Este documento discute três tópicos principais: 1) os compromissos do GBC Brasil para o futuro do planeta após a COP 21; 2) o novo IPTU Verde em São Paulo que dará descontos de até 12% para edifícios certificados; e 3) a certificação WELL que prioriza a saúde e bem-estar dos ocupantes.
Este documento resume a 6a edição da Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo, realizada em São Paulo em agosto de 2015. O evento contou com 65 expositores, 56 sessões educacionais com 125 palestrantes do Brasil e do exterior, 830 congressistas e cerca de 4 mil visitantes. O Greenbuilding Brasil reforçou o compromisso do setor privado com a sustentabilidade no Brasil através de soluções inovadoras e casos de sucesso apresentados.
1. O relatório descreve as atividades e desempenho da 3M do Brasil em 2010, incluindo informações sobre sua visão, missão, valores, perfis de negócios, desempenho financeiro e iniciativas de sustentabilidade.
2. A 3M do Brasil busca inovar por meio de novas tecnologias para ajudar seus clientes, e relatou um crescimento de aproximadamente 21% em seu faturamento em 2010, atingindo R$2,4 bilhões.
3. O relatório também descreve os esforços da empresa em
O documento resume as atividades planejadas para 2010 pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo, incluindo cursos, missões empresariais e eventos de posse da nova diretoria e confraternização de fim de ano. O grupo MetalValley planeja lançar um portal de negócios para divulgar produtos de empresas interessadas em exportar.
Titulo: S.O.S Vida Moderna
Alunos:Paula Andréia Bernardo,Larissa da Silva Rosa Pinto,Rafael Feitosa Barbosa,MICHELE PIMENTEL BUGNOTTI MONTEIRO,Marileide Cavalcante de Lima,Larissa,
Cidade: Berrini
Disciplina: Escopo
Turma: GEEP T12
Data:01-03-2013
Hora:21:45
Comentarios:Faltou adicionar integrante do grupo Marcelo Olivato que não aparece cadastrado.
Foi solicitado que o aluno entre em contato com o professor.
Publico até ápos a correção
Este documento discute três tópicos principais: 1) O programa de integridade está impactando as relações das empresas com terceiros; 2) O IBGC lançou um guia de melhores práticas para governança corporativa em cooperativas; 3) Um estudo analisou a implementação de governança corporativa em empresas familiares do sul do Brasil.
A nova edição do Anuário de Certificações GBC Brasil, desenvolvido ao longo desse difícil e sinuoso ano pelo qual estamos atravessando, mostra que, aos poucos sua ideia e seu potencial vão se consolidando como uma grande ferramenta de difusão das melhores práticas e dos principais projetos certificados LEED no país.
Contando com a presença de vários projetos, com novas em- presas apoiadoras e uma quantidade de dados e informações das mais relevantes para o segmento, esta edição traz ainda mais números e dados para entender esse mercado. Em especial, trazemos várias pesquisas para dimensionar e comparar os investimentos, custos, e retornos economico-financeiros dos edifícios certificados LEED em comparação a seus similares nos dois maiores mercados corporativos do país. Os resultados você vê somente aqui, e tira suas conclusões sobre o potencial desse mercado.
A construção sustentável vem se consolidando a cada ano, sempre superando as expectativas do mercado. Os números expressam esse movimento crescente e, também, diversificado, abrangendo cada vez mais estados do país, e cada vez mais segmentos.
Esta edição aborda um dos aspectos mais importantes das construções sustentáveis, que é a Saúde e o Bem-Estar nas edificações. A qualidade do ar, dos ambientes, das condições de trabalho são fatores fundamentais no processo de apropriação do es- paço pelos ocupantes. Estes aspectos são analisados nesta edição e cases são apresentados, comentando suas particularidades.
O relatório de atividades de 2021 do Green Building Council Brasil destaca:
1) O crescimento do movimento de green building no interior do Brasil, com mais projetos certificados fora das capitais.
2) A criação da certificação LIFE, focada em saúde e bem-estar, para engajar mais profissionais do setor residencial.
3) A interiorização do movimento de green building, com mais projetos certificados em diversas cidades brasileiras fora das capitais.
Este documento resume a 6a edição da Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo, realizada em São Paulo em agosto de 2015. O evento contou com 65 expositores, 56 sessões educacionais com 125 palestrantes do Brasil e do exterior, 830 congressistas e cerca de 4 mil visitantes. O Greenbuilding Brasil reforçou o compromisso do setor privado com a sustentabilidade no Brasil através de soluções inovadoras e casos de sucesso apresentados.
1. O relatório descreve as atividades e desempenho da 3M do Brasil em 2010, incluindo informações sobre sua visão, missão, valores, perfis de negócios, desempenho financeiro e iniciativas de sustentabilidade.
2. A 3M do Brasil busca inovar por meio de novas tecnologias para ajudar seus clientes, e relatou um crescimento de aproximadamente 21% em seu faturamento em 2010, atingindo R$2,4 bilhões.
3. O relatório também descreve os esforços da empresa em
O documento resume as atividades planejadas para 2010 pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo, incluindo cursos, missões empresariais e eventos de posse da nova diretoria e confraternização de fim de ano. O grupo MetalValley planeja lançar um portal de negócios para divulgar produtos de empresas interessadas em exportar.
Titulo: S.O.S Vida Moderna
Alunos:Paula Andréia Bernardo,Larissa da Silva Rosa Pinto,Rafael Feitosa Barbosa,MICHELE PIMENTEL BUGNOTTI MONTEIRO,Marileide Cavalcante de Lima,Larissa,
Cidade: Berrini
Disciplina: Escopo
Turma: GEEP T12
Data:01-03-2013
Hora:21:45
Comentarios:Faltou adicionar integrante do grupo Marcelo Olivato que não aparece cadastrado.
Foi solicitado que o aluno entre em contato com o professor.
Publico até ápos a correção
Este documento discute três tópicos principais: 1) O programa de integridade está impactando as relações das empresas com terceiros; 2) O IBGC lançou um guia de melhores práticas para governança corporativa em cooperativas; 3) Um estudo analisou a implementação de governança corporativa em empresas familiares do sul do Brasil.
A nova edição do Anuário de Certificações GBC Brasil, desenvolvido ao longo desse difícil e sinuoso ano pelo qual estamos atravessando, mostra que, aos poucos sua ideia e seu potencial vão se consolidando como uma grande ferramenta de difusão das melhores práticas e dos principais projetos certificados LEED no país.
Contando com a presença de vários projetos, com novas em- presas apoiadoras e uma quantidade de dados e informações das mais relevantes para o segmento, esta edição traz ainda mais números e dados para entender esse mercado. Em especial, trazemos várias pesquisas para dimensionar e comparar os investimentos, custos, e retornos economico-financeiros dos edifícios certificados LEED em comparação a seus similares nos dois maiores mercados corporativos do país. Os resultados você vê somente aqui, e tira suas conclusões sobre o potencial desse mercado.
A construção sustentável vem se consolidando a cada ano, sempre superando as expectativas do mercado. Os números expressam esse movimento crescente e, também, diversificado, abrangendo cada vez mais estados do país, e cada vez mais segmentos.
Esta edição aborda um dos aspectos mais importantes das construções sustentáveis, que é a Saúde e o Bem-Estar nas edificações. A qualidade do ar, dos ambientes, das condições de trabalho são fatores fundamentais no processo de apropriação do es- paço pelos ocupantes. Estes aspectos são analisados nesta edição e cases são apresentados, comentando suas particularidades.
O relatório de atividades de 2021 do Green Building Council Brasil destaca:
1) O crescimento do movimento de green building no interior do Brasil, com mais projetos certificados fora das capitais.
2) A criação da certificação LIFE, focada em saúde e bem-estar, para engajar mais profissionais do setor residencial.
3) A interiorização do movimento de green building, com mais projetos certificados em diversas cidades brasileiras fora das capitais.
As edificações, soluções e serviços, destacadas neste Anuário estão alinhadas com os anseios e princípios norteadores da economia verde, conceito que regerá a nova relação entre homem e Planeta, portanto devem ser amplamente divulgadas de modo a alcançar o efeito multiplicador da consciência e prática sustentável.
O Green Building Council Brasil parabeniza e agradece todas empresas, profissionais e clientes envolvidos. Os cases de sucesso representam uma resposta concreta às necessidades do país e as demandas oriundas da sociedade civil Brasileira.
O ano termina ainda sob a repercussão do enorme sucesso que foi a 5ª Greenbuilding Brasil, consolidando-se como o fundamental evento do setor da construção sustentável em nosso país. Por este motivo, esta edição é dedicada aos conteúdos e informações mais relevantes difundidas no evento.
Diante dos desafios constantes do mercado sustentável, estaremos acompanhando mais de perto a trajetória das empresas, as propostas e estudos dos consultores e fomentando a troca constante de informação, levando a todos os nossos leitores e membros um conteúdo de qualidade e confiável.
Para 2015, o que se espera é a constante busca pela causa sustentável e a consolidação da posição do Brasil no cenário global das certificações.
1) O documento discute as tendências da construção sustentável mundial com base em um estudo recente, que aponta que a construção verde deve dobrar globalmente até 2018.
2) O estudo, realizado com mais de 1.000 participantes em 69 países, mostra que 36% dos profissionais brasileiros acreditam que mais de 60% de seus projetos serão sustentáveis até 2018.
3) A revista também aborda temas como energia renovável no Brasil, soluções de climatização em centros de distribuição e a certificação WELL no país
O documento discute a 10a edição da Revista GBC Brasil, que celebra a publicação da 10a edição. A edição cobre a Greenbuilding Brasil 2016, incluindo seus principais temas e eventos, com destaque para projetos como o Bradesco Alpha Building e a Fábrica do Grupo O Boticário. A revista reafirma sua posição de apoiar o movimento rumo a um futuro sustentável.
2015 tem sido um ano de grandes desafios a toda indústria da construção, como de fato para toda a economia nacional.
Não serão poucos os obstáculos que estaremos atravessando esse ano, na busca pela retomada do crescimento econômico e pela consolidação de novos projetos.
É cada vez mais crescente a preocupação dos players do mercado imobiliário em aderirem aos preceitos da construção sustentável em seus produtos. Para algumas das principais corporações nacionais e internacionais, já não há alternativa que não seja o caminho da sustentabilidade, incorporada a todos os níveis das empresas, seja como filosofia, seja como missão.
