O documento resume uma pesquisa sobre contratação de mão de obra temporária para o final de ano no Brasil. A pesquisa mostra que mais da metade (53%) das empresas pretendem contratar trabalhadores temporários, totalizando aproximadamente 209.290 vagas. No entanto, os empresários estão mais cautelosos em 2014 do que no ano anterior, com mais empresas aguardando para ver o desempenho das vendas antes de contratar.
2. ÍNDICE
INTRODUÇÃO 3
EXPECTATIVA DE VENDAS 5
CONTRATAÇÕES PARA O FINAL DE ANO 6
CARACTERÍSTICAS DAS VAGAS TEMPORÁRIAS 11
CONCLUSÃO 13
METODOLOGIA 16
3. INTRODUÇÃO
Menos otimista que em 2013, empresariado achata
remuneração e opta por contratações tardias
Apesar de manterem o tom otimista em relação às vendas de final de ano em 2014, as empresas
brasileiras dos setores de comércio e serviços emitem sinais de incerteza quanto aos resultados que
poderão obter, quando fecharem suas contas. O mais recente levantamento feito pelo SPC Brasil e
CNDL traz informações importantes sobre o uso da mão de obra temporária, indicando que hoje
há mais empresários em compasso de espera em relação às contratações, em comparação ao ano
passado, e há uma clara disposição para diminuir a remuneração, cortando gastos com a folha de
pagamento.
A pesquisa também mostra que o objetivo das contratações
de profissionais mudou: cai o número de contratações
efetivas e aumentam as temporárias, ao mesmo tempo
em que se observa uma diminuição na intenção dos
empresários de efetivarem os temporários. A despeito dessa
postura cautelosa, pode-se adiantar que mais da metade
das empresas ouvidas (53%) afirma que já contratou ou
pretende contratar mão de obra temporária.
A boa notícia é para as mulheres: elas respondem por 44%
da preferência geral do empresariado na hora de preencher
53%
das empresas ouvidas
afirma que já contratou ou
pretende contratar mão de
obra temporária
as vagas temporárias. A pesquisa revela ainda que as empresas não fazem exigências significativas
quanto ao nível de escolaridade e competências extracurriculares dos candidatos.
O levantamento do SPC Brasil e CNDL também traz as funções mais procuradas pelos empresários,
quais são as motivações de quem busca a mão de obra temporária, como pretendem agir aquelas
empresas que não vão contratar e qual é a remuneração média oferecida, dentre muitos outros
dados úteis para medir o humor e as expectativas do empresariado brasileiro neste período do ano.
3
4. Cai o número de
empresários otimistas
com relação às vendas
de fim de ano
55%
em 2013
46%
em 2014
Aumenta o
percentual de
contratações
temporárias
68%
em 2013
80%
em 2014
Diminui o
percentual de
contratações de
efetivos
32%
em 2013
20%
em 2014
das empresas que utilizarão mão de
obra temporária devem contratar
pelo menos um funcionário informal
(média de 2,1 funcionários) 46%
3,5
em 2014
é a média de
funcionários
temporários e
efetivos contratado
Cargos mais procurados:
vendedor/balconista,
caixa e garçom
209.290
pessoas
que serão
contratadas
Perfil com maior número
de oportunidades
Mulheres jovens
(até 34 anos),
dinâmicas, com
baixa escolaridade e
pouca ou nenhuma
qualificação
extracurricular
Média salarial
1,3 salários
mínimos
Duração média
das contratações
menos de
3 meses
(duzentos e nove mil
duzentos e noventa)
4
5. EXPECTATIVA
DE VENDAS
Cai o número de empresários otimistas em 2014
A pesquisa do SPC Brasil indica que em 2014 aumentou o número de empresários cautelosos em
relação ao uso da mão de obra temporária, o que pode ser comprovado pelas empresas que ainda
não fizeram suas contratações, mas pretendem fazê-las: 28% este ano, contra 20% em 2013. Apesar
disso, o estudo revela certo otimismo por parte dos empresários ouvidos: 46% deles acreditam que
as vendas deste ano serão melhores que as do ano passado. Para outros 42% as vendas serão iguais,
e apenas 6% falam em números piores que os de 2013.
Vale ressaltar que o número de otimistas caiu, em relação ao ano passado: se em 2013 a maior
parte empresários (55%) acreditava em vendas melhores que as do ano anterior, em 2014 o
percentual recuou para de 46%.
