do incêndio, não houve comunicação entre os seguranças que
estavam no palco e os seguranças que estavam na saída da boate. Estes,
então, não permitiram inicialmente que as pessoas saíssem pela única porta do
local, por acreditarem tratar-se de uma briga.
A casa funcionava através do pagamento das comandas de consumo na saída,
o que levou os seguranças a também pensarem que as pessoas estavam
tentando sair sem pagar. Muitas vítimas forçaram a saída pelas portas dos
banheiros, confundindo-as com portas de emergência que dessem para a rua,
que de fato não existiam na boate.15 Em consequência disso, noventa por
cento dos corpos estariam nos banheiros.16
Sputnik
O artefato usado pela banda é conhecido como sputnik. Segundo a Associação
Brasileira de Pirotecnia (ABP), deve ser usado em ambiente externo e solta
faíscas que chegam a quatro metros de altura, mais do que a altura do teto da
boate. Deve ser colocado no chão para ser aceso, libera grande quantidade de
fumaça e as pessoas devem ficar a pelo menos dez metros do artefato. É
proibido usá-lo em locais fechados e próximo a materiais inflamáveis. Custa
cerca de quatro a cinco reais e geralmente se usa nas festas de fim de ano.19
Cianeto
O cianeto, apontado por um laudo técnico como a causa da morte dos
estudantes, é uma substância encontrada na natureza e também é um produto
da atividade humana. Dentre seus usos caseiros e industriais, estão: fumigação
de navios e edifícios, esterilização de solos, metalurgia, polimento de prata,
inseticidas, venenos para ratos etc. A população está exposta por causa da
fumaça dos automóveis, dos gases liberados pelas incineradoras e também por
causa da fumaça resultante da combustão de materiais contendo cianetos,
como os plásticos. As pessoas mais expostas são metalúrgicos, bombeiros,
mineiros, operários de indústria de plásticos
Espuma
A espuma usada em isolamento acústico na boate Kiss era moda em Santa
Maria. Era uma espuma de colchão usada em boates, bares, clubes e outras
casas com música ao vivo. Inicialmente, era usada por exigência dos DJs,
porque evitava o eco de som e aumentava a nitidez dos sons graves e agudos.
Posteriormente, passou a ser usada como isolamento do som interno, evitando
12. que este incomodasse os vizinhos. ElissandroSpohr a usou com esse
propósito, mas a espuma era ineficiente para o efeito pretendido, então foi
retirada quando se implementou um projeto acústico na Kiss. Entretanto, foi
recolocada, a pedido dos DJs, para evitar o eco de som.
O delegado Marcelo Arigony anunciou, em 31 de janeiro, que a causa da morte
foi o gás cianídrico liberado pela espuma em contato com o fogo. É o mesmo
gás usado como arma química na Primeira Guerra Mundial e como meio de
extermínio dos judeus nos campos de concentração da Segunda Guerra
Mundial. Dessa forma, os universitários que estavamna boate morreram em uma
simulação de câmara de gás, não por causa do fogo em si. O DJ Lucas
Peranzoni, que atuava na festa, disse que a fumaça negra levou apenas quinze
segundos para ocupar todo o local. 13
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) divulgou um
relatório oficial sobre as causas do incêndio em 4 de fevereiro de 2013. As
duas principais foram o uso de um revestimento acústico inflamável
exposto na zona do palco e a realização de um show com componentes
pirotécnicos em ambiente impróprio. O fogo se propagou devido à falta
de extintores de incêndio, e a insuficiência de saídas de emergência,
aliada à superlotação, aumentou o número de vítimas.
O relatório também indicou que a boate não tinha um Plano de Prevenção
Contra Incêndio (PPCI) e que os sócios dela tiraram proveito da
fragilidade do sistema informatizado dos bombeiros para obterem alvarás
sem cumprirem as normas técnicas. O coordenador da comissão do Crea-
RS, Luiz Carlos Filho, disse que o brasileiro se sentia seguro demais por
causa das medidas contra incêndios tomadas na década de 1970, quando
houve muitos eventos desse tipo no país.1
Principaisitens da conclusão
O fogo teve início por volta das 3 horas da madrugada do dia 27 de
janeiro, no canto superior esquerdo do palco.
Ele foi deflagrado por uma faísca de fogo de artifício empunhado por um
integrante da banda Gurizada Fandangueira.
O extintor de incêndio, localizado ao lado do palco da boate, não
funcionou no momento do início do fogo.
A boate Kiss apresentava uma série de irregularidades quanto aos
alvarás.
Havia superlotação: no mínimo 864 pessoas estavam no interior da
boate.
A espuma utilizada para isolamento acústico era inadequada e irregular,
feita de poliuretano.
13. As grades de contenção existentes na boate atrapalharam e obstruíram
a saída das vítimas.
A boate tinha apenas uma porta de entrada e saída.
Não havia rotas adequadas e sinalizadas para a saída em casos de
emergência.
As portas apresentavam unidades de passagem em número inferior ao
necessário.
Não havia exaustão de ar adequada, pois as janelas estavam
obstruídas.
Referências
RS: incêndio em boate de Santa Maria deixa mais de 230 mortos(em
português)Portal Terra (27 de janeiro de 2013). Visitado em 1 de fevereiro de
2013.
Morre no RS a vítima de número 242 do incêndio na boate Kiss 19
de maio de 2013. Visitado em 19 de maio de 2013.
Morte de jovem eleva para 241 o total de vítimas do incêndio na boate
Kiss(em português)Zero Hora (07 de março de 2013). Visitado em 07 de março
de 2013.
Incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, pode ser o segundo maior da
história no Brasil depois da tragédia do Gran Circo Americano em Niterói Extra
Online (27 de janeiro de 2013). Visitado em 27 de janeiro de 2013. E etc...
Conclusão
Situação atual das medidas de proteçãoe combate a incêndio
hoje em dia:
Hoje em dia as populaçõesestão tomando mais medidas severas
de proteção e combate a incêndio do que antes, estão
conscientizados de que o melhor pra vivermos é aprender seguindo
as regras e leis.
14. Algumas medidas de hoje
1) medidas ativas de proteção que abrangem a detecção,alarme e extinção
do fogo (automática e/ou manual); e
2) medidas passivas que abrangem o controle dos materiais, meios de escape,
compartimentação e proteção da estrutura dos edifícios.
3) atividades relacionadas com as exigências de medidas de proteção contra
incêndio nas diversas ocupações;
4) atividades relacionadas com a extinção, perícia e coleta de dados dos
incêndios pelos órgãos públicos, que visam aprimorar técnicas de combate e
melhorar a proteção contra incêndio por meio da investigação, estudo dos
casos reais e estudo quantitativo dos incêndios nos estados.
15. Polianna Saara Lima e Silva
A história de diversas tragédias no
Piauí( incêndios)
Tragédia no GranCircus Norte Americano
Tragédia no edifício Andraus
Tragédia no edifico Joelma
Tragédia no edifício grande Avenida
Tragédia no edifício Andorinha
Tragédia na boate KISS
Teresina
2015
16. Colégio Teresina
Aluna:Polianna Saara Lima e Silva
Sala: 02Turno: noite Turma: A 14
Professora: Lídia Barroso
A história de diversas tragédias no
Piauí( incêndios )
Teresina, Pi 20 de maio de 2015