O documento descreve uma pesquisa sobre a Revista da Semana, uma publicação brasileira das primeiras décadas do século XX. A pesquisa analisa aspectos editoriais, gráficos e de mercado da revista, como sua trajetória, mudanças de formato e dono ao longo do tempo, seções fixas, uso de fotografia e representações femininas. O trabalho também define temas a serem explorados, como a presença de literatura, artes, imprensa feminina e representações do universo feminino na revista.
Este documento analisa a presença da literatura na Revista da Semana no final do século XIX e início do século XX. Aborda a educação feminina no período e como a literatura era um tema-chave na imprensa feminina. Também discute os estilos literários como crônicas, contos, poesias e novelas presentes na revista e sua evolução ao longo do tempo.
Este documento descreve como o rádio foi registrado nas páginas da Revista do Globo entre 1929 e 1967. Começaram as primeiras experiências radiofônicas no Rio Grande do Sul em 1924 com a Rádio Sociedade Riograndense. A Revista do Globo cobriu o desenvolvimento inicial do rádio no estado, registrando as primeiras estações de rádio e os valores culturais locais transmitidos. O rádio se tornou um importante veículo de comunicação para divulgar ideias e consciência nacional.
América Contemporânea 1º Semestre De 2010alexbuzeli
Este documento apresenta o programa de uma disciplina de História da América Latina ministrada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A disciplina abordará três temas principais: 1) a consolidação do Estado liberal e os ciclos ditatoriais no século XX na América Latina; 2) a supremacia norte-americana na região a partir da Guerra Fria; e 3) a historiografia polarizada sobre essas questões. A avaliação dos alunos consistirá na elaboração de três ensaios analíticos sobre as
História das revistas no Brasil e no MundoElaine Lima
Este documento descreve a história da comunicação através da evolução das revistas ao longo dos séculos. Começa com as primeiras revistas no século XVII na Alemanha e como a ideia se espalhou para a França e Inglaterra. Também aborda o surgimento das primeiras revistas nos Estados Unidos e Brasil, assim como o desenvolvimento de revistas ilustradas, femininas, noticiosas e em quadrinhos.
O documento descreve a história das revistas no Brasil desde o início do século XIX, destacando as origens, os tipos de revistas que surgiram e seu desenvolvimento. As primeiras revistas eram inspiradas nos modelos europeus e tinham como objetivo educar e entreter o público. No início do século XX, surgiram as revistas ilustradas que utilizavam fotografias, atraindo mais leitores. A revista Cruzeiro, lançada em 1928, se tornou um grande sucesso devido à qualidade editorial e ao enfoque em f
AS ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS NA EDITORIA POLÍTICA NACIONAL DA REVISTA ROLLING S...Carlos Rocha
Apresentação da dissertação "AS ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS NA EDITORIA POLÍTICA NACIONAL DA REVISTA ROLLING STONE BRASIL: A cobertura das eleições presidenciais de 2010 no Brasil" realizada no dia 07 de Março de 2014 no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Piauí (PPGCOM-UFPI)
O documento analisa a influência da revista O Cruzeiro e da dupla repórter-fotógrafo Jean Manzon e David Nasser no desenvolvimento do fotojornalismo brasileiro. A dupla foi pioneira ao trabalhar junta em 1943, produzindo grandes reportagens com fotos impactantes que popularizaram a revista e moldaram o jornalismo nacional.
1) O documento descreve o Mercado Público de Porto Alegre, seu papel histórico no abastecimento e desenvolvimento da cidade, e as reformas realizadas.
2) A pesquisa tem como objetivo estudar as estratégias administrativas de duas bancas de especiarias no Mercado Público utilizando método etnográfico.
3) Conceitos de estratégia empresarial são apresentados, incluindo tipos de estratégias genéricas de acordo com Miles e Snow.
Este documento analisa a presença da literatura na Revista da Semana no final do século XIX e início do século XX. Aborda a educação feminina no período e como a literatura era um tema-chave na imprensa feminina. Também discute os estilos literários como crônicas, contos, poesias e novelas presentes na revista e sua evolução ao longo do tempo.
Este documento descreve como o rádio foi registrado nas páginas da Revista do Globo entre 1929 e 1967. Começaram as primeiras experiências radiofônicas no Rio Grande do Sul em 1924 com a Rádio Sociedade Riograndense. A Revista do Globo cobriu o desenvolvimento inicial do rádio no estado, registrando as primeiras estações de rádio e os valores culturais locais transmitidos. O rádio se tornou um importante veículo de comunicação para divulgar ideias e consciência nacional.
América Contemporânea 1º Semestre De 2010alexbuzeli
Este documento apresenta o programa de uma disciplina de História da América Latina ministrada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A disciplina abordará três temas principais: 1) a consolidação do Estado liberal e os ciclos ditatoriais no século XX na América Latina; 2) a supremacia norte-americana na região a partir da Guerra Fria; e 3) a historiografia polarizada sobre essas questões. A avaliação dos alunos consistirá na elaboração de três ensaios analíticos sobre as
História das revistas no Brasil e no MundoElaine Lima
Este documento descreve a história da comunicação através da evolução das revistas ao longo dos séculos. Começa com as primeiras revistas no século XVII na Alemanha e como a ideia se espalhou para a França e Inglaterra. Também aborda o surgimento das primeiras revistas nos Estados Unidos e Brasil, assim como o desenvolvimento de revistas ilustradas, femininas, noticiosas e em quadrinhos.
O documento descreve a história das revistas no Brasil desde o início do século XIX, destacando as origens, os tipos de revistas que surgiram e seu desenvolvimento. As primeiras revistas eram inspiradas nos modelos europeus e tinham como objetivo educar e entreter o público. No início do século XX, surgiram as revistas ilustradas que utilizavam fotografias, atraindo mais leitores. A revista Cruzeiro, lançada em 1928, se tornou um grande sucesso devido à qualidade editorial e ao enfoque em f
AS ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS NA EDITORIA POLÍTICA NACIONAL DA REVISTA ROLLING S...Carlos Rocha
Apresentação da dissertação "AS ESTRATÉGIAS DISCURSIVAS NA EDITORIA POLÍTICA NACIONAL DA REVISTA ROLLING STONE BRASIL: A cobertura das eleições presidenciais de 2010 no Brasil" realizada no dia 07 de Março de 2014 no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Piauí (PPGCOM-UFPI)
O documento analisa a influência da revista O Cruzeiro e da dupla repórter-fotógrafo Jean Manzon e David Nasser no desenvolvimento do fotojornalismo brasileiro. A dupla foi pioneira ao trabalhar junta em 1943, produzindo grandes reportagens com fotos impactantes que popularizaram a revista e moldaram o jornalismo nacional.
