Este documento analisa a presença da literatura na Revista da Semana no final do século XIX e início do século XX. Aborda a educação feminina no período e como a literatura era um tema-chave na imprensa feminina. Também discute os estilos literários como crônicas, contos, poesias e novelas presentes na revista e sua evolução ao longo do tempo.
O livro descreve a revista Realidade dos anos 1960 no Brasil, que revolucionou o jornalismo brasileiro ao adotar um estilo de reportagem literária e impressionista ao invés do jornalismo objetivo. A revista discutia temas controvertidos da época de forma aberta e progressista. Embora o autor conclua que aquele estilo específico de jornalismo foi produto de sua época, o resumo argumenta que versões desse jornalismo ainda podem existir hoje.
A ALABASTRO – Revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, é uma publicação de cunho científico, com periodicidade semestral, organizada por estudantes de graduação em Ciências Sociais da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Sua finalidade é estimular a produção e a veiculação de conhecimento e aproximar os pesquisadores de diferentes instituições universitárias ao cotidiano das Ciências Sociais por meio de artigos, resenhas, traduções científicas, análise de material audiovisual e produções poético-literárias, com temas vinculados às Ciências Humanas.
Literatura, história e memória nas crônicas de A. Tito FilhoJordan Bruno
A dissertação analisa as crônicas publicadas por A. Tito Filho no jornal O Dia entre 1987 e 1992, abordando três temas principais: 1) as crônicas biográficas sobre intelectuais e literatos piauienses; 2) como o cronista abordou temas da história e literatura do Piauí e Brasil; 3) como retratou o cotidiano da cidade de Teresina. A pesquisa busca entender a atuação de Tito Filho como cronista e como suas crônicas tratam da história
A. tito filho, o enamorado de TeresinaJordan Bruno
Este artigo analisa a cidade de Teresina na década de 1970 através dos escritos de A. Tito Filho. O autor descreve uma Teresina "afetiva, tranquila e pitoresca" em três livros publicados na época. Nessa década, o governo investiu em projetos para modernizar a cidade, como a construção de estádios e avenidas. A. Tito Filho celebrou a cultura e história de Teresina e ajudou a construir uma imagem positiva da cidade.
O documento discute a produção literária e jornalística de Maria Archer, uma escritora portuguesa que viveu exilada no Brasil de 1955 a 1979. Ela escreveu artigos para jornais brasileiros como O Estado de São Paulo criticando o regime de Salazar em Portugal. Sua obra buscava aproximar as culturas luso-brasileira e africana, destacando as conexões históricas entre os continentes através da língua portuguesa.
Simpósi internacional de história da historiografia intelectuaisNatália Barros
Este documento é um resumo de um artigo sobre Joaquim Inojosa, um jornalista brasileiro do século XX. O artigo descreve como Inojosa via a imprensa como um veículo para educar o público e influenciar governos. Também analisa uma publicação de 1978 com artigos de Inojosa ao longo de sua carreira para entender como ele construía sua identidade pública através de sua escrita.
A revista piauí se propõe a ir além da boa informação e entregar ao leitor boas histórias por meio de um estilo narrativo predominante. Seus textos são apurados e bem contados, com ênfase na qualidade da narrativa. A variedade de temas, o equilíbrio entre texto e imagem, e o humor constante são elementos centrais de seu projeto editorial.
1) O documento é uma resenha do livro "A aventura surrealista: cronologia do surrealismo" de Sérgio Lima que explora a história do movimento surrealista.
2) Sérgio Lima procura analisar o movimento surrealista da perspectiva de um poeta crítico que participou do movimento.
3) O livro fornece uma cronologia não linear do movimento surrealista e estabelece conexões entre a história literária brasileira e internacional.
O livro descreve a revista Realidade dos anos 1960 no Brasil, que revolucionou o jornalismo brasileiro ao adotar um estilo de reportagem literária e impressionista ao invés do jornalismo objetivo. A revista discutia temas controvertidos da época de forma aberta e progressista. Embora o autor conclua que aquele estilo específico de jornalismo foi produto de sua época, o resumo argumenta que versões desse jornalismo ainda podem existir hoje.
A ALABASTRO – Revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, é uma publicação de cunho científico, com periodicidade semestral, organizada por estudantes de graduação em Ciências Sociais da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Sua finalidade é estimular a produção e a veiculação de conhecimento e aproximar os pesquisadores de diferentes instituições universitárias ao cotidiano das Ciências Sociais por meio de artigos, resenhas, traduções científicas, análise de material audiovisual e produções poético-literárias, com temas vinculados às Ciências Humanas.
Literatura, história e memória nas crônicas de A. Tito FilhoJordan Bruno
A dissertação analisa as crônicas publicadas por A. Tito Filho no jornal O Dia entre 1987 e 1992, abordando três temas principais: 1) as crônicas biográficas sobre intelectuais e literatos piauienses; 2) como o cronista abordou temas da história e literatura do Piauí e Brasil; 3) como retratou o cotidiano da cidade de Teresina. A pesquisa busca entender a atuação de Tito Filho como cronista e como suas crônicas tratam da história
A. tito filho, o enamorado de TeresinaJordan Bruno
Este artigo analisa a cidade de Teresina na década de 1970 através dos escritos de A. Tito Filho. O autor descreve uma Teresina "afetiva, tranquila e pitoresca" em três livros publicados na época. Nessa década, o governo investiu em projetos para modernizar a cidade, como a construção de estádios e avenidas. A. Tito Filho celebrou a cultura e história de Teresina e ajudou a construir uma imagem positiva da cidade.
O documento discute a produção literária e jornalística de Maria Archer, uma escritora portuguesa que viveu exilada no Brasil de 1955 a 1979. Ela escreveu artigos para jornais brasileiros como O Estado de São Paulo criticando o regime de Salazar em Portugal. Sua obra buscava aproximar as culturas luso-brasileira e africana, destacando as conexões históricas entre os continentes através da língua portuguesa.
Simpósi internacional de história da historiografia intelectuaisNatália Barros
Este documento é um resumo de um artigo sobre Joaquim Inojosa, um jornalista brasileiro do século XX. O artigo descreve como Inojosa via a imprensa como um veículo para educar o público e influenciar governos. Também analisa uma publicação de 1978 com artigos de Inojosa ao longo de sua carreira para entender como ele construía sua identidade pública através de sua escrita.
A revista piauí se propõe a ir além da boa informação e entregar ao leitor boas histórias por meio de um estilo narrativo predominante. Seus textos são apurados e bem contados, com ênfase na qualidade da narrativa. A variedade de temas, o equilíbrio entre texto e imagem, e o humor constante são elementos centrais de seu projeto editorial.
1) O documento é uma resenha do livro "A aventura surrealista: cronologia do surrealismo" de Sérgio Lima que explora a história do movimento surrealista.
2) Sérgio Lima procura analisar o movimento surrealista da perspectiva de um poeta crítico que participou do movimento.
3) O livro fornece uma cronologia não linear do movimento surrealista e estabelece conexões entre a história literária brasileira e internacional.
O documento descreve uma pesquisa sobre a Revista da Semana, uma publicação brasileira das primeiras décadas do século XX. A pesquisa analisa aspectos editoriais, gráficos e de mercado da revista, como sua trajetória, mudanças de formato e dono ao longo do tempo, seções fixas, uso de fotografia e representações femininas. O trabalho também define temas a serem explorados, como a presença de literatura, artes, imprensa feminina e representações do universo feminino na revista.
