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SEMINÁRIO
PATOLOGIAS
DOENÇA DE
ALZHEIMER
PROFª
MS.GABRIELA
CÂNDIDO
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER DEFINIÇÃO DA DOENÇA
Dr. Alois Alzheimer
O Dr. Alois Alzheimer, em 1907 descreveuem
um artigo original“uma rara doença do córtex
cerebral”, que foi verificada em Frau August
D. sua paciente, queapresentava quadro
demencial e degeneração cerebral.
August D., 51 anos,
examinada por Alzheimer
em Frankfurt
Placasbeta-amilóide
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO ALZHEIMER – PRINCIPAIS
ACONTECIMENTOS
1904 1910 1910 1979
Dr. Alois Alzheimer nasce em
14/jun em Marktbrei Alemanha
Em 1887, em sua tese de
doutorado descreveu o
primeiro estudo de placas
histopatológicas. Dr.
Alzheimer em suas pesquisas
interessava-se em demência
degenerativa e vascular
Dr. Emil Kraepelin mencionou
pela primeira vez “doença de
Alzheimer”, em relato no Manual
de Psiquiatria – “Um grupo
particular de casos com
alterações célula extremamente
grave foi descrita por Alzheimer”
As mudanças que
“representam a forma mais
grave de demência senil. As
placas foram excessivamente
numerosas e quase um terço
das células corticais tinha
morrido fora. Em seus lugares
foram peculiares,
profundamente marcadas
feixes de neuro fibrilas”.
Oficialização da Associação
Americana de Alzheimer
(Alzheimer’s Association) onde
cientistas e familiares de
portadores da DA iniciam uma
rede de informações e
orientações
Início dos ensaios de pesquisa clínica sob a
coordenação do NIA, através de uma rede de centros
que puderam fomentar a pesquisa sobre a doença de
Alzheimer, integrando a pesquisa básica e clínica,
padronizando instrumentos de avaliação clínica,
métodos e ensaios clínicos e estabelecendo banco
de dados nacionais para compartilhar recursos para
os estudos clínicos, neuropatológicos e genéticos.
Fundação daABRAz Associação
Brasileira de Alzheimer, em São Paulo/SP,
dia 16 de agosto de 1991, entidade sem fins
lucrativos que tem por objetivo levar
informações e orientações para que os
familiares saibam como tratar de maneira
mais adequada a pessoa afetada pela
doença. Abrangência nacional.
(www.abraz.org.br )
1980 1991 1993 2002
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO ALZHEIMER – PRINCIPAIS
ACONTECIMENTOS
Cognex, primeira droga utilizada para o
tratamento da doença de Alzheimer, é
aprovado pelo FDA, organismo responsável
pela aprovação de novos medicamentos. No
Brasil comercializado como Tacrina, que
atualmente já não é mais prescrito por causa
da frequência de feitos colaterais relatados,
incluindo a toxicidade hepática.
Ministério da Saúde assina a Portaria
702 que institui, no âmbito do Sistema Único
de Saúde, o Programa de Assistência aos
Portadores da Doença de Alzheimer com a
distribuição gratuita dos medicamentos Exelon
ou Eranz ou Galantamina, necessitando ser
prescrito por médico geriatra ou neurologista
ou psiquiatra.
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
A doença de Alzheimer caracteriza-se, histopatologicamente, pela maciça perda
sináptica e pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis
pelas funções cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex
entorrinal e o estriado ventral. As características histopatológicas presentes no
parênquima cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer incluem
depósitos fibrilares amiloides localizados nas paredes dos vasos sanguíneos,
associados a uma variedade de diferentes tipos de placas senis, acúmulo de
filamentos anormais da proteína tau e consequente formação de novelos neuro
fibrilares (NFT), perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação.
De acordo com a hipótese colinérgica, a disfunção do sistema colinérgico é
suficiente para produzir uma deficiência de memória em modelos animais, a
qual é semelhante à doença de Alzheimer. Cérebros de pacientes portadores da
doença de Alzheimer mostraram degeneração dos neurônios colinérgicos,
ocorrendo também uma redução dos marcadores colinérgicos, sendo que a
colina acetiltransferase e a acetilcolinesterase tiveram sua atividade reduzida no
córtex cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – NEURÔNIOS NORMAIS E NEURÔNIOS COM ALZHEIMER
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – PROTEÍNA TAU
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – SINAIS E SINTOMAS
Os sintomas evoluem e variam ao longo do tempo, dependendo do estágio em que o
indivíduo se encontra. Em geral, o distúrbio tem quatro fases:
1: os sinais são inconsistentes e incluem leves esquecimentos de coisas do dia a dia, falta
de atenção, características depressivas e maior propensão a raiva; tendo alucionação,
depressão ou paranoia.