Entre aqueles que falam que seu faturamento melhorou nos últimos três meses, a principal razão
apontada (37%) é o aumento do crédito disponível. Já entre os empresários que relatam faturamento
pior que o esperado nos últimos três meses, 44% falam na inflação alta/diminuição do poder de
compra das famílias como principal motivo para os resultados ruins.
28%
das empresas ainda
não contrataram
46%
dos empresários
acreditam que as vendas
serão melhores em 2014
5
6. CONTRATAÇÕES PARA
O FINAL DE ANO
Mais cautelosos que no ano passado, empresários estão em
compasso de espera em relação às contratações temporárias
A comparação do ânimo dos empresários para as contratações temporárias revela uma atitude mais
comedida, em 2014, em relação ao ano passado. Se por um lado a análise geral aponta uma possível
alta no número de pessoas contratadas, por outro há mais empresários que têm intenção de
contratar, mas ainda não o fizeram, talvez aguardando uma sinalização positiva do mercado – algo
que pode vir a não se concretizar, caso haja piora nos indicadores econômicos e, consequentemente,
no cenário de vendas.
O cenário de compasso de espera se dá por conta dos
fracos indicadores econômicos. A expectativa, de acordo
com a pesquisa Focus do Banco Central, é de crescimento
econômico perto de zero em 2014. O que se vê são sucessivas
pioras nos indicadores de comércio e indústria, com reflexos
significativos no emprego e na confiança de consumidores e
empresários. Ao mau desempenho da economia em 2014 se
somam as incertezas com relação ao novo governo por conta
da disputa eleitoral acirrada. Desta forma, os empresários
parecem “esperar para ver”. Caso se confirme uma alta
Em relação a 2013,
em 2014 há mais
empresários que
tem intenção de
contratar, mas ainda
não o fizeram
significativa de demanda típica dos
períodos de Natal, as contratações
se efetivarão. Caso o Natal repita
o cenário ruim das demais datas
comemorativas de 2014, o
empresário não irá necessitar do
ajuste de quadro.
Na pesquisa de 2013, 11% das
empresas diziam que já haviam
contratado mão de obra temporária
e não iriam contratar mais, àquela
altura – mesmo índice encontrado
em 2014. No ano passado, eram
17% as empresas que afirmavam
já ter contratado, garantindo que
iriam contratar mais; em 2014,
passou para 14%.
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7. Já os empresários que ainda não haviam contratado e, mesmo
assim, afirmavam o desejo de contratar, eram 20% em 2013. Essa
fatia de contratações tardias aumenta para 28% em 2014, ou seja:
atualmente há mais empresários que ainda não contrataram, mas
esperam contratar.
No geral, não há mudanças nos fatores que motivam as contratações
temporárias, de um ano para o outro. A principal razão era e
continua sendo a missão de suprir a demanda que aumenta neste
período do ano, resposta dada por 81% dos empresários, tanto em
2013 quanto em 2014.
Mais da metade das empresas (53%) já contrataram
ou pretendem contratar mão de obra temporária.
Número de vagas deve chegar a pouco mais de 209 mil
53%
das empresas
entrevistadas
irão contratar.
A média de
contratação é de
3,5 profissionais.
A média de
funcionários
temporários
contratados é de
2,4
31%
das empresas que irão
contratar funcionários
temporários pretendem
efetivá-los (13% das
empresas pesquisadas).
46% das
empresas que irão
contratar funcionários
temporários (19% das
empresas pesquisadas).
destas empresas irão
contratar funcionários
temporários
(42% das empresas
pesquisadas).
20%
destas empresas
irão contratar
funcionários efetivos
(11% das empresas
pesquisadas).
Atualmente
há mais
empresários
que ainda não
contrataram,
mas esperam
contratar
A informalidade nas
relações será uma
realidade para
80%
Resumo das
contratações
7
8. Mais da metade das empresas pesquisadas pelo
SPC Brasil admite a necessidade de ampliar sua
força de trabalho durante o fim de ano: 53% delas
afirmam que já contrataram ou ainda pretendem
contratar mão de obra temporária em 2014.
Considerando o número total de empresas das
capitais e os segmentos investigados, pode-se
afirmar que teremos aproximadamente 209.290
mil vagas temporárias no final do ano. O principal
motivo alegado para justificar as contratações
(81%) é o aumento na demanda típicodesta época
do ano, mas também há os empresários que
acreditam ser importante investir na qualidade
dos serviços para fazer frente a um mercado cada
vez mais competitivo (10%). A maioria absoluta
das empresas (87%) afirma que deverá contratar
entre uma e cinco pessoas entre funcionários
temporários e efetivos. A média geral de
funcionários contratados é de 3,5 indivíduos.