1) O documento descreve o Mercado Público de Porto Alegre, seu papel histórico no abastecimento e desenvolvimento da cidade, e as reformas realizadas.
2) A pesquisa tem como objetivo estudar as estratégias administrativas de duas bancas de especiarias no Mercado Público utilizando método etnográfico.
3) Conceitos de estratégia empresarial são apresentados, incluindo tipos de estratégias genéricas de acordo com Miles e Snow.
Reportagens do esporte na Revista do Globo de Porto Alegre+ Aloisio Magalhães
O documento descreve um estudo sobre reportagens esportivas publicadas na Revista do Globo de Porto Alegre entre 1929 e 1945. O objetivo do estudo é identificar o número de reportagens esportivas publicadas e analisar os motivos que levaram a Revista do Globo a veicular inicialmente matérias sobre esporte e criar uma seção dedicada ao tema na década seguinte. O método utilizado envolveu catalogar as reportagens esportivas encontradas na revista.
Este resumo descreve uma pesquisa sobre a participação de mulheres na Revista do Globo entre 1929-1939. A pesquisa analisou 266 edições da revista e encontrou que, contrariamente à hipótese inicial, houve um aumento nos textos assinados por mulheres durante o período de 1932-1936, quando Erico Verissimo foi diretor. A próxima etapa da pesquisa será analisar o conteúdo desses textos femininos.
Eduardo carneiro. plano curso. história do brasil (ciencias sociais)Eduardo Carneiro
Este plano de curso descreve a disciplina de História Econômica, Política e Social do Brasil ministrada no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre. O curso tem duração de um semestre letivo e abordará a formação histórica do Brasil através de 7 unidades temáticas, com ênfase na análise crítica de diferentes interpretações historiográficas. A avaliação dos alunos incluirá discussões em grupo, apresentações e seminários sobre os temas abordados.
Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...Revista Curinga Ufop
O documento descreve a origem e estilo das revistas, desde sua origem na Alemanha no século XVII até seu desenvolvimento no Brasil. As revistas surgiram como publicações periódicas sobre um único tema e, posteriormente, passaram a abordar vários assuntos de forma leve. No Brasil, a primeira revista data de 1812 e, no século XX, houve investimento em reportagens e fotojornalismo.
Milton Santos nasceu na Bahia em 1926 e teve uma educação inicial em casa. Ele se formou em Direito, mas se dedicou à carreira acadêmica como professor de Geografia. Publicou diversos livros influentes sobre geografia urbana e regional. Sua obra reflete sobre os impactos da globalização e defende uma abordagem filosófica e crítica da geografia.
Caderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II Alogoinhas - BahiaFrancemberg Teixeira Reis
O documento apresenta o programa da III Semana de História realizada pela UNEB em Alagoinhas, Bahia, em 2014. O evento contou com conferências, mesas redondas, simpósios e programação cultural com o objetivo de debater o tema "Histórias, Sujeitos e Trajetórias" e fortalecer os laços acadêmicos entre a universidade e a sociedade. Além disso, as discussões ocorreram no contexto dos 50 anos do golpe militar de 1964 no Brasil.
Este documento apresenta o plano de aulas para a disciplina "Pensamento Social Brasileiro: Intérpretes do Brasil" no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília. A disciplina abordará obras de importantes intelectuais brasileiros como Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre e Florestan Fernandes. O plano lista as 15 aulas planejadas e a bibliografia obrigatória para cada aula, cobrindo tópicos como a formação da intelligentsia brasileira, o pensamento autoritário
O documento resume o que é a revista Piauí, incluindo suas influências, nome, mascote, projeto editorial e papel. A Piauí é uma revista mensal de jornalismo narrativo focada em política, cultura e variedades, inspirada no Novo Jornalismo e em publicações como The New Yorker e antigas revistas brasileiras. Seu mascote é um pinguim irreverente e seu projeto editorial prioriza grandes reportagens bem apuradas e contadas de forma narrativa.
O documento discute a importância do modelista Gil Brandão para a moda brasileira na década de 1960. Brandão inovou ao publicar moldes de roupas em jornais e revistas, tornando-se um dos precursores da moda prêt-à-porter no Brasil. Seu trabalho destacou-se pela precisão dos moldes e por adaptar tendências internacionais à cultura brasileira. Brandão contribuiu para o desenvolvimento inicial da indústria da moda no país.
O documento descreve a imprensa no Brasil no período da independência e do primeiro reinado, dividindo-a em duas fases. A primeira fase era predominantemente de jornais político-panfletários, engajados e efêmeros. A segunda fase viu o surgimento de jornais mais estáveis e informativos organizados como empresas. No entanto, o documento argumenta que essa divisão é uma simplificação, já que alguns jornais comerciais surgiram já na primeira metade do século XIX.
O documento discute a imprensa no Brasil no período da independência e do primeiro reinado, argumentando que havia mais diversidade do que a periodização tradicional sugere. Apesar de a imprensa da época ser majoritariamente política e panfletária, já existiam jornais mais estáveis e informativos. O documento também analisa figuras importantes como Cairu e características como a irregularidade e efemeridade dos jornais da época.
Este documento analisa as imagens veiculadas na Revista do Globo entre 1930-1934 sobre o sufrágio feminino no Brasil. O autor busca entender como este tema foi percebido e discutido no periódico à época. O sufrágio feminino foi uma conquista recente e importante para a participação política das mulheres.
Este documento resume um artigo sobre as relações de poder entre os gêneros nos anos 1929-1949, analisadas através de anúncios de eletrodomésticos na Revista do Globo. O artigo descreve a Revista do Globo, sua leitora-alvo e como a publicidade de eletrodomésticos evoluiu nas décadas de 1930 e 1940, analisando três anúncios selecionados.
O documento discute a produção literária e jornalística de Maria Archer, uma escritora portuguesa que viveu exilada no Brasil de 1955 a 1979. Ela escreveu artigos para jornais brasileiros como O Estado de São Paulo criticando o regime de Salazar em Portugal. Sua obra buscava aproximar as culturas luso-brasileira e africana, destacando as conexões históricas entre os continentes através da língua portuguesa.
