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1 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI
Pré-Natal
AULA 1 – ASSISTENCIA AO PRÉ-NATAL
 Quem faz o pré-natal? O clínico do PSF, de acordo
com o Ministério da Saúde.
 Se for de ALTO RISCO, encaminho ao OBSTETRA,
mas continuo acompanhando a paciente.
QUANTAS CONSULTAS?
De acordo com o MS, devem ser 6:
 1º tri (0-3m / 0-12 sem) = 1
 2º tri (3-6m / 12-24 sem) = 2
 3º (6-9 m / 24-40 sem) tri = 3
(1 / 2 / 3)
De acordo com a SBGO, devem ser:
 Até 28 semanas (7 meses) = 1x/MÊS
 De 28 – 37 semanas (meio) = 2x/MÊS (quinzenal)
 De 37 (a termo) – nascimento = 4x/MÊS (semanal)
(1-2-4)
IDADE GESTACIONAL
IG = DUM – dia da consulta / 7
Ex.1: DUM 15/04/2020 – consulta dia 22/06/2020
Abril tem 30 dias, logo sobram 15 dias.
Mês de Abril até junho são = 31+22 = 53
15 + 53 = 68
68 : 7 = 9, resto: 5 → Logo, a IG (ou seja, a idade do neném
hoje) será = 9 semanas e 5 dias (9+5)
DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP)
É calculada pela regra de Naegle:
 Abril – Dezembro → DUM – 3
 Janeiro – Março → DUM + 9
Lembre-se
Abril a Dez são 9 meses; Jan a Mar são 3 meses. Logo, você
troca os 2:
Abril – Dezembro → DUM – 3
Janeiro – Março → DUM + 9
TEMPO DE GRAVIDEZ
 36s 6d = PRÉ-TERMO
 37s – 41s = TERMO
 >42 sem = PÓS-TERMO
→ A gravidez conta as duas semanas entre a DUM e a ovulação
(onde a mulher realmente engravida). Logo, sempre fica com uma
margem de erro.
ANAMNESE E EXAME FÍSICO
 Identificação (idade, profissão, instrução...)
 Antecedentes familiares (DM, anomalia fetal...)
 Antecedentes pessoais (DST, alergias, ITU...)
 Antecedentes ginecológicos (leiomiomas, DUM...)
 Antecedentes obstétricos (DMG, CIUR, anomalias,
abortos...)
 Cálculo IG pela Regra de Naegele (280 dias)
EXAME FÍSICO
 Exame físico geral (PA <140x90)
 Exame abdome:
 Inspeção (↑ ou ↓)
 Palpação (Leopold 24s (28s), apresentação 36s)
 Manobra de Leopold – para saber a posição do neném
dentro do útero.
Quando o bebê encaixa na pelve, quer dizer que ele está na medida
do menor estreito, ou seja, ele não consegue mais ser empurrado
para dentro.
GANHO PONDERAL NA GRAVIDEZ
 IMC < 19,8 → 12,5 – 18
 IMC 19,8-26 → 11,5 – 16
 IMC 26-29 → 7 – 11,5
 IMC > 29 → 7
 1º trim -> 0.2kg/sem
 2º e 3º trim -> 0.3 a 0.4kg/sem
2 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI
 Ausculta fetal:
 Pinard 22s (parece um copo na parede)
 Sonar 10-12s (médicos geralmente 40s)
 USG transvaginal >6s
 Altura uterina
Altura uterina – sínfise
púbica até altura do útero.
Cresce 1cm por semana!
IG – 4 = comprimento
→ A medida vai ser um pouco aumentada, pelo fato de contar
também o tecido adiposo da paciente.
→ A medida muda conforme a posição fetal.
ULTRASSOM
O ULTRASSOM ERRA se ele for feito em tal período:
 1º Trimestre – 5 dias
 2º Trimestre – 10 dias
 3º Trimestre – 17 dias(5-10-17)
 1º TRIMESTRE (11-13+6 SEMANAS) – Morfológico
(particular) ou Obstétrico pélvico (SUS)
 Idade gestacional
 Número de embriões
 Anatomia embrionária (TN)
 2º TRIMESTRE (20-24 SEMANAS) – Morfológico
(particular) ou Obstétrico pélvico (SUS)
 Anatomia (morfológico)
 Medida do colo uterino
 26-28 semanas → ECOFETAL
 3º TRIMESTRE (30-34 SEMANAS) – USG com Doppler
(particular ou FR para descolamento de placenta) ou
Obstétrico pélvico (SUS)
 Anatomia fetal
 Crescimento e vitalidade
 Apresentação
→ MS alega que não é necessário realizar USG se a gravidez não
é de risco.
MORFOLÓGICO → é um exame de ultrassonografia que permite
avaliar com riqueza de detalhes a saúde e o desenvolvimento do
bebê. Assim, é possível avaliar se tudo está acontecendo conforme
o esperado para a idade gestacional.
ABORTO X PARTO PREMATURO
 ABORTO – feto com -500g e -20 semanas (fica no
hospital)
 P. PREMATURO – feto com +500g ou +20 semanas (é
enterrado)
CESÁREA
Indicação: 02 cesáreas prévias ou 1 cesárea em menos de um ano.
FATORES DE RISCO
 Álcool
 Drogas
 Tabaco
 Idade
IDADE
 +30 anos = em caso de 1º filho
 +35 anos = em caso de 2º filho
MORBIDADES
Se a paciente tomando Dia D ou ACO e engravido → FR para
Gravidez Ectópica
Comorbidades que preocupam o médico:
 HAS - pressão alta na gravidez diminui o fluxo de sangue
para o bebê. Habitualmente, ele pode apresentar retardo
no crescimento, displasia bronco pulmonar e morte.
Dependendo do grau de pressão alta, o parto pode ser
antecipado e o bebê nascer prematuro.
 Tireoide
 HIPOTIREOIDISMO → Na gestante, pode
contribuir para o aumento de sangramentos,
abortos prematuros, além de hipertensão. Já com
relação ao bebê, pode causar problemas mentais,
déficit cognitivo e aparecimento de bócio.
