O documento discute o crescimento do jornalismo esportivo feito por mulheres no Brasil. Apresenta exemplos de blogueiras e jornalistas esportivas que enfrentam preconceito por serem mulheres, mas continuam trabalhando para provar seu conhecimento sobre futebol. Também mostra dados sobre o aumento do número de mulheres associadas à Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro.
3. Nem sempre na primeira fila
... Brincadeira, ok? Mas...
Blogueiras de futebol
4. O fato de a NYFW banir blogueiros de
moda da primeira fila causou revolta na
internet. Muitos não entendiam e achavam
até falta de respeito com os seus trabalhos.
Mas, em tempos de globalização e do
crescente acesso de toda a população a
internet, qualquer pessoa pode fazer um
blog e se julgar no direito de sentar na
primeira fila. Resta aos profissionais que
organizam os eventos de grande porte,
fazerem a filtragem de quais blogs
realmente entendem do assunto e o levam
como trabalho sério.
www.profissaomoda.com.br
7. "Um dos primeiros comentários que ouvi quando disse que
trabalharia com Jornalismo Esportivo foi o típico "mas você
é mulher e não entende nada de futebol". Três anos se
passaram desde que entrei para a Equipe do Fim de Jogo,
e ainda me deparo com perguntas como: "mas você
entende de futebol mesmo?".
Não vou generalizar, também têm aqueles que apoiam,
puxam conversas inteligentes e sempre querem aprender
mais contigo, mas o preconceito ainda está longe de ser
nulo. Você está sujeita a piadinhas, olhares maldosos, e
uma cobrança maior do que o normal. Se você cometer
um pequeno erro que seja a justificativa não será diferente:
"é porque é mulher". Se você der algum tipo de opinião que
desagrade algum torcedor corre o grande risco de ouvir
xingamentos baixos e inimagináveis.Toda profissão tem seu
risco, o nosso é esse. Mas nem por isso me sinto intimidada,
muito pelo contrário, quanto mais piadas e comentários
maldosos eu ouço, maior a vontade de executar bem a
minha profissão e lutar para que essa etapa seja vencida."
9. Vivenciei algo que me encheu os olhos. Depois de mais
de 3 horas conversando com o Zico, na sede do CFZ,
ele me acompanhou até a porta para se despedir (eu
e outras jornalistas do Donas da Bola). Lá, “profissionais”
de uma grande emissora esperavam por ele. Zico fez
as apresentações, mas, quando nos afastávamos, um
deles me dirigiu a seguinte pergunta:
- “Mas me diz uma coisa. o que vocês perguntaram ao
Zico: que perfume ele usa, a marca da roupa que ele
veste?”
O ódio subiu e a vontade de dar uma respostona bem
dada, também. Mas antes mesmo que eu
respondesse, eu ouvi:
- “Rapaz, elas entendem mesmo de futebol. E muito! Se
eu fosse você não perdia tempo e dava uma olhada
no donasdabola.com.br”.
Ahhhhhhh! Fomos “defendidas” pelo próprio ZICO
Donas da Bola
10. Equipe do Blog Fim de Jogo sempre teve
com homens e mulheres. Atualmente são
três mulheres.
11. Elise Duque – Batom Futebol Clube
Vídeo depoimento
https://www.youtube.com/
watch?v=ROhcR9KwZuk
Atualmente estagiária de
jornalismo na ACERJ
12. Na ACERJ
Números de 2014 - 2015
No período foram 167 novos associados,
sendo 27 mulheres.
- Não existem dados finalizados de todos os
associados – cerca de mil. Caso a projeção
seja seguida – teríamos cerca de 16% de
mulheres entre os credenciados.
14. Priscila Ulbrich
Mulher que quer trabalhar com futebol
tem que matar um leão por dia. O
preconceito é grande. Não se iludam
achando que o mundo está evoluído e o
pensamento humano também. Não
está. Não queremos ser feministas ou
machistas. Queremos estar juntas a todos
aqueles que amam esse universo.
Queremos compartilhar e vivenciar o que
há de melhor
15. Você não precisa deixar de curtir
certas coisas.... Porque trabalha com
futebol