4. O risco médio de se adquirir o HIV é de,
aproximadamente, 0,3% após exposição
percutânea, e de 0,09 % após exposição
mucocutânea.
A probabilidade de infecção pelo vírus da
hepatite B após exposição percutânea pode
atingir até 40% em exposições onde o
paciente-fonte apresente sorologia HBsAg
reativa.
Para o vírus da hepatite C, o risco médio é de
1,8%;
RISCO BIOLÓGICO
5. Um estudo caso-controle, com o uso profilático do AZT (zidovudina),
demonstrou uma associação entre o uso de quimioprofilaxia e a
redução de 81% do risco de soroconversão após exposição
ocupacional.
Após exposição ocupacional a material biológico, mesmo para
profissionais não imunizados, o uso da vacina, associado ou não a
gamaglobulina hiperimune para hepatite B, é uma medida que,
comprovadamente, reduz o risco de infecção.
Não existe intervenção específica para prevenir a transmissão do vírus
da hepatite C após exposição ocupacional
Eficácia das medidas de controle
7. • Luvas - sempre que houver possibilidade de contato com
sangue, secreções e excreções, com mucosas ou com áreas de
pele não íntegra;
• Máscaras, gorros e óculos de proteção - durante a realização de
procedimentos em que haja possibilidade de respingo de
sangue e outros fluidos corpóreos, nas mucosas da boca, nariz
e olhos do profissional;
8. • As medidas profiláticas pós-exposição não
são totalmente eficazes.
• É necessário implementar ações educativas
permanentes, que familiarizem os
profissionais de saúde com as precauções
universais e os conscientizem da necessidade
de empregá-las adequadamente.
9. Equipamentos de Proteção individual
para profissionais de saúde
• Capotes (aventais) - devem ser utilizados
durante os procedimentos com possibilidade
de contato com material biológico, inclusive
em superfícies contaminadas;
• Botas - proteção dos pés em locais úmidos
ou com quantidade significativa de material
infectante (centros cirúrgicos, áreas de
necrópsia e outros).
11. Máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a
realização de procedimentos que envolvam materiais pérfuro-
cortantes;
As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas,
quebradas ou retiradas da seringa com as mãos;
Não utilizar agulhas para fixar papéis;
13. • Os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos
potencialmente contaminados devem ser tratados como casos de
emergência médica, uma vez que as intervenções para profilaxia da
infecção pelo HIV e hepatite B necessitam ser iniciados logo após a
ocorrência do acidente, para a sua maior eficácia.
14. Importante pós- acidente
• ter um protocolo de atendimento.
• criar uma rotina de trabalho.
• treinar pessoas responsáveis para atendimento imediato ao acidente com
material biológico.
• ter o “KIT AIDS”.
• Colher os exames do paciente e do funcionário.
• avaliar início de medicação precocemente.
• fazer a notificaçào do acidente dentro do prazo estipulado.
15. Cuidados com a área
exposta
Exposição percutânea: lavar exaustivamente o local com água e
sabonete líquido.
Não apertar ou espremer o local, pois isto pode aumentar a superfície
de contato.
Exposição de mucosas: lavar bem o local com água ou solução
fisiológica 0,9%.
Nunca utilizar soluções irritantes como éter, benzina, hipoclorito, etc.
16. CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE
• Acidente leve: contato com secreções,
urina ou sangue em pele íntegra;
• Acidente moderado: contato com
secreções ou urina em mucosas; sem
sangue visível;
• Acidente grave: contato de líquido
orgânico contendo sangue visível com
mucosas ou exposição percutânea com
material pérfuro-cortante.
17. • Quando iniciar a terapia?
• O ideal é na primeira ou segunda hora
após a exposição.
• Quanto mais precoce, maior é a
probabilidade que a profilaxia seja
eficaz.
NOS ACIDENTES GRAVES É MELHOR
COMEÇAR E POSTERIORMENTE
REAVALIAR A MANUTENÇÃO OU NÃO DAS
MEDICAÇÕES.
18. Profilaxia pós exposição
• Acidente leve: solicitar sorologias de HIV e hepatites
virais do profissional acidentado e sorologia de HIV
do paciente-fonte. Não prescrever ARV. Encaminhar à
Coordenadoria de DST/AIDS para acompanhamento.
• Acidente moderado: comunicar a enfermeira para
proceder à notificação do caso. Solicitar sorologias de
HIV e hepatites virais do acidentado e sorologia de
HIV do paciente-fonte. Prescrever: AZT (zidovudina)
100mg 02cps. VO 12/12h e Epivir® (lamivudina)
150mg 01cp. VO 12/12h.
19. • Acidente grave: seguir as mesmas recomendações
do acidente moderado e prescrever: AZT (zidovudina)
100mg 02cps. VO 12/12h; Epivir® (lamivudina)
150mg 01cp. VO 12/12h e Viracept® (nelfinavir)
250mg 03cps. VO 8/8h.
20. Profilaxia pós- exposição para
Hepatite B
• Esquema vacinal completo (3 doses): nada a fazer.
• Esquema vacinal incompleto e fonte HBsAg negativo: completar.
• Esquema vacinal incompleto, fonte HBsAg + ou desconhecido, e
vítima anti-HBs negativo: fazer imunoglobulina* (ideal nas primeiras
24 a 48 horas após o acidente).
*Tentar conseguir o status sorológico da fonte com urgência.