Gilberto Freyre foi um importante sociólogo, antropólogo e escritor brasileiro nascido em 1900 em Recife. Seu livro mais famoso foi Casa Grande & Senzala, publicado em 1933, no qual ele analisou a sociedade brasileira colonial e a escravidão. Freyre recebeu muitos prêmios ao longo de sua carreira e foi nomeado Sir pela Rainha Elizabeth II pelo seu trabalho. Ele faleceu em 1987 em Recife.
A revista piauí se propõe a ir além da boa informação e entregar ao leitor boas histórias por meio de um estilo narrativo predominante. Seus textos são apurados e bem contados, com ênfase na qualidade da narrativa. A variedade de temas, o equilíbrio entre texto e imagem, e o humor constante são elementos centrais de seu projeto editorial.
Regime de verdade de Veja na cobertura da eleiçao de ObamaNina Santos
1. O documento analisa como a revista Veja constrói seu "regime de verdade" na cobertura da campanha presidencial de Barack Obama nos Estados Unidos em 2008.
2. A análise se baseia nos conceitos de "regime de verdade" de Foucault e observa quais temas a Veja destaca e quais silencia para manter a coerência de seu discurso.
3. A Veja apresenta Obama como "meio branco, meio negro" e constrói sua identidade racial de forma híbrida, mas também como um líder
Álbum de criança: imagens da infância nas fotografias da Revista do Globo 192...+ Aloisio Magalhães
1) O artigo analisa as representações de crianças na Revista do Globo entre 1929-1939 para entender a visão de infância projetada na sociedade do Rio Grande do Sul na década de 1930.
2) O autor busca identificar como a revista construía estereótipos de "criança ideal" através de fotografias dos filhos da elite e como isso poderia regular a sociedade por meio de inclusão/exclusão.
3) A análise das imagens mostra como a revista mediava entre grupos sociais para fornecer
João gabriel da fonseca mateus escritos sobre a imprensa operária da primeira...moratonoise
O documento apresenta um resumo de um livro sobre o periódico A Plebe da Primeira República brasileira. O livro analisa as aspirações e práticas pedagógicas do periódico em 1917, mostrando como ele utilizava a estratégia da ação direta para promover a educação libertária da classe trabalhadora e alcançar a revolução social.
Este número da revista Organizações & Sociedade apresenta artigos sobre privatização e regulação no setor de transportes no Brasil e Argentina, fatores críticos de sucesso em relações governamentais entre entes governamentais, e um estudo sobre o processo decisório em organizações brasileiras entre 1993-2002.
Outros artigos abordam o ciclo do trabalho e a roda da fortuna, controle em uma siderúrgica, influência de líderes em bancos, responsabilidade social corporativa, mapeamento de clusters industriais, sucessão em empresas
O documento analisa a qualidade sanitária de 93 amostras de embutidos coletadas em Porto Alegre. Todas as amostras estavam livres de Salmonella sp., mas 14 amostras de linguiça fresca continham contagens de coliformes fecais acima do limite legal na época. A maioria dessas amostras estava armazenada acima da temperatura recomendada no momento da coleta.
Reportagens do esporte na Revista do Globo de Porto Alegre+ Aloisio Magalhães
O documento descreve um estudo sobre reportagens esportivas publicadas na Revista do Globo de Porto Alegre entre 1929 e 1945. O objetivo do estudo é identificar o número de reportagens esportivas publicadas e analisar os motivos que levaram a Revista do Globo a veicular inicialmente matérias sobre esporte e criar uma seção dedicada ao tema na década seguinte. O método utilizado envolveu catalogar as reportagens esportivas encontradas na revista.
Este resumo descreve uma pesquisa sobre a participação de mulheres na Revista do Globo entre 1929-1939. A pesquisa analisou 266 edições da revista e encontrou que, contrariamente à hipótese inicial, houve um aumento nos textos assinados por mulheres durante o período de 1932-1936, quando Erico Verissimo foi diretor. A próxima etapa da pesquisa será analisar o conteúdo desses textos femininos.
Eduardo carneiro. plano curso. história do brasil (ciencias sociais)Eduardo Carneiro
Este plano de curso descreve a disciplina de História Econômica, Política e Social do Brasil ministrada no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre. O curso tem duração de um semestre letivo e abordará a formação histórica do Brasil através de 7 unidades temáticas, com ênfase na análise crítica de diferentes interpretações historiográficas. A avaliação dos alunos incluirá discussões em grupo, apresentações e seminários sobre os temas abordados.
Aula: Jornalismo de revista - Laboratório de Jornalismo Impresso II - Revista...Revista Curinga Ufop
O documento descreve a origem e estilo das revistas, desde sua origem na Alemanha no século XVII até seu desenvolvimento no Brasil. As revistas surgiram como publicações periódicas sobre um único tema e, posteriormente, passaram a abordar vários assuntos de forma leve. No Brasil, a primeira revista data de 1812 e, no século XX, houve investimento em reportagens e fotojornalismo.
Milton Santos nasceu na Bahia em 1926 e teve uma educação inicial em casa. Ele se formou em Direito, mas se dedicou à carreira acadêmica como professor de Geografia. Publicou diversos livros influentes sobre geografia urbana e regional. Sua obra reflete sobre os impactos da globalização e defende uma abordagem filosófica e crítica da geografia.
Caderno de resumos III da Semana de História UNEB Campi II Alogoinhas - BahiaFrancemberg Teixeira Reis
O documento apresenta o programa da III Semana de História realizada pela UNEB em Alagoinhas, Bahia, em 2014. O evento contou com conferências, mesas redondas, simpósios e programação cultural com o objetivo de debater o tema "Histórias, Sujeitos e Trajetórias" e fortalecer os laços acadêmicos entre a universidade e a sociedade. Além disso, as discussões ocorreram no contexto dos 50 anos do golpe militar de 1964 no Brasil.
Este documento apresenta o plano de aulas para a disciplina "Pensamento Social Brasileiro: Intérpretes do Brasil" no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília. A disciplina abordará obras de importantes intelectuais brasileiros como Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre e Florestan Fernandes. O plano lista as 15 aulas planejadas e a bibliografia obrigatória para cada aula, cobrindo tópicos como a formação da intelligentsia brasileira, o pensamento autoritário
O documento resume o que é a revista Piauí, incluindo suas influências, nome, mascote, projeto editorial e papel. A Piauí é uma revista mensal de jornalismo narrativo focada em política, cultura e variedades, inspirada no Novo Jornalismo e em publicações como The New Yorker e antigas revistas brasileiras. Seu mascote é um pinguim irreverente e seu projeto editorial prioriza grandes reportagens bem apuradas e contadas de forma narrativa.