Recensão de Joaquim Fidalgo* sobre o livro “Foi Você que Pediu um Bom Título?”, de Dinis Manuel Alves (Quarteto, Coimbra, 2003).
* Jornalista, ex-Provedor do Leitor do jornal Público, professor convidado no Departamento de Ciências da Comunicação/
Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (jfidalgo@ics.uminho.pt).
Para saber mais sobre este livro, sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747.
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt ,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
Práticas artísticas,crítica e educação do gosto na década 1920Natália Barros
Este documento apresenta uma pesquisa sobre as práticas artísticas, crítica e educação do gosto na imprensa do Recife nas primeiras décadas do século XX. O autor analisa como a micro-história influenciou a pesquisa historiográfica e pretende mapear a relação entre artistas e jornais/revistas do período, examinando o espaço dado à arte e o discurso crítico. Como exemplo, discute a trajetória do artista Murillo La Greca e seu papel na formação de outros artistas na década
1) A história do jornalismo brasileiro ainda não foi produzida de forma abrangente, faltando uma análise da imprensa no contexto das transformações sociais do Brasil.
2) A produção jornalística pode ser analisada separadamente da instituição da imprensa, focando no discurso ideológico e na profundidade com que jornalistas abordaram diferentes realidades.
3) A consolidação do jornalismo investigativo no Brasil ocorreu após a segunda guerra mundial, quando a imprensa se moderniz
Este documento discute o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, e destaca a importância do livro "Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras", obra da escritora Nelly Novaes Coelho que reúne perfis de mais de 1.400 escritoras brasileiras dos últimos três séculos. O texto também homenageia membros femininos da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.
1) O texto de Antonio Candido "A sociologia no Brasil" foi publicado originalmente em 1959 para descrever a sociologia no Brasil.
2) O texto resultou de uma encomenda para a Enciclopédia Delta-Larousse, na qual Antonio Candido e Florestan Fernandes escreveram sobre a sociologia.
3) O texto de Antonio Candido reflete sobre sua experiência como um dos primeiros sociólogos no Brasil e sobre sua contribuição para a construção das ciências sociais em São Paulo entre as décadas de 1940 e 1950.
Este documento discute uma pesquisa sobre o uso do gênero miniconto e do suporte fanzine para promover o desenvolvimento da escrita criativa entre estudantes do ensino fundamental e médio. O objetivo era exercitar a escrita criativa dos alunos e apresentar o fanzine como um meio para transmitir ideias. A pesquisa envolveu atividades como leitura de minicontos, produção de textos, reescrita e confecção de fanzines pelos alunos. Análises indicaram que o fanzine influenciou positivamente a
A enciclopédia barsa e o contexto dos anos 60 – algumas percepções do impressoEmerson Mathias
1) A Enciclopédia Barsa foi lançada no Brasil em 1964 como uma versão em português da Encyclopaedia Britannica, contendo artigos escritos por brasileiros.
2) A obra teve como objetivo ser informativa e abrangente sobre diversos assuntos, refletindo os pensamentos da época dos anos 1960 no Brasil.
3) A década de 1960 foi um período de grande desenvolvimento econômico e mudanças sociais no Brasil, com o crescimento da indústria e da classe média urbana.
Estudos de literatura brasileir douglas tufanoKeila Guedes
O documento apresenta informações sobre os direitos autorais de uma obra literária e sobre a equipe responsável por disponibilizá-la gratuitamente online. A obra é oferecida para uso parcial em pesquisas acadêmicas e testes, sendo proibida sua venda ou uso comercial. A equipe disponibiliza conteúdos de domínio público e propriedade intelectual de forma gratuita, acreditando que o conhecimento deve ser acessível a todos.
Este documento apresenta o plano de aulas para a disciplina "Pensamento Social Brasileiro: Intérpretes do Brasil" no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília. A disciplina abordará obras de importantes intelectuais brasileiros como Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre e Florestan Fernandes. O plano lista as 15 aulas planejadas e a bibliografia obrigatória para cada aula, cobrindo tópicos como a formação da intelligentsia brasileira, o pensamento autoritário
O documento descreve a história das revistas de cultura no Brasil desde o século XIX, destacando suas principais publicações ao longo dos anos e os temas abordados, como literatura, artes e moda. Também analisa três revistas atuais - Bravo, Piauí e Cult - comparando seus formatos, conteúdos e presença on-line. Por fim, defende políticas públicas que garantam a divulgação e preservação da diversidade cultural brasileira por meio dessas publicações.
Este livro analisa a circulação e uso de impressos no Brasil do século XIX, abordando periódicos, biografias, impressos políticos e o papel de bibliotecas. Organizado por quatro pesquisadoras, reúne onze capítulos que discutem temas como a formação de identidades políticas, a difusão de ideias antiescravidão e o surgimento da imprensa ilustrada.
O documento apresenta informações sobre o livro "História Global 3o ano Ensino Médio" de autoria de Gilberto Cotrim. O livro é dividido em unidades temáticas e capítulos, contendo atividades, imagens e textos sobre história mundial no século XX. Inclui também informações sobre a equipe editorial e técnica responsável pela publicação.
Este documento discute como Euclides da Cunha retratou a figura do bandeirante em seu livro Os Sertões e como isso se relaciona com a historiografia paulista da época. Primeiramente, analisa a criação do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, que promovia uma visão laudatória da identidade regional paulista e da figura do bandeirante. Em seguida, examina como Euclides da Cunha, membro do Instituto, representou o bandeirante em Os Sertões, poss
Jouve por que studar literatura resenhaKarolyna Luna
O documento discute por que estudar literatura à luz do livro "Por que estudar literatura?" de Vincent Jouve. Jouve argumenta que a literatura enriquece a existência e desenvolve o espírito crítico, justificando seu estudo. Ele delimita o objeto literário e discute se a arte e a literatura ainda existem, concluindo que a literatura informa o mundo em que vivemos.
O documento discute o movimento literário Neomodernismo no Brasil, que surgiu após o Modernismo na década de 1940. O Neomodernismo tinha uma abordagem mais introspectiva e reflexiva, explorando temas como a subjetividade e a fragmentação da realidade. Autores importantes incluem Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto e Guimarães Rosa, e obras como "A Hora da Estrela" e "Grande Sertão: Veredas" são exemplos representativos. O movimento trouxe inovações
Reportagens do esporte na Revista do Globo de Porto Alegre+ Aloisio Magalhães
O documento descreve um estudo sobre reportagens esportivas publicadas na Revista do Globo de Porto Alegre entre 1929 e 1945. O objetivo do estudo é identificar o número de reportagens esportivas publicadas e analisar os motivos que levaram a Revista do Globo a veicular inicialmente matérias sobre esporte e criar uma seção dedicada ao tema na década seguinte. O método utilizado envolveu catalogar as reportagens esportivas encontradas na revista.
Dialogando com a linguagem visual das historias em quadrinhos em sala de aula...Gustavo Araújo
O documento discute a utilização das histórias em quadrinhos em sala de aula como auxílio metodológico para professores. Apresenta breve histórico dos quadrinhos no Brasil e argumenta que quando utilizados corretamente em sala de aula, os quadrinhos podem estimular a leitura dos alunos e melhorar a comunicação. Também define termos específicos da linguagem visual dos quadrinhos que podem ser usados por professores em atividades com estudantes.
