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PASTORAL FAMILIAR
DIOCESE DE GUARAPUAVA




   GRUPO BOM PASTOR
    SETOR CASOS ESPECIAIS
        2011 / 2013
PASTORAL FAMILIAR


                   CASAIS EM SEGUNDA UNIÃO


A Pastoral Familiar abraçar a família na sua situação real, em todos
os seus aspectos e se dirige a todos os tipos de família: as
regularmente constituídas como também as que se encontram em
alguma situação de irregularidade. No Evangelho, Jesus deixa bem
claro que veio salvar a todos, sem discriminação de ninguém. Esta é a
vontade de Deus: “Deus quer que todos os homens se salvem”.
Também o Papa João Paulo II nos lembra que a “Igreja foi instituída
para a salvação de todos, sobretudo dos batizados”. E afirma: “Um
empenho pastoral ainda mais generoso, inteligente e prudente, na
linha do exemplo do Bom Pastor, é pedido para aquelas famílias que
muitas vezes, independente da própria vontade ou pressionadas por
outras exigências de natureza diversa se encontram em situações
objetivamente especiais. Portanto, a Pastoral Familiar precisa
estruturar bem e fazer funcionar com eficiência o seu Grupo Bom
Pastor – Casais em Segunda União, para cumprir totalmente seus
objetivos e atender aqueles “casos especiais” que lista o “Familiaris
Consortio”.


“DEUS QUER A MISERICÓRDIA, NÃO O SACRIFICIO”. (MT. 9,13)


CASAIS EM SEGUNDA UNIÃO - O trabalho da Igreja junto aos
divorciados e recasados, em todos os seus níveis, tem como objetivo
acolher e evangelizar os casais em 2ª união, a fim de que eles não se
sintam separados da Igreja. É necessário dar-lhes condições de

                                                                   2
refletirem sobre a situação e sobre o amor misericordioso de Deus,
para integrá-los na comunidade paroquial, onde, como batizados,
podem crescer na fé e no amor e devem participar da vida e da
missão da Igreja bem como dar assistência e trabalhar junto com o
casal responsável do Bom Pastor, se necessário caso não exista na
equipe de pastoral, e de competência dos casos especiais darem inicio
aos trabalhos.
Queremos destacar que por decisão da Assembléia Regional da
Pastoral Familiar do Paraná, que aconteceu em Guarapuava no final
de 2010, ficou decidido que casais de segunda união serão a
prioridade n°1 nos próximos 3 anos, de 2011 à 2013.
                       GRUPO BOM PASTOR


            O que é?
            É formado por pessoas que anteriormente foram
casadas, unidas pelo sacramento do matrimônio na igreja católica,
que se separaram, divorciaram e que realizaram uma nova união
estável e que desejam, precisam voltar a participar da vida da igreja,
através de um acolhimento da Pastoral Familiar, da comunidade
paroquial, dos padres, integrando-se para atender o apelo do Papa
João Paulo II na Exortação Apostólica ’’Familliares Consortio’’
número 84. que diz:


‘’ Exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a
ajudar os divorciados, procurando, com caridade solícita, que eles
não se considerem separados da igreja, podendo, ou melhor,
devendo, enquanto batizados, participar da sua vida. Sejam exortados
a ouvir apalavra de Deus, a freqüentar o sacrifício da missa, a
perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as

                                                                    3
iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na
fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência, para assim
implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a igreja,
encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na fé e na
esperança. ’’


                  QUAL O CLAMOR DO BOM PASTOR?
“Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas ovelhas e elas me
conhecem”.
(Jo. 10,16)
                Como casais de 2ª união vamos atender este clamor de
Jesus e participar da vida da paróquia através das pastorais e
movimentos, aproveitando esta graça concedida pela igreja
atendendo o apelo do Papa João Paulo II. A pastoral familiar onde
estamos inseridos, como casais que vivem uma 2ª união , é uma ação
da igreja, tendo como objetivo a evangelização da família, capaz de
oferecer instrumentos necessários para a sua formação, orientação e
vivência familiar, levando a Boa Nova do matrimônio e buscando
transformar a sociedade pela obra da evangelização humana e cristã.
A pastoral familiar visa atingir todas as famílias, todos os tipos de
família e todas as pessoas que integram a família. Por esse motivo
acolhe também os chamados casais de 2ª união.


                Afinal que trabalhos podem ser feitos na igreja como
membros, pessoas, cristãos, enfim, como discípulos missionários de
Jesus?
                Praticamente tudo, principalmente se já tivermos uma
caminhada ou estamos iniciando uma caminhada em nossa
comunidade. Por exemplo:

                                                                   4
- trabalhos nas pastorais e movimentos da igreja
- pastoral familiar
- pastoral do Batismo
- catequese da 1ª Eucaristia e da Crisma
- catequese com adultos
- grupo de liturgia e de canto
- e tantos outros movimentos que fazem parte da comunidade
paroquial.


Mas como acolher estas pessoas, famílias que na maioria das vezes
pedem socorro, pois estão feridas, desiludidas, com medo, vergonha,
até mesmo de participar da Celebração Eucarística, porque se
excluem de tanto ouvir só o que não podem fazer na sua comunidade
paroquial?
Como abordá-los?
- identificar casos de segunda união que muitas vezes encontramos
em nossa própria família;
- através de convite para participar da Pastoral Familiar;
- através de casais que já vivenciaram encontro ou retiro de casais;
- através de casais que já pertencem a movimentos e pastorais da
igreja;
- através de seleção de fichas de inscrição das crianças para o
 Batismo, catequese de 1ª Eucaristia e Crisma;
- na divulgação das missas e eventos da paróquia;
- junto às escolas existentes na paróquia e associações de pais e
 mestres da escola;
- na divulgação através dos meios de comunicação: jornal, rádio,
 televisão, internet, boletins paroquiais, etc.


                                                                       5
ENCONTRO PARA CASAIS DE SEGUNDA UNIÃO


Para podermos acolher os casais no seio da igreja, é preciso realizar
também um encontro com os mesmos, que terá como objetivos
principais:

              Acolher os casais de 2º união, que se consideram
excluídos e marginalizados do seio da Igreja, levando a eles as
palavras do Evangelho de Jesus Cristo e as palavras acolhedoras do
Magistério da Igreja, apresentando-lhes um Deus que é puro amor,
cheio de misericórdia, que ama tanto o justo como o pecador, e que
está sempre pronto a perdoar. Objetiva, igualmente, refletir com esses
casais sobre a situação que eles se encontram nesta segunda união,
mostrando-lhes o verdadeiro sentido da vida, o Amor pleno e
misericordioso de Deus, o perdão, a beleza da vida em oração, a
prática e a vivência da Comunhão Espiritual, a mensagem de Jesus o
Bom Pastor, criando oportunidade de crescimento na sua vida de Fé,
de amor, de casal e de família.