O documento discute a importância do modelista Gil Brandão para a moda brasileira na década de 1960. Brandão inovou ao publicar moldes de roupas em jornais e revistas, tornando-se um dos precursores da moda prêt-à-porter no Brasil. Seu trabalho destacou-se pela precisão dos moldes e por adaptar tendências internacionais à cultura brasileira. Brandão contribuiu para o desenvolvimento inicial da indústria da moda no país.
O documento descreve a imprensa no Brasil no período da independência e do primeiro reinado, dividindo-a em duas fases. A primeira fase era predominantemente de jornais político-panfletários, engajados e efêmeros. A segunda fase viu o surgimento de jornais mais estáveis e informativos organizados como empresas. No entanto, o documento argumenta que essa divisão é uma simplificação, já que alguns jornais comerciais surgiram já na primeira metade do século XIX.
O documento discute a imprensa no Brasil no período da independência e do primeiro reinado, argumentando que havia mais diversidade do que a periodização tradicional sugere. Apesar de a imprensa da época ser majoritariamente política e panfletária, já existiam jornais mais estáveis e informativos. O documento também analisa figuras importantes como Cairu e características como a irregularidade e efemeridade dos jornais da época.
Este documento analisa as imagens veiculadas na Revista do Globo entre 1930-1934 sobre o sufrágio feminino no Brasil. O autor busca entender como este tema foi percebido e discutido no periódico à época. O sufrágio feminino foi uma conquista recente e importante para a participação política das mulheres.
Este documento resume um artigo sobre as relações de poder entre os gêneros nos anos 1929-1949, analisadas através de anúncios de eletrodomésticos na Revista do Globo. O artigo descreve a Revista do Globo, sua leitora-alvo e como a publicidade de eletrodomésticos evoluiu nas décadas de 1930 e 1940, analisando três anúncios selecionados.
O documento discute a produção literária e jornalística de Maria Archer, uma escritora portuguesa que viveu exilada no Brasil de 1955 a 1979. Ela escreveu artigos para jornais brasileiros como O Estado de São Paulo criticando o regime de Salazar em Portugal. Sua obra buscava aproximar as culturas luso-brasileira e africana, destacando as conexões históricas entre os continentes através da língua portuguesa.
Gilberto Freyre foi um importante sociólogo, antropólogo e escritor brasileiro nascido em 1900 em Recife. Seu livro mais famoso foi Casa Grande & Senzala, publicado em 1933, no qual ele analisou a sociedade brasileira colonial e a escravidão. Freyre recebeu muitos prêmios ao longo de sua carreira e foi nomeado Sir pela Rainha Elizabeth II pelo seu trabalho. Ele faleceu em 1987 em Recife.
A revista piauí se propõe a ir além da boa informação e entregar ao leitor boas histórias por meio de um estilo narrativo predominante. Seus textos são apurados e bem contados, com ênfase na qualidade da narrativa. A variedade de temas, o equilíbrio entre texto e imagem, e o humor constante são elementos centrais de seu projeto editorial.
Regime de verdade de Veja na cobertura da eleiçao de ObamaNina Santos
1. O documento analisa como a revista Veja constrói seu "regime de verdade" na cobertura da campanha presidencial de Barack Obama nos Estados Unidos em 2008.
2. A análise se baseia nos conceitos de "regime de verdade" de Foucault e observa quais temas a Veja destaca e quais silencia para manter a coerência de seu discurso.
3. A Veja apresenta Obama como "meio branco, meio negro" e constrói sua identidade racial de forma híbrida, mas também como um líder
Álbum de criança: imagens da infância nas fotografias da Revista do Globo 192...+ Aloisio Magalhães
1) O artigo analisa as representações de crianças na Revista do Globo entre 1929-1939 para entender a visão de infância projetada na sociedade do Rio Grande do Sul na década de 1930.
2) O autor busca identificar como a revista construía estereótipos de "criança ideal" através de fotografias dos filhos da elite e como isso poderia regular a sociedade por meio de inclusão/exclusão.
3) A análise das imagens mostra como a revista mediava entre grupos sociais para fornecer
João gabriel da fonseca mateus escritos sobre a imprensa operária da primeira...moratonoise
O documento apresenta um resumo de um livro sobre o periódico A Plebe da Primeira República brasileira. O livro analisa as aspirações e práticas pedagógicas do periódico em 1917, mostrando como ele utilizava a estratégia da ação direta para promover a educação libertária da classe trabalhadora e alcançar a revolução social.
Semelhante a A Revista da Semana em Perspectiva (20)
Este número da revista Organizações & Sociedade apresenta artigos sobre privatização e regulação no setor de transportes no Brasil e Argentina, fatores críticos de sucesso em relações governamentais entre entes governamentais, e um estudo sobre o processo decisório em organizações brasileiras entre 1993-2002.
Outros artigos abordam o ciclo do trabalho e a roda da fortuna, controle em uma siderúrgica, influência de líderes em bancos, responsabilidade social corporativa, mapeamento de clusters industriais, sucessão em empresas
O documento analisa a qualidade sanitária de 93 amostras de embutidos coletadas em Porto Alegre. Todas as amostras estavam livres de Salmonella sp., mas 14 amostras de linguiça fresca continham contagens de coliformes fecais acima do limite legal na época. A maioria dessas amostras estava armazenada acima da temperatura recomendada no momento da coleta.
Este documento apresenta três frases:
1) A pesquisa analisa a arquitetura dos edifícios de mercado gaúchos, focando em suas funções sintática, semântica e pragmática.
2) Ela revisa os aportes históricos e teóricos sobre espaços comerciais, desde a Ágora Grega até os mercados no Brasil.
3) A pesquisa também apresenta ensaios tipológicos aplicados a mercados brasileiros e estuda três mercados gaúchos em detalhe.
1. O documento discute a abordagem pós-moderna do turismo cultural e como isso levou a uma reapropriação dos mercados públicos como pontos turísticos.
2. Uma pesquisa qualitativa analisou como o Mercado Público Central de Porto Alegre se manteve como mercado após uma restauração há uma década, atraindo novos usuários e turistas.