2: a pessoa começa a ficar desorientada tanto em relação ao espaço físico quanto aos
pensamentos. Em vista disso, o processo de tomada de decisão é mais lento e a
concentração é reduzida: a memória falha mais frequentemente e muitas vezes o paciente
é incapaz de lembrar fatos relevantes do passado. A habilidade da fala também fica
comprometida, além de ocorrer dificuldade em manter o autocuidado em relação à
própria higiene;
4: na última fase, o paciente se encontra em estágio terminal, apresentando incontinência
e incapacidade de se alimentar.
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – SINAIS E SINTOMAS
Na cognição: declinio mental dificuldade em em pensar e compreender,
confusão mental, adelirio, desorientação, esquecimento, invenção das
coisas, dificuldade de cioncentração,incapacidade de resconhecer coisas
comuns ou perda de memoria recente.
No comportamento: agitação, agressão, inquietação, irritabilidade,
mudança de personalidade, repetição sem sentido das proprias palavras,
dificculdade de exercer funções dos dias a dias, falta de moderação ou
vagar sem rumo e se perder.
No humor: apatia, descontatentamento geral, mudanças de humor, raiva ou
solidão.
Nos musculos: contrações musculares ritmicas ou incapacidade de
coordenar movimentos musculares. Também é comum fala embaralhada,
incontinencia urinaria, perda de apetite ou sintomas comportamentais.
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – TRATAMENTO
O tratamento consiste no uso de medicamentos que melhoram a cognição.
Não existe cura, mas os medicamentos e as estratégias de controle podem melhorar
os sintomas temporariamente.
Este tratamento é feito para controlar os sintomas e retardar o agravamento da
degeneração cerebral provocada pela doença e inclui o uso de remédios, como
Donepezila, Rivastigmina ou Memantina, por exemplo, indicados pelo neurologista ou
psiquiatra.
Além do uso de remédios, é importante fazer terapias que melhorem a mobilidade,
como terapia ocupacional, fisioterapia e atividades físicas. Além disso, uma
alimentação equilibrada e rica em vitamina C, E e ômega 3, ajudam a melhorar a saúde
mental, já que têm ação antioxidante e protetora cerebral.
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN
ALZHEIMER – TRATAMENTO
O tratamento do alzheimer é medicamentoso e os
pacientes têm à disposição a oferta de medicamentos
capazes de minimizar os distúrbios da doença, que devem
ser prescritos pela equipe médica. O objetivo do
tratamento medicamentoso é, também, propiciar a
estabilização do comprometimento cognitivo, do
comportamento e da realização das atividades da vida
diária (ou modificar as manifestações da doença), com um
mínimo de efeitos adversos.
•Donepezila. Galantamina.
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – TRATAMENTO
O tratamento da DA envolve estratégias farmacológicas e intervenções psicossociais para o paciente e
seus familiares No campo do tratamento farmacológico, inúmeras substâncias psicoativas têm sido
propostas para preservar ou restabelecer a cognição, o comportamento e as habilidades funcionais do
paciente com demência. Contudo, os efeitos das drogas hoje aprovadas para o tratamento da DA
limitam-se ao retardo na evolução natural da doença, permitindo apenas uma melhora temporária do
estado funcional do paciente.
Os inibidores das colinesterases (I-ChE) são as principais drogas hoje licenciadas para o tratamento
específico da DA. Seu uso baseia-se no pressuposto déficit colinérgico que ocorre na doença, e visa o
aumento da disponibilidade sináptica de acetilcolina, através da inibição das suas principais enzimas
catalíticas, a acetile a butirilcolinesterase. Têm efeito sintomático discreto sobre a cognição, algumas
vezes beneficiando também certas alterações não-cognitivas da demência.
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – TRATAMENTO
A incorporação da rivastigmina adesivo transdérmico ao
SUS foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-
feira (22/09/2017).
