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25.08. Rubras Mariposas revisita o apogeu e decadência de uma outra Londrina
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Making of Rubras Mariposas. Crédito Foto: Eric Aristides Coutinho
Chegaram ao fim as gravações do curta-metragem Rubras Mariposas. Uma realização da Clareira Filmes, com direção de Anderson Craveiro, a produção pé-
vermelho vai traçar um panorama poético da Londrina boemia dos anos 50, desde o auge da produção cafeeira até seu declínio na década de 70.
O nome do filme é um trocadilho poético: mariposas se refere às prostitutas e rubras é uma alusão à terra vermelha, a cor da noite e da paixão.
O elenco/figuração contou com mais de cem pessoas, a maioria de Londrina, como o ator e dramaturgo Mário Bortoloto, que veio de São Paulo para participar das
gravações.
A produção teve ainda as participações de mais dois grandes atores nacionais: Maria Alice Vergueiro, atriz renomada do teatro, cinema e tevê, que ficou famosa
recentemente como a protagonista do curta Tapa na Pantera, sucesso na internet; e Luciano Chirolli, ator que já trabalhou em várias novelas e filmes, entre eles
Bruna Surfistinha.
Clareira Filmes
Rubras Mariposas também lança em Londrina um novo grupo de cinema – o Clareira Filmes, que além de Craveiro tem a participação de vários alunos e egressos
da Unopar.
“A inspiração para esse filme veio do livro Terra Vermelha, do escritor Domingos Pellegrini, onde ele fala sobre uma passeata de prostitutas. Essa cena, tão
inusitada, ficou na minha mente e a partir daí eu comecei a pesquisar sobre a prostituição em Londrina. Li Noites Ilícitas (Edson Holtz Leme), que é um excelente
documento da época e também Eny e o Grande Bordel Brasileiro (Lucius de Mello), ouvi muitos depoimentos de pessoas da cidade, levantei muito material e
daí desenvolvi um roteiro”, conta Craveiro.
Devido à sua formação – Anderson Craveiro é diretor de fotografia, professor do curso de Artes Visuais da Unopar e trabalhou na premiada trilogia Satori Uso,
Booker Pittman e Haruo Ohara – Rubras Mariposas deve mostrar o contexto histórico, social e econômico da época com uma visão poética.
O orçamento é modesto – R$ 92 mil reais financiados pelo Promic. “Na realidade o filme teria um custo de R$ 120 mil. A gente faz milagre, é sempre assim no
cinema brasileiro”, comenta o professor. A produção tem parceria com o Cemitério de Automóveis e a estréia está prevista para dezembro deste ano.
Fonte: com infos da Unopar
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