3. Os resultados mostraram a relação dos comerciantes e clientes com o mercado após a restauração e a importância do turismo para a pre
Este documento analisa o Mercado Público de Porto Alegre como um espaço organizacional dividido entre o sagrado e o profano. Utilizando métodos etnográficos, os autores observam como o mercado carrega significados simbólicos através de rituais e mitos para a comunidade local. O mercado é visto como sagrado pelas religiões afro-brasileiras e representa a identidade e tradições das famílias da cidade.
Este documento descreve um estudo etnográfico sobre a "Tradição Bará do Mercado" em Porto Alegre, no qual afro-religiosos acreditam que o orixá Bará está assentado no mercado público central da cidade. O documento relata em detalhes uma observação participante de um ritual realizado no mercado, no qual os participantes oferecem moedas ao Bará em diferentes locais para pedir proteção e abertura de caminhos.
Este documento apresenta uma breve história dos mercados no Brasil. Foi introduzido no país pelos colonizadores portugueses seguindo os padrões dos mercados do Império Português. Muitos dos primeiros mercados brasileiros surgiram em torno de igrejas. A construção de grandes mercados cobertos só ocorreu no final do século XIX, quando as cidades começaram a se industrializar e a população se concentrou em áreas urbanas.
Este artigo analisa as representações do corpo feminino na década de 1930 na Revista do Globo, a revista mais lida no Rio Grande do Sul à época. As capas da revista mostram a evolução da imagem da mulher moderna, com trajes esportivos e bronzeada. Os anúncios na revista promoviam produtos de beleza e higiene associados aos "novos desejos femininos" e à emergência de um novo corpo feminino.
Este documento analisa como a sociabilidade nas salas de cinema da Cinelândia porto-alegrense era retratada na Revista do Globo entre 1940-1949. A Revista promovia os ideais burgueses da época e negava a miscigenação social existente nos cinemas. Quando se referia à Cinelândia, demonstrava que a degradação era parte do local. As fotos e textos não evidenciam as pessoas que frequentavam o lugar.
Este documento descreve a seção "Para os que viajam" publicada na Revista do Globo entre 1929-1930. A seção promovia o turismo no Brasil, enfatizando seus benefícios econômicos e a importância de melhorar a infraestrutura de transportes. A seção continha artigos sobre destinos turísticos e anúncios de hotéis, companhias de transporte e agências de viagem.
O documento descreve representações de mulheres nas práticas equestres de turfe e hipismo na cidade de Porto Alegre entre 1929-1967, conforme relatado na Revista do Globo. No turfe, as mulheres eram retratadas como espectadoras elegantes e frágeis, enquanto no hipismo elas competiam em igualdade com os homens e conquistavam vitórias. O contexto sociocultural da época influenciou tais representações construídas pela revista.
1) O artigo analisa as representações da moda infantil no século XX por meio de fotografias publicadas na Revista do Globo entre 1929-1967.
2) A história da infância é revisitada para entender como o conceito mudou e influenciou a moda infantil ao longo do tempo.
3) As imagens são analisadas usando conceitos da Semiótica para identificar os possíveis significados expressos pelas roupas das crianças nas fotografias.
Este documento apresenta a dissertação de mestrado de Letícia Bauer sobre o patrimônio cultural de São Miguel das Missões entre 1937 e 1950. O trabalho debate as relações entre história e patrimônio cultural a partir das ações do arquiteto Lucio Costa e do zelador Hugo Machado nos remanescentes da redução de São Miguel Arcanjo e no Museu das Missões. Analisa como Costa e Machado, cada um ao seu modo, organizaram e interpretaram os bens culturais construindo uma narrativa sobre a experiência missioneira.
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a linguagem gráfica pictórica no papel moeda brasileiro. Analisou-se as ilustrações nas cédulas desde o século XVII até os dias atuais, dividido em três módulos temporais. Constatou-se que as ilustrações evoluíram ao longo do tempo, acompanhando o desenvolvimento tecnológico e cultural brasileiro, com mudanças significativas a partir da década de 1970. A linguagem pictórica demonstra sua importância na relação entre o
Esta tese analisa a inserção do design no Brasil entre as décadas de 1950 e 1960, focando em como sua consolidação foi dificultada nas décadas seguintes. A pesquisa compara o processo brasileiro com os modelos estrangeiros, e examina as condições sociais da criação e sustentação da atividade no país. A análise se concentra nos designers Alexandre Wollner e Aloísio Magalhães e em como suas carreiras refletem os desafios da profissão no Brasil.
Aloísio Magalhães fue un pintor, diseñador y escenógrafo brasileño. Estudió en París en la década de 1950 y se dedicó al grabado y las artes gráficas. En los años 1960 se convirtió en pionero del diseño y la comunicación visual en Brasil, creando logotipos emblemáticos. Más tarde ocupó cargos gubernamentales relacionados con el patrimonio histórico y artístico, impulsando su preservación.
Kiko Farkas é um importante designer gráfico brasileiro formado em arquitetura. Sua carreira começou no jornalismo e hoje ele trabalha principalmente com design editorial e projetos visuais. Farkas critica a falta de discussão sobre design brasileiro e a importância de desenvolver uma identidade nacional neste campo.
Este documento discute a história da tipografia móvel de metal, desde sua invenção por Johannes Gutenberg até os usos atuais. Apresenta como Gutenberg desenvolveu os tipos móveis de metal no século 15, permitindo uma maior disseminação do conhecimento através dos livros impressos. Discute também a chegada da tipografia no Brasil no século 19 e projetos atuais de preservação desse acervo histórico, como o catalogamento das fontes metálicas da Editora UFPE.
O documento descreve a vida e obra do artista brasileiro Aloisio Magalhães em 3 frases:
1) Aloisio se formou em Direito em 1949 e trabalhou como pintor, gravador, cenógrafo e designer no Brasil e na França entre as décadas de 1940 e 1960.
2) Ele fundou a Escolinha de Arte do Recife em 1954 e o Museu de Arte Popular de Pernambuco em 1955 para promover a arte brasileira.