 HIPERTIREOIDISMO → O mau controle da
tireotoxicose está associado a perda fetal,
hipertensão gestacional, prematuridade, baixo peso
ao nascimento, restrição de crescimento
intrauterino, crise tireotóxica e insuficiência
cardíaca congestiva materna.
 Asma → devido às medicações que usamos no parto,
que pode desencadear uma crise
3 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI
 Diabetes → hiperglicemia incentiva a hiperinsulinemia,
que causa crescimento excessivo e ganho de peso do
feto.
TABAGISMO
O cigarro faz vasoconstricção, logo, poderá contrair as artérias
espiraladas do útero e do endométrio. Ademais, calcificações se
formam no interior dessas artérias, e a partir disso, teremos menos
sangue chegando à placenta.
Além disso, as toxinas do cigarro causam má formação fetal e
dificulta as sinapses que se formam no bebê (oposto do Ômega
3).
 AÇÃO DIRETA → fenda palatina e vesgo
 AÇÃO INDIRETA (sob a placenta) → prematuro, baixo
peso, aborto e descolamento de placenta
 APÓS O PARTO → morte súbita; programming (ins.
Respiratória); redução das VA e altera cognição.
ETILISMO
 AÇÃO DIRETA → Anomalias cranioencefálicas,
cardíacas, urinárias e musculoesquelética
 AÇÃO INDIRETA → prematuro, baixo peso, aborto e
hipertonia uterina
APÓS O PARTO → síndrome alcóolica fetal; retardo mental e
alteração de comportamento.
SÍNDROME ALCOOLICA FETAL
 alterações na face: olhos pequenos, lábio superior muito
fino, nariz curto e pouca separação entre nariz e boca. Os
pacientes com síndrome alcoólica fetal também podem
nascer com apêndices na face, que são pequenas
verrugas ou crescimentos anormais que surgem em
pontos como nariz, bochechas e orelhas.
 alterações físicas: microcefalia, problemas de visão e
audição, defeito em órgãos como coração, rins e ossos,
além de crescimento lento.
 dificuldades de concentração, memória e aprendizado;
 falta de coordenação motora e de equilíbrio;
 impulsividade;
 falta de habilidade na solução de problemas e no
entendimento de consequências.
 tendência ao abuso de álcool e de outras drogas;
 agressividade;
COCAÍNA
Agressividade e dificuldade de aprendizado. Má formação renal,
olhos, cérebro;
HEROÍNA/MORFINA
Sem teratogenia, mas causa abstinência 72h após o parto;
MACONHA
Retardo na maturação do SNC (ele faz tudo normalmente, só
demora um pouco mais para aprender/desenvolver)
EXERCÍCIOS FÍSICOS
Exercícios aeróbios e alongamento são permitidos em toda a
gestação. A profissão da gestante deve ser avaliada de acordo com
a função real e a IG.
RELAÇÕES SEXUAIS
→ A gestante pode fazer, exceto em casos que ela esteja
sangrando → não há comprovações que induz ao parto.
VITAMINAS
1) ÁCIDO FÓLICO (VIT B9)
Período = 60 – 90 dias antes da concepção até o fim da
gravidez (ou 12ª semana)
 É fator protetor par Pré-Eclâmpsia e fechamento do tubo
neural
 Dose: 400mcg/dia → Toma-se 5mg/dia
2) SULFATO FERROSO
Previne anemia fisiológica na gestação.
 Para profilaxia → início em 20 semanas (200mg/dia –
40mg de Fe+ diário)
 Para tratamento → início no momento que a gestante
apresentar anemia
3) ÔMEGA 3
Auxilia na formação das sinapses (aumenta QI 20-30%); diminui
depressão pós-parto e reduz parto prematuro.
 Período → A partir de 28 semanas até 07 anos
(600mg/dia). Pode ser substituído pela ingestão de
peixes de água fria (como salmão e sardinha)
LOGO,
Ferro 200mg/dia a partir da 20ª semana (5º mês). Ácido fólico
5mg/dia desde antes da gravidez, até o final.
4 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI
MEDICAÇÕES ABCDX
Categorias A-B (podem ser utilizados na gravidez):
 Adoçantes: aspartame
 Antibióticos: cefalosporinas, clavunalato,
clindamicina, eritromicina (estearato), nitrofurantoína
 Analgésicos: paracetamol
 Antifúngicos: clotrimazol, nistatina
 Anti-eméticos: meclisina, metoclopramida (plasil),
ondasetrona
 Anti-helmínticos: mebendazol, pirantel, tiabendazol
 Outros: fenoterol,insulinas, levotiroxina,
terbutalina, corticóides
Muitas vezes prefiro dar corticoide a AINE! AINE faz muita
vasodilatação, enquanto o corticoide é mais natural por ser
produzido pelo corpo.
Categorias C-D (posso dar, dependendo da situação)
 Analgésicos: salicilatos, morfina e seus derivados
 Ansiolíticos: benzodiazepínicos, antagonistas B-
adrenérgicos
 Anticoagulantes: usar heparina até a 12 semana,
substituir por cumarínicos e retornar com heparina após
a 30 semana
 Anticonvulsivantes: fenitoína, fenobarbital,
carbamazepina
 Antidepressivos: tricíclicos, carbonato de lítio, inibidores
da hidroxitriptamina
 Anti-helmínticos: violeta de genciana
 Anti-hipertensivos: IECA, B-adrenérgicos
 Anti-inflamatórios: são seguros por curto intervalo
 Antimicrobianos: aminoglicosídeos, cloranfenicol,
sulfas, trimetropim, tetraciclinas
 Diuréticos: tiazidas, diuréticos de alça, poupadores de
potássio*
VACINAS
→ Não faz vacina de vírus vivo atenuado pra gravida!!!
DEVO FAZER:
1) HEPATITE B → Se pcte não tem, eu vacino!
→ Faço exame Anti-Hbs para ver se paciente possui imunidade.
Além disso, faço esse exame após cada dose, para ver se é
necessário dar a dose seguinte (são 03 doses).
2) INFLUENZA (H1N1) → QUALQUER CAMPANHA
→ Fazer em TODAS AS GESTANTES (exc. com alergia a ovo) -
Pode fazer assim que descobriu a gravidez
→ Deve renovar em todas as campanhas que tiverem!