PALESTRAS DEFINIDAS PARA A PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO:


   1.   O SENTIDO DA VIDA - Mostrar a realidade do mundo de

hoje em relação ao sentido da vida, que sentido que as pessoas

realmente procuram dar as suas próprias vidas, centrado na

aquisição de bens materiais, do gozo e do prazer. Questionar qual é o

verdadeiro sentido da vida para os casais. O que queremos para

                                                                        6
nossas vidas?


 2.     O AMOR DE DEUS - Focar principalmente o amor
 misericordioso de Deus, pois Deus é rico em misericórdia, e o Amor
 vem de Deus e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor (1 Jo
 4,7-8).

 3.     O PERDÃO - Mostrar aos casais de 2ª união a importância do
 perdão, de perdoar-se a si mesmo, pois em muitos casos, ainda
 existem mágoas, rancores, traumas, e feridas que não se apagaram
 ou cicatrizaram.

 4.     COMUNHÃO ESPIRITUAL - Apresentar o que é a Comunhão
 Espiritual, sua importância, qual é o seu verdadeiro sentido e como
 se faz essa Comunhão Espiritual. O que a Igreja e os Santos nos
 dizem sobre a comunhão espiritual?


      5. SETOR CÂMARA ECLESIÁSTICA/NULIDADE – Todas as
        Dioceses têm o seu Tribunal Eclesiástico, que é presidido por
        um vigário Judicial, que representa o Bispo, e mais três a
        cinco juízes que podem ser sacerdotes, diáconos, homens ou
        mulheres leigos, que se distingam pelos bons costumes,
        prudência e conhecimento da doutrina cristã.

                 CAUSAS DE NULIDADE MATRIMONIAL

As causas que podem tornar inválido o contrato matrimonial são de
três espécies:


                                                                   7
1 - presença de impedimento

2- defeitos de consentimento

3- falta de forma canônica


   1 – Presença de Impedimento –


   Os impedimentos são obstáculos que impossibilitam contrair o
   matrimônio validamente e que não depende de vontade e do
   consentimento, e a igreja como tal os configura para evitar que
   possam ocorrer matrimônios inconvenientes ou prejudiciais.


   O código de direitos canônicos de 1983 estabelece 12
   impedimentos dirimentes:


   a)   Idade – os rapazes não podem casar validamente antes dos
 16 anos completos, nem as moças antes dos 14;


   b)   Impotência – a relação sexual de modo humano é
 considerada pela legislação como consumação daquilo que se
 prometeu no ato do casamento. Por isso, as pessoas que são
 incapazes de ter relação sexual autêntica não podem casar
 validamente;


   c)   Vínculo – a igreja católica afirma que o matrimônio é
 indissolúvel. Por isso, se alguém que está validamente casado e
 realizasse uma cerimônia de casamento com outra pessoa, essa
 cerimônia não teria nenhum valor;
   d)   Disparidade de Culto – entre um católico e uma pessoa não
                                                                8
batizada (por exemplo: um muçulmano ou um judeu) existe
diferença tão grande de religião, que dificilmente vão conseguir
realizar uma comunhão de vida plena. Por isso o matrimônio entre
eles está proibido, sob pena de nulidade;


     e)    Ordem Sagrada – os que receberam o sacramento da ordem,
ou seja, os diáconos, os presbíteros, e os bispos não podem casar
validamente;


     f)    Profissão Religiosa Perpétua – religiosos membros de certas
instituições que têm um gênero de vida especial aprovado pela
igreja fazem votos de castidade, pobreza e obediência;


     g)    Rapto – uma mulher retida pela força não pode casar
     validamente com quem está exercitando está violência contra ela,
     enquanto não for posta em liberdade em lugar seguro.


     h)    Crime – a fim de proteger a vida do homem ou da mulher
     traídos, a igreja declara que os que matam seu cônjuge para
     facilitar um matrimônio posterior, ficam impedidos de realizar
     validamente este casamento;


i)         Consanguinidade – a legislação canônica atual estabelece
que este impedimento atinge todos os ascendentes e descendentes,
ou seja, pai com filha, avô com neta e também até o 4º grau da
linha colateral, ou seja, primos legítimos ou primeiros primos entre
si, etc.;
      j)   Afinidade – em razão deste impedimento um viúvo ou viúva
           não podem casar validamente com os respectivos: sogra,

                                                                    9
sogro, enteada, enteado, ou ascendentes e descendentes deste
      para proteger a moral familiar;


  k) Honestidade Pública – afete quem está vivendo uma união
      não legalizada pela igreja e torna invalido o casamento com
      os filhos ou os pais do parceiro. Para conferir o respeito ao
      vínculo familiar, ou seja, concubino não pode casar com as
      filhas da concubina;


l) Parentesco Legal – Não está permitido o casamento entre o
 adotante e o adotado ou entre um destes ou um parente mais
 próximo do outro


  2 – Defeitos de Consentimento –


  O ato constitutivo do casamento é o consentimento pelo qual os
  noivos se dão um ao outro formalizando uma aliança
  irrevogável, isto é, um contrato de adesão consciente e livre. O
  matrimônio depende diretamente do consentimento e da
  vontade.
  Os defeitos de consentimento mais comuns são:


  1º da parte do intelecto:


 a) Defeitos da mente –
  - falta de uso da razão: débeis mentais, os que sofrem transtorno
  quando vão prestar o consentimento. Ex: bebeu demais antes do
  casamento, ingeriu tóxico e outros;
  - Imaturidade Psicológica: grave defeito de discrição de juízo que

                                                                 10
tira a responsabilidade e a ponderação suficiente para casar. Ex:
pessoa não estimou as dificuldades inerentes ao casamento –
convivência íntima, deveres da casa, ajuda mútua, etc.;


- Incapacidade para assumir as obrigações essenciais do
matrimônio: podem acontecer nos casos de alcoolismo,
toxicomania, homossexualismo e outras anomalias.


a) Ignorância – carência de ciência mínima necessária para o
     casamento que é um consórcio para toda a vida.


b) Erro de fato


- Sobre a identidade da pessoa com quem se casa;
- Sobre certas qualidades morais com quem se casa, ou seja,
antes do casamento é uma pessoa educada e após o casamento de
torna uma pessoa cruel e sádica, casar com uma mulher fecunda
e não se cumprir essa qualidade de fecundidade, entre outros.