3) Aloisio também lecionou na Escola de Belas Artes do Recife
1. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
Marinho
A REVISTA DA SEMANA EM PERSPECTIVA1
GISELE TABOADA2
JOÃO ELIAS NERY3
MARIA GABRIELA MARINHO4,
RESUMO
A pesquisa aborda a trajetória da Revista da Semana, relacionando-a ao
contexto da imprensa brasileira das primeiras décadas do século XX. O
trabalho, ainda em andamento, pretende analisar aspectos relativos ao
universo feminino e suas representações na literatura difundida na revista e
nas seções dirigidas à mulher. Por outro lado, pretende-se estudar a
inserção da fotografia e a linguagem fotográfica introduzida na revista.
ABSTRACT
The research describes “Revista da Semana” stories comparing to the
Brazilian press history during the first decades of the 20th century . The
study which is not finished yet, intend to analyse aspects of the female
universe and its representative aspects on the magazine’s literature
considering the female sections. On the other hand, the purpose is also to
study photography and the photography language used in the magazine.
Palavras-chave: Revista da Semana; revistas brasileiras; imprensa
brasileira; imprensa feminina.
1
Trabalho apresentado ao NP 04 – Produção Editorial – no IV Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom.
2
Graduada em Direito (USF), aluna de Jornalismo (Unicsul).
3
Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP), docente e pesquisador na área de Comunicação.
4
Doutora em História (FFLCH/USP), jornalista, docente no mestrado em Educação (USF).
18
THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
2. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
Marinho
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como finalidade apresentar o estágio atual da
pesquisa sobre a “Revista da Semana”, bem como os temas que foram
priorizados em pesquisas distintas.
O material consultado para a realização desta pesquisa pertence ao
acervo do “Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa e História da
Educação” da Universidade São Francisco – USF – que se encontra no
campus de Bragança Paulista e ao acervo da Biblioteca da Escola de
Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo – USP. Os dois acervos,
na verdade, completam-se, de maneira que a USF possui 125 exemplares
encadernados dos anos de 1914 a 1916 e a USP possui os exemplares de
1917 a 1958. É importante ressaltar que esses exemplares não representam
a totalidade do que foi publicado, sendo que a revista remonta a 1900.
Outros exemplares estão faltando da mesma forma: o primeiro semestre de
1915 não está disponível e do ano de 1917 há apenas um exemplar. Quanto
aos demais anos, estão praticamente completos.
1. REVISTA DA SEMANA: HISTÓRIA, PROJETO, PROPRIEDADE E
MERCADO
A “Revista da Semana ” surgiu no ano de 1900, no Rio de Janeiro5.
Nelson W. Sodré6 afirma que “A Revista da Semana, fundada por Álvaro de
Tefé, começou a circular a 20 de maio de 1901, com a ajuda de Medeiros e
5 Cf. o livro A Revista no Brasil, p. 234
6 Nelson Werneck Sodré. História da Imprensa no Brasil, p. 297.
19
THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
3. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
Marinho
Albuquerque e Raul Pederneiras”. Em outra passagem este autor indica,
contradizendo o que anteriormente afirmara, que “Prosseguiam a Revista da
Semana, de 1900,...”7. Na obra de Dulcília Buitoni8, o ano de 1901 é
indicado como início da revista. Além dessa contradição verificada em duas
diferentes obras, os dados que constam nas próprias revistas já nos fizeram
acreditar que ela teria surgido em 1899. Esses dados não foram ainda
solidamente confirmados, deixando-nos apenas a certeza de que ela não
apareceu em 1901. Na verdade, todas as evidências nos levam a afirmar que
a revista teria realmente nascido em 1900.
A “Revista da Semana” pertenceu ao “Jornal do Brasil” até o ano de
1915 e era encartada no jornal. Em 1915 foi comprada pela “Companhia
Editora Americana”, mesmo ano em que recebeu, para sua nova fase,
maquinários modernos vindos dos Estados Unidos para sua impressão com
adoção de novas cores. A tecnologia foi algo que a revista soube
acompanhar, da mesma forma que acompanhou os avanços da fotografia na
virada do século XX, tendo explorado intensamente essa forma de
comunicação, trazendo reportagens repletas de fotos, algumas até trazendo
muito mais fotos do que notícia escrita. Acerca desta temática Nelson W.
Sodré9 destaca que do ponto de vista da técnica, as revistas ilustradas
assinalam o início da fase da fotografia, libertada a ilustração das limitações
da litografia e da xilogravura.
7 Idem, ibidem, p. 326
8 Dulcilia Buitoni. Imprensa feminina, p. 42
9 Nelson W. Sodré, op. Cit. Pp. 300-301
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THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
4. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
Marinho
(...) A Revista da Semana teria papel pioneiro, ocupando-se, depois de
desvincular-se do Jornal do Brasil, principalmente com as atualidades
sociais, políticas e policiais, tornando-se leve, alegre, elegantes, com as
ilustrações de Raul, Bambino, Amaro do Amaral e Luís Peixoto; sob a
direção de Carlos Malheiros Dias, a partir de 1915, seria mais elegante e
feminina (...)
A fotografia foi um recurso tão importante na “Revista da Semana”
que havia até mesmo seções em estúdio em que eram fotografadas
simulações de crimes para ilustrar as reportagens a serem publicadas. Mas
as reportagens de rua também tomavam lugar em suas páginas: segundo
“Revista em Revistas”, da Editora Abril, as únicas imagens que possuímos da
“Revolta da Vacina”, em 1904, foram publicadas na “Revista da Semana”10.
Em nosso trabalho, seguimos a linha de pesquisa editorial e
histórica, tendo como objetivo fazer uma análise da imprensa do início do
século XX, verificar questões gráficas, editoriais e relacioná-las ao contexto
da mídia e do país naquele período. A diagramação, a propriedade editorial,
a questão do número médio de páginas por edição, a paginação ou falta de
(como ocorre nas primeiras décadas de existência da revista), e as seções
que permaneceram por determinado tempo como fixas a cada edição, esses
são alguns dos aspectos que procuramos verificar. Há ainda um outro viés a
ser explorado que tem nas capas apresentadas pela revista sua fonte para
10
A Revista no Brasil, p. 44.
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THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
5. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
Marinho
análise. Procurar-se-á estabelecer correlações com a época do ponto de vista
social, cultural e os avanços que ocorreram no contexto da produção
jornalística brasileira, considerando aspectos técnicos de linguagem e de
mercado. O que foi a revista e o que ela apresentou ao seu público no início,
como foi sua trajetória, o que mudou, o que permaneceu e como ela se
apresentava quando foi extinta são dados que pretendemos apresentar de
forma que possamos delimitar as fases desta revista e sua inserção na
história do país, dando subsídio a todas as temáticas a que nos propusemos
pesquisar.