DIALOGANDO COM A LINGUAGEM VISUAL DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM SALA DE AULA...Gustavo Araújo
O documento discute a utilização das histórias em quadrinhos em sala de aula como auxílio metodológico para professores. Apresenta breve histórico dos quadrinhos no Brasil e argumenta que quando utilizados corretamente em sala de aula, os quadrinhos podem estimular a leitura dos alunos e melhorar a comunicação. Também define termos específicos da linguagem visual dos quadrinhos que podem ser usados por professores em atividades com estudantes.
Este número da revista Organizações & Sociedade apresenta artigos sobre privatização e regulação no setor de transportes no Brasil e Argentina, fatores críticos de sucesso em relações governamentais entre entes governamentais, e um estudo sobre o processo decisório em organizações brasileiras entre 1993-2002.
Outros artigos abordam o ciclo do trabalho e a roda da fortuna, controle em uma siderúrgica, influência de líderes em bancos, responsabilidade social corporativa, mapeamento de clusters industriais, sucessão em empresas
O documento analisa a qualidade sanitária de 93 amostras de embutidos coletadas em Porto Alegre. Todas as amostras estavam livres de Salmonella sp., mas 14 amostras de linguiça fresca continham contagens de coliformes fecais acima do limite legal na época. A maioria dessas amostras estava armazenada acima da temperatura recomendada no momento da coleta.
O documento descreve uma pesquisa sobre a Revista da Semana, uma publicação brasileira das primeiras décadas do século XX. A pesquisa analisa aspectos editoriais, gráficos e de mercado da revista, como sua trajetória, mudanças de formato e dono ao longo do tempo, seções fixas, uso de fotografia e representações femininas. O trabalho também define temas a serem explorados, como a presença de literatura, artes, imprensa feminina e representações do universo feminino na revista.
Recensão de Joaquim Fidalgo* sobre o livro “Foi Você que Pediu um Bom Título?”, de Dinis Manuel Alves (Quarteto, Coimbra, 2003).
* Jornalista, ex-Provedor do Leitor do jornal Público, professor convidado no Departamento de Ciências da Comunicação/
Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (jfidalgo@ics.uminho.pt).
Para saber mais sobre este livro, sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747.
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt ,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
Práticas artísticas,crítica e educação do gosto na década 1920Natália Barros
Este documento apresenta uma pesquisa sobre as práticas artísticas, crítica e educação do gosto na imprensa do Recife nas primeiras décadas do século XX. O autor analisa como a micro-história influenciou a pesquisa historiográfica e pretende mapear a relação entre artistas e jornais/revistas do período, examinando o espaço dado à arte e o discurso crítico. Como exemplo, discute a trajetória do artista Murillo La Greca e seu papel na formação de outros artistas na década
1) A história do jornalismo brasileiro ainda não foi produzida de forma abrangente, faltando uma análise da imprensa no contexto das transformações sociais do Brasil.
2) A produção jornalística pode ser analisada separadamente da instituição da imprensa, focando no discurso ideológico e na profundidade com que jornalistas abordaram diferentes realidades.
3) A consolidação do jornalismo investigativo no Brasil ocorreu após a segunda guerra mundial, quando a imprensa se moderniz
Este documento discute o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, e destaca a importância do livro "Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras", obra da escritora Nelly Novaes Coelho que reúne perfis de mais de 1.400 escritoras brasileiras dos últimos três séculos. O texto também homenageia membros femininos da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.
1) O texto de Antonio Candido "A sociologia no Brasil" foi publicado originalmente em 1959 para descrever a sociologia no Brasil.
2) O texto resultou de uma encomenda para a Enciclopédia Delta-Larousse, na qual Antonio Candido e Florestan Fernandes escreveram sobre a sociologia.
3) O texto de Antonio Candido reflete sobre sua experiência como um dos primeiros sociólogos no Brasil e sobre sua contribuição para a construção das ciências sociais em São Paulo entre as décadas de 1940 e 1950.
Este documento discute uma pesquisa sobre o uso do gênero miniconto e do suporte fanzine para promover o desenvolvimento da escrita criativa entre estudantes do ensino fundamental e médio. O objetivo era exercitar a escrita criativa dos alunos e apresentar o fanzine como um meio para transmitir ideias. A pesquisa envolveu atividades como leitura de minicontos, produção de textos, reescrita e confecção de fanzines pelos alunos. Análises indicaram que o fanzine influenciou positivamente a
A enciclopédia barsa e o contexto dos anos 60 – algumas percepções do impressoEmerson Mathias
1) A Enciclopédia Barsa foi lançada no Brasil em 1964 como uma versão em português da Encyclopaedia Britannica, contendo artigos escritos por brasileiros.
2) A obra teve como objetivo ser informativa e abrangente sobre diversos assuntos, refletindo os pensamentos da época dos anos 1960 no Brasil.
3) A década de 1960 foi um período de grande desenvolvimento econômico e mudanças sociais no Brasil, com o crescimento da indústria e da classe média urbana.
Estudos de literatura brasileir douglas tufanoKeila Guedes
O documento apresenta informações sobre os direitos autorais de uma obra literária e sobre a equipe responsável por disponibilizá-la gratuitamente online. A obra é oferecida para uso parcial em pesquisas acadêmicas e testes, sendo proibida sua venda ou uso comercial. A equipe disponibiliza conteúdos de domínio público e propriedade intelectual de forma gratuita, acreditando que o conhecimento deve ser acessível a todos.
Este documento apresenta o plano de aulas para a disciplina "Pensamento Social Brasileiro: Intérpretes do Brasil" no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília. A disciplina abordará obras de importantes intelectuais brasileiros como Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre e Florestan Fernandes. O plano lista as 15 aulas planejadas e a bibliografia obrigatória para cada aula, cobrindo tópicos como a formação da intelligentsia brasileira, o pensamento autoritário
O documento descreve a história das revistas de cultura no Brasil desde o século XIX, destacando suas principais publicações ao longo dos anos e os temas abordados, como literatura, artes e moda. Também analisa três revistas atuais - Bravo, Piauí e Cult - comparando seus formatos, conteúdos e presença on-line. Por fim, defende políticas públicas que garantam a divulgação e preservação da diversidade cultural brasileira por meio dessas publicações.
Este livro analisa a circulação e uso de impressos no Brasil do século XIX, abordando periódicos, biografias, impressos políticos e o papel de bibliotecas. Organizado por quatro pesquisadoras, reúne onze capítulos que discutem temas como a formação de identidades políticas, a difusão de ideias antiescravidão e o surgimento da imprensa ilustrada.
O documento apresenta informações sobre o livro "História Global 3o ano Ensino Médio" de autoria de Gilberto Cotrim. O livro é dividido em unidades temáticas e capítulos, contendo atividades, imagens e textos sobre história mundial no século XX. Inclui também informações sobre a equipe editorial e técnica responsável pela publicação.
Este documento discute como Euclides da Cunha retratou a figura do bandeirante em seu livro Os Sertões e como isso se relaciona com a historiografia paulista da época. Primeiramente, analisa a criação do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, que promovia uma visão laudatória da identidade regional paulista e da figura do bandeirante. Em seguida, examina como Euclides da Cunha, membro do Instituto, representou o bandeirante em Os Sertões, poss
Jouve por que studar literatura resenhaKarolyna Luna
O documento discute por que estudar literatura à luz do livro "Por que estudar literatura?" de Vincent Jouve. Jouve argumenta que a literatura enriquece a existência e desenvolve o espírito crítico, justificando seu estudo. Ele delimita o objeto literário e discute se a arte e a literatura ainda existem, concluindo que a literatura informa o mundo em que vivemos.