Em meio a projetos sustentáveis, entrevistas, certificações, tecnologias inovadoras, linhas de financiamento para a construção sustentável, são inúmeros os temas que cercam o mercado da Sustentabilidade. Foi o que nos motivou a criar essa publicação, a Revista GBC Brasil.
E o que nos espera agora é um contínuo trabalho de aprimoramento, para o qual, convidamos a todos a participarem ativamente desse processo.
O documento apresenta um anuário de 2020 do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) sobre construções sustentáveis. O anuário destaca os resultados do mercado de certificações LEED e GBC Brasil, com mais de 50 milhões de metros quadrados buscando certificação. Também discute o crescimento do mercado residencial sustentável e a disseminação de informações sobre construções verdes.
Este documento resume a revista do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) de outubro/novembro de 2017. O destaque da edição é o primeiro empreendimento certificado pelo GBC Brasil no setor residencial. Além disso, o documento apresenta artigos sobre sistemas construtivos sustentáveis, conforto ambiental interno e a consolidação das novas certificações do GBC Brasil. Por fim, há uma entrevista com Adriana Hansen, coordenadora de projetos sustentáveis.
O documento apresenta um resumo das atividades e realizações do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) em 2022, incluindo o crescimento do número de empreendimentos certificados nas categorias LEED, GBC Brasil Casa & Condomínio e GBC Zero Energy. Destaca casos de sucesso de certificações no interior do país e parcerias estabelecidas para promover a construção sustentável no Brasil.
O documento fornece informações sobre o movimento das construções verdes no Brasil. Em três frases:
1) O setor de construções verdes no Brasil continua crescendo e se consolidando como a melhor opção de negócio no mercado imobiliário, mantendo a 4a posição no ranking global de projetos LEED certificados.
2) Em 2018, o número de registros de projetos buscando certificação LEED triplicou em relação ao ano anterior, mostrando a resiliência do setor mesmo em períodos desafiadores para a economia.
O documento apresenta informações sobre o movimento das construções verdes no Brasil. Em três frases:
1) O setor de construções verdes no Brasil continua em quarto lugar no ranking global de área certificada LEED, totalizando quase 17 milhões de metros quadrados.
2) Em 2018, foram registrados 88 novos empreendimentos buscando certificação LEED, três vezes mais do que no ano anterior.
3) A certificação GBC Casa & Condomínio para projetos multifamiliares vem crescendo rapidamente, com mais de
Este documento discute:
1) A eficiência energética e iluminação em edifícios no Brasil, apresentando casos e soluções;
2) A certificação LEED EB O+M que permite a transformação sustentável de grandes edifícios existentes, como o exemplo do Citi Center em São Paulo;
3) A plataforma ARC que permite medir o desempenho energético de edifícios e compará-los, apoiando decisões para melhorias contínuas.
O relatório discute: 1) os desafios ambientais globais e a necessidade de uma transição para a sustentabilidade em 2015; 2) o desempenho financeiro e de sustentabilidade da Natura em 2014, incluindo investimentos em infraestrutura; 3) os planos da Natura para promover o bem-estar individualizado e a venda por relações usando dados e tecnologia.
CNGP 2011 - Apresentação de patrocínio Completapmi-ba
O documento descreve o Congresso Nacional de Gestão de Projetos (Salvador CNGP 2011) organizado pelo capítulo da Bahia do Project Management Institute (PMI). O congresso irá ocorrer de 10 a 12 de agosto de 2011 em Salvador e abordará a temática de gestão de projetos e sustentabilidade. Estima-se a participação de 600 pessoas e a presença de importantes palestrantes. Haverá patrocínios e apoios para empresas.
É com grande satisfação que a Revista GBC Brasil traz para a edição Especial Expo todas as informações necessárias do evento mais importante da construção sustentável, 6ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo.
O evento reunirá diversas empresas nacionais e internacionais e contará com a presença de uma gama de profissionais especializados no setor sustentável. Além de contar com sessões educacionais com te- mas de alta relevância para a situação atual do país com relação à mitigação de impactos ao meio ambiente.
Este relatório apresenta os resultados iniciais da RECAL em seu compromisso com a sustentabilidade, descrevendo suas ações para adequação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O relatório destaca os temas materiais relacionados à ética, pessoas e meio ambiente, e apresenta as políticas e projetos implementados pela empresa em 2022-2023 para promover o desenvolvimento sustentável.
Este relatório de sustentabilidade da IMPSA de 2010 a 2012 apresenta:
1) Uma visão geral da empresa, incluindo sua história, valores, objetivos e políticas de responsabilidade social e ambiental.
2) Seus esforços para promover o desenvolvimento sustentável através de projetos de energia renovável e serviços ambientais.
3) Suas iniciativas em recursos humanos, comunidades e meio ambiente.
O documento apresenta uma nova linha de empreendimentos imobiliários da construtora Reobote chamada Ônix. O lançamento trará apartamentos com elementos naturais incorporados ao estilo moderno, proporcionando praticidade, conforto e leveza aos moradores. A construtora Reobote tem mais de uma década de experiência na região e já entregou mais de 1.000 imóveis.
Inovações Tecnológicas e Processos Ecoeficientes no Mercado Imobiliário - Da ...Instituto Besc
O documento descreve as atividades e objetivos do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) para promover a construção sustentável no Brasil através da certificação LEED e da educação. O GBC Brasil tem como missão desenvolver a indústria da construção sustentável no país para reduzir os impactos negativos do setor no meio ambiente e na saúde das pessoas.
O relatório descreve as ações da Rede D'Or São Luiz no combate à pandemia de Covid-19 em 2020, incluindo doações de R$ 220 milhões e a abertura de 1.130 novos leitos para pacientes do SUS. O relatório também discute os investimentos de R$ 3,8 bilhões da empresa em 2020, seu comprometimento com a sustentabilidade e os resultados positivos de pesquisas de clima e engajamento dos funcionários.
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Semelhante a Revista GBC Brasil | 7ª Edição | 2016
As edificações, soluções e serviços, destacadas neste Anuário estão alinhadas com os anseios e princípios norteadores da economia verde, conceito que regerá a nova relação entre homem e Planeta, portanto devem ser amplamente divulgadas de modo a alcançar o efeito multiplicador da consciência e prática sustentável.
O Green Building Council Brasil parabeniza e agradece todas empresas, profissionais e clientes envolvidos. Os cases de sucesso representam uma resposta concreta às necessidades do país e as demandas oriundas da sociedade civil Brasileira.
O ano termina ainda sob a repercussão do enorme sucesso que foi a 5ª Greenbuilding Brasil, consolidando-se como o fundamental evento do setor da construção sustentável em nosso país. Por este motivo, esta edição é dedicada aos conteúdos e informações mais relevantes difundidas no evento.
Diante dos desafios constantes do mercado sustentável, estaremos acompanhando mais de perto a trajetória das empresas, as propostas e estudos dos consultores e fomentando a troca constante de informação, levando a todos os nossos leitores e membros um conteúdo de qualidade e confiável.
Para 2015, o que se espera é a constante busca pela causa sustentável e a consolidação da posição do Brasil no cenário global das certificações.
1) O documento discute as tendências da construção sustentável mundial com base em um estudo recente, que aponta que a construção verde deve dobrar globalmente até 2018.
2) O estudo, realizado com mais de 1.000 participantes em 69 países, mostra que 36% dos profissionais brasileiros acreditam que mais de 60% de seus projetos serão sustentáveis até 2018.
3) A revista também aborda temas como energia renovável no Brasil, soluções de climatização em centros de distribuição e a certificação WELL no país
O documento discute a 10a edição da Revista GBC Brasil, que celebra a publicação da 10a edição. A edição cobre a Greenbuilding Brasil 2016, incluindo seus principais temas e eventos, com destaque para projetos como o Bradesco Alpha Building e a Fábrica do Grupo O Boticário. A revista reafirma sua posição de apoiar o movimento rumo a um futuro sustentável.
2015 tem sido um ano de grandes desafios a toda indústria da construção, como de fato para toda a economia nacional.
Não serão poucos os obstáculos que estaremos atravessando esse ano, na busca pela retomada do crescimento econômico e pela consolidação de novos projetos.
É cada vez mais crescente a preocupação dos players do mercado imobiliário em aderirem aos preceitos da construção sustentável em seus produtos. Para algumas das principais corporações nacionais e internacionais, já não há alternativa que não seja o caminho da sustentabilidade, incorporada a todos os níveis das empresas, seja como filosofia, seja como missão.
Em meio a projetos sustentáveis, entrevistas, certificações, tecnologias inovadoras, linhas de financiamento para a construção sustentável, são inúmeros os temas que cercam o mercado da Sustentabilidade. Foi o que nos motivou a criar essa publicação, a Revista GBC Brasil.
E o que nos espera agora é um contínuo trabalho de aprimoramento, para o qual, convidamos a todos a participarem ativamente desse processo.
O documento apresenta um anuário de 2020 do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) sobre construções sustentáveis. O anuário destaca os resultados do mercado de certificações LEED e GBC Brasil, com mais de 50 milhões de metros quadrados buscando certificação. Também discute o crescimento do mercado residencial sustentável e a disseminação de informações sobre construções verdes.
Este documento resume a revista do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) de outubro/novembro de 2017. O destaque da edição é o primeiro empreendimento certificado pelo GBC Brasil no setor residencial. Além disso, o documento apresenta artigos sobre sistemas construtivos sustentáveis, conforto ambiental interno e a consolidação das novas certificações do GBC Brasil. Por fim, há uma entrevista com Adriana Hansen, coordenadora de projetos sustentáveis.
O documento apresenta um resumo das atividades e realizações do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) em 2022, incluindo o crescimento do número de empreendimentos certificados nas categorias LEED, GBC Brasil Casa & Condomínio e GBC Zero Energy. Destaca casos de sucesso de certificações no interior do país e parcerias estabelecidas para promover a construção sustentável no Brasil.
O documento fornece informações sobre o movimento das construções verdes no Brasil. Em três frases:
1) O setor de construções verdes no Brasil continua crescendo e se consolidando como a melhor opção de negócio no mercado imobiliário, mantendo a 4a posição no ranking global de projetos LEED certificados.
2) Em 2018, o número de registros de projetos buscando certificação LEED triplicou em relação ao ano anterior, mostrando a resiliência do setor mesmo em períodos desafiadores para a economia.