53% das empresas
já contrataram ou ainda
pretendem contratar
209.290 mil vagas
temporárias
devem ser geradas
no final do ano
87% afirma que deverá
contratar entre uma e cinco
pessoas entre funcionários
temporários e efetivos
8
9. Maioria dos empresários (59%) não acredita em aumento
no número de contratações temporárias em 2014
70%
dos empresários
ouvidos na pesquisa
não espera aumento
no número de
contratações
temporárias em
2014, na comparação
com 2013
A maior parte dos empresários ouvidos na pesquisa
do SPC Brasil (70%) não espera aumento no número
de contratações temporárias em 2014, na comparação
com o ano passado. 59% acreditam que deverão manter
no mesmo patamar o volume de pessoal contratado.
Mais pessimistas, 11% das empresas afirmam que as
contratações devem cair.
Entre aqueles que esperam contratar mais do que em
2013 (28%), a percepção é de que é necessário investir
na qualidade do atendimento, resposta dada por 50%
das empresas. Na outra ponta, entre os empresários que
falam em número de contratações igual ou menor que
em 2013, 41% sustentam que a equipe atual atende às
demandas de forma satisfatória.
Temporários respondem por 80% das contratações em 2014
A pesquisa do SPC Brasil e CNDL revela que quatro em cada cinco contratações feitas no fim de 2014
(80%) corresponderão a funcionários temporários; as demais se referem a contratações efetivas. A
média de profissionais temporários a serem contratados é de 2,4. Por outro lado, praticamente um
terço (32%) das empresas que pretendem contratar temporários anunciam o desejo de efetivá-los.
A comparação ano a ano mostra que devem aumentar as contratações de até cinco pessoas:
76% em 2013, passando para 87% em 2014.
Deve aumentar a contratação de temporários: 68% das empresas tinham essa intenção em 2013,
passando para 80% em 2014. Em contrapartida, deve haver diminuição no número de contratações
efetivas: no ano passado 32% das empresas diziam que havia intenção de contratar efetivos; o
percentual é de 20% em 2014.
80% das
contratações feitas
no fim de 2014
corresponderão
a funcionários
temporários
9
10. Além disso, os resultados da pesquisa
mostram que há queda significativa na
intenção de efetivar os temporários: em
2013, 48% das empresas diziam que não
pretendiam fazer nenhuma efetivação;
este ano o percentual passa a ser de 68%.
Já no que diz respeito à informalidade,
46% das empresas admitem recorrer a
essa modalidade, com pelo menos uma
contratação informal.
Finalmente, entre as empresas que decidiram
não contratar, 57% garantem que não vão
alterar sua forma de trabalho, pois não
acreditam que haverá aumento significativo
de clientes. Ao mesmo tempo, 33% das
empresas vão lidar com as demandas de
fim de ano alterando a carga horária de suas
equipes.
68% das empresas não
pretendem fazer nenhuma
efetivação em 2014
46% das empresas admitem
recorrer à informalidade,
com pelo menos uma
contratação informal
57% das empresas
garantem que não irão alterar
sua forma de trabalho, pois não
acreditam que haverá aumento
significativo de clientes
10
11. Perfil do temporário: mulheres jovens, com baixa escolaridade
e poucas qualificações têm mais oportunidades
O estudo do SPC Brasil e CNDL pôde delinear um perfil básico deste profissional. Os resultados
indicam que as mulheres têm maior número de oportunidades nesta época do ano: 44% das
empresas que buscam mão de obra temporária alegam preferir profissionais do sexo feminino,
enquanto 42% são indiferentes à questão e apenas 14% dizem preferir o sexo masculino. Em relação
à idade, observa-se que 60% das empresas optam por pessoas com até 34 anos com o ensino médio
completo (59% dos entrevistados).
44% das empresas que
buscam mão de obra temporária
alegam preferir profissionais
do sexo feminino
Procura-se!