O documento discute o movimento literário Neomodernismo no Brasil, que surgiu após o Modernismo na década de 1940. O Neomodernismo tinha uma abordagem mais introspectiva e reflexiva, explorando temas como a subjetividade e a fragmentação da realidade. Autores importantes incluem Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto e Guimarães Rosa, e obras como "A Hora da Estrela" e "Grande Sertão: Veredas" são exemplos representativos. O movimento trouxe inovações
Reportagens do esporte na Revista do Globo de Porto Alegre+ Aloisio Magalhães
O documento descreve um estudo sobre reportagens esportivas publicadas na Revista do Globo de Porto Alegre entre 1929 e 1945. O objetivo do estudo é identificar o número de reportagens esportivas publicadas e analisar os motivos que levaram a Revista do Globo a veicular inicialmente matérias sobre esporte e criar uma seção dedicada ao tema na década seguinte. O método utilizado envolveu catalogar as reportagens esportivas encontradas na revista.
Dialogando com a linguagem visual das historias em quadrinhos em sala de aula...Gustavo Araújo
O documento discute a utilização das histórias em quadrinhos em sala de aula como auxílio metodológico para professores. Apresenta breve histórico dos quadrinhos no Brasil e argumenta que quando utilizados corretamente em sala de aula, os quadrinhos podem estimular a leitura dos alunos e melhorar a comunicação. Também define termos específicos da linguagem visual dos quadrinhos que podem ser usados por professores em atividades com estudantes.
DIALOGANDO COM A LINGUAGEM VISUAL DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM SALA DE AULA...Gustavo Araújo
O documento discute a utilização das histórias em quadrinhos em sala de aula como auxílio metodológico para professores. Apresenta breve histórico dos quadrinhos no Brasil e argumenta que quando utilizados corretamente em sala de aula, os quadrinhos podem estimular a leitura dos alunos e melhorar a comunicação. Também define termos específicos da linguagem visual dos quadrinhos que podem ser usados por professores em atividades com estudantes.
Semelhante a A Literatura na Revista da Semana (20)
Este número da revista Organizações & Sociedade apresenta artigos sobre privatização e regulação no setor de transportes no Brasil e Argentina, fatores críticos de sucesso em relações governamentais entre entes governamentais, e um estudo sobre o processo decisório em organizações brasileiras entre 1993-2002.
Outros artigos abordam o ciclo do trabalho e a roda da fortuna, controle em uma siderúrgica, influência de líderes em bancos, responsabilidade social corporativa, mapeamento de clusters industriais, sucessão em empresas
O documento analisa a qualidade sanitária de 93 amostras de embutidos coletadas em Porto Alegre. Todas as amostras estavam livres de Salmonella sp., mas 14 amostras de linguiça fresca continham contagens de coliformes fecais acima do limite legal na época. A maioria dessas amostras estava armazenada acima da temperatura recomendada no momento da coleta.
1) O documento descreve o Mercado Público de Porto Alegre, seu papel histórico no abastecimento e desenvolvimento da cidade, e as reformas realizadas.
2) A pesquisa tem como objetivo estudar as estratégias administrativas de duas bancas de especiarias no Mercado Público utilizando método etnográfico.
3) Conceitos de estratégia empresarial são apresentados, incluindo tipos de estratégias genéricas de acordo com Miles e Snow.
Este documento apresenta três frases:
1) A pesquisa analisa a arquitetura dos edifícios de mercado gaúchos, focando em suas funções sintática, semântica e pragmática.
2) Ela revisa os aportes históricos e teóricos sobre espaços comerciais, desde a Ágora Grega até os mercados no Brasil.
3) A pesquisa também apresenta ensaios tipológicos aplicados a mercados brasileiros e estuda três mercados gaúchos em detalhe.
1. O documento discute a abordagem pós-moderna do turismo cultural e como isso levou a uma reapropriação dos mercados públicos como pontos turísticos.
2. Uma pesquisa qualitativa analisou como o Mercado Público Central de Porto Alegre se manteve como mercado após uma restauração há uma década, atraindo novos usuários e turistas.
3. Os resultados mostraram a relação dos comerciantes e clientes com o mercado após a restauração e a importância do turismo para a pre
Este documento analisa o Mercado Público de Porto Alegre como um espaço organizacional dividido entre o sagrado e o profano. Utilizando métodos etnográficos, os autores observam como o mercado carrega significados simbólicos através de rituais e mitos para a comunidade local. O mercado é visto como sagrado pelas religiões afro-brasileiras e representa a identidade e tradições das famílias da cidade.
Este documento descreve um estudo etnográfico sobre a "Tradição Bará do Mercado" em Porto Alegre, no qual afro-religiosos acreditam que o orixá Bará está assentado no mercado público central da cidade. O documento relata em detalhes uma observação participante de um ritual realizado no mercado, no qual os participantes oferecem moedas ao Bará em diferentes locais para pedir proteção e abertura de caminhos.
Este documento apresenta uma breve história dos mercados no Brasil. Foi introduzido no país pelos colonizadores portugueses seguindo os padrões dos mercados do Império Português. Muitos dos primeiros mercados brasileiros surgiram em torno de igrejas. A construção de grandes mercados cobertos só ocorreu no final do século XIX, quando as cidades começaram a se industrializar e a população se concentrou em áreas urbanas.
Este artigo analisa as representações do corpo feminino na década de 1930 na Revista do Globo, a revista mais lida no Rio Grande do Sul à época. As capas da revista mostram a evolução da imagem da mulher moderna, com trajes esportivos e bronzeada. Os anúncios na revista promoviam produtos de beleza e higiene associados aos "novos desejos femininos" e à emergência de um novo corpo feminino.
Este documento analisa como a sociabilidade nas salas de cinema da Cinelândia porto-alegrense era retratada na Revista do Globo entre 1940-1949. A Revista promovia os ideais burgueses da época e negava a miscigenação social existente nos cinemas. Quando se referia à Cinelândia, demonstrava que a degradação era parte do local. As fotos e textos não evidenciam as pessoas que frequentavam o lugar.
Este documento descreve a seção "Para os que viajam" publicada na Revista do Globo entre 1929-1930. A seção promovia o turismo no Brasil, enfatizando seus benefícios econômicos e a importância de melhorar a infraestrutura de transportes. A seção continha artigos sobre destinos turísticos e anúncios de hotéis, companhias de transporte e agências de viagem.
O documento descreve representações de mulheres nas práticas equestres de turfe e hipismo na cidade de Porto Alegre entre 1929-1967, conforme relatado na Revista do Globo. No turfe, as mulheres eram retratadas como espectadoras elegantes e frágeis, enquanto no hipismo elas competiam em igualdade com os homens e conquistavam vitórias. O contexto sociocultural da época influenciou tais representações construídas pela revista.
1) O artigo analisa as representações da moda infantil no século XX por meio de fotografias publicadas na Revista do Globo entre 1929-1967.
2) A história da infância é revisitada para entender como o conceito mudou e influenciou a moda infantil ao longo do tempo.
3) As imagens são analisadas usando conceitos da Semiótica para identificar os possíveis significados expressos pelas roupas das crianças nas fotografias.
Este documento apresenta a dissertação de mestrado de Letícia Bauer sobre o patrimônio cultural de São Miguel das Missões entre 1937 e 1950. O trabalho debate as relações entre história e patrimônio cultural a partir das ações do arquiteto Lucio Costa e do zelador Hugo Machado nos remanescentes da redução de São Miguel Arcanjo e no Museu das Missões. Analisa como Costa e Machado, cada um ao seu modo, organizaram e interpretaram os bens culturais construindo uma narrativa sobre a experiência missioneira.