O documento apresenta informações sobre o movimento das construções verdes no Brasil. Em três frases:
1) O setor de construções verdes no Brasil continua em quarto lugar no ranking global de área certificada LEED, totalizando quase 17 milhões de metros quadrados.
2) Em 2018, foram registrados 88 novos empreendimentos buscando certificação LEED, três vezes mais do que no ano anterior.
3) A certificação GBC Casa & Condomínio para projetos multifamiliares vem crescendo rapidamente, com mais de
Este documento discute:
1) A eficiência energética e iluminação em edifícios no Brasil, apresentando casos e soluções;
2) A certificação LEED EB O+M que permite a transformação sustentável de grandes edifícios existentes, como o exemplo do Citi Center em São Paulo;
3) A plataforma ARC que permite medir o desempenho energético de edifícios e compará-los, apoiando decisões para melhorias contínuas.
O relatório discute: 1) os desafios ambientais globais e a necessidade de uma transição para a sustentabilidade em 2015; 2) o desempenho financeiro e de sustentabilidade da Natura em 2014, incluindo investimentos em infraestrutura; 3) os planos da Natura para promover o bem-estar individualizado e a venda por relações usando dados e tecnologia.
CNGP 2011 - Apresentação de patrocínio Completapmi-ba
O documento descreve o Congresso Nacional de Gestão de Projetos (Salvador CNGP 2011) organizado pelo capítulo da Bahia do Project Management Institute (PMI). O congresso irá ocorrer de 10 a 12 de agosto de 2011 em Salvador e abordará a temática de gestão de projetos e sustentabilidade. Estima-se a participação de 600 pessoas e a presença de importantes palestrantes. Haverá patrocínios e apoios para empresas.
É com grande satisfação que a Revista GBC Brasil traz para a edição Especial Expo todas as informações necessárias do evento mais importante da construção sustentável, 6ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo.
O evento reunirá diversas empresas nacionais e internacionais e contará com a presença de uma gama de profissionais especializados no setor sustentável. Além de contar com sessões educacionais com te- mas de alta relevância para a situação atual do país com relação à mitigação de impactos ao meio ambiente.
Este relatório apresenta os resultados iniciais da RECAL em seu compromisso com a sustentabilidade, descrevendo suas ações para adequação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O relatório destaca os temas materiais relacionados à ética, pessoas e meio ambiente, e apresenta as políticas e projetos implementados pela empresa em 2022-2023 para promover o desenvolvimento sustentável.
Este relatório de sustentabilidade da IMPSA de 2010 a 2012 apresenta:
1) Uma visão geral da empresa, incluindo sua história, valores, objetivos e políticas de responsabilidade social e ambiental.
2) Seus esforços para promover o desenvolvimento sustentável através de projetos de energia renovável e serviços ambientais.
3) Suas iniciativas em recursos humanos, comunidades e meio ambiente.
O documento apresenta uma nova linha de empreendimentos imobiliários da construtora Reobote chamada Ônix. O lançamento trará apartamentos com elementos naturais incorporados ao estilo moderno, proporcionando praticidade, conforto e leveza aos moradores. A construtora Reobote tem mais de uma década de experiência na região e já entregou mais de 1.000 imóveis.
Inovações Tecnológicas e Processos Ecoeficientes no Mercado Imobiliário - Da ...Instituto Besc
O documento descreve as atividades e objetivos do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) para promover a construção sustentável no Brasil através da certificação LEED e da educação. O GBC Brasil tem como missão desenvolver a indústria da construção sustentável no país para reduzir os impactos negativos do setor no meio ambiente e na saúde das pessoas.
O relatório descreve as ações da Rede D'Or São Luiz no combate à pandemia de Covid-19 em 2020, incluindo doações de R$ 220 milhões e a abertura de 1.130 novos leitos para pacientes do SUS. O relatório também discute os investimentos de R$ 3,8 bilhões da empresa em 2020, seu comprometimento com a sustentabilidade e os resultados positivos de pesquisas de clima e engajamento dos funcionários.
Semelhante a Revista GBC Brasil | 7ª Edição | 2016 (20)
1. GBCBRASIL
C O N S T R U I N D O U M F U T U R O S U S T E N T Á V E L ANO 3 / Nº7 / 2016
REVISTA
VIBEDITORA
COP 21: os compromissos
do GBC Brasil para o
futuro do planeta
IPTU Verde concederá
descontos de até 12%
em São Paulo
Certificação WELL prioriza
a saúde e bem estar dos
ocupantes
G R E E N B U I L D I N G C O U N C I L
DOSSIÊ ESPECIAL
HOSPITAIS E
LABORATÓRIOS:
INOVAÇÃO E
BEM ESTAR
CENTRO DE REFERÊNCIA EM
SAÚDE NA AMÉRICA LATINA
RECEBE LEED NC GOLD
HOSPITAL
OSWALDO CRUZ
2. INSCRIÇÕES ABERTAS!!!
2016
2016
O PODER DA TRANSFORMAÇÃO
EM SUAS MÃOS
e CALL FOR REVIEWERS
CALL FOR PROPOSALS
FIQUE ATENTO ÀS NOVIDADES DESTA EDIÇÃO:
O sucesso da Greenbuilding Brasil 2016 também depende da sua ativa participação!
Compartilhe sua expertise, experiências, casos de sucesso e novos empreendimentos
com os nossos congressistas. As inscrições estão abertas a partir de 13 de novembro.
O nosso objetivo em 2016 é enfatizar a contribuição da comunidade da construção
sustentável para a apresentação de conteúdos relevantes e enriquecedores.
A partir de 2016 a Greenbuilding Brasil contará com a expertise do Informa Group,
grupo multinacional líder mundial na organização de Conferências e Feiras com forte
operação no Brasil, responsável por feiras como Greenbuild EUA e Mediterrâneo, World
Concrete Show, Designjunction, Dwell on Design, Interior Design Show, ForMóbile,
Expo Revestir e Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, entre outras.
Acesse nosso site e apresente sua proposta ou se candidate a ser um de
nossos revisores! Você também pode fazer parte da transformação!
www.informagroup.com.br/greenbuilding
Realização simultânea à nova feira High Design - Home & Office Expo no
SP Expo Exhibition & Convention Center.
Encontro mais forte e abrangente para os setores de Arquitetura, Construção e Design
Greenbuilding Brasil manterá seu foco em sustentabilidade dentro destes segmentos
Mais de 15 mil profissionais reunidos
25 mil metros quadrados de área total
Mais de 200 marcas em exposição.
Mais informações sobre o evento: greenbuilding@informa.com
SÃO PAULO - SP
SP EXPO EXHIBITION &
CONVENTION CENTER
09 a 11
AGOSTO
2016
4. 4 dez/15-jan/16 rev/gbc/br
índice
GBCBRASIL
C O N S T R U I N D O U M F U T U R O S U S T E N T Á V E L ANO 3 / Nº7 / 2016
REVISTA
G R E E N B U I L D I N G C O U N C I L
EDITORIAL...................................................> 3
COLUNA GBC..............................................> 6
GREEN PAGES
SIEGBERT ZANETTINI.....................> 8
PROJETO DESTAQUE...........................> 16
TENDÊNCIAS 2016......................................> 24
CERTIFICAÇÃO WELL.................................> 28
ESPECIAL
HOSPITAIS & LABORATÓRIOS
INTRODUÇÃO.............................................................> 34
PROJETOS EM DESTAQUE...............................> 40
EVENTO GBC BRASIL + SINDUSCON/PE
SUSTECONS 2015.......................................> 58
COP 21.........................................................> 64
POLÍTICAS PÚBLICAS..................................> 68
SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS........................> 70
ARTIGOS DE OPINIÃO................................> 74
AGENDA GBC JAN/FEV 2016.....................> 78
5.
6. 6 dez/15-jan/16 rev/gbc/br
coluna gbc
O
atual cenário de dificuldade política e eco-
nômica que assola o país, crise hídrica e
energética, bem como a indignação frente
um dos maiores desastres ambientais da
nossa história recente, exige um momento
de reflexão por cada cidadão brasileiro. É
inegável que o país passa por um processo de reconstrução
sistêmica, e o termo “reconstrução” sugere inúmeras opor-
tunidades ao nosso movimento de construção sustentável.
Comprovadamente nosso movimento demonstra ser
a solução para as principais demandas do país, certo que
elevamos o padrão técnico do mercado, valorizando a me-
lhor técnica em detrimento dos melhores contatos, maxi-
mizamos o planejamento galgando eficiência em sentido
amplo, discutimos qualidade ambiental interna do ar em
hospitais, escritórios e escolas melhorando a recuperação
de pacientes, produtividade e aprendizado de alunos, e,
estamos inserindo o tema das edificações verdes dentro
de um processo de planejamento urbano integrado, onde
segurança, transporte, qualidade de vida e bem estar são
prioridades.
Não à toa nossa certificação internacional LEED possui
projetos registrados em quase todos Estados brasileiros,
faltam apenas os Estados do Acre e Tocantins. Em 2015, os
mais de 100 novos projetos recebidos até o mês de novem-
bro, indicam a forte penetração da certificação em setores
diversos do mercado, com destaque a plantas industriais,
centro de distribuição e logística, data center e varejo.
O Referencial GBC Brasil Casa já soma 26 projetos
registrados em 8 diferentes Estados, 27 profissionais acre-
ditados e dezenas de projetos no pipeline, dentre eles pré-
dios e condomínios residenciais.
Políticas públicas de incentivo com a capacidade de
acelerar exponencialmente a certificação de construção
sustentável, são apresentadas com maior frequência como
o Projeto de Lei do IPTU Verde, assinado pelo Prefeito da
Cidade de São Paulo e enviado à Câmara dos Vereadores,
oferecendo até 12% de desconto no imposto para prédios
residenciais ou comerciais, novos ou existentes, que obti-
verem a certificação após a aprovação da Lei, assim como
a nova Lei de Zoneamento da cidade de São Paulo que
oferece descontos na outorga onerosa para edificações
certificadas.
Aprofundar seus conhecimentos e aumentar sua partici-
pação no movimento de green building, significa adentrar em
um ambiente de atmosfera estritamente próspera e otimista.
Dentre os diversos objetivos, indicadores, metas e ini-
ciativas, o planejamento estratégico do GBC Brasil para os
próximos anos, compreende a expansão de nossa presen-
ça física em todas as regiões do país através da realização
dos nossos cursos e eventos.