2º da parte da vontade (que tiram a liberdade) –


a) Simulação
– Total: quando se finge o consentimento com rejeição do
casamento. Ex: casamento por interesse financeiro ou quando
não quer ter filhos deliberadamente;
- Parcial: quando exclui propriedade ou elemento essencial do
contrato matrimonial. Ex: casa mais continua a ter “casos”,
infidelidade, está excluindo um bem fundamental que é a
fidelidade.

                                                                11
b) Medo – casar sob pressão, medo grave externo, torna nulo o
         casamento quando é indeclinável. Ex: casa por medo dos
         pais.


     c) Condição – Por uma condição sem a qual valerá o
     consentimento, em caso de não cumprimento, é inválido o
     casamento. Precisa da licença escrita do bispo.


     3 – Falta de Forma Canônica –


     Habitualmente acontece quando se celebra perante um ministro
     assistente que não tem jurisdição sob os nubentes e não recebeu a
     oportuna delegação por falta das duas testemunhas exigidas, ou
     por alteração substancial de forma ritual do matrimônio.


6.      JESUS, O BOM PASTOR - Refletir sobre a pessoa de JESUS e
seu amor misericordioso. Apresentar Jesus como o Bom Pastor. “Eu
sou o Bom Pastor, conheço minhas ovelhas, e elas me conhecem.
Olhar com carinho a figura de Jesus, o Bom Pastor (Jô. 10 14-16).
Também a Ovelha perdida e encontrada (Lc 15,4-7). Apresentar
aos casais de segunda união, a verdade, pois a verdade os libertará
(Jô 8-32). Expressar a fé da Igreja no Sacramento do Matrimônio e
sua indissolubilidade, sinal da aliança entre Cristo e a Igreja. FALAR
CLARAMENTE PORQUE OS CASAIS DE SEGUNDA UNIÃO NÃO
PODEM RECEBER A COMUNHÃO EUCARÍSTICA. A Eucaristia é o
grande meio de encontrar o Senhor, mas não é o único. Apresentar
uma redescoberta das múltiplas presenças salvadoras do Senhor,
que não se podem reduzir à Comunhão Eucarística, mas é extensiva

                                                                   12
à oração, À meditação da palavra, à comunhão Espiritual, e sobre
 tudo a caridade. Aquele Jesus que o cristão encontra na hora da
 Comunhão Eucarística é o mesmo que se encontra também na
 oração pessoal e da família. “Eu estou no meio de vocês” (MT
 18,20), - Na Palavra: “Se alguém escutar a minha voz... cearei com
 ele e ele comigo”(AP 3,20) – Na Caridade: “Tive fome, estava com
 sede e necessitado e me ajudastes”. (Mt25,31-46).
          Destacar   especialmente   a   EXORTAÇÃO     APOSTÓLICA
FAMILIARIS CONSÓRTIO, EM SEU NÚMERO 84, onde fala sobre os
divorciados novamente casados, e como a Igreja deve acolher estes
casais.


          ENFOQUE – Esta palestra constitui-se o tema principal do
encontro, de Reflexão, como o mais importante conteúdo de todo o
trabalho de acolhimento e evangelização dos casais em segunda
união. Deve ser uma palestra transmitida com muita segurança,
dinamismo, otimismo, caridade e misericórdia.


          CONTEÚDO - Com relação ao conteúdo pode-se refletir
como dissemos no inicio as Parábolas de Jesus, o Bom Pastor, A
Ovelha Perdida.. E também o Filho Pródigo, mostrando que Deus ama
sempre,      não     questiona,   não    impõe    condições.    Ama
incondicionalmente, e perdoa sempre, basta pôr-se a caminho.


          A IGREJA COMO CONTINUAÇÃO DA OBRA DE JESUS
CRISTO - São Pedro Apóstolo recebeu de Jesus. A missão de continuar
a obra da salvação e a misericórdia do Pai: Tu és Pedro e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja, e as portas o inferno não
prevalecerão contra ela. Eu darei as chaves do Reino dos Céus, e Tudo

                                                                  13
que ligares sobre a terra, será ligado no Céu, e tudo o que desligares
na terra, será desligado no Céu (mt16, 18-19).



       O MATRIMÕNIO NA BÍBLIA - finalidade principal – Deus
criou o homem e                            a mulher a sua imagem e
semelhança, e Deus os abençoou e disse: cresceu e multiplicai-vos, e
dominai a terra. O que importa é que cada um de vós, ame a sua
mulher como a si mesmo, e a mulher respeite seu marido (EFS, 25-
33).


       O QUE CRISTO DISSE SOBRE O MATRIMÕNIO?


Não lestes que o Criador no começo, fez o homem e a mulher e disse:
por isso, o homem deixará seu pai e sua mão e se unirá a uma
mulher e os dois formarão uma só carne. Assim, já não são dois, mas
uma só carne. Portanto, não separe o homem, o que Deus uniu. Eu
vos declaro que todo aquele que rejeita a sua mulher, exceto em caso
de matrimônio falso, e esposa uma outra, comete adultério. E aquele
que esposa uma mulher rejeitada, comete também adultério. È
interessante apresentar o que diz Jesus em Mateus (19,3-9).


       LEMBREM-SE sempre que na palavra de Cristo está a
verdade, e no coração do homem mora a FRAQUEZA, A INCERTEZA,
e muitas vezes a falta de discernimento.
       A Igreja diante da palavra de Deus ensina que Deus é
infinitamente misericordioso diante de caminhos irreversíveis.
Acreditemos sinceramente na misericórdia de Jesus, O Bom Pastor.


                                                                   14
Destacamos também a proposta da Igreja aos casais em segunda
união, contida nos principais documentos do Magistério da Igreja.


                 O QUE DIZ O MAGISTÉRIO DA IGREJA:


O Código de Direito Canônico estabelece: O pacto matrimonial, pelo
qual o homem e a mulher constituem entre si o consórcio de toda a
vida, por sua índole natural ordenado ao bem dos cônjuges e à
geração e educação da prole, entre batizados, foi por Cristo Senhor
elevado à dignidade de SACRAMENTO; São pelas suas propriedades
essenciais do matrimônio a Unidade e a Indissolubilidade, que no
matrimônio Cristão alcançam particular firmeza em razão do
sacramento.