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a linguagem gráfica pictórica no papel moeda brasileiro. Analisou-se as ilustrações nas cédulas desde o século XVII até os dias atuais, dividido em três módulos temporais. Constatou-se que as ilustrações evoluíram ao longo do tempo, acompanhando o desenvolvimento tecnológico e cultural brasileiro, com mudanças significativas a partir da década de 1970. A linguagem pictórica demonstra sua importância na relação entre o
Esta tese analisa a inserção do design no Brasil entre as décadas de 1950 e 1960, focando em como sua consolidação foi dificultada nas décadas seguintes. A pesquisa compara o processo brasileiro com os modelos estrangeiros, e examina as condições sociais da criação e sustentação da atividade no país. A análise se concentra nos designers Alexandre Wollner e Aloísio Magalhães e em como suas carreiras refletem os desafios da profissão no Brasil.
Aloísio Magalhães fue un pintor, diseñador y escenógrafo brasileño. Estudió en París en la década de 1950 y se dedicó al grabado y las artes gráficas. En los años 1960 se convirtió en pionero del diseño y la comunicación visual en Brasil, creando logotipos emblemáticos. Más tarde ocupó cargos gubernamentales relacionados con el patrimonio histórico y artístico, impulsando su preservación.
Kiko Farkas é um importante designer gráfico brasileiro formado em arquitetura. Sua carreira começou no jornalismo e hoje ele trabalha principalmente com design editorial e projetos visuais. Farkas critica a falta de discussão sobre design brasileiro e a importância de desenvolver uma identidade nacional neste campo.
Este documento discute a história da tipografia móvel de metal, desde sua invenção por Johannes Gutenberg até os usos atuais. Apresenta como Gutenberg desenvolveu os tipos móveis de metal no século 15, permitindo uma maior disseminação do conhecimento através dos livros impressos. Discute também a chegada da tipografia no Brasil no século 19 e projetos atuais de preservação desse acervo histórico, como o catalogamento das fontes metálicas da Editora UFPE.
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Elias Nery
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A LITERATURA NA REVISTA DA SEMANA
GISELE TABOADA DA SILVA1
JOÃO ELIAS NERY2
RESUMO
A pesquisa aborda a presença da literatura na Revista da Semana, relacionando-a ao contexto literário e
à imprensa brasileira do final do século XIX, até os meados do século XX. O trabalho analisa os estilos
inseridos na revista quais, sejam, crônicas, contos, poesias e novelas; a tendência literária em todas as
seções da revista, e, ainda, a trajetória de seus autores no cenário editorial. Pretende, ainda, estudar a
literatura como tema chave da imprensa feminina.
Palavras-chave: Revista da Semana; revistas brasileiras; literatura na imprensa; imprensa brasileira;
imprensa feminina.
ABSTRACT
This article approaches the presence of literature in Revista da Semana, relating it to the literary context
and to Brazilian press at the end of the XIX century till half the XX century. The project intend to analyze
the stiles inserted in the magazine – chronicles, tales, poetry and novels – the literary tendency in all
magazine sections, as well as its authors trajectory in the editorial scenery. It is also intended to study
literature as the key theme of female press.
Key-words: Revista da Semana; Brazilian magazine; literature in press; Brazilian press; female press.
1
Pós-graduanda pela Universidade Cândido Mendes
2
Doutor em Comunicação e Semiótica – PUC/SP; docente e pesquisador na área de Comunicação
Social); Professor e coordenador do curso de Publicidade da Faculdade Cantareira.
THESIS São Paulo, ano IV, v. 7, p. 30-43, 1º Semestre. 2007.
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como finalidade apresentar o resultado da pesquisa
sobre literatura na Revista da Semana. Trata-se de continuidade de pesquisa,
parcialmente apresentada em Congresso no ano de 2004.
Para a análise da publicação literária na revista, elegeram-se dois
períodos de estudo: o primeiro foi constituído dos mais antigos exemplares, aos quais
tivemos acesso, comportando os períodos de 1914 a 1921, considerando-se que os
acervos consultados não possuíam a totalidade de exemplares publicados nesses
anos. Já o segundo, constituiu o ano de 1958, por corresponder ao último ano de
existência de tal periódico. Dessa forma, estabelecemos uma comparação entre os dois
momentos, visualizando a evolução e a transformação no seu formato.
Consultou-se, para a realização desta pesquisa, material pertencente ao
acervo do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa e História da Educação da
Universidade São Francisco (USF), que se encontra no campus de Bragança Paulista e
ao acervo da Biblioteca da Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São
Paulo (USP).
1. Imprensa e literatura
É interessante fazermos uma breve introdução acerca da mídia que temos
como objeto de estudo, a revista. Se fizermos uma comparação desta com os livros,
veremos que deles herdou o formato de cadernos sobrepostos e a possibilidade de
trazer diversos assuntos abordados de maneira discursiva e não limitada ao relato
informativo, ao contrário dos jornais, que encontram na informação e documentação
THESIS São Paulo, ano IV, v. 7, p. 30-43, 1º Semestre. 2007.
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seu principal objetivo. Difere destes também quanto ao material utilizado em sua
produção (mais caro, detalhado, melhor ilustrado) além do fato de, geralmente, conter
elementos menos perecíveis ao interesse do leitor, ao contrário do jornal, cujo valor é,
em regra, estabelecido tão somente no dia de sua edição.
Travancas (2001, p.109-122), em trabalho que analisava determinada coluna
jornalística carioca, também deu destaque à discussão feita em torno da literatura e do
jornalismo, citando as posições de, entre outros, Alceu Amoroso Lima e Nilson Lage. O
primeiro entende o texto jornalístico como uma manifestação literária na qual a palavra
é provida de um sentido diferente, já que tem valor de meio, enquanto na literatura ela
traria o valor de fim. Nilson Lage discorda desse ponto de vista, observando que o
jornalismo possui características que o diferem da literatura, impedindo-o de ser tido
como equivalente.
Lage (1982) afirma que:
O jornalismo não é um gênero literário a mais. Enquanto, na literatura, a forma é
compreendida como portadora, em si, de informação estética, em jornalismo a
ênfase desloca-se para os conteúdos, para o que é informado. O jornalismo se
propõe processar informação em escala industrial e para consumo imediato. As
variáveis formais devem ser reduzidas, portanto, mais radicalmente do que na
literatura.
A revista, mais do que um meio de informação – papel igualmente cumprido
de forma objetiva ou de forma argumentativa e opinativa – veste-se, ao mesmo tempo,
de multiplicidade e dinamismo, trazendo ao leitor um leque de temáticas que lhe
chamam a atenção pela casualidade da linguagem, atualidade do assunto, ou
propiciando um momento de lazer e distração. Buitoni (1990) considera que
Lazer e um certo luxo foram-se associando à idéia de revista no século
XX. E a imprensa feminina elegeu a revista como seu veículo por
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excelência. Revista é ilustração, é cor, é jogo, prazer, é linguagem
mais pessoal, é variedade: a imprensa feminina usa tudo isso.
A Revista da Semana demonstrou, durante toda sua trajetória,
elementos que confirmam essas afirmações. Cobriu
acontecimentos regionais e internacionais, de caracteres
imprescindíveis como a primeira guerra mundial ou fatos locais,
da vida privada de pessoas públicas como um casamento ou
um passeio; divertiu por meio das caricaturas ou seções de
humor; modernizou as técnicas editoriais existentes à sua
época; manteve-se atual, trazendo seções de moda, artesanato, psicologia infantil,
conselhos e culinária, direcionadas ao público feminino e, sobretudo, manteve-se fiel à
inserção de literatura, característica das mais marcantes, que acompanhou a revista do
início ao fim.