3) DIFTERIA E TÉTANO → 20 SEMANAS + DTPA
→ Se não vacinou ou PERDEU O CARTÃO, vacino com as 03
doses!
→ Deve ser feita a partir de 20 semanas = São em: 20-28-36
semanas
→ 01 ou 02 doses eu só completo*
→ SE JÁ TENHO AS 3 DOSES → reforça com dTpa TODAS AS
GESTANTES
4) FEBRE AMARELA → morar em área endêmica for viajar
para área de risco deve-se fazer após o 1º trimestre.
5) ANTIRRÁBICA: se for necessário pode fazer em
qualquer situação. Ex.: mordedura de cão
6) Vacinas com organismo vivo atenuado (NÃO POSSO
FAZER) → sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite e
varicela
LOGO, VACINAS ESSENCIAIS:
1) DTPA + DTP (DIFTERIA E TETANO)
2) H1N1
3) HEPATITE B
EXAMES
β-HCG
PARA INICIAR O PRÉ-NATAL DEVE TER UM Β-HCG +
OU USG;
 Sérico: positivo após 08 dias da fecundação
 Urinário: positivo em qualquer amostra após 11 dias
→ > 2000 tem que ser visto saco gestacional intrauterino ou
extrauterino.
Hemograma
1ª CONSULTA E 28 SEMANAS.
 Primeira consulta (Hb 11) e 28 semanas (Hb 10.5)
 VR Hb na GESTAÇÃO → Até 20s Hb = 11
Depois de 20s Hb = 10,5
 Tratamento → SULFATO FERROSO 200mg/dia.
(Se tiver anemia, trato com SF. Se não tiver, começo o SF na 20ª
semana)
→ Peço TSH (0-3-6-9) por hipotireoidismo gestacional.
5 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI
Tipagem Sanguínea
1ª CONSULTA
Na gestante Rh-:
 Verificar Fator Du → confirma Rh-;
 Tipagem do pai → Pai com Rh+ pode levar à
eritroblastose fetal;
 Coombs indireto mensal → A hemácia do feto é
degradada pelo Anti-Rh da mãe - marcador de hemólise;
MS: coombs indireto com 30s (7m+2s)
Rh é um conjunto de antígenos de superfície da hemoglobina. Um
dos que mais causa problemas é o antígeno “Du” (que seria o +/-).
Outro grupo de antígenos é o sistema ABO.
SISTEMA ABO
* Vacina com 28 semanas (?)
Bebês que desenvolvem anemia pela hemólise, podem chegar à
óbito por insuficiência cardíaca.
Assim, podemos retirar o bebê da barriga da mãe mais cedo para
tratarmos, ou se for abaixo de 20 semanas, posso transfundir
sangue intraútero.
Existe uma vacina contra o anticorpo Anti-Rh, que deve ser aplicada
na mãe → entre 28 e 32 semanas da gravidez em todas as
gestantes negativas com o objetivo de diminuir a chance de
sensibilização ou no máximo 72h pós-parto!
Em casos de sangramento, tenho que dar a vacina, e se
necessário, devo tomar de novo antes do parto, pois a vacina
dura entre 3-4 meses (90-120d).
Ademais, no fim da gravidez é comum sangrar, logo, alguns livros
recomendam fazer essa VACINA PROFILATICAMENTE NA 28ª
SEMANA (7m).
Eletroforese de Hemoglobina
1ª CONSULTA
A doença mais comum de se ver é ANEMIA FALCIFORME.
É comum o pcte saber que tem esse tipo de anemia, mas se um
dos pais tem TRAÇO FALCEMICO (ou seja, genótipo de portador
da anemia). Se um dos pais tem o traço a criança tem 25% de
chance de ter anemia falciforme.
Glicemia
GLICEMIA 1ª CONSULTA + TOTG 24-28S
1. Glicemia jejum na primeira consulta (>85 devo rastrear)
2. TOTG (Teste Oral de Tolerância a Glicose) pós 75g
dextrosol em gestantes com fator de risco (obesidade,
HF+, rastreamento positivo...), entre 24-28 semanas
 Valores: 92, 180 (1h) e 153 (2h)
Um ou mais valores alterados = DG
Se 02 glicemias jejum > 126 ou 01 afetada ocasional >200 – DG
 Diabéticas DIAGNOSTICADAS NA GRAVIDEZ (mesmo
se eu suspeitar que ela tinha antes) → DG
FATORES DE RISCO PARA DG:
 Glicemia de jejum na primeira consulta > 85
 Idade materna mais avançada (acima de 25 anos);
 Ganho de peso excessivo durante a gestação;
 Sobrepeso ou obesidade IMC > 25
 Síndrome dos ovários policísticos
 História prévia de filhos nascidos com mais de 4 kg
 História de diabetes gestacional prévio
 História familiar de diabetes em parentes de 1º grau
 Hipertensão arterial sistêmica e gestação múltipla.
6 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI
Se for sabidamente diabética antes da gestação, seguir protocolo
de diabetes.
PROTOCOLO PCTE DIABÉTICA PRÉ-GESTAÇÃO
Pacientes portadoras de DM2, em uso de hipoglicemiantes orais,
devem suspender essas medicações e iniciar tratamento com
insulina quando estiverem planejando engravidar, uma vez que não
há comprovação de segurança do uso de hipoglicemiantes no
primeiro trimestre.
Pacientes com diabetes pré-gestacional que já faziam uso de
insulina, em geral, necessitam de redução da dose em 10 a 20% no
primeiro trimestre, devido à maior ocorrência de hipoglicemia nesse
período. Após 18 semanas, é frequente a necessidade de aumento
progressivo da dose da insulina, sendo que, ao final da gestação, a
dose diária de insulina utilizada é, em média, o dobro da dose pré-
gestacional.
VDRL
1ª; 28-30 SEMANAS; FIM (MATGAR-MS)
Quando fazer?
 Primeira consulta
 28-30 semanas
 Parto/aborto/internações
 Não é específico de sífilis, assim → Se VDRL positivar,
confirmo com FTA-Abs (exame específico para sífilis)
 Titulação limítrofe: 1:8
 Riscos fetais: óbito intrauterino, abortamento, parto
prematuro, crescimento retardado, decesso neonatal e
sífilis congênita (más formações em múltiplos órgãos).