      Está claro pelos termos desses cânones, que a unidade e a
indissolubilidade são propriedades essenciais do matrimônio natural,
por serem características do Direito natural. No matrimônio cristão,
elas adquirem um vigor todo especial, porque são elevadas pelo
sacramento à ordem da graça. Por INDISSOLUBILIDADE, entende-se
que o matrimônio não se pode dissolver, que dura a vida toda, até a
morte. O matrimônio é irrevogável e para sempre. O casal é livre
para aceitar ou não: mas, se aceitar, compromete-se pelo
matrimônio, a viver esta situação: permanecer unido até que a morte
os separe.

Papa João Paulo II na Exortação Apostólica “Reconciliatio Et
Paenitentia nº34”.

Existem hoje, com muita freqüência, certas situações em que vêem a
encontrar - se cristãos desejosos de continuar a prática religiosa
                                                                    15
sacramental, mas que disso estão impedidos pela própria condição
pessoal, em contraste com os compromissos assumidos livremente
diante de Deus e da Igreja. São situações que se apresentam
particularmente delicadas e quase inextrincáveis. Para todos aqueles
que não se encontram, atualmente em condições objetivas
requeridas, Haja: demonstração de maternal bondade por parte da
Igreja - apoio de atos de piedades diversos dos atos sacramentais,
esforço sincero para se manter em contato com o Senhor, A
participação na Santa Missa, repetição freqüente dos atos de fé,
esperança e caridade, quanto possível perfeitos, poderão preparar o
caminho para uma plena reconciliação no momento que só a
Providência conhece.

CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ carta aos Bispos da
Igreja Católica sobre os DIVORCIADOS NOVAMENTE CASADOS: È
necessário esclarecer aos fiéis interessados que não considerem sua
participação na vida da Igreja reduzida à recepção da Eucaristia. Os
fiéis hão de ser ajudados a aprofundar sua compreensão do valor da
participação no sacrifício de Cristo na Missa, da COMUNHÃO
ESPIRITUAL, da oração, da medicação da palavra de Deus, das obras
de caridade e de justiça, Papa Bento XVI.
A própria PASTORAL FAMILIAR, abarca a família em todos os seus
aspectos. Pretende atingir todos os seus integrantes nas diferentes
idades e diversas situações. Dirige-se a todos os tipos de família: bem
constituídas, irregulares e também os casos especiais, como por
exemplo, os casais em segunda união - documentos estudos da CNBB
nº 65.
Referência:



                                                                    16
Textos retirados e adaptados do Manual de Instruções Pastoral
Familiar Casais em Segunda União – Grupo Bom Pastor da
Arquidiocese de Porto Alegre – RS.




                                                          17
MODELO DE PROGRAMAÇÃO
                   ENCONTRO DE CASAIS DE 2ª UNIÃO.


8:00 hrs – AB. ORAÇÃO INICIAL – Apresentação dos participantes
8:30 hrs – ACOLHIDA DA IGREJA NA PASTORAL FAMILIAR, através
do Grupo Bom Pastor – O trabalho desenvolvido pela ótica da
Exortação Apostólica Familiaris Consortio nº 84 Que trabalhos
podem ser feitos na igreja como membros, cristãos, enfim como
discípulos missionários de Jesus?


9:00 hrs – O SENTIDO DA VIDA
9:30 hrs – DISCUSÃO EM GRUPO SOBRE PALESTRA.
9;45 hrs – lanche rápido
10:00 hrs – O AMOR DE DEUS
10:45 hrs – O PERDÃO
11:30 hrs – MÚSICAS/INTERVALO
12:00 hrs – ALMOÇO
13:30 hrs – DINÂMICA - Perseverança
14:00 hrs – SETOR CÂMARA ECLESIÁS/NULIDADE
14:30 hrs – música
14:45 hrs – JESUS, O BOM PASTOR – Parábolas da misericórdia,
refletir sobre a pessoa de Jesus...
15:30 hrs – LANCHE
16:00 hrs – COMUNHÃO ESPIRITUAL - MISSA EXPLICADA –
ESPIRITUALIDADE E ADORAÇÃO AO SANTISSÍMO COM PADRE
    Observações: Deverá ser agendado no próprio encontro um pós-
    encontro de avaliação e acolhimento desses casais.
    Lembramos que este encontro não deverá ter nenhum custo para
    o casal.

                                                                 18
MODELO DE CONVITE


                         Caríssimo Casal:


       A vida em comunhão e em comunidade é, hoje em dia,
necessidade de todos. Compartilhar as experiências e buscar a
evangelização são fatos que nos aproximam de Deus. Viver a
vida de com os ensinamentos de Cristo nos deixa mais
próximos da santidade.


       Muitas vezes ficamos desorientados, sem saber como
compartilhar nossos sentimentos com a comunidade ou ainda
com nosso (a) companheiro (a). Essa desorientação acaba nos
afastando enquanto casal e da própria comunidade e,
conseqüentemente, de Jesus.


       Preocupados com isso, o Grupo Bom Pastor da
Paróquia............... promove o Encontro de Casais de 2º união,
com o objetivo de inserir o casal ainda mais na vida da
comunidade.
       Sinta-se especialmente convidado a participar do
encontro. Se você é separado ou divorciado e vive uma segunda
união estável, venha participar. Temos a certeza de que
podemos contribuir para melhorar sua vida, pessoal e
espiritual, para que possamos juntos, trilhar o caminho que
Jesus traçou para nossa vida.

                                                              19
O encontro ocorrerá de acordo com a programação abaixo:
       Local:
       Data:
       Horário: A partir das 08:00 hrs.
         Outras informações poderão ser obtidas junto à
Secretaria Paroquial da Paróquia.............. ou fone ...................


          Lembre-se sempre: “Todos somos iguais perante Deus,
 que nos ama profundamente. Sua misericórdia e eterna, e está
                        ao alcance de todos nós!”

                     Contamos com tua presença.
                “Sejamos, a videira que dá bons frutos!”