Realizamos em dezembro de 2015, em parceria com o
SINDUSCON Pernambuco o primeiro Greenbuilding Brasil
Conferência Internacional e Expo Summit Nordeste, asso-
ciado ao II Sustencons. Cerca de 200 profissionais partici-
param do evento que contou com 16 expositores, 162 con-
ferencistas e 15 palestrantes, além da cobertura de mídia
pela TV Record e SBT. O evento foi organizado em tempo
recorde e os resultados alcançados demonstra a força das
ONGs e Associações quando unidas.
Estimularemos e iremos colaborar na construção de
uma forte rede colaborativa que nos permitirá obter suces-
so aos desafios propostos. Iniciativas semelhantes estão
sendo programadas para as demais regiões do Brasil, no
sentido de engajar as lideranças locais no movimento de
transformação definido por nossa Missão.
Os cursos também estão sendo diretamente organiza-
dos pelo GBC na cidade de Porto Alegre, em parceria com
a ASBRAV e na cidade do Rio de Janeiro, em parceria com
o SECOVI-Rio.
Reflexões sobre 2015.
Perspectivas para 2016.
7. revistagbcbrasil.com.br 7dez/15-jan/16
coluna gbc
FELIPE FARIA,
DIRETOR
Green Building Council Brasil
Há tempos o estímulo ao mercado de soluções e ser-
viços para construção sustentável pelo GBC Brasil extrapo-
lam as fronteiras das edificações que buscam a certificação
internacional LEED, certo que este movimento comprova-
damente influencia o avanço e melhora do mercado, mes-
mo quando soluções são consideradas pontualmente para
casos isolados.
Neste sentido, o GBC Brasil prepara o ingresso de
ferramentas adicionais ao LEED de modo a reforçar nosso
compromisso com a transformação da indústria nacional
da construção civil e a cultura da sociedade em direção a
sustentabilidade. Pautado em uma demanda oriunda dos
nossos Comitês Técnicos criamos o Referencial GBC Brasil
Casa; adicionalmente também trabalharemos com a certi-
ficação WELL Building Standard, focada para o ocupante e
pautada em saúde e bem estar; SITES para áreas externas
comuns de empreendimentos públicos ou privados; LEED
Dynamic Plaque – monitoramento contínuo da operação da
edificação e re-certificação LEED; EDGE, ferramenta criada
pelo IFC estruturada como forma de mitigar os efeitos de
mudanças climáticas; GRESB, associação global que ana-
lisa o desempenho dos portfolios do mercado imobiliário
que se destacam por questões voltadas a responsabilidade
ambiental, social e de governança. Todas estas ferramen-
tas estarão sendo certificadas pela nossa plataforma global
GBCI (Green Business Certification Incorporation).
Avanços também estão sendo promovidos em nos-
sa Conferência Internacional e Expo, Greenbuilding Brasil.
Já para 2016, conforme anunciado recentemente, o GBC
Brasil e USGBC fecharam uma parceria estratégica com o
Informa Group, grupo multinacional líder em eventos corpo-
rativos e reconhecido globalmente por diversos mercados,
atual proprietário e produtor da Greenbuild International
Conference & Expo nos Estados Unidos, Itália e futuramen-
te uma nova edição na Ásia. O Informa Group no Brasil,
com sede na cidade de São Paulo, será o responsável pela
produção e gestão da Greenbuilding Brasil 2016 que acon-
tecerá simultaneamente à nova feira High Design – Home &
Office Expo em agosto no SP Expo Exhibition & Convention
Center. A parceria entre estes dois produtos proporcionará
um encontro forte e abrangente para os setores de Arquite-
tura, Construção e Design, no qual nós manteremos o foco
em sustentabilidade.
Juntos, os eventos esperam atrair mais de 15 mil pro-
fissionais em 10 mil metros quadrados de área e com mais
de 200 marcas em exposição.
Estamos fortalecendo a organização, promoção e ope-
ração do evento, aumentando o número de visitantes qua-
lificados em benefício aos nossos patrocinadores, expan-
dindo os canais de divulgação dos benefícios e práticas de
construção sustentável, ao mesmo tempo que ofereceremos
oportunidades e valores melhores aos nossos Membros.
Concomitantemente com os objetivos e iniciativas aci-
ma mencionadas, o fortalecimento dos nossos Comitês de
Trabalho através dos profissionais voluntários oriundo das
empresas Membros, dentro de um processo revisado de
Governança desponta como uma de nossas prioridades,
posto que este ambiente de colaboração é a força que rege
nossa organização e nos direciona a realização de nossa
missão.
MISSÃO
Transformar a indústria da construção civil e cultura
da sociedade em direção à sustentabilidade, utilizando as
forças de mercado para construir e operar edificações e co-
munidades de forma integrada. E, garantir o equilíbrio entre
desenvolvimento econômico, impactos sócio ambientais e
uso de recursos naturais, contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida e bem estar das gerações presente e fu-
turas.
VISÃO
Ser a liderança nacional para que todos possam, pro-
gressivamente, trabalhar, estudar e viver em uma edificação
sustentável, através de:
• Desenvolvimento e promoção de diferentes siste-
mas de certificação;
• Capacitação contínua e engajamento profissional;
• Iniciativas sócio-culturais;
• Criação de ampla rede colaborativa com a partici-
pação do poder público, iniciativa privada, socie-
dade civil organizada e a população.
VALORES
• Colaboração;
• Credibilidade;
• Responsabilidade Social, Ambiental e Econômica;
• Liderança;
• Transparência;
• Ética.
9. revistagbcbrasil.com.br 9dez/15-jan/16
inovação
revistagbcbrasil.com.br 9dez/15-jan/16
A arquitetura contemporânea e pluridimensional de
Zanettini e a integração entre razão e sensibilidade e
suas correlações com as edificações de saúde
Como o Sr. define a sustentabilidade
hospitalar no âmbito da arquitetura?
Siegbert Zanettini: A sustentabilidade não é
somente a questão ambiental e econômica, ela
também tem todo um envolvimento com o ser
humano. No caso do hospital, você esta me-
lhorando as condições de vida de quem o está
utilizando, preservando a vida humana, e contri-
buindo para que esse conjunto funcione bem.
Isso para mim é sustentabilidade.
A arquitetura que venho praticando pelo menos
há cinco décadas, superou há muito tempo a
condição unidimensional da arquitetura mo-
derna. É contemporânea e pluridimensional
ao superar a visão moderna integrando a ra-
zão científica à sensibilidade artística. A arqui-
tetura contemporânea, que pratico há quatro
décadas, se identifica pela luz, transparência,
leveza, evolução tecnológica e por se construir
sobre conceitos: concepção multidisciplinar
com visões holística e sistêmica; superação
de paradigmas conceituais e construtivos da
moda adequando-se à cultura de cada época;
domínio integral das tecnologias limpas; inova-
ção e utilização evolutiva do conhecimento de
base científica; a importância do projeto na ex-
plicitação da noção de qualidade e a questão
ambiental como parte estrutural do repertório
arquitetônico. Esses predicados que integram
esse conjunto de conceitos não diferencia ar-
quitetura hospitalar das demais, é a arquitetura
sem adjetivos. A arquitetura hospitalar tem suas
peculiaridades, é preciso entender que nisso ela
é específica, mas nas citadas conceituações ela
tem que servir ao homem em todas as suas ne-
cessidades e condições, ou seja, como o edifí-
cio vai ser ocupado, de que maneira se garante
uma ambiência correta e harmônica entre quem
usa e o próprio espaço. O principal referencial
da arquitetura é o homem.
O que é necessário para o desenvolvi-
mento de um bom projeto hospitalar?
Quais são as dificuldades que podem ser
encontradas durante o desenvolvimento
de um hospital e outras edificações de
saúde?
SZ: Umas das questões mais importantes
em um hospital são o zoneamento e a setori-
zação funcional, bem como os fluxos. A seto-
rização é importantíssima, pois determinada a
localização adequada das áreas, colocando-
-as em local estratégico, tais como, áreas de
PS (Pronto Socorro), PA (Pronto Atendimento)
e ambulatórios para que não conflitem com as
demais áreas internas do hospital. É igualmente
importante o bloqueio de acesso às áreas res-
tritas, como centros cirúrgico e obstétrico, UTI,
berçário, setor de imagens, vestiário médico e
enfermagem. Setorização correta das áreas de
serviços como cozinha, lavanderia, centro de
materiais; condicionamento separado de roupa
limpa e suja, que podem estar contaminadas e
precisam ser acondicionadas e posteriormen-
te levadas até seu tratamento; o lixo hospitalar
também não pode ser recolhido com o lixo
comum devido ao alto nível de resíduos con-
taminados ou radioativos, precisam ser devida-
mente separados; a separação dos elevadores
de cargas, utilizados pelos pacientes, equipe
médica e visitantes também são soluções de-
sejáveis afim de evitar infecção cruzada. Isso
ocorre, quando o projeto tem seus fluxos mal
resolvidos, onde o resíduo infectado acaba le-
vando infecção para áreas limpas.
Devido à complexidade dos processos
construtivos hospitalares, faz-se neces-
sário um corpo de profissionais multidis-
ciplinar que atenda às diversas deman-
das necessárias dentro do processo. Na
opinião do senhor, como está o merca-
do atual de capacitação de profissionais
qualificados especificamente para cons-
truções sustentáveis no setor de saúde?
O que se deve fazer para melhorar a qua-
lificação destes profissionais?
SZ: A arquitetura depende de uma série de
especialidades onde confluem as ciências hu-
manas, biológicas, ambientais, econômicas e
exatas. Todas essas ciências estruturadas po-
dem influir na arquitetura, às vezes diretamen-
te como é o caso das ciências ambientais, ou
indiretamente, mas sempre apoiada em bases
científica para atender sua evolução constante.
Esse trabalho multidisciplinar é importante para
que a obra consiga expressar suas qualidades,
que não é somente estética, mas também fun-
cional. Atender às necessidades, ser eficiente,
econômica, ter durabilidade, e uma série de atri-
butos que são tão importantes quanto à forma
arquitetônica. Essas visões holística e sistêmica,
são a base da arquitetura que se completa com
outras áreas do conhecimento. Na maioria das
escolas permanece a visão moderna da arqui-
tetura. Ficam nesse limite conceitual e que re-
sulta numa formação profissional superada. De
um modo geral, as130 escolas que existem no
país formam um profissional com um universo
restrito. Ele vai ter que aprender que uma forma-
ção plena vai além do trabalho profissional. Elas
não ensinam o estudante a pensar dessa forma
globalizante.