Lançado no Brasil em 2008, o adesivo de rivastigmina
libera gradativamente o princípio ativo ao longo do dia.
Por levar o medicamento direto à corrente sanguínea, sem
passar pelo sistema digestivo, o adesivo diminui efeitos
colaterais como náuseas, vômitos e perda de apetite. O
adesivo deve ser aplicado sobre a pele uma vez ao dia.
O Ministério da Saúde incluiu no SUS, nesta quinta (9/11/2017), o
medicamento já aprovado pela ANVISA, denominado memantina,
para casos moderados e graves de Alzheimer.
A Memantina é capaz de regular a ativação de um tipo de canal de
Cálcio, chamado NMDA, dependente de Glutamato. Tecnicamente, o
mecanismo de ação é descrito como “antagonista não competitivo
de moderada afinidade de receptores NMDA do Glutamato”. Ou seja,
mesmo com excesso de Glutamato nas sinapses, característico do
Mal de Alzheimer, os neurônios não permitem a entrada excessiva de
cálcio e não morrem por causa disso.
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Durante à Admissão do Idoso com Doença de Alzheimer por uma
equipe de Enfermagem, devemos lembrar que o idoso portador
de DA apresenta maior risco de institucionalização devido a
necessidade do cuidado física e mental e também à necessidade
de cuidados profissionais.
E muito importante uma admissão focada para o bem-estar do
próprio paciente, a admissão do idoso deve ser realizada de
forma acolhedora simples fazendo com que o idoso e seus
familiares se sintam acolhidos, seguros e confiantes
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
A equipe enfermagem não tem o poder de curar, e nem o
de mudar os pacientes e suas famílias, mas pode mudar a
reação das famílias diante dos problemas, pois existem
doenças incuráveis, mas não há doentes intratáveis.
Quanto aos cuidados e tratamentos prestados ao idoso, a equipe
enfermagem deve ser prestada com foco na segurança do idoso,
melhora a qualidade de vida, inserindo-o no ambiente social, e
familiar.
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Com evolução gradativa, podendo se estender por um longo período
fez com que um olhar diferenciado fosse imposto ao cuidado do
paciente. Nesse caso o tratamento não irá fornecer a cura para a
patologia, porém pode deixar o paciente e sua família o mais
confortável possível, diminuindo o sofrimento e desconforto causado
pela doença em suas dimensões físicas, emocionais e psicossociais.
Assim, os cuidados paliativos tem uma abordagem que atua através
da prevenção e alívio do sofrimento.
SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – VÍDEO EXPLORANDO O CÉREBRO
Seminário sobre Doença de Alzheimer

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  • 2. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER DEFINIÇÃO DA DOENÇA Dr. Alois Alzheimer O Dr. Alois Alzheimer, em 1907 descreveuem um artigo original“uma rara doença do córtex cerebral”, que foi verificada em Frau August D. sua paciente, queapresentava quadro demencial e degeneração cerebral. August D., 51 anos, examinada por Alzheimer em Frankfurt Placasbeta-amilóide
  • 3. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO ALZHEIMER – PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS 1904 1910 1910 1979 Dr. Alois Alzheimer nasce em 14/jun em Marktbrei Alemanha Em 1887, em sua tese de doutorado descreveu o primeiro estudo de placas histopatológicas. Dr. Alzheimer em suas pesquisas interessava-se em demência degenerativa e vascular Dr. Emil Kraepelin mencionou pela primeira vez “doença de Alzheimer”, em relato no Manual de Psiquiatria – “Um grupo particular de casos com alterações célula extremamente grave foi descrita por Alzheimer” As mudanças que “representam a forma mais grave de demência senil. As placas foram excessivamente numerosas e quase um terço das células corticais tinha morrido fora. Em seus lugares foram peculiares, profundamente marcadas feixes de neuro fibrilas”. Oficialização da Associação Americana de Alzheimer (Alzheimer’s Association) onde cientistas e familiares de portadores da DA iniciam uma rede de informações e orientações
  • 4. Início dos ensaios de pesquisa clínica sob a coordenação do NIA, através de uma rede de centros que puderam fomentar a pesquisa sobre a doença de Alzheimer, integrando a pesquisa básica e clínica, padronizando instrumentos de avaliação clínica, métodos e ensaios clínicos e estabelecendo banco de dados nacionais para compartilhar recursos para os estudos clínicos, neuropatológicos e genéticos. Fundação daABRAz Associação Brasileira de Alzheimer, em São Paulo/SP, dia 16 de agosto de 1991, entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo levar informações e orientações para que os familiares saibam como tratar de maneira mais adequada a pessoa afetada pela doença. Abrangência nacional. (www.abraz.org.br ) 1980 1991 1993 2002 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO ALZHEIMER – PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS Cognex, primeira droga utilizada para o tratamento da doença de Alzheimer, é aprovado pelo FDA, organismo responsável pela aprovação de novos medicamentos. No Brasil comercializado como Tacrina, que atualmente já não é mais prescrito por causa da frequência de feitos colaterais relatados, incluindo a toxicidade hepática. Ministério da Saúde assina a Portaria 702 que institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Programa de Assistência aos Portadores da Doença de Alzheimer com a distribuição gratuita dos medicamentos Exelon ou Eranz ou Galantamina, necessitando ser prescrito por médico geriatra ou neurologista ou psiquiatra.