                                                                             20
MODELO DE FICHA DE INSCRIÇÃO
          ENCONTRO DE CASAIS SEGUNDA UNIÃO


   Casal:

Nome:_____________________________________________
___________________________
Nome:_____________________________________________
___________________________

Endereço:

Rua:________________________________ n°:________

Bairro:_____________________________________________
Contato:

Fone:_______________________
Celular:______________________
E-mail:___________________________________________

Filhos:

Dele:__________ Dela:_________Do Casal:____________

Há quanto tempo estão juntos?_________________________
Participam ativamente de alguma Pastoral ou
Movimento? Se sim Qual?

___________________________________________________
____________________________

    Deus pode fazer também neles uma nova obra, pois “para Deus nada é
 impossível” (Lc 1,37) e “Eis que eu faço novas todas às coisas” (Apc 21, 5).

                                                                         21
Grupo Bom Pastor – Diocese de Guarapuava
Casal Referência: Luis Góes e Ivonete Martins
       Fone: 42 3622-9676      E-mail:
          luisgoesgoes@ig.com.br



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  • 1. PASTORAL FAMILIAR DIOCESE DE GUARAPUAVA GRUPO BOM PASTOR SETOR CASOS ESPECIAIS 2011 / 2013
  • 2. PASTORAL FAMILIAR CASAIS EM SEGUNDA UNIÃO A Pastoral Familiar abraçar a família na sua situação real, em todos os seus aspectos e se dirige a todos os tipos de família: as regularmente constituídas como também as que se encontram em alguma situação de irregularidade. No Evangelho, Jesus deixa bem claro que veio salvar a todos, sem discriminação de ninguém. Esta é a vontade de Deus: “Deus quer que todos os homens se salvem”. Também o Papa João Paulo II nos lembra que a “Igreja foi instituída para a salvação de todos, sobretudo dos batizados”. E afirma: “Um empenho pastoral ainda mais generoso, inteligente e prudente, na linha do exemplo do Bom Pastor, é pedido para aquelas famílias que muitas vezes, independente da própria vontade ou pressionadas por outras exigências de natureza diversa se encontram em situações objetivamente especiais. Portanto, a Pastoral Familiar precisa estruturar bem e fazer funcionar com eficiência o seu Grupo Bom Pastor – Casais em Segunda União, para cumprir totalmente seus objetivos e atender aqueles “casos especiais” que lista o “Familiaris Consortio”. “DEUS QUER A MISERICÓRDIA, NÃO O SACRIFICIO”. (MT. 9,13) CASAIS EM SEGUNDA UNIÃO - O trabalho da Igreja junto aos divorciados e recasados, em todos os seus níveis, tem como objetivo acolher e evangelizar os casais em 2ª união, a fim de que eles não se sintam separados da Igreja. É necessário dar-lhes condições de 2
  • 3. refletirem sobre a situação e sobre o amor misericordioso de Deus, para integrá-los na comunidade paroquial, onde, como batizados, podem crescer na fé e no amor e devem participar da vida e da missão da Igreja bem como dar assistência e trabalhar junto com o casal responsável do Bom Pastor, se necessário caso não exista na equipe de pastoral, e de competência dos casos especiais darem inicio aos trabalhos. Queremos destacar que por decisão da Assembléia Regional da Pastoral Familiar do Paraná, que aconteceu em Guarapuava no final de 2010, ficou decidido que casais de segunda união serão a prioridade n°1 nos próximos 3 anos, de 2011 à 2013. GRUPO BOM PASTOR O que é? É formado por pessoas que anteriormente foram casadas, unidas pelo sacramento do matrimônio na igreja católica, que se separaram, divorciaram e que realizaram uma nova união estável e que desejam, precisam voltar a participar da vida da igreja, através de um acolhimento da Pastoral Familiar, da comunidade paroquial, dos padres, integrando-se para atender o apelo do Papa João Paulo II na Exortação Apostólica ’’Familliares Consortio’’ número 84. que diz: ‘’ Exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a ajudar os divorciados, procurando, com caridade solícita, que eles não se considerem separados da igreja, podendo, ou melhor, devendo, enquanto batizados, participar da sua vida. Sejam exortados a ouvir apalavra de Deus, a freqüentar o sacrifício da missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as 3
  • 4. iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência, para assim implorarem, dia a dia, a graça de Deus. Reze por eles a igreja, encoraje-os, mostre-se mãe misericordiosa e sustente-os na fé e na esperança. ’’ QUAL O CLAMOR DO BOM PASTOR? “Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem”. (Jo. 10,16) Como casais de 2ª união vamos atender este clamor de Jesus e participar da vida da paróquia através das pastorais e movimentos, aproveitando esta graça concedida pela igreja atendendo o apelo do Papa João Paulo II. A pastoral familiar onde estamos inseridos, como casais que vivem uma 2ª união , é uma ação da igreja, tendo como objetivo a evangelização da família, capaz de oferecer instrumentos necessários para a sua formação, orientação e vivência familiar, levando a Boa Nova do matrimônio e buscando transformar a sociedade pela obra da evangelização humana e cristã. A pastoral familiar visa atingir todas as famílias, todos os tipos de família e todas as pessoas que integram a família. Por esse motivo acolhe também os chamados casais de 2ª união. Afinal que trabalhos podem ser feitos na igreja como membros, pessoas, cristãos, enfim, como discípulos missionários de Jesus? Praticamente tudo, principalmente se já tivermos uma caminhada ou estamos iniciando uma caminhada em nossa comunidade. Por exemplo: 4