15. BRASIL
B R A S I L
GREEN
BUILDING
C
OUNCIL
Membro
16. 16 dez/15-jan/16 rev/gbc/br
projeto em destaque
talizando 22 salas cirúrgicas. “Quatro destas novas salas são inteligentes
e contam com recursos de rastreamento de imagens e integração total
aos sistemas do Hospital. Duas delas também podem transmitir imagens
de procedimentos ao vivo para o Auditório do Hospital”, explica Welling-
ton Bueno Vieira, engenheiro de obras hospitalares do Hospital Alemão
Oswaldo Cruz. “Os recursos inovadores agregam qualidade, segurança
e precisão às cirurgias, além de oferecerem mais conforto às equipes
médicas. Um exemplo disso são os focos cirúrgicos, todos de LED, que
melhoram a iluminação”, salienta o engenheiro.
Na UTI, assim como no Centro Cirúrgico, as salas e os leitos possuem
sistema de integração e mobilidade, permitindo ao cirurgião o melhor
posicionamento do paciente e da equipe nas amplas salas, beneficiando
o trânsito de profissionais em casos de emergência. No total, incluindo
as estruturas já existentes na Torre B, são 44 leitos de UTI.“Em uma obra
hospitalar as parcerias são necessárias para o desenvolvimento do pro-
jeto. Ainda temos que levar em consideração que durante o período da
obra os equipamentos vão evoluindo tecnicamente e esta comunicação
com os parceiros e equipes tem que ser rotineira para evitar retrabalho
do momento da chegada dos equipamentos. A atuação conjunta da En-
genharia do Hospital e das empresas de fornecimento de equipamentos
médico/hospitalares contribui de forma expressiva para ajuste das so-
luções, ou seja, são muitos profissionais envolvidos, inclusive o próprio
corpo clínico do hospital e pacientes coexistindo durante uma obra de
E
m junho de 2015, a nova Torre E do Hospital Alemão Oswal-
do Cruz, recebeu a certificação LEED nível Gold na categoria
New Construction. Considerado um dos maiores centros hos-
pitalares da América Latina, o Hospital adere aos conceitos
de sustentabilidade que garantem redução no consumo dos
recursos naturais, eficiência hídrica e energética, conforto, saúde e bem-
-estar dos usuários, melhor gestão dos resíduos e utilização de materiais
ecologicamente corretos, além de avançar no sentido da responsabilida-
de socioambiental com a campanha ‘Feche a torneira, abra uma ideia!’.
A ampliação do complexo acrescentou 29.500 metros quadrados cons-
truídos ao complexo hospitalar, sendo necessário um investimento de
cerca de R$ 240 milhões. A construção da Torre E ampliou o número de
leitos do hospital de 255 para 371. O novo auditório possui capacidade
para 200 pessoas, o que melhorou muito o espaço tanto para o público
interno como para os visitantes. A nova torre possui cinco subsolos que
ganharam novas vagas de garagem, possibilitando distribuir melhor o
fluxo de veículos internamente e nas vias do entorno. Além disso, há um
andar técnico que abriga equipamentos de infraestrutura, facilitando sua
manutenção. Neste andar, foi feito o isolamento acústico, atenuando o
ruído emitido para o exterior do edifício.
O novo Centro Cirúrgico possui nove modernas salas, equipadas para a
realização de procedimentos de alta complexidade, que através de uma
interligação física, complementa o outro Centro Cirúrgico da Torre B, to-
Referência em
serviços de alta
complexidade, o
Hospital Alemão
Oswaldo Cruz
recebe LEED
NC Gold
Fotos:DivulgaçãoHospitalOswaldoCruz
17. revistagbcbrasil.com.br 17dez/15-jan/16
projeto em destaque
Projeto:
Hospital Oswaldo Cruz - Ampliação
Torre E
Localização:
São Paulo - SP
Cliente/proprietário:
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Área construída:
29.500 m² - Torre E
Número de Leitos Novos:
116
Certificação:
30/06/2015
Sistema e Nível da Certificação:
LEED NC - Gold
Arquitetura:
Botti Rubin Arquitetos Associados
Construtora:
Racional Engenharia
Consultoria de sustentabilidade:
CTE
Gerenciamento, Elétrica, Hidráulica e
Ar Condicionado:
MHA Engenharia
Sistema de Ar Condicionado:
Ergo Engenharia
tamanha magnitude”, afirma Wellington Bueno Vieira.
Visando melhor fluidez nas áreas da nova Torre foi construído o túnel
de interligação entre todos os edifícios do complexo. “Tal comunicação
permitiu que tivéssemos acesso direto às Docas de Recebimento, à Far-
mácia Central, à Rouparia e ao Serviço de Nutrição”, pontua Wellington.
Além disso, foi reduzido o fluxo pelas demais portarias com a criação da
uma entrada exclusiva de veículos na Torre E, hoje utilizada para entra-
da de veículos dos médicos, que permite a instalação do Departamento
de Relacionamento Médico logo à sua entrada. Também foi realizada a
construção de um fluxo direto entre os antigos e novos Centros Cirúr-
gicos e UTIs, B e E respectivamente. O auditório locado no 1º subsolo
da Torre E, facilitou significativamente o acesso, uma vez que este era
localizado no 14º andar da Torre B.
Responsabilidade socioambiental
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, um dos maiores centros hospitalares
da América Latina e referência em serviços de alta complexidade, abriu
espaço para a discussão sobre o uso consciente da água, buscando
promover uma mudança no comportamento da sociedade. Para isso, a
instituição lançou a campanha “Feche a torneira, abra uma ideia”, que
premiou a melhor iniciativa de uso consciente da água. A campanha foi
feita junto a colaboradores, pacientes, fornecedores e a comunidade em
torno do complexo hospitalar. O objetivo foi motivar as pessoas a vive-
rem de forma mais sustentável, aproveitando melhor recursos cada vez
mais escassos, como a água.
“Os interessados enviaram uma breve descrição do processo de implan-
tação, foto e os indicadores de redução obtidos. As iniciativas inscritas
foram avaliadas por um grupo de especialistas que analisaram: aplica-
bilidade, investimentos, economia e impacto na comunidade. Adicional
a isso, são feitas constantes campanhas de conscientização em relação
ao uso da água nas áreas comuns, refeitório e vestiários. Também, foi
reduzida a pressão da água em torneiras e chuveiros, e reduzida a frequ-
ência de lavação de áreas comuns (substituída por varrição). Além disso,
palestras de conscientização são feitas com gestores, colaboradores e
comunidade externa”, destaca Wellington.
A campanha ocorreu no dia 30 de setembro e os interessados enviaram
sugestões de projetos já implantados e bem-sucedidos no uso racional
da água. A instituição premiou o autor do melhor projeto com uma via-
gem com acompanhante.
Sustentabilidade
As estratégias sustentáveis adotadas na construção da ampliação do
hospital contemplaram o uso racional no consumo de água, otimiza-
ção da eficiência energética, proibição do uso de CFC, uso de energia
renovável, gestão correta dos resíduos de obra, utilização de madeira
certificada e plano de controle da qualidade do ar.
Hospital Oswaldo Cruz investe cerca de
R$ 240 milhões para construção e imple-
mentação de medidas sustentáveis para
expansão do complexo hospitalar e lança
campanha de conscientização para esti-
mular o uso racional da água
19. revistagbcbrasil.com.br 19dez/15-jan/16
projeto em destaque
Redução de 21%no consumo de
água com dispositivos economizadores
Redução de 1%do custo anual de
energia total do edifício
75%de resíduos de obra desviados
de aterro
Plantio de 20mudas nativas na
entrada da Torre E
Instituição de referência no atendimento humani-
zado e personalizado
Segundo Wellington Vieira, a instituição investe constantemente no apri-
moramento das suas instalações, o que incluiu o projeto da Torre E. Pen-
sando em como ofertar um atendimento de excelência, o hospital promo-
veu durante 40 dias consecutivos, treinamento técnico e comportamental
para profissionais das áreas assistenciais recém-admitidos para atuar
nas Unidades de Internação deste prédio. O engenheiro enfatiza que
esta equipe dedicou-se integralmente a esta preparação, enquanto eram
estimulados a um convívio mais prolongado, proporcionando uma pers-
pectiva transformadora na relação entre eles e, consequentemente, com
os pacientes e familiares. “Quando um grupo concluía o treinamento,
outro começava, e assim sucessivamente. Além disso, outras equipes
assistenciais que já integravam o quadro de colaboradores do hospital,
também passaram por esta formação em serviço. Este trabalho foi em-
basado por conceitos de um modelo assistencial onde paciente e família
são o centro da atenção na assistência à saúde".
Importante ressaltar que para ofertar os melhores resultados, o Hospi-
tal conta com um corpo clínico e assistencial de excelência. O modelo
assistencial do Hospital foi apresentado durante o III Congresso Interna-
cional de Acreditação realizado pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação
(CBA) – representante exclusivo da Joint Commission International no
Brasil, uma das mais importantes certificadoras de saúde no mundo –
tendo sido premiado em primeiro lugar.
Parceria e equipe multidisciplinar
Para o desenvolvimento de um projeto com esta amplitude e comple-
xidade foi necessária a parceria e completa integração das diversas
equipes envolvidas. Ao todo, nestes quase 30 mil metros quadrados de
construção, estiveram envolvidos uma quantidade significativa de profis-
sionais especializados para o desenvolvimento do projeto e consultoria
(17 empresas) e execução da obra (mais de 50 empresas contratadas e
subcontratadas).
O CTE (Centro de Tecnologia de Edificações) foi a consultoria respon-
sável pela obtenção do LEED. A MHA Engenharia realizou os projetos
complementares do novo prédio, sendo responsável por todo sistema
elétrico, hidráulico, ar-condicionado e sistemas eletrônicos, além de ser
responsável, também, pelo gerenciamento da obra, liderada pela Eng.
Marcia Cristina Brandão, gerente de projetos da MHA. O projeto arquite-
tônico foi desenvolvido pela Botti Rubin Arquitetos Associados. A Racio-
nal Engenharia também foi parceira no projeto com a execução a obra.