 A transmissão vertical só acontece nos 02 primeiros anos
após a infecção (pcte com sífilis terciaria não passa
verticalmente).
TRATAMENTO → Penicilina benzatina (Benzetacil) 1.200.000
UI em cada nádega (06 amp)
 SF Primária – 1 dose
 SF Secundária – 3 doses (a cada 7 dias)
 SF Terciária – 3 doses
Outra medicação → Eritromicina estearato 500mg 6/6h por 15-30
dias.
Deve titular mensalmente para controle da cura → se aumentar de
novo em 4x, trato novamente.
Deve tratar o parceiro(s).
O RN é tratado intraútero se o tratamento terminar 30 dias antes do
parto. Se o bebê nascer antes de 30 dias da última dose, ele não
foi tratado corretamente contra sífilis e deve continuar tomando
ATB.
O VDRL pode detectar outras doenças também, como por ex,
Lupus.
Toxoplasmose
1ª CONSULTA
Paciente deve realizar IgM e IgG na 1ª consulta.
 IgM → Ac de doença ativa
 IgG → Ac de memória
IgM + (POS) IgM – (NEG)
IgG +
(POS)
TRATAMENTO
TESTE DE
AVIDEZ
Susceptível (já teve)
Repito exame de 2/2
meses
IgG –
(NEG)
Nunca teve contato
A toxoplasmose resulta de infecção com um parasita comum
encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados.
→ Devemos dar orientações sobre a ingestão de alimentos
orgânicos, como verduras e legumes. A gravida não deve tocar nos
alimentos antes de lavados adequadamente por outra pessoa.
→ SE IgM POSITIVAR: Teste de Avidez para IgG de
toxoplasmose: é indicado para se avaliar se os anticorpos da
classe de IgG são de infecção recente ou anterior, mais pregressa.
Baixa avidez – baixo IgG, logo a infecção é aguda.
→ Faço em gestantes com menos de 16 sem.
7 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
A toxoplasmose no bebê.
 Alterações neurológicas
 Alterações oftalmológicas
 Retardo do crescimento intrauterino
 Anemia
 Catarata
 Ascite
Se a gestante contrair toxoplasmose no INÍCIO da gravidez →
MAIS chances de o feto contrair, mas é MENOS grave.
No final da gravidez é menos chance de transmissão vertical, mas
quando o feto contrai a doença, ela é em maior gravidade.
TRATAMENTO
SE INFECÇÃO AGUDA NA GESTAÇÃO:
Tratamento se diagnostico até 30 semanas: trata somente a mãe
 Espiramicina 500mg 2 cp (1g) VO 8/8hs
Tratamento se diagnóstico com > 30 semanas: trata a gestante e o
feto (tratamento potencialmente tóxico para menos de 30s)
 Pirimetamina 25mg VO 12/12 hs
 Sulfadiazina 500mg 3cp (1,5g) VO 12/12hs
 Ác. Folínico 10mg VO no almoço (á. fólico)
Solicitar USG mensalmente, se alterações, mudar esquema para
tríplice.
HIV
1ª CONSULTA E 30ª SEM
Um único positivo não fecha diagnóstico, logo confirmo com outro
teste:
 Western blot ou imunofluorescência (alternados)
 Teste rápido não confirma HIV
Preciso encaminhar ao infectologista.
HTLV
1ª CONSULTA
→ É um vírus do linfoma de células T, também um retrovírus,
semelhante ao vírus HIV.
Hepatite C
1ª CONSULTA – exame Anti-HCV
Hepatite B
1ª consulta – exame HBsAg e Anti-Hbs
HBsAg → é a substância presente na superfície do vírus da
hepatite B. Se permanecer alterado mais de 6 meses é hepatite B
crônica.
Anti-Hbs → marcador sanguíneo que revela a presença de
anticorpos contra a hepatite B no organismo (vacina 03 doses–
comprova se tem imunidade ao vírus).
 Se positivar procuro outras hepatites;
 Devo vacinar o RN até 12h após o nascimento → podem
se tornar portadores assintomáticos, com HbsAg positivo
até os 15 anos de idade.
Pesquisa de Estrepto B
35 A 37 SEMANAS – final da gravidez, quase 9 meses
 Durante a gestação: não existem dados que comprovem
rotura prematura de membranas e aumenta o risco de
sepse neonatal
TRATAMENTO → ATB 4hs pré-parto com penicilina
Clamídia
→ Não é protocolo do MS
Fazer em caso de grupo de risco:
 Abaixo de 25 anos
 História de DST ou HIV
 Mais de um parceiro
8 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI
 Usuária de drogas ilícitas
 Não faz uso de preservativo
Rubéola
→ Não é protocolo de o MS pedir
Deve-se vacinar no puerpério se IgG negativo.
 Não existem relatos de rubéola congênita nos casos em
que a vacinação foi realizada durante a gestação.
Citamegalovírus
 IgG só confere imunidade à determinada cepa do vírus.
Contaminação por fluídos corporais
Se IgM e IgG positivos antes de 16 semanas, fazer teste de avidez
para IgG
 Fetos: CIUR, hepatite, hidropisia, alterações de volume
do líquido amniótico, microcefalia, ventriculomegalia e
calcificações cerebrais
 RN: óbito em 20-30%, retardo no desenvolvimento
psiquicomotor, alterações oculares e surdez
neurossensorial
EAS + UROCULTURA
1ª consulta + 30s ou 1 por trimestre (0-3-6-9)
A infecção do trato urinário (ITU) é comum durante a gestação,
aparentemente em decorrência de estase urinária, que resulta de
dilatação ureteral de causa hormonal, de hipoperistaltismo
ureteral também de causa hormonal e da pressão do útero em
expansão sobre os ureteres. Bacteriúria assintomática ocorre em
cerca de 15% das gestações e, algumas vezes, progride
para cistite sintomática ou pielonefrite. Uma infecção do trato
urinário franca em geral não é precedida por bacteriúria
assintomática.