  • 5. - trabalhos nas pastorais e movimentos da igreja - pastoral familiar - pastoral do Batismo - catequese da 1ª Eucaristia e da Crisma - catequese com adultos - grupo de liturgia e de canto - e tantos outros movimentos que fazem parte da comunidade paroquial. Mas como acolher estas pessoas, famílias que na maioria das vezes pedem socorro, pois estão feridas, desiludidas, com medo, vergonha, até mesmo de participar da Celebração Eucarística, porque se excluem de tanto ouvir só o que não podem fazer na sua comunidade paroquial? Como abordá-los? - identificar casos de segunda união que muitas vezes encontramos em nossa própria família; - através de convite para participar da Pastoral Familiar; - através de casais que já vivenciaram encontro ou retiro de casais; - através de casais que já pertencem a movimentos e pastorais da igreja; - através de seleção de fichas de inscrição das crianças para o Batismo, catequese de 1ª Eucaristia e Crisma; - na divulgação das missas e eventos da paróquia; - junto às escolas existentes na paróquia e associações de pais e mestres da escola; - na divulgação através dos meios de comunicação: jornal, rádio, televisão, internet, boletins paroquiais, etc. 5
  • 6. ENCONTRO PARA CASAIS DE SEGUNDA UNIÃO Para podermos acolher os casais no seio da igreja, é preciso realizar também um encontro com os mesmos, que terá como objetivos principais: Acolher os casais de 2º união, que se consideram excluídos e marginalizados do seio da Igreja, levando a eles as palavras do Evangelho de Jesus Cristo e as palavras acolhedoras do Magistério da Igreja, apresentando-lhes um Deus que é puro amor, cheio de misericórdia, que ama tanto o justo como o pecador, e que está sempre pronto a perdoar. Objetiva, igualmente, refletir com esses casais sobre a situação que eles se encontram nesta segunda união, mostrando-lhes o verdadeiro sentido da vida, o Amor pleno e misericordioso de Deus, o perdão, a beleza da vida em oração, a prática e a vivência da Comunhão Espiritual, a mensagem de Jesus o Bom Pastor, criando oportunidade de crescimento na sua vida de Fé, de amor, de casal e de família. PALESTRAS DEFINIDAS PARA A PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO: 1. O SENTIDO DA VIDA - Mostrar a realidade do mundo de hoje em relação ao sentido da vida, que sentido que as pessoas realmente procuram dar as suas próprias vidas, centrado na aquisição de bens materiais, do gozo e do prazer. Questionar qual é o verdadeiro sentido da vida para os casais. O que queremos para 6
  • 7. nossas vidas? 2. O AMOR DE DEUS - Focar principalmente o amor misericordioso de Deus, pois Deus é rico em misericórdia, e o Amor vem de Deus e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor (1 Jo 4,7-8). 3. O PERDÃO - Mostrar aos casais de 2ª união a importância do perdão, de perdoar-se a si mesmo, pois em muitos casos, ainda existem mágoas, rancores, traumas, e feridas que não se apagaram ou cicatrizaram. 4. COMUNHÃO ESPIRITUAL - Apresentar o que é a Comunhão Espiritual, sua importância, qual é o seu verdadeiro sentido e como se faz essa Comunhão Espiritual. O que a Igreja e os Santos nos dizem sobre a comunhão espiritual? 5. SETOR CÂMARA ECLESIÁSTICA/NULIDADE – Todas as Dioceses têm o seu Tribunal Eclesiástico, que é presidido por um vigário Judicial, que representa o Bispo, e mais três a cinco juízes que podem ser sacerdotes, diáconos, homens ou mulheres leigos, que se distingam pelos bons costumes, prudência e conhecimento da doutrina cristã. CAUSAS DE NULIDADE MATRIMONIAL As causas que podem tornar inválido o contrato matrimonial são de três espécies: 7
  • 8. 1 - presença de impedimento 2- defeitos de consentimento 3- falta de forma canônica 1 – Presença de Impedimento – Os impedimentos são obstáculos que impossibilitam contrair o matrimônio validamente e que não depende de vontade e do consentimento, e a igreja como tal os configura para evitar que possam ocorrer matrimônios inconvenientes ou prejudiciais. O código de direitos canônicos de 1983 estabelece 12 impedimentos dirimentes: a) Idade – os rapazes não podem casar validamente antes dos 16 anos completos, nem as moças antes dos 14; b) Impotência – a relação sexual de modo humano é considerada pela legislação como consumação daquilo que se prometeu no ato do casamento. Por isso, as pessoas que são incapazes de ter relação sexual autêntica não podem casar validamente; c) Vínculo – a igreja católica afirma que o matrimônio é indissolúvel. Por isso, se alguém que está validamente casado e realizasse uma cerimônia de casamento com outra pessoa, essa cerimônia não teria nenhum valor; d) Disparidade de Culto – entre um católico e uma pessoa não 8
  • 9. batizada (por exemplo: um muçulmano ou um judeu) existe diferença tão grande de religião, que dificilmente vão conseguir realizar uma comunhão de vida plena. Por isso o matrimônio entre eles está proibido, sob pena de nulidade; e) Ordem Sagrada – os que receberam o sacramento da ordem, ou seja, os diáconos, os presbíteros, e os bispos não podem casar validamente; f) Profissão Religiosa Perpétua – religiosos membros de certas instituições que têm um gênero de vida especial aprovado pela igreja fazem votos de castidade, pobreza e obediência; g) Rapto – uma mulher retida pela força não pode casar validamente com quem está exercitando está violência contra ela, enquanto não for posta em liberdade em lugar seguro. h) Crime – a fim de proteger a vida do homem ou da mulher traídos, a igreja declara que os que matam seu cônjuge para facilitar um matrimônio posterior, ficam impedidos de realizar validamente este casamento; i) Consanguinidade – a legislação canônica atual estabelece que este impedimento atinge todos os ascendentes e descendentes, ou seja, pai com filha, avô com neta e também até o 4º grau da linha colateral, ou seja, primos legítimos ou primeiros primos entre si, etc.; j) Afinidade – em razão deste impedimento um viúvo ou viúva não podem casar validamente com os respectivos: sogra, 9
  • 10. sogro, enteada, enteado, ou ascendentes e descendentes deste para proteger a moral familiar; k) Honestidade Pública – afete quem está vivendo uma união não legalizada pela igreja e torna invalido o casamento com os filhos ou os pais do parceiro. Para conferir o respeito ao vínculo familiar, ou seja, concubino não pode casar com as filhas da concubina; l) Parentesco Legal – Não está permitido o casamento entre o adotante e o adotado ou entre um destes ou um parente mais próximo do outro 2 – Defeitos de Consentimento – O ato constitutivo do casamento é o consentimento pelo qual os noivos se dão um ao outro formalizando uma aliança irrevogável, isto é, um contrato de adesão consciente e livre. O matrimônio depende diretamente do consentimento e da vontade. Os defeitos de consentimento mais comuns são: 1º da parte do intelecto: a) Defeitos da mente – - falta de uso da razão: débeis mentais, os que sofrem transtorno quando vão prestar o consentimento. Ex: bebeu demais antes do casamento, ingeriu tóxico e outros; - Imaturidade Psicológica: grave defeito de discrição de juízo que 10