A Ergo Engenharia forneceu para o Hospital Alemão Oswaldo Cruz o
sistema de ar condicionado.
De acordo com Wellington o projeto já nasceu para ser um edifício sus-
tentável e para a obtenção da certificação LEED. “Valeu a pena! Hoje,
o edifício conta com sistema de reuso de água, sensores de presença
que acionam a iluminação nas circulações, bicicletário e vestiário para o
colaborador, iluminação natural em quase 100% das áreas incluindo UTI
e Centro Cirúrgico, entre outros. O título de uma obra sustentável carac-
teriza um empreendimento valorizado, que economiza recursos naturais
energéticos e promove conforto interno aos seus ocupantes, além da
comunidade no entorno da instituição”, finaliza.
Fotos:DivulgaçãoHospitalOswaldoCruz
20. 20 dez/15-jan/16 rev/gbc/br
inovação
O
cenário atual em relação
ao consumo da água é
um dos tópicos de maior
importância na socieda-
de atual. O avanço da
crise hídrica vem toman-
do proporções significa-
tivas devido à alta demanda deste insumo em
todas as esferas. Estudos da ONU (Organi-
zação das Nações Unidas) mostram que um
cenário crítico para a disponibilidade hídrica
de uma região corresponde a 1500 m³ por ha-
bitante/ano, a bacia do Alto Tietê, na qual a re-
gião metropolitana de São Paulo se encontra,
apresenta uma disponibilidade hídrica de 200
m³ por habitante/ano, o que corresponderia a
um cenário de estresse hídrico acentuado. A
disponibilidade hídrica considerada ideal para
uma região corresponde a 2.500 a 20.000 m³
por habitante/ano.
Um dos principais fatores responsáveis por
esse cenário é o crescimento acentuado da
população, principalmente nos grandes cen-
tros urbanos, associado ainda a um geren-
ciamento inadequado dos recursos hídricos.
Esse fator contribui para o aumento do aden-
samento das cidades e por consequência
da verticalização das construções. Conforme
dados da SABESP, o consumo humano, hoje,
é responsável por mais de 80% da demanda
de água na RMSP, sendo estimado que numa
residência unifamiliar temos um consumo mé-
dio de 150 litros por pessoa/dia, enquanto que
para uma unidade multifamiliar este consumo
aumenta para 220 litros por pessoa/dia. Com
isso observamos um grande incremento na
demanda por água nos grandes centros ur-
Programa Água
de Valor
rios de obra e cadeia de suprimentos. “O pro-
jeto foi desenvolvido junto aos funcionários,
numa ação cujo objetivo era de engajá-los
em todo processo. Parte também importante
deste processo são os fornecedores, pois a
falta de gestão da água em seus processos
internos podem afetar as atividades que estão
sendo desenvolvidas no canteiro de obra de
forma a comprometer produto final. Por isso
é necessário que a gestão estratégica englo-
be todas as áreas inclusive os fornecedores”,
destaca Carla Bordini, engenheira ambiental
da Infinitytech.
A gestão estratégica da água, além de englo-
bar o negócio como um todo, tem uma visão
abrangente e integrada da água, avaliamos as
pressões nas bacias hidrográficas, a infraes-
trutura local, a ações integradas da gestão de
demanda e da oferta de água, com o intuito de
melhorar gestão da água nas operações da
empresa, trazendo além do benefício do uso de
maneira responsável, a redução dos impactos
e conflitos relacionados à gestão da água nas
regiões de sua atuação; visando garantir além
da disponibilidade de água em suas opera-
ções, a redução dos custos relacionados a este
insumo em seus negócios/operações.
De acordo com Virgínia Sodré, diretora da Infi-
nitytech, o primeiro passo é a conscientização
das empresas, fazer com que haja um enten-
dimento da necessidade de um planejamento
no uso da água durante toda a sua cadeia de
negócio, desde a escolha do terreno, planeja-
mento do produto, construção até a entrega da
edificação. O segundo passo é a realização do
diagnóstico para entender a real e atual situa-
ção da empresa bem como seus processos
Programa apresenta gestão estratégica da
água como solução mitigadora de impactos no
consumo de água a nível macro, meso e micro
banos, que vem aumentando as pressões por
novas infraestruturas e pela exploração de no-
vos mananciais.
A água é um insumo essencial para o processo
de produção na indústria da construção civil,
o consumo da água acontece de forma direta
para a produção e consumo humano, como in-
diretamente, através dos processos desenvolvi-
dos por sua cadeia de suprimentos.
Pensando em uma maneira eficaz de estabele-
cer a gestão da água na construção civil, a con-
sultoria de engenharia e meio ambiente Infini-
tytech desenvolveu o Programa Água de Valor,
projeto que visa o uso sustentável e a gestão
estratégica da água na obra, aumentando a re-
siliência das empresas do setor a atuarem em
cenários cada vez mais adversos. O principal
objetivo deste programa é garantir a redução
do consumo de água e a minimização dos ris-
cos relacionados à água nas operações da em-
presa e nos seus novos negócios. Dessa forma
busca-se também a implantação de ações que
trazem uma menor dependência deste recurso
nos processos construtivos da empresa, con-
tribuindo junto aos demais atores competentes
para melhoria da segurança hídrica nas regiões
onde atua e auxiliando no desenvolvimento da
infraestrutura local dessas regiões.
Em parceria com a CCDI (Camargo Correia
Desenvolvimento Imobiliário), o programa foi
implantado em seis empreendimentos da em-
presa. O trabalho foi desenvolvido visando à
integração de todas as áreas de atuação da
companhia e fornecedores. Para promover
um engajamento integrado foram realizados
workshops, campanhas de conscientização
abrangendo todas as áreas, inclusive operá-
Virgínia Sodré
Fotos:Infinitytech
21. revistagbcbrasil.com.br 21dez/15-jan/16
inovação
em relação a esta temática. “Este trabalho ini-
cial foi um dos maiores desafios. A identificação
e análise da região para verificar a tendência de
alagamentos, como estão as pressões e a po-
luição do entorno, se existe tratamento de es-
goto, se há o abastecimento de água pela com-
panhia ou se houve rodízio de abastecimento
dos sistemas de distribuição. Tudo isso entra
neste diagnóstico e influencia no planejamento
estratégico e na tomada de decisão”, pontua.
Pensando nisso foi desenvolvido um estudo
que aborda de forma global todos os níveis da
gestão da água que influenciam no desenvol-
vimento do negócio e na gestão da água. Foi
desenvolvida uma visão abrangente da água,
diagnosticando os cenários críticos em rela-
ção à gestão da água e levando a uma leitura
estratégica das carências e potencialidades
socioeconômicas e ambientais das regiões
onde a Incorporadora já atua e irá atuar. Uma
ação pioneira envolvendo os níveis MACRO,
MESO e MICRO da gestão.
Foram avaliadas a nível MACRO as bacias hi-
drográficas que fazem parte das regiões de
atuação da CCDI, avaliando os principais pro-
blemas e conflitos relacionados à gestão da
água nessas regiões. A nível MESO foram diag-
nosticadas a infraestrutura existente, como está
o serviço de atendimento ao saneamento am-
biental (nas questões relacionadas ao abaste-
cimento de água, ao esgotamento sanitário e a
drenagem das águas pluviais) e a nível MICRO
foram identificados os principais pontos críticos
relacionados à gestão e uso da água na opera-
ção e nos produtos (destaca-se como produtos
os empreendimentos que serão comercializa-
dos, seja comercial ou residencial, que entre-
vidades desenvolvidas no escritório, copa, ves-
tiários e refeitório. Já o consumo relacionado
à produção encontra-se subdividido em mais
duas vertentes, em uma delas a água é vista
como um “componente” do processo e na outra
é utilizada como “ferramentas” de processos.
Na divisão de componentes são analisados
processos como cura de concreto, fabricação
de argamassa, irrigação, fabricação de gesso,
cimento, além da fabricação do concreto por
terceiros, ou seja, a cadeia de suprimentos. A
divisão ferramentas engloba lavagem de ruas,
lava rodas, cuidado com o entorno, testes hi-
drostáticos e de impermeabilização, processos
os quais aumentam significativamente o con-
sumo de água. “Trabalhamos esta visão micro
atuando conforme as etapas de segmentação
das obras. Nas obras da CCDI foram aborda-
das quatro etapas: mobilização de canteiro, su-
perestrutura, acabamento e pintura e limpeza
no final da obra”, afirma Carla Bordini.
Análise de Riscos
Como uma peça fundamental para a realiza-
ção do planejamento estratégico é de extrema
importância a avaliação dos riscos relacio-
nados à gestão da água, fase importante do
programa Água de Valor, pois esta percepção
de riscos se configura como um dos principais
motivadores para o engajamento das organi-
zações na busca por estratégias de redução
do consumo de água. “Este planejamento
não é somente em relação à redução do con-
sumo em si, mas também abrange a neces-
sidade de se analisar os riscos. O sentido é
fazer algo planejado, com a implantação de
ações mitigadoras para os riscos mapeados,
eliminando as soluções ‘caseiras’, que muitas
vezes podem até trazer uma redução do con-
sumo de água, mas expondo, por exemplo,
os usuários dos sistemas a um risco sanitário
elevado. Precisamos trazer a eficiência hídrica
na produção minimizando os riscos da ope-
ração”, justifica Virgínia Sodré. Neste contexto
são avaliados riscos operacionais, financeiros,
reputacionais, regulatórios e ao produto.
Os riscos operacionais envolvem a operação
geral da obra, tais como impactos na produ-
ção por escassez de água; falta de confiabili-
dade no fornecimento, tanto para o uso direto
como na cadeia de suprimentos; paralisação
da produção pela falta do recurso; além dos
problemas causados à saúde dos operários
devido à possível contaminação da água. Os
riscos financeiros são aqueles que causam
gará a região um novo consumidor potencial de
água e gerador de efluentes). Engloba-se aqui
todo o processo construtivo dentro do canteiro,
ou seja, a gestão da água por m³. “Este proces-
so nasce com a escolha do terreno, onde estou
atuando e qual bacia atende a região na qual
estou construindo. Após esta etapa, verifica-se
a questão do entorno, da infraestrutura sanitária
existente, das pressões por água, entre outros.