Nesse sentido, pode-se estabelecer um paralelo com a revista As Variedades
ou Ensaios de Literatura, considerada a primeira publicação literária em revista do
Brasil, fundada em 1812, na Bahia. Castello (s/d, p. 207) afirma que apenas três
números dessa revista são conhecidos e, ainda assim, de extrema raridade. Tal
publicação possui semelhanças consideráveis com a linha de publicação adotada pela
Revista da Semana. Em sua apresentação, As Variedades teve definidos seus objetivos
com as seguintes considerações:
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O Folheto que oferecemos ao Público mostra de alguma forma o plano que
havemos concebido, e que, quando em nós é, desejamos desempenhar na
redação e publicação do presente Periódico. Discursos sobre os costumes e as
virtudes morais e sociais, algumas novelas de escolhido gosto e moral; extratos
de viagens; pedaços de autores clássicos portugueses, quer em prosa,
linguagem; algumas anedotas e boas respostas, etc. – tais são os materiais de
que tencionamos servir-nos para a coordenação desta obra, que algumas vezes
oferecerá artigos que tenham relação com os estatutos científicos propriamente
ditos e que possam habilitar os leitores e fazer-lhes sentir a importância das
novas descobertas. (CASTELLO, s/d, p. 204)
Da menção aos autores clássicos portugueses, note-se que, em 1921, a
Revista da Semana anunciou em sua coluna Os Novos Livros – Seção Bibliográfica da
Revista da Semana uma parceria com a Livraria Francisco Alves e a Sociedade Editora
Portugal-Brasil Limitada, em que seriam postos à venda, simultaneamente, no Brasil e
em Portugal, as obras de autores brasileiros e portugueses daquela editora. Eram
anunciadas, então, as últimas edições à venda dos seguintes autores: Júlio Dantas,
João do Rio, Celso Vieira, E. Lasserre, Sousa Costa, Maria Amalia Vaz de Carvalho,
Carlos Malheiro Dias, Dra. Amélia Cárdia, Mario de Artagão, e João Madail, além da
coleção Cartas de Mulher que trazia autorias diversas.
Sobre a literatura, vale ainda lembrar que é considerada um ponto chave para
imprensa feminina, já que é sob tal temática que essa imprensa especializada
desabrocha, permanecendo presente de forma expressiva na revista brasileira até os
anos 60, conforme sustenta Buitoni (1990).
2. Educação
THESIS São Paulo, ano IV, v. 7, p. 30-43, 1º Semestre. 2007.
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Falar sobre literatura e, especialmente, sobre literatura feminina em um
período histórico em que a figura feminina ainda era limitada ao espaço doméstico, à
criação dos filhos e aos cuidados para com o marido, merece um adendo sobre a
educação da mulher e os níveis de cultura da população daquele tempo.
No período do Império, entendia-se que a mulher não possuía os mesmos
níveis de discernimento do homem, não sendo talhada, portanto, para a educação
escolar. Posteriormente, com a iniciativa católica, oportunizou-se ao público feminino a
possibilidade de freqüentar a escola, desde que as aulas fossem ministradas por
docentes do sexo feminino e as salas de aula estivessem, da mesma forma, compostas
tão somente por meninas. Mesmo com a abertura do ensino às meninas, suas famílias
ainda não consideravam importante que elas fossem à escola, nem viam necessidade
desse tipo de conhecimento em suas vidas. Essa visão tradicional retardou a expansão
da educação feminina.
A vinda dos protestantes ao Brasil gerou modificações no sistema de ensino
brasileiro, entre elas as salas mistas e intensificou-se a investida ao ensino. Mesmo
com o passar do tempo, quando a instrução da mulher já era considerada mais natural
na sociedade, entendia-se que sua capacidade para a absorção do conhecimento era
inferior à capacidade masculina, pelo fato de seu cérebro ter sido atrofiado pela falta de
uso em gerações anteriores.
Com a chegada do século XX, a instrução já atinge um número maior de
pessoas. De acordo com Buitoni (1990), esse número maior de alfabetizados, o início
da industrialização, o crescimento das cidades, a abolição da escravatura, a república,
a formação das classes operárias, a chegada de imigrantes com níveis mais altos de
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escolaridade e o crescimento da burguesia, entre outros tantos acontecimentos, são
fatores que trarão mudanças substanciais à imprensa brasileira. Exemplo dessa nova
organização política e cultural, na qual as mudanças começavam a ser reivindicadas, é
dado pela mesma autora (BUITONI, 1990, p. 36), quando menciona episódio em que
três costureiras publicam, em 1906, no jornal anarquista Terra Livre, suas
reivindicações:
Companheiras! É necessário que recusemos trabalhar também de noite, porque
isto é vergonhoso e desumano: (...)
E nós também queremos as nossas horas de descanso para dedicarmos alguns
momentos à leitura, ao estudo, porque quanto à instrução, temos bem pouca; e
se esta situação continua, seremos sempre, pela nossa inconsciência, simples
maquinas humanas manobradas à vontade pelos mais cúpidos assassinos e
ladrões.
Como se pode ler um livro, quando se vai para o trabalho às 7 da manhã e se
volta para casa às 11 da noite? (...)
Com base nesses periódicos e no perfil que traçam sobre as mulheres de sua
época, a crítica literária Coelho (2005) identifica um crescente interesse científico pela
mulher entre séculos entre a segunda metade do século XIX e a primeira década do
século XX. Segundo a autora, “a leitura desses antigos jornais mostra o alto nível de
conscientização alcançado pelas mulheres cultas do tempo e o quanto contribuíram para
a preparação dos caminhos de hoje”.
3. A literatura na Revista da Semana
A presença da literatura na imprensa é herança dos folhetins do século XIX,
nos quais a literatura e o jornalismo caminhavam lado a lado e as profissões de
jornalista, escritor, romancista e poeta quase sempre eram exercidas
concomitantemente. Considerando o período do final do século XIX e início do século
XX, no qual se estabelece o início da Revista da Semana, podemos destacar inúmeras
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revistas em que essa influência pode ser observada. De acordo com Cândido e Castello
(1964, p. 113):
A propósito das publicações periódicas, convém lembrar que nesse
período foi muito cultivado o gênero meio jornalístico, a princípio
denominado folhetim, depois crônica. Ele consiste no tratamento breve e
acessível dos fatos diários, de temas ligados aos costumes, à arte, à
política, geralmente do ângulo das impressões pessoais.
A publicação da crônica Um apólogo, de Machado de Assis, na edição de 15
de fevereiro de 1919 da Revista da Semana, em página na qual se encontrava a
periódica coluna Noticias e Commentarios, destinada a relatar acontecimentos de
personalidades da sociedade carioca, insere-se no viés descrito. A coluna é nomeada
pela revista de Folhetim, denominação essa impressa imediatamente acima do título
dado ao texto. Um apólogo é uma fábula entre uma agulha e um novelo de linha na
qual o autor menciona, ao final do texto, ter dividido tal história com um amigo professor
que confessara sentir-se tal como a agulha. O folhetim, do qual extraímos o trecho a
seguir, vinha ao pé da página da coluna mencionada, na qual se comunicava, por meio
de recurso fotográfico, as “senhorinhas presentes à última festa” do Chá do América.