  • 11. tira a responsabilidade e a ponderação suficiente para casar. Ex: pessoa não estimou as dificuldades inerentes ao casamento – convivência íntima, deveres da casa, ajuda mútua, etc.; - Incapacidade para assumir as obrigações essenciais do matrimônio: podem acontecer nos casos de alcoolismo, toxicomania, homossexualismo e outras anomalias. a) Ignorância – carência de ciência mínima necessária para o casamento que é um consórcio para toda a vida. b) Erro de fato - Sobre a identidade da pessoa com quem se casa; - Sobre certas qualidades morais com quem se casa, ou seja, antes do casamento é uma pessoa educada e após o casamento de torna uma pessoa cruel e sádica, casar com uma mulher fecunda e não se cumprir essa qualidade de fecundidade, entre outros. 2º da parte da vontade (que tiram a liberdade) – a) Simulação – Total: quando se finge o consentimento com rejeição do casamento. Ex: casamento por interesse financeiro ou quando não quer ter filhos deliberadamente; - Parcial: quando exclui propriedade ou elemento essencial do contrato matrimonial. Ex: casa mais continua a ter “casos”, infidelidade, está excluindo um bem fundamental que é a fidelidade. 11
  • 12. b) Medo – casar sob pressão, medo grave externo, torna nulo o casamento quando é indeclinável. Ex: casa por medo dos pais. c) Condição – Por uma condição sem a qual valerá o consentimento, em caso de não cumprimento, é inválido o casamento. Precisa da licença escrita do bispo. 3 – Falta de Forma Canônica – Habitualmente acontece quando se celebra perante um ministro assistente que não tem jurisdição sob os nubentes e não recebeu a oportuna delegação por falta das duas testemunhas exigidas, ou por alteração substancial de forma ritual do matrimônio. 6. JESUS, O BOM PASTOR - Refletir sobre a pessoa de JESUS e seu amor misericordioso. Apresentar Jesus como o Bom Pastor. “Eu sou o Bom Pastor, conheço minhas ovelhas, e elas me conhecem. Olhar com carinho a figura de Jesus, o Bom Pastor (Jô. 10 14-16). Também a Ovelha perdida e encontrada (Lc 15,4-7). Apresentar aos casais de segunda união, a verdade, pois a verdade os libertará (Jô 8-32). Expressar a fé da Igreja no Sacramento do Matrimônio e sua indissolubilidade, sinal da aliança entre Cristo e a Igreja. FALAR CLARAMENTE PORQUE OS CASAIS DE SEGUNDA UNIÃO NÃO PODEM RECEBER A COMUNHÃO EUCARÍSTICA. A Eucaristia é o grande meio de encontrar o Senhor, mas não é o único. Apresentar uma redescoberta das múltiplas presenças salvadoras do Senhor, que não se podem reduzir à Comunhão Eucarística, mas é extensiva 12
  • 13. à oração, À meditação da palavra, à comunhão Espiritual, e sobre tudo a caridade. Aquele Jesus que o cristão encontra na hora da Comunhão Eucarística é o mesmo que se encontra também na oração pessoal e da família. “Eu estou no meio de vocês” (MT 18,20), - Na Palavra: “Se alguém escutar a minha voz... cearei com ele e ele comigo”(AP 3,20) – Na Caridade: “Tive fome, estava com sede e necessitado e me ajudastes”. (Mt25,31-46). Destacar especialmente a EXORTAÇÃO APOSTÓLICA FAMILIARIS CONSÓRTIO, EM SEU NÚMERO 84, onde fala sobre os divorciados novamente casados, e como a Igreja deve acolher estes casais. ENFOQUE – Esta palestra constitui-se o tema principal do encontro, de Reflexão, como o mais importante conteúdo de todo o trabalho de acolhimento e evangelização dos casais em segunda união. Deve ser uma palestra transmitida com muita segurança, dinamismo, otimismo, caridade e misericórdia. CONTEÚDO - Com relação ao conteúdo pode-se refletir como dissemos no inicio as Parábolas de Jesus, o Bom Pastor, A Ovelha Perdida.. E também o Filho Pródigo, mostrando que Deus ama sempre, não questiona, não impõe condições. Ama incondicionalmente, e perdoa sempre, basta pôr-se a caminho. A IGREJA COMO CONTINUAÇÃO DA OBRA DE JESUS CRISTO - São Pedro Apóstolo recebeu de Jesus. A missão de continuar a obra da salvação e a misericórdia do Pai: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas o inferno não prevalecerão contra ela. Eu darei as chaves do Reino dos Céus, e Tudo 13
  • 14. que ligares sobre a terra, será ligado no Céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no Céu (mt16, 18-19). O MATRIMÕNIO NA BÍBLIA - finalidade principal – Deus criou o homem e a mulher a sua imagem e semelhança, e Deus os abençoou e disse: cresceu e multiplicai-vos, e dominai a terra. O que importa é que cada um de vós, ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite seu marido (EFS, 25- 33). O QUE CRISTO DISSE SOBRE O MATRIMÕNIO? Não lestes que o Criador no começo, fez o homem e a mulher e disse: por isso, o homem deixará seu pai e sua mão e se unirá a uma mulher e os dois formarão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem, o que Deus uniu. Eu vos declaro que todo aquele que rejeita a sua mulher, exceto em caso de matrimônio falso, e esposa uma outra, comete adultério. E aquele que esposa uma mulher rejeitada, comete também adultério. È interessante apresentar o que diz Jesus em Mateus (19,3-9). LEMBREM-SE sempre que na palavra de Cristo está a verdade, e no coração do homem mora a FRAQUEZA, A INCERTEZA, e muitas vezes a falta de discernimento. A Igreja diante da palavra de Deus ensina que Deus é infinitamente misericordioso diante de caminhos irreversíveis. Acreditemos sinceramente na misericórdia de Jesus, O Bom Pastor. 14