  • 5. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO A doença de Alzheimer caracteriza-se, histopatologicamente, pela maciça perda sináptica e pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral. As características histopatológicas presentes no parênquima cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer incluem depósitos fibrilares amiloides localizados nas paredes dos vasos sanguíneos, associados a uma variedade de diferentes tipos de placas senis, acúmulo de filamentos anormais da proteína tau e consequente formação de novelos neuro fibrilares (NFT), perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação. De acordo com a hipótese colinérgica, a disfunção do sistema colinérgico é suficiente para produzir uma deficiência de memória em modelos animais, a qual é semelhante à doença de Alzheimer. Cérebros de pacientes portadores da doença de Alzheimer mostraram degeneração dos neurônios colinérgicos, ocorrendo também uma redução dos marcadores colinérgicos, sendo que a colina acetiltransferase e a acetilcolinesterase tiveram sua atividade reduzida no córtex cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer
  • 6.
  • 7. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – NEURÔNIOS NORMAIS E NEURÔNIOS COM ALZHEIMER
  • 8. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – PROTEÍNA TAU
  • 9. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – SINAIS E SINTOMAS Os sintomas evoluem e variam ao longo do tempo, dependendo do estágio em que o indivíduo se encontra. Em geral, o distúrbio tem quatro fases: 1: os sinais são inconsistentes e incluem leves esquecimentos de coisas do dia a dia, falta de atenção, características depressivas e maior propensão a raiva; tendo alucionação, depressão ou paranoia. 2: a pessoa começa a ficar desorientada tanto em relação ao espaço físico quanto aos pensamentos. Em vista disso, o processo de tomada de decisão é mais lento e a concentração é reduzida: a memória falha mais frequentemente e muitas vezes o paciente é incapaz de lembrar fatos relevantes do passado. A habilidade da fala também fica comprometida, além de ocorrer dificuldade em manter o autocuidado em relação à própria higiene; 4: na última fase, o paciente se encontra em estágio terminal, apresentando incontinência e incapacidade de se alimentar.
  • 10. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – SINAIS E SINTOMAS Na cognição: declinio mental dificuldade em em pensar e compreender, confusão mental, adelirio, desorientação, esquecimento, invenção das coisas, dificuldade de cioncentração,incapacidade de resconhecer coisas comuns ou perda de memoria recente. No comportamento: agitação, agressão, inquietação, irritabilidade, mudança de personalidade, repetição sem sentido das proprias palavras, dificculdade de exercer funções dos dias a dias, falta de moderação ou vagar sem rumo e se perder. No humor: apatia, descontatentamento geral, mudanças de humor, raiva ou solidão. Nos musculos: contrações musculares ritmicas ou incapacidade de coordenar movimentos musculares. Também é comum fala embaralhada, incontinencia urinaria, perda de apetite ou sintomas comportamentais.
  • 11. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – TRATAMENTO O tratamento consiste no uso de medicamentos que melhoram a cognição. Não existe cura, mas os medicamentos e as estratégias de controle podem melhorar os sintomas temporariamente. Este tratamento é feito para controlar os sintomas e retardar o agravamento da degeneração cerebral provocada pela doença e inclui o uso de remédios, como Donepezila, Rivastigmina ou Memantina, por exemplo, indicados pelo neurologista ou psiquiatra. Além do uso de remédios, é importante fazer terapias que melhorem a mobilidade, como terapia ocupacional, fisioterapia e atividades físicas. Além disso, uma alimentação equilibrada e rica em vitamina C, E e ômega 3, ajudam a melhorar a saúde mental, já que têm ação antioxidante e protetora cerebral.