Analisando alguns dos aspectos físicos da revista, notamos que
havia uma média de 80 páginas por exemplar e não havia sumário ou
paginação nas primeiras décadas de sua publicação, o que obrigava o leitor a
folheá-la por inteiro à procura das matérias.
As chamadas de capa, indispensáveis nos dias de hoje, não
apareciam na “Revista da Semana”. As únicas vezes em que a revista lançou
mão de uma chamada para determinada matéria em sua capa ocorreram
nos dias 12, 19 e 26 de dezembro de 1914. Já as informações básicas de
data e local de publicação fizeram sua primeira aparição em capa no dia 18
de julho de 1914.
O estudo das capas também nos mostrou que a revista não possuía
um padrão para o logotipo. Nos exemplares analisados no “Centro de
Documentação e Apoio à Pesquisa e História da Educação” da USF,
verificamos que em 55% dos casos o nome da revista aparecia escrito no
22
THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
6. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
Marinho
espaço inferior da página e nos demais casos ele aparecia no lado superior,
havendo um caso ou outro em que a arte gráfica separou as palavras ou
mesmo as colocou na vertical. Os tipos de letra também variaram com
alguma freqüência, indicando uma ausência de preocupação com a
construção de uma identidade visual para a publicação. As informações
coletadas na revista estão em conformidade com os dados relatados por
Dulcília Buitoni11. Segundo esta autora inicialmente, as capas às vezes nem
possuíam ilustração. Depois, passaram a trazer desenhos geralmente de
cenas em que a mulher participava de algum modo.
As ilustrações que eram trazidas para as capas também têm sua
importância. Muitos ilustradores trabalharam em suas produções
desenhando, na grande maioria das vezes, um total de 65% até o ano de
1916, mulheres. São mulheres muito bem vestidas, com casacos de pele e
chapéus, fazendo referência às elites do início do século XX e até mesmo
fazendo menção às suas leitoras, como ocorre na edição de 12 de fevereiro de
1921 na qual uma moça posa com a edição da “Revista da Semana” de
janeiro do mesmo ano em suas mãos. Mas as capas
tiveram suas variáveis quando mostraram casais,
mulheres ou moças com animais (tigre, águias,
carneiro e grande presença de cachorros), imagens
que retratavam a família, passeio de barco, jogo de
tênis ou mesmo imagens da guerra – a Primeira
11 Dulcília Buitoni, op. Cit. P. 58.
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THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
7. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
Marinho
Guerra teve um espaço amplo nas capas e nas seções da revista.
Recorrendo novamente à obra de Dulcília Buitoni12, vemos que Antigamente
as capas eram mais “pobres”. Na Europa e nos Estados Unidos do século
passado, as publicações dependiam em grande parte de assinaturas; suas
capas não precisavam de atrativos que fossem vendáveis no confronto de
uma banca. Aqui no Brasil, onde as revistas femininas dependem
fundamentalmente da banca, uma capa agradável vende mais. Isso acontece
também no exterior.
Além de todas essas variações apresentadas, a revista também
alterou o formato, apresentando em sua primeira fase um tamanho
equivalente ao A4, passando a ter o dobro do tamanho e voltando ao original
anos depois. Precisamos lembrar que, aqui, a capa é muito mais uma
embalagem sem um sentido informativo preciso, como observamos
atualmente na imprensa. Não há correlação de suas ilustrações com as
matérias internas – a capa era apenas uma arte que embrulhava suas
páginas.
Após diversos levantamentos a partir dos exemplares da “Revista
da Semana”, obtivemos os elementos necessários para estabelecermos, além
dos apontamentos iniciais já apresentados, algumas linhas para a pesquisa,
das quais definimos algumas como prioridade para o início de nossos
trabalhos. O projeto prevê desdobrarmos nossos estudos em diversas
12
Idem, ibidem, p. 58
24
THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
8. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
Marinho
pesquisas autônomas que, no conjunto, analisarão questões editoriais,
gráficas e mercadológicas de uma importante publicação do início de século
XX. Definimos temas a serem pesquisados no decorrer do ano de 2004, que
apresentamos a seguir.
2. LITERATURA E ARTES NA REVISTA
O primeiro tema a ser apresentado é “Literatura e Artes na ‘Revista
da Semana’”. Tendo como premissa a divisão da Cultura em Literatura e
Artes, nossa pesquisa abordará a questão das artes do ponto de vista da
abertura da revista para as informações sobre pintura, cinema, teatro, dança
e até mesmo para o lançamento de livros, como ocorria na freqüente seção
“Os Novos Livros”. Sobre literatura, pretendemos resgatar os nomes
importantes daqueles que assinaram as matérias jornalísticas da revista,
que contribuíram com seus poemas e contos, e os que a ilustraram. A
“Revista da Semana” reservava um espaço muito significativo para as
matérias culturais e artísticas, dando imensa abertura a nomes como Olavo
Bilac, Escragnole Doria, Menoti Del Picchia, Raul Pederneiras, entre tantos
outros. A relação deles com a “Revista da Semana” era extremamente íntima
e sua contribuição coisa certa. Raul Pederneiras, grande artista e jornalista,
teve seus desenhos e caricaturas considerados de valor inestimável como
ilustração de uma época. Seus trabalhos foram publicados na revista desde
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THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
9. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
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sua primeira edição. Olavo Bilac também foi importante para a revista. Após
a morte de Bilac, foi lançada uma edição especial em sua homenagem e até
mesmo o nome da praça em que era estabelecida a revista recebeu seu
nome. Também é interessante observarmos a influência francesa que se
expressava através dos contos traduzidos para o português e através dos
pseudônimos utilizados pelos escritores. A revista também explorava as artes
da escrita de outras formas, dando, por exemplo, aos seus leitores a
oportunidade de participarem de um concurso de cartas de amor, como
ocorreu em 1921.
A literatura publicada na imprensa é herança da literatura de
folhetim do século XIX, na qual verificávamos os romances dispostos em
capítulos na imprensa. A venda do periódico, aqui, se dá muitas vezes pelo
interesse dos leitores em determinado autor ou seção literária.