1ª
CONSULTA
1. Β-HCG
2. Hemograma → + 28 semanas
3. Tipagem sanguínea + Coombs
indireto
4. Eletroforese de hemoglobina
5. Glicemia
6. VDRL → + 24-28s e no parto
7. Toxoplasmose
8. HTLV
9. Hepatite C – anti-HCV
10. Hepatite B – Anti-Hbs + HbsAg
11. EAS
Tomar Ácido Fólico
Vacinas HB, H1N1
12
SEM
EAS
20
SEM
Tomar Sulfato ferroso
Vacina Dt/Dtpa
24
SEM
EAS
28
SEM
Tomar Ômega 3
36
SEM
EAS
Pesquisa estrepto B

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SAUDE DA MULHER 2 - GINECOLOGIA E OBSTETRICIA RESUMO

  • 1. 1 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI Pré-Natal AULA 1 – ASSISTENCIA AO PRÉ-NATAL  Quem faz o pré-natal? O clínico do PSF, de acordo com o Ministério da Saúde.  Se for de ALTO RISCO, encaminho ao OBSTETRA, mas continuo acompanhando a paciente. QUANTAS CONSULTAS? De acordo com o MS, devem ser 6:  1º tri (0-3m / 0-12 sem) = 1  2º tri (3-6m / 12-24 sem) = 2  3º (6-9 m / 24-40 sem) tri = 3 (1 / 2 / 3) De acordo com a SBGO, devem ser:  Até 28 semanas (7 meses) = 1x/MÊS  De 28 – 37 semanas (meio) = 2x/MÊS (quinzenal)  De 37 (a termo) – nascimento = 4x/MÊS (semanal) (1-2-4) IDADE GESTACIONAL IG = DUM – dia da consulta / 7 Ex.1: DUM 15/04/2020 – consulta dia 22/06/2020 Abril tem 30 dias, logo sobram 15 dias. Mês de Abril até junho são = 31+22 = 53 15 + 53 = 68 68 : 7 = 9, resto: 5 → Logo, a IG (ou seja, a idade do neném hoje) será = 9 semanas e 5 dias (9+5) DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP) É calculada pela regra de Naegle:  Abril – Dezembro → DUM – 3  Janeiro – Março → DUM + 9 Lembre-se Abril a Dez são 9 meses; Jan a Mar são 3 meses. Logo, você troca os 2: Abril – Dezembro → DUM – 3 Janeiro – Março → DUM + 9 TEMPO DE GRAVIDEZ  36s 6d = PRÉ-TERMO  37s – 41s = TERMO  >42 sem = PÓS-TERMO → A gravidez conta as duas semanas entre a DUM e a ovulação (onde a mulher realmente engravida). Logo, sempre fica com uma margem de erro. ANAMNESE E EXAME FÍSICO  Identificação (idade, profissão, instrução...)  Antecedentes familiares (DM, anomalia fetal...)  Antecedentes pessoais (DST, alergias, ITU...)  Antecedentes ginecológicos (leiomiomas, DUM...)  Antecedentes obstétricos (DMG, CIUR, anomalias, abortos...)  Cálculo IG pela Regra de Naegele (280 dias) EXAME FÍSICO  Exame físico geral (PA <140x90)  Exame abdome:  Inspeção (↑ ou ↓)  Palpação (Leopold 24s (28s), apresentação 36s)  Manobra de Leopold – para saber a posição do neném dentro do útero. Quando o bebê encaixa na pelve, quer dizer que ele está na medida do menor estreito, ou seja, ele não consegue mais ser empurrado para dentro. GANHO PONDERAL NA GRAVIDEZ  IMC < 19,8 → 12,5 – 18  IMC 19,8-26 → 11,5 – 16  IMC 26-29 → 7 – 11,5  IMC > 29 → 7  1º trim -> 0.2kg/sem  2º e 3º trim -> 0.3 a 0.4kg/sem
  • 2. 2 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI  Ausculta fetal:  Pinard 22s (parece um copo na parede)  Sonar 10-12s (médicos geralmente 40s)  USG transvaginal >6s  Altura uterina Altura uterina – sínfise púbica até altura do útero. Cresce 1cm por semana! IG – 4 = comprimento → A medida vai ser um pouco aumentada, pelo fato de contar também o tecido adiposo da paciente. → A medida muda conforme a posição fetal. ULTRASSOM O ULTRASSOM ERRA se ele for feito em tal período:  1º Trimestre – 5 dias  2º Trimestre – 10 dias  3º Trimestre – 17 dias(5-10-17)  1º TRIMESTRE (11-13+6 SEMANAS) – Morfológico (particular) ou Obstétrico pélvico (SUS)  Idade gestacional  Número de embriões  Anatomia embrionária (TN)  2º TRIMESTRE (20-24 SEMANAS) – Morfológico (particular) ou Obstétrico pélvico (SUS)  Anatomia (morfológico)  Medida do colo uterino  26-28 semanas → ECOFETAL  3º TRIMESTRE (30-34 SEMANAS) – USG com Doppler (particular ou FR para descolamento de placenta) ou Obstétrico pélvico (SUS)  Anatomia fetal  Crescimento e vitalidade  Apresentação → MS alega que não é necessário realizar USG se a gravidez não é de risco. MORFOLÓGICO → é um exame de ultrassonografia que permite avaliar com riqueza de detalhes a saúde e o desenvolvimento do bebê. Assim, é possível avaliar se tudo está acontecendo conforme o esperado para a idade gestacional. ABORTO X PARTO PREMATURO  ABORTO – feto com -500g e -20 semanas (fica no hospital)  P. PREMATURO – feto com +500g ou +20 semanas (é enterrado) CESÁREA Indicação: 02 cesáreas prévias ou 1 cesárea em menos de um ano. FATORES DE RISCO  Álcool  Drogas  Tabaco  Idade IDADE  +30 anos = em caso de 1º filho  +35 anos = em caso de 2º filho MORBIDADES Se a paciente tomando Dia D ou ACO e engravido → FR para Gravidez Ectópica Comorbidades que preocupam o médico:  HAS - pressão alta na gravidez diminui o fluxo de sangue para o bebê. Habitualmente, ele pode apresentar retardo no crescimento, displasia bronco pulmonar e morte. Dependendo do grau de pressão alta, o parto pode ser antecipado e o bebê nascer prematuro.  Tireoide  HIPOTIREOIDISMO → Na gestante, pode contribuir para o aumento de sangramentos, abortos prematuros, além de hipertensão. Já com relação ao bebê, pode causar problemas mentais, déficit cognitivo e aparecimento de bócio.  HIPERTIREOIDISMO → O mau controle da tireotoxicose está associado a perda fetal, hipertensão gestacional, prematuridade, baixo peso ao nascimento, restrição de crescimento intrauterino, crise tireotóxica e insuficiência cardíaca congestiva materna.  Asma → devido às medicações que usamos no parto, que pode desencadear uma crise