  • 12. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN ALZHEIMER – TRATAMENTO O tratamento do alzheimer é medicamentoso e os pacientes têm à disposição a oferta de medicamentos capazes de minimizar os distúrbios da doença, que devem ser prescritos pela equipe médica. O objetivo do tratamento medicamentoso é, também, propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos. •Donepezila. Galantamina.
  • 13. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – TRATAMENTO O tratamento da DA envolve estratégias farmacológicas e intervenções psicossociais para o paciente e seus familiares No campo do tratamento farmacológico, inúmeras substâncias psicoativas têm sido propostas para preservar ou restabelecer a cognição, o comportamento e as habilidades funcionais do paciente com demência. Contudo, os efeitos das drogas hoje aprovadas para o tratamento da DA limitam-se ao retardo na evolução natural da doença, permitindo apenas uma melhora temporária do estado funcional do paciente. Os inibidores das colinesterases (I-ChE) são as principais drogas hoje licenciadas para o tratamento específico da DA. Seu uso baseia-se no pressuposto déficit colinérgico que ocorre na doença, e visa o aumento da disponibilidade sináptica de acetilcolina, através da inibição das suas principais enzimas catalíticas, a acetile a butirilcolinesterase. Têm efeito sintomático discreto sobre a cognição, algumas vezes beneficiando também certas alterações não-cognitivas da demência.
  • 14. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – TRATAMENTO A incorporação da rivastigmina adesivo transdérmico ao SUS foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta- feira (22/09/2017). Lançado no Brasil em 2008, o adesivo de rivastigmina libera gradativamente o princípio ativo ao longo do dia. Por levar o medicamento direto à corrente sanguínea, sem passar pelo sistema digestivo, o adesivo diminui efeitos colaterais como náuseas, vômitos e perda de apetite. O adesivo deve ser aplicado sobre a pele uma vez ao dia. O Ministério da Saúde incluiu no SUS, nesta quinta (9/11/2017), o medicamento já aprovado pela ANVISA, denominado memantina, para casos moderados e graves de Alzheimer. A Memantina é capaz de regular a ativação de um tipo de canal de Cálcio, chamado NMDA, dependente de Glutamato. Tecnicamente, o mecanismo de ação é descrito como “antagonista não competitivo de moderada afinidade de receptores NMDA do Glutamato”. Ou seja, mesmo com excesso de Glutamato nas sinapses, característico do Mal de Alzheimer, os neurônios não permitem a entrada excessiva de cálcio e não morrem por causa disso.
  • 15. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Durante à Admissão do Idoso com Doença de Alzheimer por uma equipe de Enfermagem, devemos lembrar que o idoso portador de DA apresenta maior risco de institucionalização devido a necessidade do cuidado física e mental e também à necessidade de cuidados profissionais. E muito importante uma admissão focada para o bem-estar do próprio paciente, a admissão do idoso deve ser realizada de forma acolhedora simples fazendo com que o idoso e seus familiares se sintam acolhidos, seguros e confiantes
  • 16. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A equipe enfermagem não tem o poder de curar, e nem o de mudar os pacientes e suas famílias, mas pode mudar a reação das famílias diante dos problemas, pois existem doenças incuráveis, mas não há doentes intratáveis. Quanto aos cuidados e tratamentos prestados ao idoso, a equipe enfermagem deve ser prestada com foco na segurança do idoso, melhora a qualidade de vida, inserindo-o no ambiente social, e familiar.
  • 17. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Com evolução gradativa, podendo se estender por um longo período fez com que um olhar diferenciado fosse imposto ao cuidado do paciente. Nesse caso o tratamento não irá fornecer a cura para a patologia, porém pode deixar o paciente e sua família o mais confortável possível, diminuindo o sofrimento e desconforto causado pela doença em suas dimensões físicas, emocionais e psicossociais. Assim, os cuidados paliativos tem uma abordagem que atua através da prevenção e alívio do sofrimento.
  • 18. SEMINÁRIO PATOLOGIAS SN – ALZHEIMER – VÍDEO EXPLORANDO O CÉREBRO