Temporários mais requisitados
são vendedor/balconista, caixa,
garçom e estoquista/repositor
O estudo do SPC Brasil e CNDL mostra que quem
procura uma colocação temporária em 2014
deve ficar atento, pois a grande maioria das
contratações (75%) em 2014 deve ocorrer entre
os meses de outubro e novembro. As funções
mais procuradas pelas empresas são as de
vendedor/balconista (46%), caixa (28%), garçom
(24%), estoquista/repositor (15%), auxiliar de
limpeza (10%) e ajudante/auxiliar de cozinha (6%).
Há um baixo nível de exigência com respeito
a cursos e competências extracurriculares: no
geral, 61% das empresas não pedem nenhuma
qualificação extra. Dentre as características
pessoais, a mais valorizada é o dinamismo,
citado por 53% das empresas.
75% das contratações
em 2014 devem ocorrer
entre os meses de outubro
e novembro
CARACTERÍSTICAS DAS
VAGAS TEMPORÁRIAS
11
12. Apenas 27% das empresas declararam ter dificuldade para encontrar o profissional temporário de
que precisam. A tarefa parece ser mais complicada entre as empresa de maior porte, já que 43%
delas afirmam ser difícil recrutar o funcionário temporário.
Para as empresas que julgam ser fácil encontrar o profissional temporário, percebe-se que as razões
principais são as boas condições de trabalho e carga horária oferecidas pela empresa, resposta
dada por 48% dos entrevistados. Já entre as empresas que julgam ser difícil encontrar a mão de
obra temporária, o principal motivo apontado é a escassez de profissionais capacitados (56%).
Os cargos mais difíceis de preencher, entre as empresas que pretendem contratar mão de obra
temporária: em primeiro lugar, com 31% das respostas, ficou o vendedor/balconista. Esse profissional
é seguido pelo garçom (15%), caixa (13%), cozinheiro/churrasqueiro (11%), auxiliar de limpeza (5%)
e motorista (5%).
51%
das empresas
que fazem uso
da mão de obra
temporária
pagam 1 salário
mínimo aos
contratados
Boas condições de
trabalho e carga horária
são as razões principais
apontadas por
48%
dos que procuram um
trabalho temporário
Remuneração média do temporário é de 1,3 salários mínimos
Praticamente a metade (51%) das empresas que fazem uso da
mão de obra temporária pagam 1 salário mínimo aos contratados.
Sendo que a média geral encontrada é de 1,3 salários mínimos.
Na comparação entre 2013 e 2014, o SPC Brasil e CNDL puderam
observar que houve queda no intervalo de remuneração de 2 a
3 salários mínimos: no ano passado 39% das empresas garantiam
que o pagamento de seus funcionários temporários estaria nesta
faixa, enquanto que este ano apenas 28% afirmam o mesmo.
No que se refere à carga horária, praticamente duas em cada dez
empresas (18%) admitem que seus temporários trabalham mais
de oito horas por dia. A maior parte das empresas (66%) fala em
carga horária entre 6 e 8 horas.
12
13. Todos os anos, milhares de empresários brasileiros sabem que precisarão recorrer à mão de obra
temporária pra fazer frente às demandas do último trimestre – seja para evitar a queda na qualidade
do atendimento, lidar com a rotatividade de pessoal, alavancar as vendas ou, simplesmente, para
poderem atender adequadamente aomaior número de clientes que acorrem às lojas e/ou procuram
por produtos e serviços, sobretudo no período do Natal. Em 2014, a pesquisa do SPC Brasil e CNDL
revela que mais da metade das empresas (53%) já contrataram ou ainda deverão contratar mão de
obra temporária ou efetiva em 2014. Levando em conta o número total de empresas das capitais e
os segmentos investigados, devem ser criadas em torno de 209 mil vagas temporárias no final do
ano.
Praticamente 9 em cada 10 empresas (87%) deverão contratar entre uma e cinco pessoas, com a
média geral ficando em 3,5 funcionários entre temporários e efetivos. Os resultados mostram que a
maioria absoluta – quatro em cada cinco contratações – deve ser de temporários. Já entre aqueles
que optaram por não contratar, a solução mais comum será aumentar a carga horária de trabalho
da equipe atual.
As funções mais demandadas pelas empresas que desejam contratar mão de obra temporária são
as de vendedor/balconista, caixa, garçom, estoquista/repositor, auxiliar de limpeza e ajudante/
auxiliar de cozinha. Percebe-se que as empresas com maior dificuldade para preencher os cargos
são as de grande porte (43%), principalmente em virtude da escassez de profissionais capacitados.