  • 15. Destacamos também a proposta da Igreja aos casais em segunda união, contida nos principais documentos do Magistério da Igreja. O QUE DIZ O MAGISTÉRIO DA IGREJA: O Código de Direito Canônico estabelece: O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si o consórcio de toda a vida, por sua índole natural ordenado ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, entre batizados, foi por Cristo Senhor elevado à dignidade de SACRAMENTO; São pelas suas propriedades essenciais do matrimônio a Unidade e a Indissolubilidade, que no matrimônio Cristão alcançam particular firmeza em razão do sacramento. Está claro pelos termos desses cânones, que a unidade e a indissolubilidade são propriedades essenciais do matrimônio natural, por serem características do Direito natural. No matrimônio cristão, elas adquirem um vigor todo especial, porque são elevadas pelo sacramento à ordem da graça. Por INDISSOLUBILIDADE, entende-se que o matrimônio não se pode dissolver, que dura a vida toda, até a morte. O matrimônio é irrevogável e para sempre. O casal é livre para aceitar ou não: mas, se aceitar, compromete-se pelo matrimônio, a viver esta situação: permanecer unido até que a morte os separe. Papa João Paulo II na Exortação Apostólica “Reconciliatio Et Paenitentia nº34”. Existem hoje, com muita freqüência, certas situações em que vêem a encontrar - se cristãos desejosos de continuar a prática religiosa 15
  • 16. sacramental, mas que disso estão impedidos pela própria condição pessoal, em contraste com os compromissos assumidos livremente diante de Deus e da Igreja. São situações que se apresentam particularmente delicadas e quase inextrincáveis. Para todos aqueles que não se encontram, atualmente em condições objetivas requeridas, Haja: demonstração de maternal bondade por parte da Igreja - apoio de atos de piedades diversos dos atos sacramentais, esforço sincero para se manter em contato com o Senhor, A participação na Santa Missa, repetição freqüente dos atos de fé, esperança e caridade, quanto possível perfeitos, poderão preparar o caminho para uma plena reconciliação no momento que só a Providência conhece. CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ carta aos Bispos da Igreja Católica sobre os DIVORCIADOS NOVAMENTE CASADOS: È necessário esclarecer aos fiéis interessados que não considerem sua participação na vida da Igreja reduzida à recepção da Eucaristia. Os fiéis hão de ser ajudados a aprofundar sua compreensão do valor da participação no sacrifício de Cristo na Missa, da COMUNHÃO ESPIRITUAL, da oração, da medicação da palavra de Deus, das obras de caridade e de justiça, Papa Bento XVI. A própria PASTORAL FAMILIAR, abarca a família em todos os seus aspectos. Pretende atingir todos os seus integrantes nas diferentes idades e diversas situações. Dirige-se a todos os tipos de família: bem constituídas, irregulares e também os casos especiais, como por exemplo, os casais em segunda união - documentos estudos da CNBB nº 65. Referência: 16
  • 17. Textos retirados e adaptados do Manual de Instruções Pastoral Familiar Casais em Segunda União – Grupo Bom Pastor da Arquidiocese de Porto Alegre – RS. 17
  • 18. MODELO DE PROGRAMAÇÃO ENCONTRO DE CASAIS DE 2ª UNIÃO. 8:00 hrs – AB. ORAÇÃO INICIAL – Apresentação dos participantes 8:30 hrs – ACOLHIDA DA IGREJA NA PASTORAL FAMILIAR, através do Grupo Bom Pastor – O trabalho desenvolvido pela ótica da Exortação Apostólica Familiaris Consortio nº 84 Que trabalhos podem ser feitos na igreja como membros, cristãos, enfim como discípulos missionários de Jesus? 9:00 hrs – O SENTIDO DA VIDA 9:30 hrs – DISCUSÃO EM GRUPO SOBRE PALESTRA. 9;45 hrs – lanche rápido 10:00 hrs – O AMOR DE DEUS 10:45 hrs – O PERDÃO 11:30 hrs – MÚSICAS/INTERVALO 12:00 hrs – ALMOÇO 13:30 hrs – DINÂMICA - Perseverança 14:00 hrs – SETOR CÂMARA ECLESIÁS/NULIDADE 14:30 hrs – música 14:45 hrs – JESUS, O BOM PASTOR – Parábolas da misericórdia, refletir sobre a pessoa de Jesus... 15:30 hrs – LANCHE 16:00 hrs – COMUNHÃO ESPIRITUAL - MISSA EXPLICADA – ESPIRITUALIDADE E ADORAÇÃO AO SANTISSÍMO COM PADRE Observações: Deverá ser agendado no próprio encontro um pós- encontro de avaliação e acolhimento desses casais. Lembramos que este encontro não deverá ter nenhum custo para o casal. 18
  • 19. MODELO DE CONVITE Caríssimo Casal: A vida em comunhão e em comunidade é, hoje em dia, necessidade de todos. Compartilhar as experiências e buscar a evangelização são fatos que nos aproximam de Deus. Viver a vida de com os ensinamentos de Cristo nos deixa mais próximos da santidade. Muitas vezes ficamos desorientados, sem saber como compartilhar nossos sentimentos com a comunidade ou ainda com nosso (a) companheiro (a). Essa desorientação acaba nos afastando enquanto casal e da própria comunidade e, conseqüentemente, de Jesus. Preocupados com isso, o Grupo Bom Pastor da Paróquia............... promove o Encontro de Casais de 2º união, com o objetivo de inserir o casal ainda mais na vida da comunidade. Sinta-se especialmente convidado a participar do encontro. Se você é separado ou divorciado e vive uma segunda união estável, venha participar. Temos a certeza de que podemos contribuir para melhorar sua vida, pessoal e espiritual, para que possamos juntos, trilhar o caminho que Jesus traçou para nossa vida. 19
  • 20. O encontro ocorrerá de acordo com a programação abaixo: Local: Data: Horário: A partir das 08:00 hrs. Outras informações poderão ser obtidas junto à Secretaria Paroquial da Paróquia.............. ou fone ................... Lembre-se sempre: “Todos somos iguais perante Deus, que nos ama profundamente. Sua misericórdia e eterna, e está ao alcance de todos nós!” Contamos com tua presença. “Sejamos, a videira que dá bons frutos!” 20
  • 21. MODELO DE FICHA DE INSCRIÇÃO ENCONTRO DE CASAIS SEGUNDA UNIÃO Casal: Nome:_____________________________________________ ___________________________ Nome:_____________________________________________ ___________________________ Endereço: Rua:________________________________ n°:________ Bairro:_____________________________________________ Contato: Fone:_______________________ Celular:______________________ E-mail:___________________________________________ Filhos: Dele:__________ Dela:_________Do Casal:____________ Há quanto tempo estão juntos?_________________________ Participam ativamente de alguma Pastoral ou Movimento? Se sim Qual? ___________________________________________________ ____________________________ Deus pode fazer também neles uma nova obra, pois “para Deus nada é impossível” (Lc 1,37) e “Eis que eu faço novas todas às coisas” (Apc 21, 5). 21
  • 22. Grupo Bom Pastor – Diocese de Guarapuava Casal Referência: Luis Góes e Ivonete Martins Fone: 42 3622-9676 E-mail: luisgoesgoes@ig.com.br 22