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que você está com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que
vale alguma cousa nesse mundo?
- Deixe-me senhora.
- Que a deixe! Que a deixe, por que? Porque lhe digo que está com um ar
insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem
cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu.
Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
Sobre a evolução do folhetim para o gênero crônica no início do século XX,
Brito Broca (1900, p. 219) destaca as inovações da imprensa desse período afirmando
que:
Entre as inovações de nossa Imprensa no início do século, com relação à
literatura, podemos distinguir as seguintes: a decadência do folhetim, que evoluiu
THESIS São Paulo, ano IV, v. 7, p. 30-43, 1º Semestre. 2007.
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para a crônica de uma coluna focalizando apenas um assunto, e daí para a
reportagem; o emprego mais generalizado da entrevista, muito pouco utilizada
até 1900, e a crítica literária em caráter mais regular e permanente.
Buscando evidências desse legado, notamos, no primeiro período
pesquisado, o peso da literatura sobre os textos jornalísticos como, por exemplo, os
títulos da cobertura à primeira guerra mundial. Vale lembrar que as redações do início
do século XX eram compostas por jornalistas e literatos que, como os profissionais da
época dos folhetins, trabalhavam ora como cronistas, ora como críticos literários. Há a
vinculação das matérias de informação com a manifestação da arte, como ocorre em
uma edição de 1919 quando a revista publica um poema de Maria Jacobina de Sá
Rabello, escrito em 10 de novembro de 1918, sobre a peste. Nos versos da autora:
e um pânico febril a população
invade com o clamor de que
grassa a peste na cidade!
incrédulos a rir zombavam da “espanhola”
e o mal como um incêndio, aterrador, assola...
A beleza da literatura não ficou restrita aos assuntos sérios, sendo
vastamente utilizada pelas seções humorísticas da revista. Em 5 de março de 1921,
Raul Pederneiras utilizou-se da poesia para dar vida às suas caricaturas na seção
intitulada A Poesia Fugitiva – Os Improvisos. Seguindo a mesma linha, publicou, em 12
THESIS São Paulo, ano IV, v. 7, p. 30-43, 1º Semestre. 2007.
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de março do mesmo ano, seção sob o título de Homero Também Cochilava... Pequena
Coletânea de Cochilos Literários.
Uma preocupação da pesquisa foi levantar quem eram os autores que
contribuíram à revista com contos, crônicas, novelas e poemas. Seriam prestigiados
autores cujas obras estivessem no mercado editorial ao tempo da revista ou estariam
sendo descobertos novos talentos?
Levando em consideração os dois
períodos destacados, verificou-se o
aparecimento de 74 (setenta e quatro) autores
diferentes, em 152 (cento e cinqüenta e duas)
ocorrências literárias. Algumas dessas
ocorrências se devem à continuação de texto
iniciado em edição anterior, sobretudo na segunda fase analisada, ou seja, na década
de 1950. Da totalidade desses autores, identificamos 06 membros da Academia
Brasileira de Letras; um autor membro de academia regional e poucos eram autores
estrangeiros, cujas obras eram traduzidas, sobretudo do espanhol e do francês (assim
como O Herói Imprevisto de Manoel Machado, A Tarde de Outono de François Coppée,
O Ladrão Arrependido de Blanco Belmonte, Uma Vida de Angel Guerra, O Grito do
Abismo de Georges d’Esparbès, ou O Anônimo de Manoel Aguirre de Cárcer).
Entre os autores consagrados, a
Revista da Semana manteve, ao longo dos anos,
uma invejável seleção de contos e poemas de
autores como Aníbal Machado, Boccaccio, Carlos
THESIS São Paulo, ano IV, v. 7, p. 30-43, 1º Semestre. 2007.
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Drummond de Andrade, Eça de Queiroz, François Coppée, Jorge Amado, Jules
Lemaitre, Lygia Fagundes Teles, Machado de Assis, Maquiavel, Orígenes Lessa, Olavo
Bilac e Orson Welles.
Alguns autores mantinham relação intensa com a revista, como era o caso
de Olavo Bilac. Em razão de seu falecimento, foi lançada edição com matérias
especiais em homenagem ao poeta. A Revista da Semana de 04 de janeiro de 1919
trazia, em sua primeira página, um editorial de despedida:
(...) Numa das seções dessa Revista nos ocupáramos, em nosso último número,
da doença de Olavo Bilac, e também partilhávamos da esperança de ver
restituído a sua serena vida de glória o atual poeta máximo do Parnaso
brasileiro. Essas palavras de carinho, que nossos leitores só leram no próprio dia
consternador da morte de Olavo Bilac, ele, porém, as lera na véspera de morrer.
Essas foram as derradeiras palavras que ele leu; e, como tinham sido ditadas ao
nosso companheiro que as escrevera pela unânime ternura e pelo unânime
respeito que todos os escritores desta casa professávamos pelo Mestre, tais
palavras traduziam fielmente o nosso culto de admiração e de afeto, em tão
breves momentos convertido em saudade inconsolável e dor acerba. (...)
Discutindo a sucessão de sua vaga na Academia Brasileira de Letras, a
Revista da Semana lançou um plebiscito para saber a opinião dos leitores acerca do
assunto, cujo resultado foi publicado posteriormente, na edição de 15 de fevereiro de
1919. Anos depois, na década de 1940, a revista ainda lembraria o escritor em artigo
intitulado "O Inesquecível Bilac". Nesse artigo, mencionava-se uma brincadeira em
versos entre Bilac e Raul Pederneiras, outro colaborador assíduo da revista que, além
de importante cartunista, desenvolvia trabalhos literários. Dirigia-se Bilac a Pederneiras:
Raul é homem feliz,
Não diz as coisas a esmo,
E só não sabe o que diz,
Porque não ouve a si mesmo.
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Em tentativa de estabelecer um vínculo literário dominante na Revista da
Semana em seu período inicial, consideramos os autores que para ela contribuíram, as
influências de seus artistas e as demais revistas do período. Eram publicações
importantes no final do século XIX, início do século XX: A Semana Ilustrada, A
Ilustração Brasileira, O Malho, Kosmos, Os Anais, e a Revista da Academia Brasileira
de Letras. Cândido e Castello (1964) atribuem a tais publicações um direcionamento
parnasiano e realista. Já os simbolistas encontraram seu espaço em publicações como
Rio Revista, de 1895, Vera Cruz, posteriormente, denominada de Rosa Cruz, em 1903
e 1904, alcançando mais evidência em 1907, com a Revista Fon-fon, de Mário
Pederneiras, irmão de Raul Pederneiras, que também era um de seus ilustradores.
Segundo os autores, os
...simbolistas alcançaram o grande público graças a uma revista fundada em
1907 e destinada ao mais largo êxito, pois tornou-se um dos mais lidos
semanários ilustrados, noticiosos e mundanos: Fon-fon, de Mário Pederneiras,
Gonzaga Duque e Lima Campos, com a colaboração dos jovens de influência
simbolista, alguns dos quais pré-modernistas, como Álvaro Moreyra e Filipe de
Oliveira (CANDIDO e CASTELLO, 1964, p. 112).