Estes aspectos mapeados entram no plane-
jamento da obra e, muitas vezes, são aliados
no desenvolvimento urbano das cidades. Em
alguns casos a construtora é obrigada a investir
em infraestrutura, como implantar a infraestrutu-
ra de abastecimento de água, coleta de esgoto
e drenagem como uma contrapartida para libe-
ração da obra. A nível micro trabalhamos com
ações de redução de forma segmentada, ado-
tando estratégias de monitoramento deste con-
sumo, instalação de sistemas e processos com
o foco na gestão e na eficiência do consumo.
Percebemos que muitas empresas ainda não
se atentaram para esta questão. Então nos dois
primeiros meses de implantação, o trabalho
que foi realizado abordou muito a conscientiza-
ção e a necessidade urgente de repensarmos
a forma como gerimos a água, explicando os
problemas relacionados a gestão da água do
entorno, e como o entendimento da gestão a
nível MACRO, MESO, MICRO pode trazer um
melhor planejamento de gestão para as empre-
sas”, explica Virgínia.
Ainda dentro do canteiro de obras, o processo
foi diversificado em dois segmentos: consumo
humano e consumo produção. Segundo Carla
Bordini, engenheira ambiental da Infinitytech, o
consumo humano pode ser observado nas ati-
22. 22 dez/15-jan/16 rev/gbc/br
inovação
planejamento, agregada ao estado de escas-
sez dos mananciais que abastecem a Macro
Metrópole, bem como o aumento populacio-
nal, direciona o país para um cenário crítico.
Segundo a engenheira somente a demanda
do consumo urbano tem previsão de cresci-
mento de 17 m³ por segundo na Macrome-
trópole do estado de São Paulo nos próximos
vinte anos, com a previsão de aumento de
4,2 milhões pessoas. “O principal objetivo do
planejamento estratégico de água é preparar
a empresa para o inevitável. Temos que com
muita urgência adotarmos a eficiência do uso
da água na construção civil, precisamos gerir
a água na obra e lançarmos prédios eficien-
tes, os grandes centros urbanos do Brasil já
sofrem com escassez real de água. Pode ser
que o próprio Governo comece a restringir a
opção de novos lançamentos em regiões com
estresse hídrico; este cenário não está muito
distante”, alerta Virgínia.
A ideia de integrar pessoas, departamentos,
fornecedores através de conscientização e co-
nhecimento de todas as complexidades dos
processos é corroborada pela parceria que
a Infinitytech iniciou com o Sinduscon (Sindi-
cato da Indústria da Construção Civil) em um
projeto que visa amplificar e disseminar o pro-
grama para as demais empresas, contribuindo
de forma geral para mitigação dos impactos
relacionados à água e a melhoria da gestão
em si. “Acreditamos muito nesse trabalho e
nos benefícios que este pode trazer para as
empresas, temos como desejo que mais em-
presas possam ter acesso a esta metodologia
que desenvolvemos e que possamos direta
ou indiretamente melhorar a gestão efetiva da
água no setor da construção. Para o futuro vis-
lumbramos trabalhar na avaliação da gestão
da água na cadeia de fornecedores, hoje está
se iniciando no Brasil estudos relacionados à
avaliação do ciclo de vida dos materiais, e um
dos pontos abordados por estes estudos é a
gestão da água. Dessa forma observamos que
o setor da construção tanto local como a nível
internacional está se preparando para uma vi-
são mais abrangente da gestão da água, tanto
para produção industrial dos produtos e insu-
mos utilizados na obra, como na execução em
si do processo construtivo. E nós como con-
sultoria ambiental, queremos auxiliar o setor
a ter uma visão efetiva dessa gestão da água
integrada como um todo”, conclui Virgínia.
prejuízos por alguns fatores como impostos
multas e processos judiciais por contamina-
ção de funcionários, fornecimento por sistemas
inadequados, aumento do custo da água. Para
Virgínia esta questão pode trazer prejuízos finan-
ceiros reais, “O caminhão pipa muito usado pela
maioria das construtoras em obras, aumentou o
seu custo em 275% nos últimos dois anos. Estão
sendo criadas leis municipais tais como a lei pro-
mulgada na cidade de São Paulo, aprovada nes-
se ano, que penaliza em R$1.000,00 quem for
pego lavando veículos ou calçadas com água
potável”, ressalta a engenheira. Já os riscos re-
putacionais norteiam a credibilidade da empresa
em relação ao mercado e clientes. A má gestão
da água contribui para exposição de negativa da
imagem da empresa, desgaste das relações co-
merciais, além de restrições de novos produtos.
Perfuração de poços sem outorga, não cumpri-
mento de regulamentações ambientais, entre
outros, podem acarretar em prejuízos à em-
presa perante a lei, como, por exemplo, taxas,
processos legais, restrição no fornecimento de
água, dificuldade para liberação de outorgas,
além de autuações ambientais. Todos estes
riscos podem causar a perda de competitivi-
dade, falha de gestão, restrição de novos lan-
çamentos, assim como a rejeição por parte do
consumidor. “Neste trabalho, integramos estes
riscos relacionando-os a todas as dificuldades
do projeto, entre os grupos da empresa, área
de negócios, obras, planejamento, qualidade,
produtos. Trabalhamos com uma mescla de
funcionários da empresa, com perfis distintos
para realizarmos em conjunto a análise de ris-
cos da empresa (CCDI). Neste trabalho fomos
mediadores nas estratégias, mas os riscos fo-
ram definidos por eles”, afirma Virgínia Sodré.
Ações mitigadoras e oportunidades
A avaliação dos riscos em todos os processos
construtivos contribui para uma análise apro-
fundada dos impactos inerentes à obra, pos-
sibilitando ações adequadas e promovendo
a visualização de oportunidade de negócios.
A definição destas ações, através do planeja-
mento estratégico de gestão da água, permitiu
a CCDI vislumbrar possíveis oportunidades, as
quais englobam aumento de competitividade,
fortalecimento da cadeia de valor, parcerias,
obtenção de recursos e incentivos e implanta-
ção de novas tecnologias associadas à redu-
ção dos custos operacionais, além do reconhe-
cimento socioambiental frente ao mercado e a
seus clientes.
As ações para redução do consumo da água
nas obras abordam vertentes econômicas, so-
ciais e tecnológicas. Em um panorama geral,
este plano de ação baseia-se em campanhas
de conscientização, novos sistemas construti-
vos, fontes alternativas como reúso e aprovei-
tamento de água de chuva e campanhas edu-
cativas para os profissionais envolvidos. Além
disso, foram definidas ações específicas de
acordo com as características e necessidades
de cada obra relativas às áreas de consumo
humano, produção, abastecimento e produto.
Uma das ações que mais se destaca pelo ex-
celente potencial de monitoramento e redução
de uso da água é a instalação de hidrômetros
por etapas da obra, o que permite um contro-
le elevado do consumo por metro quadrado
a cada fase. Contribuindo também para uma
melhor gestão do recurso, reduzindo custos
e otimizando o processo como um todo. Foi
elaborada uma planilha de cálculo na qual são
inseridos dados de consumo de cada fase do
processo construtivo, colaborando ainda mais
para esta gestão, bem como para a criação de
um benchmark para a incorporadora.
A estratégia de medição setorizada através da
instalação dos hidrômetros nas obras foi uma
solução definida pelos próprios gestores de
obras. A metodologia utilizada foi a divisão dos
hidrômetros por abastecimento de água pela
rede pública, escritórios e vestiários, por torres
e, consequentemente, por fases ou andares
construídos. “O objetivo é implantar no primeiro
andar, monitorar e setorizar os consumos. Con-
forme a evolução da obra, o hidrômetro é mo-
vido para os andares que estão sendo traba-
lhados continuando com o mesmo processo.
Atuamos em seis empreendimentos da CCDI
criando uma guia de ações para cada obra.
Criando uma padronização da gestão, de for-
ma a controlarmos o consumo da água por m³
e por fase de obra”, garante Virgínia Sodré.
Além dos benefícios ambientais, sociais e eco-
nômicos que o programa proporciona, é pos-
sível quantificar a pegada hídrica da obra, que
permite avaliar o consumo direto e indireto da
obra, ou seja, tanto o relativo à obra quanto
da cadeia de suprimentos “ Era necessário de-
senvolver uma ferramenta de gestão que con-
siderasse o consumo de água em toda cadeia
produtiva, e que possibilitasse seu monitora-
mento. Então fomos à busca de ferramentas
internacionais que pudessem nos fornecer
isso”, esclarece Carla Bordini.
Para Virgínia Sodré, o cenário atual em relação
à água é preocupante. A falta de gestão e de
28. 28 dez/15-jan/16 rev/gbc/br
desempenho
P
rojetar e construir ambientes que promovem a saúde e
bem-estar aos usuários se tornou um dos pontos mais
importantes no âmbito da construção civil. Estes requi-
sitos têm sido cada vez mais relevantes como fatores de
decisão dos consumidores em geral.
A certificação WELL Building Standard foi desenvolvida
para atender esta demanda na busca por qualidade de vida, saúde e
produtividade dos usuários aliada à sustentabilidade ambiental dentro
dos espaços construídos, além de ser uma ferramenta complementar a
Certificação Internacional LEED. Esta integração entre o IWBI (Interna-
tional Well Building Institute) e o GBCI (Green Building Council Institute)
com as ferramentas certificadoras WELL e LEED proporcionam um
desenvolvimento mais assertivo e garantem resultados positivos.
A certificação WELL baseia-se em sete categorias, tais como, ar, água,
alimentação, luz, fitness, conforto e mente. Um olhar mais atento para
estes conceitos mostra que eles são significativamente relevantes em
um edifício, uma vez que passamos cerca de 90% do tempo de nossas
vidas em ambientes construídos.
Atualmente, mais de 80 edifícios com cerca de 2 milhões de metros
quadrados localizados em 12 países já possuem a certificação ou en-
contram-se registrados, em fase de desenvolvimento. O Brasil já teve o
primeiro projeto registrado na Certificação WELL Building Standard, o
escritório da SETRI, em São Paulo. A versão 1 da certificação abrange
tipologias como edifícios de escritórios comerciais e institucionais que
vão desde edifícios novos e existentes, projetos de interiores, novos e
existentes, até a categoria Core & Shell que contempla a estrutura do
Certificação WELL
promove saúde e bem
estar nas edificações
Com cerca de 2 milhões de metros quadrados construídos em 12 países, a
certificação WELL ganha espaço no mercado da construção sustentável
na promoção de saúde e bem-estar dos usuários
edifício, incluindo o posicionamento das janelas e vidros na fachada,
as proporções da construção, o sistema de aquecimento, refrigeração
e ventilação e a qualidade da água fornecida ao edifício. Esta tipologia
também avalia as instalações e oportunidades de bem-estar no terre-
no. Visando a melhoria contínua e avanço da certificação e de seus
resultados foram desenvolvidos pelo IWBI programas pilotos para o
setor de varejo, residências multifamiliares, educação, restaurantes,
cozinhas comerciais, instalações de saúde, instalações esportivas e
setor publico.