  • 3. 3 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI  Diabetes → hiperglicemia incentiva a hiperinsulinemia, que causa crescimento excessivo e ganho de peso do feto. TABAGISMO O cigarro faz vasoconstricção, logo, poderá contrair as artérias espiraladas do útero e do endométrio. Ademais, calcificações se formam no interior dessas artérias, e a partir disso, teremos menos sangue chegando à placenta. Além disso, as toxinas do cigarro causam má formação fetal e dificulta as sinapses que se formam no bebê (oposto do Ômega 3).  AÇÃO DIRETA → fenda palatina e vesgo  AÇÃO INDIRETA (sob a placenta) → prematuro, baixo peso, aborto e descolamento de placenta  APÓS O PARTO → morte súbita; programming (ins. Respiratória); redução das VA e altera cognição. ETILISMO  AÇÃO DIRETA → Anomalias cranioencefálicas, cardíacas, urinárias e musculoesquelética  AÇÃO INDIRETA → prematuro, baixo peso, aborto e hipertonia uterina APÓS O PARTO → síndrome alcóolica fetal; retardo mental e alteração de comportamento. SÍNDROME ALCOOLICA FETAL  alterações na face: olhos pequenos, lábio superior muito fino, nariz curto e pouca separação entre nariz e boca. Os pacientes com síndrome alcoólica fetal também podem nascer com apêndices na face, que são pequenas verrugas ou crescimentos anormais que surgem em pontos como nariz, bochechas e orelhas.  alterações físicas: microcefalia, problemas de visão e audição, defeito em órgãos como coração, rins e ossos, além de crescimento lento.  dificuldades de concentração, memória e aprendizado;  falta de coordenação motora e de equilíbrio;  impulsividade;  falta de habilidade na solução de problemas e no entendimento de consequências.  tendência ao abuso de álcool e de outras drogas;  agressividade; COCAÍNA Agressividade e dificuldade de aprendizado. Má formação renal, olhos, cérebro; HEROÍNA/MORFINA Sem teratogenia, mas causa abstinência 72h após o parto; MACONHA Retardo na maturação do SNC (ele faz tudo normalmente, só demora um pouco mais para aprender/desenvolver) EXERCÍCIOS FÍSICOS Exercícios aeróbios e alongamento são permitidos em toda a gestação. A profissão da gestante deve ser avaliada de acordo com a função real e a IG. RELAÇÕES SEXUAIS → A gestante pode fazer, exceto em casos que ela esteja sangrando → não há comprovações que induz ao parto. VITAMINAS 1) ÁCIDO FÓLICO (VIT B9) Período = 60 – 90 dias antes da concepção até o fim da gravidez (ou 12ª semana)  É fator protetor par Pré-Eclâmpsia e fechamento do tubo neural  Dose: 400mcg/dia → Toma-se 5mg/dia 2) SULFATO FERROSO Previne anemia fisiológica na gestação.  Para profilaxia → início em 20 semanas (200mg/dia – 40mg de Fe+ diário)  Para tratamento → início no momento que a gestante apresentar anemia 3) ÔMEGA 3 Auxilia na formação das sinapses (aumenta QI 20-30%); diminui depressão pós-parto e reduz parto prematuro.  Período → A partir de 28 semanas até 07 anos (600mg/dia). Pode ser substituído pela ingestão de peixes de água fria (como salmão e sardinha) LOGO, Ferro 200mg/dia a partir da 20ª semana (5º mês). Ácido fólico 5mg/dia desde antes da gravidez, até o final.
  • 4. 4 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI MEDICAÇÕES ABCDX Categorias A-B (podem ser utilizados na gravidez):  Adoçantes: aspartame  Antibióticos: cefalosporinas, clavunalato, clindamicina, eritromicina (estearato), nitrofurantoína  Analgésicos: paracetamol  Antifúngicos: clotrimazol, nistatina  Anti-eméticos: meclisina, metoclopramida (plasil), ondasetrona  Anti-helmínticos: mebendazol, pirantel, tiabendazol  Outros: fenoterol,insulinas, levotiroxina, terbutalina, corticóides Muitas vezes prefiro dar corticoide a AINE! AINE faz muita vasodilatação, enquanto o corticoide é mais natural por ser produzido pelo corpo. Categorias C-D (posso dar, dependendo da situação)  Analgésicos: salicilatos, morfina e seus derivados  Ansiolíticos: benzodiazepínicos, antagonistas B- adrenérgicos  Anticoagulantes: usar heparina até a 12 semana, substituir por cumarínicos e retornar com heparina após a 30 semana  Anticonvulsivantes: fenitoína, fenobarbital, carbamazepina  Antidepressivos: tricíclicos, carbonato de lítio, inibidores da hidroxitriptamina  Anti-helmínticos: violeta de genciana  Anti-hipertensivos: IECA, B-adrenérgicos  Anti-inflamatórios: são seguros por curto intervalo  Antimicrobianos: aminoglicosídeos, cloranfenicol, sulfas, trimetropim, tetraciclinas  Diuréticos: tiazidas, diuréticos de alça, poupadores de potássio* VACINAS → Não faz vacina de vírus vivo atenuado pra gravida!!! DEVO FAZER: 1) HEPATITE B → Se pcte não tem, eu vacino! → Faço exame Anti-Hbs para ver se paciente possui imunidade. Além disso, faço esse exame após cada dose, para ver se é necessário dar a dose seguinte (são 03 doses). 2) INFLUENZA (H1N1) → QUALQUER CAMPANHA → Fazer em TODAS AS GESTANTES (exc. com alergia a ovo) - Pode fazer assim que descobriu a gravidez → Deve renovar em todas as campanhas que tiverem! 3) DIFTERIA E TÉTANO → 20 SEMANAS + DTPA → Se não vacinou ou PERDEU O CARTÃO, vacino com as 03 doses! → Deve ser feita a partir de 20 semanas = São em: 20-28-36 semanas → 01 ou 02 doses eu só completo* → SE JÁ TENHO AS 3 DOSES → reforça com dTpa TODAS AS GESTANTES 4) FEBRE AMARELA → morar em área endêmica for viajar para área de risco deve-se fazer após o 1º trimestre. 5) ANTIRRÁBICA: se for necessário pode fazer em qualquer situação. Ex.: mordedura de cão 6) Vacinas com organismo vivo atenuado (NÃO POSSO FAZER) → sarampo, caxumba, rubéola, poliomielite e varicela LOGO, VACINAS ESSENCIAIS: 1) DTPA + DTP (DIFTERIA E TETANO) 2) H1N1 3) HEPATITE B EXAMES β-HCG PARA INICIAR O PRÉ-NATAL DEVE TER UM Β-HCG + OU USG;  Sérico: positivo após 08 dias da fecundação  Urinário: positivo em qualquer amostra após 11 dias → > 2000 tem que ser visto saco gestacional intrauterino ou extrauterino. Hemograma 1ª CONSULTA E 28 SEMANAS.  Primeira consulta (Hb 11) e 28 semanas (Hb 10.5)  VR Hb na GESTAÇÃO → Até 20s Hb = 11 Depois de 20s Hb = 10,5  Tratamento → SULFATO FERROSO 200mg/dia. (Se tiver anemia, trato com SF. Se não tiver, começo o SF na 20ª semana) → Peço TSH (0-3-6-9) por hipotireoidismo gestacional.