É importante ressaltar que a história da literatura brasileira traz em sua
divisão simbólica o final do Realismo no ano de 1893, tendo-se, então, o início do
Simbolismo com a publicação das obras Missal e Broquéis, de Cruz e Souza. Nicola
(1998, p. 177) pondera que é “importante salientar que essas obras registram o início
do Simbolismo, mas não o término do Realismo e suas manifestações na prosa, com os
romances realistas e naturalistas, e na poesia, com o Parnasianismo”. Sobre o
Parnasianismo, trata-se de tendência literária que prezava pela estética da arte ou “da
arte sobre a arte”, mantendo seus seguidores à margem das transformações que eram
feitas no período entre séculos; vale lembrar que um de seus maiores autores foi Olavo
Bilac, eleito, em 1907, “príncipe dos poetas”.
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4. Segunda fase da revista: a volta ao folhetim
Na última fase da revista, na década de 1950, privilegiou-se a publicação de
crônicas (ausentes na primeira etapa), contos e novelas. Lembre-se de que “o romance,
a novela e o conto, como forma literária só começaram no Brasil no século XIX, pouco
antes de findar a sua primeira metade.” (ROMERO, 1807).
Esses gêneros literários são a imagem do resgate
do antigo folhetim. Além da vinculação do folhetim
com as crônicas, como mostramos anteriormente,
temos o folhetim, segundo uma das definições do
Dicionário da Língua Portuguesa (BUENO, 1982,
p. 493), como “fragmento de romance publicado dia a dia num jornal”.
As novelas invadiam diversas edições e eram, por vezes, divididas e
espalhadas em partes em uma mesma edição. As novelas do período foram Os Galhos
do Cedro de Maria da Conceição Neves Aboud (membro da Academia Maranhense de
Letras, ocupando a cadeira de número 20, em 8 de dezembro de 1955), O Coroinha de
Renard Perez (formado em Direito, dedicou-se ao jornalismo cultural e recebeu a
medalha Antonio Houaiss, em setembro de 2003), O Mistério do Arayado de Maurice
Bernard Endrèbe (escritor francês), O Urso de William Faulkner (escritor americano
vencedor do Prêmio Nobel), Matéria de Interesse Humano de Brett Halliday
(pseudônimo de Davis Dresser, escritor americano no gênero do mistério ou
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pseudônimo de Bill Pronzini, o que não fica esclarecido a revista), O Crime do Velho
Besouro de Alex Barber, e O Vagabundo e o Menino de Léo Victor.
A novela Os Galhos do Cedro, lançada em 23 de agosto de 1958, foi
composta de 16 (dezesseis) capítulos, e encerrada em 13 de dezembro do mesmo ano.
O primeiro capítulo trazia o seguinte parágrafo:
Suas mãos rudes, ásperas do trabalho da terra, de unhas cortadas
tão rentes que pareciam cravadas nos dedos, deslizaram suaves,
em seu rosto acalorado, enxugando o suor que o sol, agora
morrendo vermelho, fizera brotar.
5. O amor: tema universal na literatura feminina?
Constata-se que na imprensa feminina há um tema universal que
corresponde a um interesse particular de todas as mulheres: o amor. Segundo Buitoni
(1990, p. 22),
quase não há revista que não trate, de alguma maneira, do tema coração. O
enfoque pode ser o romance, o melodrama, a análise, o sexo. O coração já
estava nos inícios – no consultório sentimental que expunha a barreira dos
costumes, na literatura que falava de amor.
Em 1921, a Revista da Semana lançou o concurso A Declaração de Amor,
que consistia em premiar as melhores cartas de amor enviadas à revista num período
de seis meses e avaliadas por uma comissão de três “homens de letras”. O lançamento
do concurso trazia chamadas diferentes para homens e mulheres. Aos homens,
lançava-se a pergunta “Como declararíeis o vosso amor, numa carta de vinte linhas, no
máximo?”; e, às mulheres, propunha-se “Como responderíeis, numa carta de vinte
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linhas, no máximo, a uma declaração de amor?”. A iniciativa da revista em proporcionar
a seus leitores um espaço em que eles poderiam produzir literatura resultou na
publicação de diversas cartas do público discorridas em prosa e poesia. Registre-se a
possibilidade da autoria de tais cartas ser da própria redação da revista, prática comum
nesse tipo de veículo.
Na edição de 12 de fevereiro do mesmo ano, por ocasião do carnaval, foi
dedicado um espaço da revista sob o título "O Amor de Colombina", no qual se
reproduzia trecho de um poema de Menotti Del Picchia, anteriormente publicado em
“determinada edição de arte”3. A revista descrevia o autor como “uma das mais
interessantes figuras mentais da nova geração, dotado de uma fantasia exuberante,
com faculdades verdadeiramente invulgares de criador”, afirmando que o trecho
transcrito incutiria ao leitor “a vontade de conhecer todo o poema”. O verso a seguir é
parte do material publicado:
Esse olhar deu-me o desejo/daquele beijo encontrar/mas nunca,
reunidas, vejo/a volúpia desse beijo,/e a tristeza desse olhar!
O passatempo também encontrou lugar para a literatura romântica. Em
janeiro de 1917, foi publicada a coluna Passatempo, dividida em curiosidades, receitas
práticas, humor e lirismo. Entre os versos, destacamos:
Diz alguém que a despedida/Nada custa ao coração/Quem tal diz
que se despeça/O’ prenda dos meus carinhos!/Quem tal diz que
se despeça/E verá se custa ou não...
3
A revista não faz uma referência precisa, impossibilitando a identificação da publicação anterior.
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A última fase da revista trouxe igualmente a temática romântica em suas
páginas seriadas, alimentando a fantasia e imaginação femininas nas novelas e contos
que falavam de paixões tomadas como evidentes, como em Os Galhos do Cedro, em
que “Jasmina estava certa do amor de Sérgio”, ou, ainda, amores abandonados, como
ocorreu com a personagem de Renard Perez, no conto O Amor de Minha Vida, que se
apaixonou por Marili que a viu em uma foto mostrada por seu primo e a desejou perto
dele avidamente até o momento em que a teve frente a frente, sentindo, então,
saudades de sua solidão, resolveu deixá-la ali, voltando para sua terra, sem entender o
que se passa no coração humano.
Seja em histórias que falavam de amor, seja em poesias que retratavam a
guerra, a epidemia ou o império, ou mesmo por meio das crônicas e dos títulos poéticos
com que as páginas da Revista da Semana eram recheadas a cada edição, é certo que
a literatura esteve presente em todas as edições dessa revista, escrevendo a história e
ilustrando a trajetória da imprensa, renovando-se a cada nova fase e atendendo às
necessidades e aos gostos de seu público, constituído em sua maioria por mulheres.
O percurso por nós percorrido na análise da literatura na Revista da Semana
revelou a inserção de diversas formas literárias – contos, novelas, poemas – ao longo
de décadas de existência da revista. A análise indica e presença de autores de
destaque na literatura brasileira e a utilização, principalmente na fase final da revista,
nos anos 1950, do folhetim como forma de atração de autores e público leitor.
Evidenciou-se, também, o direcionamento da revista ao público feminino, o que incidiu
diretamente na literatura publicada, que, seguindo a linha editorial, versou sobre temas
ditos “femininos”, dentre os quais se destacam os “do coração”.
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Observe-se que no concurso A Declaração de Amor, concebido pela revista,
em 1921, há clara definição do masculino e do feminino: para os homens, a iniciativa -
escrever uma carta declarando o amor. À mulher caberia responder a uma carta
supostamente recebida. A avaliação, feita por “três homens de letras”, reitera a
predominância do masculino na condução editorial do concurso dirigido à mulher.
THESIS São Paulo, ano IV, v. 7, p. 30-43, 1º Semestre. 2007.
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