O documento descreve a origem e evolução das celebrações de Ano Novo ao longo da história em diferentes culturas. Menciona que as primeiras comemorações ocorreram na Mesopotâmia por volta de 2000 a.C. e que a data mudou ao longo dos calendários até ser consolidada no Ocidente no dia 1o de janeiro, influenciada pelos romanos e posteriormente pela Igreja. Também aborda detalhes das celebrações em outros países e culturas e a disseminação da festa ocidental no mundo.
Origens e tradições do Réveillon ao redor do mundo
1. Réveillon – Uma história de
crença sobre o tempo...
Claudney S. dos Santos
2.
3. Uma origem remota
• Embora a vida siga seu curso “temporal linear” (ficamos
mais velhos a cada dia, minuto e segundo. As coisas
viventes, nascem, crescem, reproduzem, envelhecem e
morrem) o ser humano necessita da compreensão de uma
natureza cíclica.
• O Homo-sapiens aprendeu ainda no neolítico, que o
segredo da sobrevivência no Planeta Terra era identificar
os períodos bons de plantio e colheita, daí a invenção e uso
dos calendários e a comemoração de um renovo, ligado
tradição agrícola e a fé em um por vir de fatura...
• Sacerdotes de todos os credos, nos mais diversos povos da
Antiguidade, iniciaram cultos e oferendas que agradassem
os deuses, no intuito de garantir a normalidade das
estações climáticas e tão logo fartura para seu povo.
4. Cultura e celebração
• A primeira comemoração, chamada de
"Festival de ano-novo" ocorreu na
Mesopotâmia por volta de 2.000 a. C. Na
Babilônia, a festa começava na ocasião da lua
nova indicando o equinócio da primavera, ou
seja, um dos momentos em que o Sol se
aproxima da linha do Equador onde os dias e
noites tem a mesma duração.
5. Cultura e celebração
• As festas de ano-novo se consolidou na
maioria dos países há 500 anos. Porém Desde
os calendários babilônicos (2.800 a.C.) até o
calendário gregoriano, o réveillon mudou
muitas vezes de data, isso porque tal data
depende de como cada povo constituía seu
calendário.
6. Passeio cultural:
• Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o
ano-novo no mês de setembro (dia 23). Já os gregos,
celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21
ou 22 do mês de dezembro.
• Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um
dia no calendário para a comemoração desta grande
festa (753 a.C. - 476 d.C.) O ano começava em 1º de
março, mas foi trocado em 153 a. C. para 1º de janeiro
e mantido no calendário juliano, adotado em 46 a. C.
Em 1582 a Igreja consolidou a comemoração, quando
adotou o calendário gregoriano.
7. Passeio cultural:
• Alguns povos e países comemoram em datas diferentes.
Ainda hoje, na China, a festa da passagem do ano começa
em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os
festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos.
No Japão, o ano-novo é comemorado do dia 1º de janeiro ao
dia 3 de janeiro.
• A comunidade judaica tem um calendário próprio e sua festa
de ano-novo ou Rosh Hashaná, - "A festa das trombetas" -,
dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de
setembro ao início de outubro do calendário gregoriano.
• Para os islâmicos, o ano-novo é celebrado em meados de
maio, marcando um novo início. A contagem corresponde ao
aniversário da Hégira (em árabe, emigração), cujo Ano Zero
corresponde ao nosso ano de 622, pois nesta ocasião, o
profeta Maomé, deixou a cidade de Meca estabelecendo-se
em Medina.
8. Um aspecto cultural da Europa
Ocidental
• A comemoração ocidental tem origem num
decreto do governador romano Júlio César,
que fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano-
Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse
dia a Jano, o deus dos portões. O mês de
Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha
duas faces - uma voltada para frente e a outra
para trás.
9. Europa Ocidental disseminou sua
cultura no século XIX – era a época do
Imperialismo
O Ano-Novo ou Réveillon é um evento que
acontece quando uma cultura celebra o fim de
um ano e o começo do próximo. Todas as
culturas que têm calendários anuais celebram o
"Ano-Novo". A celebração do evento é também
chamada réveillon, termo oriundo do verbo
francês réveiller, que em português significa
"despertar".
10. Europa Ocidental disseminou sua
cultura no século XIX – era a época do
Imperialismo
• Nas colônias europeias, as elites brancas
festejavam em clubes fechados. Logo as
comemorações ganharam as ruas, e o
processo de apropriação cultural misturou-se
com credos locais, dando o cunho local que as
festividades têm hoje, principalmente na
América Latina, Alguns países africanos e
asiáticos.
11. No Brasil, como nasceu as festas do
Ano Bom ou Réveillon?
• No Brasil, os primeiros Réveillons foram
realizados na corte de dom Pedro 2º, no Rio, e
logo copiados pelas elites paulistas. Mas
alguns detalhes foram incorporados depois,
recheando o jantar francês com um
sincretismo bem brasileiro.
12. Curiosidade: Por que bebemos Champagne
no Réveillon?
• É difícil definirmos um início para tal tradição.
Mais do que um costume da virada do ano, o
espumante acompanha celebrações há séculos. É
bastante conhecido o gosto da aristocracia
europeia pelo vinho em momentos especiais de
todos os tipos. Se voltarmos ainda mais no
tempo, a preferência da alta sociedade romana
pelo vinho é extensamente documentada, e a
bebida se fazia obrigatória em qualquer ocasião
de comemoração.
13. Curiosidade: Por que bebemos
Champagne no Réveillon?
• O vinho espumante foi criado apenas no século
XVI e levou aproximadamente dois séculos até
que fosse aperfeiçoado e se transformasse numa
versão mais próxima da bebida que conhecemos
hoje através do método Champenoise.
Curiosamente, os primeiros champagnes não
eram produzidos na França, mas sim na
Inglaterra, pois os ingleses possuíam a tecnologia
e o conhecimento para a produção de garrafas de
vidro resistentes o suficiente para aguentar a
pressão do CO2 durante a fermentação da
bebida.
14. Curiosidade: Por que bebemos
Champagne no Réveillon?
• Mais caro do que o vinho tradicional, o
champagne rapidamente ganhou status de
produto de luxo no meio da alta sociedade.
Era a bebida preferida da nobreza e dos mais
privilegiados. Além de significar status, ela
logo começou a ser usada em festividades. A
realeza adorava a novidade e acreditava que a
bebida trazia efeitos positivos para a beleza
das mulheres e inteligência dos homens.