Já entre aquelas que julgam ser fácil encontrar os profissionais de que precisam, o principal motivo
alegado é que as condições de trabalho e carga horária oferecidas são consideradas boas.
4 em cada 5
contratações deve ser
de temporários no último
trimestre de 2014
Vendedor/balconista, caixa,
garçom, estoquista/repositor,
auxiliar de limpeza e
ajudante/auxiliar de cozinha
são as funções mais
demandadas pelas empresas
que desejam contratar
mão de obra temporária
conclusão
13
14. Com relação ao perfil exigido pelas empresas que buscam mão de obra temporária, observa-se a
clara opção por profissionais do sexo feminino, pessoas mais jovens, com idade até 34 anos, com
baixo grau de escolaridade e pouca ou nenhuma qualificação extracurricular.
O levantamento do SPC Brasil e CNDL mostra que a maioria dos empresários não está otimista
quanto a um possível aumento no número de contratações temporárias: a maior parte (59%)
espera manter o volume de contratações, em relação ao ano anterior. Levando em conta as
empresas que acreditam numa elevação do número de contratações (28%), a percepção é de que
é preciso investir na qualidade do atendimento. Por outro lado, entre as empresas que esperam
diminuir suas contratações temporárias (11%), a justificativa tem a ver com o cenário de insegurança
e vendas retraídas, escassez de verbas e a sensação de que o movimento não deverá aumentar
significativamente.
A maioria dos empresários
não está otimista quanto a um
possível aumento no número
de contratações temporárias
28% das empresas esperam
um sinal positivo do
mercado para contratar
De modo geral, a pesquisa indica que os
empresários estão mais reticentes em contratar,
este ano. Aumentou de maneira expressiva,
em relação ao ano passado, a quantidade de
empresas que ainda estão esperando um sinal
positivo do mercado para contratar: elas eram
20% em 2013 e passaram para 28% em 2014. A
elevação do percentual de contratações tardias
parece indicar que o empresariado está cauteloso,
esperando até o último momento para investir em
mão de obra temporária, a fim de evitar prejuízos e
gastos desnecessários com a folha de pagamento.
14
15. Cresce a opção pelos temporários e diminui a procura pelos efetivos: este ano a preferência dos
empresários pela mão de obra temporária passou para 80%, contra 68% em 2013; ao mesmo tempo,
a intenção de contratar funcionários efetivos passa a ser de 20%, contra 32% no ano anterior. A
mudança de perfil é acompanhada pela provável retração no número de efetivações: se em 2013,
48% das empresas afirmavam que não tinham intenção de efetivar nenhum temporário, em 2014
o percentual salta para 68%.
No que se refere à remuneração, os resultados da pesquisa apontam uma possível queda: em 2013,
39% das empresas afirmavam que iriam pagar seus funcionários temporários com 2 ou 3 salários
mínimos; esse percentual encolhe para 28% em 2014.
A despeito dos sinais de cautela, como as contratações tardias, o menor número de empresas com
intenção de efetivar os temporários e a diminuição na faixa de remuneração, o otimismo em relação
às vendas de fim de ano ainda dá o tom para boa parte dos empresários brasileiros: 46% deles
acreditam que os resultados serão melhores em 2014, em relação ao ano passado. Por outro lado,
também vale notar que o número de otimistas caiu: em 2013, 55% dos empresários esperavam
resultados de venda melhores, na comparação com o ano anterior.
Comparativo geral das contratações 2013x2014
2013 2014
Empresários otimistas quanto
às vendas de fim de ano em
comparação com o ano anterior
55% 46%
Empresários que disseram
já ter contratado ou que ainda irão
contratar mão de obra temporária
48% 53%
Empresas que ainda
aguardam para contratar 20% 28%
Média de
funcionários
contratados
8,9 3,5
Empresas que não possuem
intenção de efetivar
funcionários temporários
48% 68%
Empresas com
intenção de contratar
funcionários temporários
68% 80%
Empresas com
intenção de contratar
funcionários efetivos
32% 20%
15
16. METODOLOGIA
Público alvo empresários e gestores responsáveis pela contratação de
mão de obra de empresas localizadas nas capitais do país.
Método de coleta pesquisa realizada pessoalmente.
Tamanho amostral da
pesquisa
623 casos, gerando margem de erro no geral de 3,9 p.p
para um intervalo de confiança a 95%.
Questionário Foram aplicadas 45 questões.
Data de coleta dos dados 22 de setembro a 1 de outubro de 2014.
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