A literatura foi tão importante que a revista foi totalmente
impregnada pelo estilo literário – o romance e o estilo desse tipo de texto
passado para o texto jornalístico. Por exemplo, temos o título “A Europa
Devastada pela guerra”, dado a uma das seções sobre a Primeira Guerra.
3. A MULHER NA REVISTA DA SEMANA: CASA, FAMÍLIA, MODA
Mais um enfoque que mereceu nossa atenção foram os temas
dirigidos à mulher na revista. Em 14 de fevereiro de 1914, a revista iniciou
uma nova fase e trouxe uma ilustração de duas páginas nas quais se viam
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10. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
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os leitores com seus respectivos exemplares. Nessa ilustração, o número de
mulheres é consideravelmente menor que o de homens, porém tudo indica
que a publicação possuía um público feminino, além de assíduo e fiel,
também numeroso. Suas páginas são recheadas de matérias que confirmam
essa afirmação. São matérias de etiqueta, colunas sociais com notícias das
damas da época, seções de cartas e mais outras seções inteiras que, com o
tempo, foram ganhando cada vez mais espaço. Segundo Dulcília Buitoni,
Três grandes eixos sustentam a imprensa feminina: moda, casa e coração. O
vestir, o morar, o sentir. Apesar de dois dos temas
serem ligados à aparência exterior – moda e casa
constituem um exterior ainda pouco ligado ao
mundo do trabalho. p. 68
Em 1917, além de outras seções, a revista contava com
o “Jornal das Famílias” que trazia notícias de moda, costura e bordados, a
vida no lar, receitas e conselhos práticos, economia doméstica, higiene e
beleza, moda infantil e alimentação. Esta foi, certamente, a mais “feminina”
de todas as colunas publicadas pela “Revista da Semana” e, como tal,
espelhava os assuntos considerados importantes à cultura feminina da
sociedade da época. O status quo daquele período indicava ser importante
para a mulher um bom casamento e a demonstração de dons para os
afazeres domésticos e cuidados para com a família. A revista incluiu temas e
27
THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
11. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
Marinho
abordagens que alimentavam essa realidade. Por exemplo, no exemplar de
06 de janeiro de 1917, o “Jornal das Famílias” trazia uma reportagem de
moda sobre os mais recentes modelos de chapéus e no subtítulo sobre
costuras e bordados havia uma série de variedades como uma touca para
manhã enfeitada com crochê, uma almofada oval, um modelo de “napperon
em frivolité” e um saco de mão; para o subtítulo de moda infantil foi
publicada, em lugar à habitual seção de moda para crianças, uma seção que
falava como as mães deviam repreender as filhas, tratando de educação.
Outra seção de destaque duradouro na revista é
“Consultório da Mulher” que também configurava um
espaço para cartas e conselhos. Esses quadros
femininos, trazidos pela “Revista da Semana”,
tinham grande importância e fizeram sua história no
que concerne às publicações do gênero, se
considerarmos que a primeira grande revista voltada inteiramente ao público
feminino, a “Revista Feminina”, nasceu em 191413.
Como a moda era inserida nas páginas desta publicação, ela é, da
mesma forma, uma de nossas preocupações. Aqui, esperamos abranger a
evolução das reportagens de moda e as influências de época que essa
publicação sofreu em seus 58 anos de existência. Reviver como eram
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THESIS, São Paulo, ano I, v. 2, p. 18-31, 2º Semestre, 2004.
12. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
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noticiadas as tendências na “Belle Époque”, por exemplo, e como a sociedade
delimitava os padrões para cada época é uma das finalidades da pesquisa.
Comparar as abordagens feitas dentro dessa revista com as abordagens das
revistas atuais é mais uma meta que buscamos. Esse levantamento, “‘A
Revista da Semana’, a Mulher e a Moda”, contará com esses e outros
aspectos considerados.
4. A PUBLICIDADE NAS PÁGINAS DA REVISTA
“A ‘Revista da Semana’ e a Propaganda”
propõem uma análise do estilo das
propagandas, qual era o público a que se
destinavam e quais as técnicas utilizadas para o
convencimento. Naquela época, propagandas
com textos longos e ilustrações eram muito
comuns, bem como a mistura de tipologias
diversas. É interessante verificar os argumentos trazidos para qualificar os
produtos como, por exemplo, a sutil tomada de testemunho de pessoas que
utilizaram o produto e se sentiram satisfeitas. Outro item interessante é
verificar os produtos, marcas e lojas que ainda existem e outros dos quais
nunca mais se ouviu falar e se há apelo às mulheres para o consumo ou não
e como ele era feito.
13 Dulcilia Buitoni. Imprensa feminina, p. 43. Nesta obra a autora indica a existência de outras
publicações dirigidas ao público feminino desde a primeira metade do século XIX, destacando como
pioneira “O Espelho diamantino” de 1827.
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13. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
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5. A COBERTURA À POLÍTICA
Finalizando nossa lista de prioridades, elegemos a política como
assunto de interesse, considerando que a revista realizou uma cobertura da
Primeira Guerra (1914 a 1918) completa, e ainda esteve presente em outros
setores da política nacional e internacional.
Do ponto de vista da Primeira Guerra, havia reportagens,
ilustrações e seções inteiras abordando os últimos acontecimentos.
Lançando mão de uma das características da revista, em 16 de novembro de
1918, foi lançada uma reportagem fotográfica sobre o fim da guerra.
Já para a cobertura nacional à política, um dos episódios mais
marcantes ocorreu em 1909 quando a “Revista da Semana” tomou posição
em favor da candidatura presidencial de Hermes da Fonseca contra Rui
Barbosa ao lado do “Jornal do Brasil”, “O País”, “A Tribuna” e “O Malho”,
conforme descreve Nelson Werneck Sodré14.
Estando sempre a postos para discutir política e, mais do que isso,
opinar e se impor como meio criador de opinião, a revista cumpriu mais um
papel dentre os tantos que desempenhou com propriedade e criatividade.
“Política na ‘Revista da Semana’” pretende abordar mais esse aspecto.
14
Nelson W. Sodré, op. Cit. P. 327.
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14. A revista da semana em perspectiva 2004 (E) Gisele Taboada; João Elias Nery : Maria Gabriela
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Enfim, esperamos que as pesquisas em que se desdobrará nosso
trabalho venham a ser úteis como fonte de estudo da imprensa em revista do
Rio de Janeiro do século XX e possam acrescentar dados significativos para
a compreensão da relação entre história e comunicação em nosso país.
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