  • 5. 5 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI Tipagem Sanguínea 1ª CONSULTA Na gestante Rh-:  Verificar Fator Du → confirma Rh-;  Tipagem do pai → Pai com Rh+ pode levar à eritroblastose fetal;  Coombs indireto mensal → A hemácia do feto é degradada pelo Anti-Rh da mãe - marcador de hemólise; MS: coombs indireto com 30s (7m+2s) Rh é um conjunto de antígenos de superfície da hemoglobina. Um dos que mais causa problemas é o antígeno “Du” (que seria o +/-). Outro grupo de antígenos é o sistema ABO. SISTEMA ABO * Vacina com 28 semanas (?) Bebês que desenvolvem anemia pela hemólise, podem chegar à óbito por insuficiência cardíaca. Assim, podemos retirar o bebê da barriga da mãe mais cedo para tratarmos, ou se for abaixo de 20 semanas, posso transfundir sangue intraútero. Existe uma vacina contra o anticorpo Anti-Rh, que deve ser aplicada na mãe → entre 28 e 32 semanas da gravidez em todas as gestantes negativas com o objetivo de diminuir a chance de sensibilização ou no máximo 72h pós-parto! Em casos de sangramento, tenho que dar a vacina, e se necessário, devo tomar de novo antes do parto, pois a vacina dura entre 3-4 meses (90-120d). Ademais, no fim da gravidez é comum sangrar, logo, alguns livros recomendam fazer essa VACINA PROFILATICAMENTE NA 28ª SEMANA (7m). Eletroforese de Hemoglobina 1ª CONSULTA A doença mais comum de se ver é ANEMIA FALCIFORME. É comum o pcte saber que tem esse tipo de anemia, mas se um dos pais tem TRAÇO FALCEMICO (ou seja, genótipo de portador da anemia). Se um dos pais tem o traço a criança tem 25% de chance de ter anemia falciforme. Glicemia GLICEMIA 1ª CONSULTA + TOTG 24-28S 1. Glicemia jejum na primeira consulta (>85 devo rastrear) 2. TOTG (Teste Oral de Tolerância a Glicose) pós 75g dextrosol em gestantes com fator de risco (obesidade, HF+, rastreamento positivo...), entre 24-28 semanas  Valores: 92, 180 (1h) e 153 (2h) Um ou mais valores alterados = DG Se 02 glicemias jejum > 126 ou 01 afetada ocasional >200 – DG  Diabéticas DIAGNOSTICADAS NA GRAVIDEZ (mesmo se eu suspeitar que ela tinha antes) → DG FATORES DE RISCO PARA DG:  Glicemia de jejum na primeira consulta > 85  Idade materna mais avançada (acima de 25 anos);  Ganho de peso excessivo durante a gestação;  Sobrepeso ou obesidade IMC > 25  Síndrome dos ovários policísticos  História prévia de filhos nascidos com mais de 4 kg  História de diabetes gestacional prévio  História familiar de diabetes em parentes de 1º grau  Hipertensão arterial sistêmica e gestação múltipla.
  • 6. 6 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI Se for sabidamente diabética antes da gestação, seguir protocolo de diabetes. PROTOCOLO PCTE DIABÉTICA PRÉ-GESTAÇÃO Pacientes portadoras de DM2, em uso de hipoglicemiantes orais, devem suspender essas medicações e iniciar tratamento com insulina quando estiverem planejando engravidar, uma vez que não há comprovação de segurança do uso de hipoglicemiantes no primeiro trimestre. Pacientes com diabetes pré-gestacional que já faziam uso de insulina, em geral, necessitam de redução da dose em 10 a 20% no primeiro trimestre, devido à maior ocorrência de hipoglicemia nesse período. Após 18 semanas, é frequente a necessidade de aumento progressivo da dose da insulina, sendo que, ao final da gestação, a dose diária de insulina utilizada é, em média, o dobro da dose pré- gestacional. VDRL 1ª; 28-30 SEMANAS; FIM (MATGAR-MS) Quando fazer?  Primeira consulta  28-30 semanas  Parto/aborto/internações  Não é específico de sífilis, assim → Se VDRL positivar, confirmo com FTA-Abs (exame específico para sífilis)  Titulação limítrofe: 1:8  Riscos fetais: óbito intrauterino, abortamento, parto prematuro, crescimento retardado, decesso neonatal e sífilis congênita (más formações em múltiplos órgãos).  A transmissão vertical só acontece nos 02 primeiros anos após a infecção (pcte com sífilis terciaria não passa verticalmente). TRATAMENTO → Penicilina benzatina (Benzetacil) 1.200.000 UI em cada nádega (06 amp)  SF Primária – 1 dose  SF Secundária – 3 doses (a cada 7 dias)  SF Terciária – 3 doses Outra medicação → Eritromicina estearato 500mg 6/6h por 15-30 dias. Deve titular mensalmente para controle da cura → se aumentar de novo em 4x, trato novamente. Deve tratar o parceiro(s). O RN é tratado intraútero se o tratamento terminar 30 dias antes do parto. Se o bebê nascer antes de 30 dias da última dose, ele não foi tratado corretamente contra sífilis e deve continuar tomando ATB. O VDRL pode detectar outras doenças também, como por ex, Lupus. Toxoplasmose 1ª CONSULTA Paciente deve realizar IgM e IgG na 1ª consulta.  IgM → Ac de doença ativa  IgG → Ac de memória IgM + (POS) IgM – (NEG) IgG + (POS) TRATAMENTO TESTE DE AVIDEZ Susceptível (já teve) Repito exame de 2/2 meses IgG – (NEG) Nunca teve contato A toxoplasmose resulta de infecção com um parasita comum encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados. → Devemos dar orientações sobre a ingestão de alimentos orgânicos, como verduras e legumes. A gravida não deve tocar nos alimentos antes de lavados adequadamente por outra pessoa. → SE IgM POSITIVAR: Teste de Avidez para IgG de toxoplasmose: é indicado para se avaliar se os anticorpos da classe de IgG são de infecção recente ou anterior, mais pregressa. Baixa avidez – baixo IgG, logo a infecção é aguda. → Faço em gestantes com menos de 16 sem.