A implantação da certificação WELL nas edificações traz efeitos be-
néficos tanto para a questão humana quanto para o lado econômico.
O ambiente com características adequadas e saudáveis contribuiu de
forma plena para o bem-estar, conforto, aumento de produtividade e
diminuição do absenteísmo, melhora da satisfação e promove até a
felicidade dos ocupantes. Além disso, influenciam diretamente nos
efeitos psicológicos, frequentemente causados por ambientes cujas
rotinas possuem alto nível de stress, como é o caso das edificações
hospitalares. Além dos benefícios imensuráveis proporcionados à vida
e a saúde dos usuários, a certificação permite agregar ao projeto um
elevado potencial comercial, através do retorno de investimentos sig-
nificativos, fruto da redução de despesas em longo prazo tanto com
pessoal quanto com relação à vida útil do edifício.
De acordo com estudo de caso realizado pelo IWBI, com os usuá-
rios do primeiro edifício certificado WELL Building Standard, a sede da
CBRE na Califórnia, 83% dos ocupantes disseram sentir-se mais pro-
dutivos e 92% informaram que o novo espaço de trabalho criou efeitos
30. 30 dez/15-jan/16 rev/gbc/br
desempenho
-Teste e monitoramento da qualidade do ar;
-Tratamento e filtragem;
-Ventilação;
-Controle de umidade;
-Protocolo de limpeza;
-Seleção de materiais;
-Processos construtivos;
-Entrada saudável
-Qualidade da água;
-Acesso à água potável;
-Filtragem.
-Acesso a alimentos saudáveis;
-Porções saudáveis;
-Alimentação consciente;
-Área para preparação dos alimentos;
-Produção de alimentos.
-Níveis baseados nas atividades;
-Projeto circadiano;
-Qualidade da cor;
-Iluminação natural;
-Controle de ofuscamento.
-Projeto ativo (exterior);
-Projeto ativo (interior);
-Estações de trabalho ativas;
-Consciência e hábitos;
-Espaços para atividades físicas.
-Térmica;
-Acústica;
-Ergonômico;
-Olfatória;
-Acessibilidade; controle;
-Protocolos.
-Conexão com a natureza;
-Beleza;
-Consciência e Bem-Estar;
-Feedbacks de projetos;
-Projeto Integrativo;
-Equidade social e altruísmo.
AR Visando a qualidade do ar interno (QAI) que abran-
gem a remoção de contaminantes, prevenção de poluição e a purifica-
ção do ar, são estabelecidas as seguintes estratégias: teste e monito-
ramento da qualidade do ar; tratamento e filtragem; ventilação; controle
de umidade; protocolo de limpeza; seleção de materiais; processos
construtivos; entrada saudável. Nesta categoria é analisada a utilização
de materiais tóxicos, eliminação de contaminantes biológicos, falhas de
ventilação e transmissão de vírus e bactérias pelo ar.
ÁGUA As estratégias relacionadas à água envolvem medi-
das que promovam a qualidade e filtragem deste recurso, tratamento e
otimização no acesso de água aos edifícios. Os requisitos exigidos nesta
categoria são: qualidade da água; acesso à água potável; filtragem.
NUTRIÇÃO A categoria nutrição busca estabelecer condições
para melhores hábitos alimentares através do fornecimento de alimentos
mais saudáveis, dicas comportamentais e conscientizar quanto à quali-
dade de nutrientes. Encontram-se dentro desta categoria critérios como:
acesso a alimentos saudáveis; porções saudáveis; alimentação cons-
ciente; área para preparação dos alimentos; produção de alimentos.
LUZ Ações relativas à iluminação estão descritas na
categoria luz, que reforçam o ritmo circadiano do corpo e abrangem
requisitos como desempenho do projeto, controle de iluminação, ní-
veis de iluminação adequados para as atividades, que contribuem para
melhora do humor e produtividade do usuário. Alguns dos critérios para
certificação são: níveis baseados nas atividades; projeto circadiano;
qualidade da cor; iluminação natural; controle de ofuscamento.
FITNESS A certificação WELL também estabelece requisitos
com o objetivo de incentivar atividades físicas e envolvem as seguintes
estratégias: projeto ativo tanto para o exterior como para o interior, es-
tações de trabalho ativas; espaços para atividades físicas, desenvolvi-
mento de consciência e hábitos saudáveis.
CONFORTO Para a categoria conforto, a certificação estabelece
a criação de ambientes que promovam a produtividade e minimizem
distrações por parte dos usuários. Os requisitos avaliados são: térmica,
acústica; ergonômico; olfatória; acessibilidade; controle; protocolo. Es-
tas estratégias contribuem para um ambiente de qualidade permitindo
aumentar o nível de satisfação e bem-estar.
MENTE A categoria mente abrange os seguintes critérios:
conexão com a na tureza; beleza; consciência e bem-estar; feedbacks
de projetos; projeto integrativo; equidade social e altruísmo e espa-
ços adaptáveis. Estas estratégias permitem abordar campos de apoio
mental e saúde emocional, fornecer aos colaboradores feedbacks re-
lacionados às políticas e diretrizes do escritório, bem como fornecer
elementos de design, espaços de relaxamento e tecnologia avançada.
31. revistagbcbrasil.com.br 31dez/15-jan/16
desempenho
Diretor do International
WELL Building Institute
Paul Scialla
ENTREVISTA
É necessário que um edifício possua o
certificado LEED para alcançar o WELL
Building Standard? Quais são as princi-
pais diferenças e sinergias entre ambos
os padrões?
PS. Enquanto Certificação LEED não é um
pré-requisito para alcançar o WELL Building
Standard, WELL foi concebido para comple-
mentar o LEED para melhor atender a saúde
humana e sustentabilidade ambiental dentro
de edifícios. O GBCI, que fornece a certifica-
ção de terceiros para o WELL, e o Instituto
Internacional WELL Building têm racionaliza-
do como LEED e WELL podem trabalhar em
conjunto, tornando mais fácil para os projetos
obterem as duas certificações e alcançar a
saúde ambiental e humana e bem-estar.
Qual seria o custo efetivo sobre o inves-
timento do proprietário para alcançar a
Certificação WELL?
PS. As taxas de inscrição variam de US$ 1.500
a US$ 10.000, dependendo da tipologia e ta-
manho do projeto. Os custos de certificação
começam em US$ 4.000 e variam de US$ 0,08
a US$ 0,23 por pé quadrado, dependendo
da tipologia e dimensão do projeto. O preço
por volume está disponível para projetos que
excedam 1 milhão de pés quadrados (92.900
m2
), para terrenos com vários edifícios, e para
sites corporativos com múltiplas construções.
O custo total para obter o certificado WELL -
incluindo registro, certificação e verificação de
desempenho - custa em média menos de US$
100 por empregado para um edifício típico de
escritórios comerciais.
Quais são os benefícios ambientais, so-
ciais e econômicos da certificação WELL
Building Standard?
Paul Scialla. Sustentabilidade ambiental,
saúde e bem-estar caminham lado a lado.
Como o primeiro padrão de construção que
se concentra exclusivamente sobre a saúde
e o bem-estar das pessoas em edifícios, o
WELL Building Standard é projetado para tra-
balhar em harmonia com outras certificações
de construção verde, incluindo LEED, para
tornar os ambientes construídos não só me-
lhores para o planeta, mas melhores para as
pessoas que nele habitam.
A certificação WELL estabelece requisitos de
desempenho em sete categorias relevantes
para a saúde e bem-estar dos ocupantes: ar,
água, alimento, luz, fitness, conforto e mente.
Espaços certificados WELL podem ajudar a
criar um ambiente construído que melhora a
alimentação, a condição física, o humor, os
padrões de sono, e o desempenho de seus
ocupantes. Economicamente falando, a cer-
tificação WELL não só tem o potencial para
redução nos custos de saúde, como também
fornece retorno inestimável sobre o investi-
mento, aumentando o valor dos empreendi-
mentos através de uma declaração altamente
visível sobre compromisso de uma organiza-
ção para com a saúde e bem estar das pes-
soas nos edifícios.
A indústria da saúde e bem-estar é uma das
que mais crescem hoje em dia, e cada vez
mais é um dos maiores fatores de decisão
para os consumidores e funcionários. Investir
na saúde e bem-estar dos colaboradores tem
o potencial de ajudar as empresas a reter os
melhores talentos, aumentar a produtividade
e satisfação dos funcionários, fortalecer os
esforços de responsabilidade corporativa e
reduzir o absenteísmo.
Foto:Delos
Até agora, quantos projetos já alcançaram
a certificação WELL e quantos estão regis-
trados?
PS. Atualmente, mais de 80 projetos abran-
gendo quase 2 milhões de metros quadrados
estão registrados ou certificados sob o WELL
Building Standard em 12 países nos cinco
continentes.
Qual é o processo de registro? Quanto
tempo dura todo o processo até o resulta-
do final?
PS. O processo de certificação WELL envolve
cinco etapas:
1. Inscrição: A certificação começa com o
registro através do WELL Online, uma plata-
forma digital projetada para angariar projetos
em processo de certificação, do início ao fim.
2. Documentação: Documentação, incluindo
documentos do projeto, anotações e dese-
nhos, além de cartas de garantia da equipe
do projeto, são necessários antes da revisão
da certificação final.
3. Verificação de desempenho: uma série de
testes de desempenho pós-ocupação são
feitos no local, conhecida como Verificação
de Desempenho.
4. Certificação: Certificação WELL reconhece
que o projeto documentou com sucesso e
conformidade todas as características e pas-
sou pela Verificação de desempenho.
5. Recertificação: A recertificação, que deve
ser completada a cada três anos, garante
que o edifício mantenha o mesmo alto nível
de projeto, manutenção e operações ao lon-
go do tempo. Para projetos Core & Shell, a
recertificação não é necessária.