  • 7. 7 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI TOXOPLASMOSE CONGÊNITA A toxoplasmose no bebê.  Alterações neurológicas  Alterações oftalmológicas  Retardo do crescimento intrauterino  Anemia  Catarata  Ascite Se a gestante contrair toxoplasmose no INÍCIO da gravidez → MAIS chances de o feto contrair, mas é MENOS grave. No final da gravidez é menos chance de transmissão vertical, mas quando o feto contrai a doença, ela é em maior gravidade. TRATAMENTO SE INFECÇÃO AGUDA NA GESTAÇÃO: Tratamento se diagnostico até 30 semanas: trata somente a mãe  Espiramicina 500mg 2 cp (1g) VO 8/8hs Tratamento se diagnóstico com > 30 semanas: trata a gestante e o feto (tratamento potencialmente tóxico para menos de 30s)  Pirimetamina 25mg VO 12/12 hs  Sulfadiazina 500mg 3cp (1,5g) VO 12/12hs  Ác. Folínico 10mg VO no almoço (á. fólico) Solicitar USG mensalmente, se alterações, mudar esquema para tríplice. HIV 1ª CONSULTA E 30ª SEM Um único positivo não fecha diagnóstico, logo confirmo com outro teste:  Western blot ou imunofluorescência (alternados)  Teste rápido não confirma HIV Preciso encaminhar ao infectologista. HTLV 1ª CONSULTA → É um vírus do linfoma de células T, também um retrovírus, semelhante ao vírus HIV. Hepatite C 1ª CONSULTA – exame Anti-HCV Hepatite B 1ª consulta – exame HBsAg e Anti-Hbs HBsAg → é a substância presente na superfície do vírus da hepatite B. Se permanecer alterado mais de 6 meses é hepatite B crônica. Anti-Hbs → marcador sanguíneo que revela a presença de anticorpos contra a hepatite B no organismo (vacina 03 doses– comprova se tem imunidade ao vírus).  Se positivar procuro outras hepatites;  Devo vacinar o RN até 12h após o nascimento → podem se tornar portadores assintomáticos, com HbsAg positivo até os 15 anos de idade. Pesquisa de Estrepto B 35 A 37 SEMANAS – final da gravidez, quase 9 meses  Durante a gestação: não existem dados que comprovem rotura prematura de membranas e aumenta o risco de sepse neonatal TRATAMENTO → ATB 4hs pré-parto com penicilina Clamídia → Não é protocolo do MS Fazer em caso de grupo de risco:  Abaixo de 25 anos  História de DST ou HIV  Mais de um parceiro
  • 8. 8 ANA PAULA S. ALMEIDA SAÚDE DA MULHER II 7º Período - MED XI  Usuária de drogas ilícitas  Não faz uso de preservativo Rubéola → Não é protocolo de o MS pedir Deve-se vacinar no puerpério se IgG negativo.  Não existem relatos de rubéola congênita nos casos em que a vacinação foi realizada durante a gestação. Citamegalovírus  IgG só confere imunidade à determinada cepa do vírus. Contaminação por fluídos corporais Se IgM e IgG positivos antes de 16 semanas, fazer teste de avidez para IgG  Fetos: CIUR, hepatite, hidropisia, alterações de volume do líquido amniótico, microcefalia, ventriculomegalia e calcificações cerebrais  RN: óbito em 20-30%, retardo no desenvolvimento psiquicomotor, alterações oculares e surdez neurossensorial EAS + UROCULTURA 1ª consulta + 30s ou 1 por trimestre (0-3-6-9) A infecção do trato urinário (ITU) é comum durante a gestação, aparentemente em decorrência de estase urinária, que resulta de dilatação ureteral de causa hormonal, de hipoperistaltismo ureteral também de causa hormonal e da pressão do útero em expansão sobre os ureteres. Bacteriúria assintomática ocorre em cerca de 15% das gestações e, algumas vezes, progride para cistite sintomática ou pielonefrite. Uma infecção do trato urinário franca em geral não é precedida por bacteriúria assintomática. 1ª CONSULTA 1. Β-HCG 2. Hemograma → + 28 semanas 3. Tipagem sanguínea + Coombs indireto 4. Eletroforese de hemoglobina 5. Glicemia 6. VDRL → + 24-28s e no parto 7. Toxoplasmose 8. HTLV 9. Hepatite C – anti-HCV 10. Hepatite B – Anti-Hbs + HbsAg 11. EAS Tomar Ácido Fólico Vacinas HB, H1N1 12 SEM EAS 20 SEM Tomar Sulfato ferroso Vacina Dt/Dtpa 24 SEM EAS 28 SEM Tomar Ômega 3 36 SEM EAS Pesquisa estrepto B